segunda-feira, 30 de junho de 2014

Alteração nos ciclos de carbono e nitrogênio preocupa pesquisadores

Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Para atender à crescente demanda por alimento e energia, a humanidade vem alterando o ciclo de dois importantes nutrientes para a vida no planeta: o nitrogênio e o carbono. Entre os efeitos indesejáveis da mudança estão a chuva ácida, o aumento na concentração de gases-estufa na atmosfera e a consequente elevação da temperatura global.
O tema foi destaque no último encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 25 de junho, em São Paulo.
Conforme explicou em sua palestra a professora da Universidade de Brasília (UnB) Gabriela Bielefeld Nardoto, os nutrientes terrestres estão estocados em quatro grandes “compartimentos” do planeta: atmosfera, litosfera (a camada exterior da crosta terrestre), biosfera e hidrosfera. No caso do nitrogênio, molécula que entra na composição de proteínas e ácidos nucleicos – ambos essenciais aos seres vivos –, a maior parte está estocada na atmosfera há milhões de anos, na forma da molécula inerte N2.
“Cerca de 78% do ar que respiramos é composto de N2. Para o nitrogênio entrar no ecossistema e na cadeia alimentar ele precisa ser transformado em amônio (NH4) ou em nitrato (NO3) e quem faz essa conversão é um grupo muito pequeno de bactérias nitrificantes. Nessas novas formas, o nitrogênio pode então ser usado pelas plantas, que são as produtoras primárias de alimento, pelos demais microrganismos do sistema terrestre ou podem ir para o sistema aquático”, explicou Nardoto.
A devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma de N2, é feita graças à ação de outras bactérias desnitrificantes. Mas esse ciclo natural começou a ser alterado pelo homem há 10 mil anos com o advento da agricultura. Isso porque plantas leguminosas, em associação com bactérias nitrificantes, são capazes de fixar no sistema terrestre grandes quantidades de nitrogênio.
Uma cultura de soja, por exemplo, fixa no solo de 70 a 250 quilos de nitrogênio por hectare por ano, contou Nardoto. Para se ter um parâmetro de comparação, um hectare de Floresta Amazônica fixa apenas de 3 a 7 quilos de nitrogênio por ano.
O processo de mudança foi intensificado nos últimos 150 anos com o aumento da produtividade agrícola, o uso de fertilizantes nitrogenados e a queima de combustíveis fósseis para geração de energia.
Uma pequena parte desse nitrogênio fixado pela ação do homem é transformada em proteína ao longo da cadeia alimentar, mas grandes quantidades são perdidas e retornam à atmosfera não como N2, mas como óxido nítrico (NO) – reagindo com o vapor d’água e dando origem à chuva ácida – ou como óxido nitroso (N2O), um dos gases de efeito estufa.
“Pode ainda ser levado na forma de nitrato para o meio aquático causando a eutrofização desse ambiente, ou seja, o crescimento de algas pelo excesso de nutrientes, reduzindo dessa forma o oxigênio disponível para os outros organismos”, explicou Nardoto.
Durante sua apresentação, a professora da UnB comentou um artigo publicado na revista Nature em 2009 por Johan Rockström (Universidade de Estocolmo, na Suécia) e colaboradores que propõe a existência de nove “limites planetários” que a humanidade deveria respeitar para não desestabilizar os sistemas terrestres essenciais e evitar mudanças climáticas bruscas e catástrofes ambientais.
Entre os três dos limites que, segundo os cientistas, já teriam sido transgredidos pela humanidade estão o aquecimento global, a extinção de espécies e as alterações no ciclo do nitrogênio.
Ainda segundo Nardoto, o ciclo do nitrogênio está intimamente relacionado ao ciclo do carbono. “Para ocorrer a produção primária de alimentos pelas plantas é necessário haver carbono e nitrogênio. O carbono vai entrar na forma de dióxido de carbono (CO2) durante a fotossíntese, mas esse processo requer uma enzima que tem nitrogênio em sua composição. Por isso os fertilizantes nitrogenados são usados para aumentar a produtividade na agricultura”, explicou Nardoto.

Sequestro de carbono
Os impactos das mudanças promovidas pelo homem nos estoques de carbono foram tema da apresentação da pesquisadora Simone Aparecida Vieira, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também realizada no encontro do BIOTA-FAPESP Educação.
“Temos hoje o dobro de moléculas de dióxido de carbono (CO2) em volta de nossas mãos do que havia na época em que Charles Darwin passou pelo Brasil (século 19)”, disse Vieira.
Segundo a pesquisadora, isso ocorre porque, desde a Revolução Industrial, as atividades humanas têm jogado na atmosfera grandes quantidades de carbono que estavam estocadas na litosfera, na forma de carvão, petróleo, gás natural e no sistema terrestre, principalmente nas florestas.
“No que se refere ao ciclo do carbono na Terra, as florestas prestam dois importantes serviços ecossistêmicos: o sequestro de carbono da atmosfera, que ocorre durante a fotossíntese, e a fixação e armazenamento desse nutriente”, disse.
“A capacidade que o sistema tem de armazenar carbono varia entre as diversas áreas de uma floresta e entre os vários ecossistemas florestais em decorrência das condições do clima, do tipo de solo, das espécies existentes no local e dos eventos de perturbação. Espécies de crescimento rápido podem sequestrar carbono mais rapidamente que as de crescimento lento. Mas esse carbono que entra rapidamente no sistema também pode sair rapidamente por meio da respiração ou pelo processo de decomposição das folhas e galhos”, explicou Vieira.
De acordo com a pesquisadora da Unicamp, as regiões da Amazônia Central armazenam cerca de 360 toneladas por hectare de biomassa seca na vegetação – o que dá cerca de 180 toneladas de carbono estocadas por hectare.
Nas áreas do arco do desmatamento, como em Santarém (PA) ou no Acre, onde há estação seca definida, o estoque é semelhante ao encontrado na Mata Atlântica: em torno de 250 toneladas por hectare de biomassa seca – entre 125 e 140 toneladas de carbono armazenadas por hectare.
A quantificação dos estoques de carbono da Mata Atlântica foi realizada durante o Projeto Temático “Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar”, liderado pelo professor da Unicamp, Carlos Alfredo Joly, que também coordena o Programa BIOTA-FAPESP.
“Utilizamos 14 parcelas permanentes de um hectare estabelecidas em um gradiente altitudinal de Mata Atlântica entre as cidades de Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, nas quais identificamos e medimos o diâmetro e a altura de todos os indivíduos arbóreos com diâmetro acima de 4,8 cm. A partir dessas informações e da densidade da madeira, obtida a partir das informações da espécie, pudemos estimar a biomassa arbórea da área. Além disso acompanhamos fatores como taxa de crescimento e mortalidade da vegetação”, contou Vieira. “Dessa forma, foi possível comparar a variação ao longo dos anos e avaliar o fluxo de carbono.”
A pesquisa também mostrou que, embora a quantidade de carbono estocado nas árvores seja maior na Amazônia Central, a Mata Atlântica está na frente quando se trata da quantidade de carbono armazenada no solo. “Na Mata Atlântica, possivelmente, os processos de decomposição são mais lentos por causa das temperaturas mais baixas e dos solos mais rasos. Além disso, há menos perda do nutriente com o processo de percolação”, explicou.
“As florestas tropicais estocam grandes quantidades de carbono e de outros nutrientes e, quando são desmatadas, todo esse material é perdido. Também perdemos o serviço de sequestro de carbono da atmosfera, pois não há mais fotossíntese”, disse Vieira.
A terceira e última palestra do encontro foi apresentada pelo pesquisador Plinio Barbosa de Camargo, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Universidade de São Paulo (USP).
Camargo abordou a ciclagem de carbono, de nitrogênio e de outros nutrientes em sistemas aquáticos e apresentou projetos que tentam identificar parâmetros para avaliar a qualidade da água e medir o impacto do reflorestamento das nascentes.
Com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da ciência no ensino médio e fundamental, o ciclo de conferências organizado pelo Programa BIOTA em 2014 teve como foco os serviços ecossistêmicos. Foram abordados temas como polinização, proteção de recursos hídricos e mudanças climáticas. As apresentações estão disponíveis no site da FAPESP.
Mais informações: www.fapesp.br/8441.

ONU alerta para alto risco de retorno de perturbações climáticas do El Niño

A ONU elevou para 80% a probabilidade de que neste ano volte a ocorrer o fenômeno climático El Niño, caracterizado por temperaturas anormalmente quentes no Pacífico e que pode acarretar secas e inundações em todo o mundo.

"Há 60% de probabilidade de que, entre junho e agosto, se instale plenamente um episódio de El Niño, e essa probabilidade será de 75% a 80% para o período de outubro a dezembro", informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma entidade das Nações Unidas, com sede em Genebra.

"Muitos governos já começaram a se preparar para a chegada do El Niño", que será, muito provavelmente, de "intensidade moderada", destacou a OMM.

Em abril passado, a OMM tinha considerado provável o retorno de El Niño por volta de meados do ano, mas se absteve de avaliar o risco com maior precisão.

Em coletiva de imprensa celebrada em Genebra, os especialistas consideraram que ainda era difícil determinar com precisão as regiões que serão afetadas e o tipo de perturbações às quais seriam mais expostas.

"Saberemos mais em agosto", disse Rupa Kumar Kolli, chefe da divisão de clima mundial da OMM, destacando que ainda há uma margem para que o fenômeno não ocorra, já que ainda falta reunir alguns dados atmosféricos.

A OMM destacou, no entanto, que, "recentemente, as águas do Pacífico tropical registraram um aumento da temperatura, atingindo um início frágil de El Niño" e que a tendência se manterá "durante os próximos meses" para alcançar "sua máxima no último trimestre de 2014".

"As previsões dos modelos e as opiniões dos especialistas convergem para o fato de que o fenômeno atingirá uma intensidade máxima durante o quarto trimestre e persistirá nos primeiros meses de 2015 para em seguida se dissipar", especificou.

O El Niño é um fenômeno natural, que ocorre a cada dois a sete anos, e "tem grande influência no clima mundial". Sua última ocorrência data de 2009/2010, destacou o informe.

Impactos socioeconômicos

O diretor de previsões climáticas da OMM, Maxx Dilley, destaca que muitas regiões podem ser afetadas "pela seca, as chuvas torrenciais, o aumento ou a queda das temperaturas" e que, em certos casos, estas alterações "podem ser extremas".

As variações ainda têm impactos na agricultura, no abastecimento de água e na irrigação. E as inundações podem gerar destruições de infra-estruturas ou provocar epidemias de cólera.

O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, considerou que "os governos do mundo inteiro tiveram tempo suficiente para elaborar planos de contingência a fim de enfrentar os possíveis efeitos do El Niño (...) na agricultura, na gestão de recursos hídricos, na saúde e em outros setores sensíveis ao clima".

"Continuaremos vulneráveis a esta força da natureza, mas podemos nos proteger com uma preparação melhor", acrescentou.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) advertiu em maio que um novo episódio de El Niño pode acentuar a tendência de queda da produção de arroz na Ásia e comprometer a pesca na América do Sul, entre outros impactos.

Marie-Noëlle Blessig para AFP via UOL

domingo, 29 de junho de 2014

Relatório alerta investidores sobre mudança do clima

José Eduardo Mendonça - Planeta Sustentável 

risky-business
Bilionários americanos bancam estudo sobre riscos
Se você não quer prestar atenção à mudança do clima, azar o seu. Esta atitude pode custar muito caro. Esta é, em essência, a mensagem de um ambicioso relatório divulgado hoje, dirigido a líderes empresariais e investidores dos Estados Unidos, mas ainda um alerta a agentes econômicos de todo o mundo.
Negócios Arriscados: Os Riscos Econômicos da Mudança do Clima nos EUA, bancado pela organização Risky Business, dos  bilionários do mercado financeiro Michael Bloomberg, Henry Paulson e Thomas Steyer, pretende mudar o discurso sobre o tema no país.
“Esta é a primeira tentativa de medir os custos econômicos e os riscos da mudança do clima em diferentes geografias e setores de negócios, e de fazer isto com algum detalhe,” disse Paulson.  “Não acreditamos que líderes e investidores estejam dando ao problema o nível de atenção que ele merece, dados os riscos.”
A ênfase do estudo em efeitos regionais e locais é o que o separa de trabalhos anteriores. A intenção é fortalecer uma questão que empresários irão entender. Com o aquecimento, haverá ganhadores e perdedores. “Este é o grande quadro,” afirmou Trevor Houser, sócio do Rhodium Group, empresa de pesquisa econômica que realizou o trabalho.
“O fato é que as escolhas econômicas e de investimentos que fizemos nas últimas décadas aumentaram a vulnerabilidade atual à mudança do clima, e nossas escolhas hoje irão determinar o que acontecerá com nossa nação em 15 anos, ou até meados ou o fim do século,” diz o relatório.
O estudo descobriu que a elevação do nível do mar e os danos crescentes causados por tempestades deverão acrescentar até U$ 3.5 bilhões em perdas de propriedades por ano até 2030. Em algumas partes do país, o calor extremo trará impactos sobre a produtividade do trabalho, o que irá afetar a agricultura e outros setores, comenta a Forbes.
Foto: Reprodução/Relatório Risky Business

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Pastagem adapta-se a mudanças climáticas

Por Elton Alisson
Agência FAPESP – O aumento de 2 °C na temperatura global até 2050, conforme um dos cenários previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), poderá beneficiar a fisiologia e os processos bioquímicos e biofísicos envolvidos no crescimento de plantas forrageiras como a Stylosanthes capitata Vogel, leguminosa utilizada para pastagem de gado em países tropicais como o Brasil.
A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto.
Resultado de um Projeto Temático, realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), o estudo acaba de ser publicado na revista Environmental and Experimental Botany.
“O aumento de 2 °C na temperatura do ambiente em que a Stylosanthes capitata Vogel foi cultivada experimentalmente favoreceu a fotossíntese, além do aumento das folhas e da biomassa da planta”, disse Carlos Alberto Martinez, coordenador do projeto e primeiro autor do estudo, durante palestra no Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock, realizado no dia 27 de maio, na FAPESP.
De acordo com Martinez, a Stylosanthes capitata Vogel é uma importante leguminosa forrageira em regiões tropicais e subtropicais no mundo. A espécie de planta pode crescer em ambientes arenosos e é muito resistente à seca.
Com as mudanças climáticas globais, estimava-se que um aumento moderado de pouco mais de 2 °C na temperatura poderia ter efeitos prejudiciais sobre o desempenho fisiológico e o crescimento da planta quando cultivada em um ambiente tropical, como no Brasil.
A fim de testar essas hipóteses, os pesquisadores realizaram um experimento em que cultivaram plantas em campo aberto, em um ambiente com temperatura normal, e em uma área com temperatura controlada, por meio de um sistema chamado T-FACE.
O sistema conta com um equipamento que permite controlar a irradiação de calor sobre a copa das plantas, por meio de aquecedores de infravermelho, de modo a permitir que a temperatura do ambiente de cultivo esteja sempre 2 °C acima da temperatura normal.
Após cultivar as plantas com essas diferenças de temperatura durante 30 dias, os pesquisadores realizaram medições de conversão de energia fotossintética, além de análises bioquímicas e da biomassa acima do solo.
Os resultados das medições e análises indicaram que o aumento de cerca de 2 °C na temperatura foi capaz de melhorar a atividade fotossintética e a proteção antioxidante das plantas.
Além disso, resultou em um incremento de 32% no índice de área foliar e de 16% na produção de biomassa acima do solo em comparação com as plantas cultivadas sob temperatura normal, segundo Martinez.
“O aumento da temperatura durante o período experimental foi favorável para o desenvolvimento dos processos bioquímicos e biofísicos envolvidos no crescimento da planta”, afirmou.
Adaptação climática
Segundo Martinez, algumas das possíveis explicações para o aumento da atividade fotossintética, além do índice de área foliar e da produção de biomassa de exemplares de Stylosanthes capitata Vogel submetidas ao aumento da temperatura foram a aclimatação térmica e fotossintética da planta.
A planta promoveu ajustes em sua fisiologia de modo a não só lidar com um aumento potencialmente estressante na temperatura durante sua fase de crescimento, mas também para realizar fotossíntese com maior eficiência e manter ou até mesmo aumentar seu crescimento sob essa nova condição climática.
“Os resultados do estudo indicaram que um aumento de até por volta de 2 °C na temperatura pode ser vantajoso para o crescimento de algumas espécies de plantas tropicais, como a Stylosanthes capitata Vogel”, afirmou Martinez.
“É necessário elucidar, no entanto, os efeitos do aquecimento na fase reprodutiva para detectar possíveis impactos do aumento da temperatura sobre a floração, fecundação, rendimento de sementes e outros processos do desenvolvimento dessas plantas”, disse.
Em outro experimento, os pesquisadores cultivaram a planta forrageira Panicum maximum em temperatura 2 °C acima da normal e com uma concentração de carbono de 600 partes por milhão (ppm) – equivalente a 50% a mais do que a existente hoje e que deve ser atingida até 2050, conforme um dos cenários projetados pelo IPCC.
Os pesquisadores constataram que houve uma menor partição de biomassa para as folhas em relação ao caule das plantas cultivadas sob essas condições.
“Essa mudança na relação folha-caule é ruim porque o gado se alimenta da folha e não do caule, que é muito duro e o animal não consegue digerir”, disse Martinez.
Braquiária
Resultados similares também foram obtidos por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, campus de Piracicaba, em um experimento realizado com Brachiaria decumbens – mato comum em lavouras de café e principal planta forrageira no Brasil, conhecida popularmente como capim-mombaça.
Ao cultivar a planta em um ambiente com 200 ppm de carbono acima do nível atual também em um sistema FACE, instalado na Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna, no interior de São Paulo, os pesquisadores observaram um aumento na produção de caule e diminuição de biomassa nas folhas da planta.
“Isso pode ter uma série de implicações para o uso dessa planta como forrageira, utilizada em mais de 80 milhões de hectares de pasto no Brasil”, disse Raquel Ghini, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e uma das autoras do estudo, durante sua palestra no evento.
Segurança alimentar
Na avaliação de Martinez, é preciso investigar os possíveis impactos das mudanças climáticas globais sobre plantas utilizadas como pastagem, porque elas representam a principal fonte de alimento para o gado em países como o Brasil – um dos únicos no mundo que produz carne e leite por meio da pecuária extensiva, ou seja, por meio da criação de gado em pasto.
Se o rendimento de culturas tropicais e pastagens for afetado pelas mudanças climáticas, trará consequências econômicas importantes para o país e para a produção mundial de alimentos, avaliou.
“Os impactos das mudanças climáticas sobre as áreas de pastagem são muito sérios e já estão ocorrendo”, afirmou Martinez. “A solução para cultivar pasto em áreas suscetíveis à seca poderá ser a irrigação ou a utilização de espécies resistentes à deficiência hídrica e adaptadas às mudanças climáticas”, disse o pesquisador à Agência FAPESP.
O Projeto Temático coordenado por Martinez conta com a participação de pesquisadores da University of Illinois, da Columbia University e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), além do Consiglio Nazionale delle Ricerche, da Itália, da Universitat de Barcelona, na Espanha, e no Brasil das Universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Estadual Paulista (Unesp) e Estadual do Norte Fluminense (UENF), além do Cena da USP, do Instituto de Botânica e da Embrapa.
O artigo Moderate warming increases PSII performance, antioxidant scavenging systems and biomass production in Stylosanthes capitata Vogel (doi: 10.1016/j.envexpbot.2014.02.001), de Martinez e outros, pode ser lido por assinantes da revista Environmental and Experimental Botany em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S009884721400029X.
E o artigo Biomass production, elemental and fibre composition of Brachiaria produced under free air carbon dioxide enrichment conditions, de Ghini e outros, pode ser lido em www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/981745/1/2013RA011.pdf.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Wave Modeling and Dynamics Workshop

Agência FAPESP – O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) realiza, de 11 a 15 de agosto, o Wave Modeling and Dynamics Workshop, que abordará a modelagem de ondas de superfície do mar.
A programação tratará dos aspectos práticos do preparo e do uso do modelo de ondas WaveWatch, com instrutores do CPTEC, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do National Centers for Environmental Prediction (NCEP), dos EUA.
Profissionais e estudantes interessados em participar podem se inscrever até 10 de agosto. É necessário ter experiência em modelagem de ondas e proficiência em Unix/Linux e recursos básicos de programação Fortran.
O workshop será realizado na sede do Inpe, na Avenida dos Astronautas, 1758, em São José dos Campos, São Paulo.
Mais informações em cursos.cptec.inpe.br/wave-modeling-dynamics ou pelos e-mails valdir@cptec.inpe.br e henrique.alves@noaa.gov.

What really annoys scientists about the state of the climate change debate?

From misinformed politicians who should 'shut up', to a failure of large parts of society to grasp reality, climate scientists reveal their bugbears

“Don’t shoot the messenger,” so the saying goes.
But what if that message warns we might want to rethink that whole fossil fuel burning thing pretty quick because it could seriously alter civilization and the natural world for centuries to come, and not in a good way?
Time to get the bullets out and start firing, obviously.
Climate scientists have been trying to dodge, catch or deflect those bullets for decades.
They are now all too used to being shot at, kicked and maligned as their findings are misunderstood, misrepresented, trivialised or booted around like footballs between politicians and other warring ideological factions and self-interested industry groups.
But if they had to pick one thing, what is it that really gets them annoyed?
When the public tries to understand the implications of their scientific findings – or just understand the findings themselves – what’s the most common mistake they see?
When the media gets hold of their findings, what makes climate scientists chuck a shoe, ice core or physics textbook at the screen in frustration?
I decided to ask a few leading climate scientists from around the globe to articulate that one thing that leaves them totally tacked off.
Some struggled to pick only a single bugbear (one even called to apologise for taking too long, so spoilt for choice were they), others took the chance to uncompromisingly unload their frustrations.
Here’s what they had to say.

Professor Andrew Pitman, director of the Australian Research Council’s Centre of Excellence for Climate System Science, University of New South Wales, Sydney

Many people who would not dream to claim they understand how antibiotics, microprocessors or immunisations work seem happy to wax lyrical on their views on climate change.
A politician or media identity who would be laughed out of office if they said “vaccines don't work" or “I am certain the moon is made of cheese" happily speak equivalent rubbish on climate science, believing their views deserve credit.
I want engineers to build bridges; I want a trained surgeon to operate on hearts and I want some of our decision-makers and commentators to either shut up, or familiarise themselves with climate science well enough to talk sense.

Professor Michael Mann, director of Penn State Earth System Science Center, United States

If there’s one concept that is typically misrepresented in the public discourse on climate change, it is the concept of uncertainty.
There are uncertainties in model projections of future climate change. However, these uncertainties cut both ways, and in many cases it appears that model projections have underestimated the rate and magnitude of the climate changes resulting from our burning of fossil fuels and emission of greenhouse gases into the atmosphere. The rapid lost of Arctic sea ice is one such example.
Rather than being cause for inaction, uncertainty is a reason to act all the sooner.

Professor Michael Raupach, director of the Climate Change Institute, Australian National University, Canberra

The greatest cause for sorrow is the widespread inability of the public discussion to recognise the whole picture.
Much of the political discourse reduces the complexities of climate change to political football (“axe the tax”); much media reporting sees only the hook to today’s passing story; many interest groups want to use climate change to proselytise for their particular get-out-of-jail free card (nuclear power, carbon farming).
All of this misses or trivialises the real, systemic significance of climate change: that humankind is encountering the finitude of our planet, confronting the need to share and protect our endowment from nature, and realising that much will have to change to make this possible.

Professor Richard Betts, chair in Climate Impacts at the College of Life and Environmental Sciences, University of Exeter, UK

The thing that bugs me most about the way climate change is talked about in the media is journalists citing scientific papers without providing a link to the original paper.
Readers often want to get more details or simply check sources, but this is very difficult (or sometimes impossible) if the source is not given. I've raised this a few times, and get lame excuses like 'readers get frustrated when the journals are paywalled' but that's not good enough. Media should provide sources – end of.

Professor Steven Sherwood, director of the Climate Change Research Centre at the University of New South Wales, Sydney

Where to start?
These are things I don’t see (or don’t see enough).
First is still that, even though it is clear greenhouse gas emissions raise the temperature of the Earth, we’ve known this for 50+ years and no reputable atmospheric scientist in the world disputes this, most people think scientists disagree. They’ve been misled by the media, and I’ve been told repeatedly by reporters in the US and Australia that this is due to pressure from management.
Second is the fact that carbon dioxide emissions are effectively irreversible and will stay in the climate system for hundreds of generations is seldom noted. If we decide later that this was a huge mistake there is no going back (practically speaking).
On the political side, I wish the media would note the obvious parallels of the carbon debate with past ones over restricting pollutants (mercury, lead, asbestos, CFCs), where claims that restrictions would be economically catastrophic never came true.
These are things I do see that bug me.
One would be phrases like “action on climate change”. We should be talking about “action on carbon dioxide” — and climate is only one reason (albeit the biggest) that too much of it is dangerous. Nothing we do with respect to any other influence on climate will prevent global warming if CO2 keeps climbing.

Professor Stefan Rahmstorf, head of Earth System Analysis, Potsdam Institute for Climate Impact Research, Germany

One of the phrases that makes me cringe is when I read in the media that a particular extreme weather event "is no evidence for climate change". This is so bad it's not even wrong, but it is quite misleading.
Climate change is a measured fact seen in rising temperatures, vanishing ice, rising sea levels etc. - it needs no further evidence. And a single extreme event cannot possibly provide such evidence, because climate change increases the number of certain extremes. Some, like heat waves, have already increased massively thanks to global warming.

Professor Roger Jones, research fellow at the Centre for Strategic and Economic Studies at Victoria University, Melbourne

Who am I?
I can be sued for calling a public individual fraudulent but not a whole scientific community or organisation – because climate scientists and the IPCC are fraudulent.
I can publish proven lies in my newspaper day after day with no penalty.
I can buy disaffected scientists to deny sound science with a plane fare to a bogus conference and a little publicity.
I can anonymously threaten researchers online, especially the female ones.
If anyone threatens me with facts, I can call them an antidemocratic, anti-jobs, McCarthyist, communist, anti-freedom, pagan environmentalist.
Everyone says there is no consensus.
I deny everything.

Dr Sophie Lewis, research fellow in the School of Earth Sciences at the University of Melbourne

I get annoyed when I hear yet another politician arguing that we can’t link extreme events to climate change. You know the spurious reasoning? Australia’s always had heatwaves/floods/fires, so this recent extreme is nothing to worry about. When I hear this, it’s time to turn off the TV.
Climate scientists don’t just guess at what contributed to recent extremes. We methodically calculate changes in the risk of extremes due to human factors, like greenhouse gases. I don’t just get irate out of principle.
Dismissing the link between climate change and extremes as hogwash leaves us vulnerable to a warmer climate.

Dr Andrew Glikson, visiting fellow at the School of Archaeology and Anthropology, Australian National University

I think the scale of the changes being seen now when compared to the Earth's history is something the media and the public do not appreciate. Earth's history is marked by a number of major mass extinctions of species, triggered by volcanic eruptions, asteroid impacts and release of methane from sediments.
Major shifts in the state of the climate were caused either by pulsations in solar radiation or by release of carbon from the Earth. In each of these events a marked rise occurred in the concentration of greenhouse gases in the atmosphere.
As the level of energy and temperature of the atmosphere increased, irreversible tipping points were reached where the synergy of feedback processes – ice melt, warming water, released methane, droughts and fires - combined to shift the climate from one state to the next.
The current rise in energy of the atmosphere above that of pre-industrial times, by about 3 Watt per square meter, is about half that of the atmospheric energy rise during the last transition from glacial to interglacial state.
The current shift is threatening to bring about irreversible tipping points in the climate, with the most serious consequences, likely indicated by the increase over the last 20 years or so in the intensity of extreme weather events around the globe.
The current rise of atmospheric CO2 at a rate of near-three parts per million per year exceeds rates recorded in the history of the atmosphere for the last 55 million years, which retards the ability of species to adapt to environmental change in time.
A consequent shift from conditions, which have allowed agriculture to take place from about 8,000 years ago, would render large parts of the continents unsuitable for cultivation.

Graham Readfearn @ The Guardian


quarta-feira, 25 de junho de 2014

INCT desenvolve sistema para verificar qualidade do ar na Paraíba

Medir os índices de poluição do ar ganhou importância nas cidades que enfrentam problemas provocados pela falta de planejamento urbano e pelo excesso de carros. Os dados podem ser utilizados na construção de planos de ação para mitigar os efeitos nocivos de substâncias como monóxido de carbono.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletrônicos (INCT-Namitec) trabalha no desenvolvimento de um sistema de sensoriamento de baixo custo para medir os níveis de monóxido de carbono na atmosfera de João Pessoa.
As pesquisas são coordenadas por Cleonilson Protásio, que também é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele detalha que a ausência de baterias é a grande novidade desta rede de sensores. “Já que se trata de monitoramento de variáveis ambientais, o sensor não utiliza bateria para não causar mais prejuízo ao meio ambiente”, explica.
De acordo com Protásio,  a ideia da pesquisa partiu de uma empresa paraibana de inspeção veicular. “A inspeção veicular é obrigatória em cidades como São Paulo, mas não na capital da Paraíba. O que a empresa quer provar é que os níveis de monóxido de carbono estão muito altos em João Pessoa”, conta ele.
A tecnologia já está na em fase de testes. A previsão é de que em dois meses as avaliações comecem a ser feitas na rua. Os dados deverão ser coletados ainda neste ano.

Texto: Ascom do MCTI, com informações do Namitec.

Cartilha mostra percepção de agricultores sobre mudanças climáticas

A história em quadrinhos e a linguagem informal foram escolhidas pela sub-rede Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Regional para apresentar a percepção de agricultores familiares do sertão nordestino sobre as alterações no clima e, também, como isso tem afetado as suas atividades produtivas. O resultado, a cartilha Num Clima de Prosa, acaba de ser lançado e está disponível na internet. Uma versão impressa está sendo elaborada para distribuição a educadores, estudantes, técnicos agrícolas e agricultores da região.
A sub-rede integra a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), que reúne especialistas de instituições e universidades de todo o país e tem sede no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), em São José dos Campos (SP).
Em 2011 e 2012, pesquisadores da sub-rede, em parceria com universidades locais, aplicaram aproximadamente 1.140 questionários, distribuídos entre quatro regiões do Semiárido brasileiro: Juazeiro (BA), Gilbués (PI), Seridó Potiguar (RN) e Chapada do Araripe (CE).
O levantamento teve como objetivos: identificar a percepção das populações locais e dos formuladores de políticas públicas quanto aos impactos das mudanças no clima e suas implicações sobre as atividades produtivas; Identificar vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais nas localidades selecionadas e suas implicações sobre as atividades produtivas; analisar a capacidade de adaptação dos sistemas produtivos e grupos sociais mais frágeis socialmente, frente aos impactos ambientais e sociais originados das possíveis alterações climáticas nos territórios selecionados; analisar como os programas governamentais existentes ajudam na diminuição ou no aumento da vulnerabilidade às possíveis alterações climáticas nas regiões estudadas; e identificar medidas locais de adaptação aos possíveis impactos das mudanças climáticas nas regiões.
O trabalho foi realizado por meio do projeto Mudanças Climáticas, Produção e Sustentabilidade: Vulnerabilidade e Adaptação em Territórios do Semiárido, financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Leia mais e acesse a cartilha. 

Fonte: Portal do MCT

terça-feira, 24 de junho de 2014

Simpósio em mudanças climáticas: processos de retroalimentação

Agência FAPESP – O Laboratório de Biogeoquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promove, entre 15 e 17 de setembro, o “Simpósio em mudanças climáticas: processos de retroalimentação”.
O evento contará com a participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, entre eles participantes do Laboratorio Internacional en Cambio Global (LINCGlobal), entidade de pesquisa formada pela parceria do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), da Espanha, e da Pontifícia Universidade do Chile, destinada a estudos interdisciplinares sobre mudanças globais. O simpósio também será o marco oficial da entrada da UFRJ no LINCGlobal.
Durante o evento, haverá apresentações de pôsteres, nas quais os alunos mostrarão seus trabalhos. A submissão de resumos pode ser feita até 18 de agosto.
O simpósio ocorrerá na UFRJ, no auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão), que fica na Avenida Carlos Chagas Filho, 373, no Rio de Janeiro. Mais informações: http://simposiolincglobal.blogspot.com.es/

domingo, 22 de junho de 2014

Natal: previsão do tempo na Copa

BR: Nos próximos dois dias teremos mais um jogo da Copa do Mundo em Natal. É bom ficar de olho no tempo.

EN: Within the next two days there will be a FIFA 2014 World Cup soccer match in Natal. Let us have a look at the weather forecast for next 48 hours.


http://www.yr.no/place/Brazil/Rio_Grande_do_Norte/Natal/

sábado, 21 de junho de 2014

Equator Prize for Sustainable Land Management in Sub-Saharan Africa

The Equator Prize for Sustainable Land Management (SLM) in Sub-Saharan Africa recognizes and celebrates local grassroots organizations that are improving the livelihoods of rural communities in dryland ecosystems in Sub-Saharan Africa through sustainable land management.
Ten winners will receive $5,000 USD and will attend the award ceremony at the Safari Park Hotel in Nairobi, Kenya on 17 June 2014. The Award Ceremony aims to be a contribution to the World Day to Combat Desertification, and to the work of the United Nations Convention to Combat Desertification (UNCCD)In addition to the award ceremony in Nairobi, several winners of the SLM Prize will be selected to receive the Equator Prize 2014, and will be supported to participate in a series of events held in conjunction with the United Nations General Assembly, scheduled for September 2014 in New York.
The Equator Prize for Sustainable Land Management in Sub-Saharan Africa is funded by a Global Environment Facility (GEF) project, implemented by the Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA), ENDA Tiers Monde, UNDP’s Equator Initiative, and UNDP Namibia. The project seeks to improve the socio-economic development of rural communities in Sub-Saharan Africa through sustainable land management (SLM), and to empower local grassroots organizations in Sub-Saharan Africa to participate and influence the implementation of the UNCCD, TerrAfrica, and other SLM processes, programs and policies.
The deadline for nominations for the Equator Prize for Sustainable Land Management in Sub-Saharan Africa was 22 March, 2014. Please find below summaries on all winners of the Equator Prize for Sustainable Land Management in Sub-Saharan Africa. Click the organization name for a description of the initiative.

Read more.
 

COPA: Justiça obriga Fifa a fazer parada técnica para hidratação de jogadores


A Justiça do Trabalho determinou hoje (20), por meio de liminar, que a Fifa faça paradas técnicas para hidratação dos jogadores que disputam a Copa do Mundo sempre que a temperatura superar os 32 graus Celsius no local da disputa. Sempre que houver essa condição climática, o juiz da partida deverá fazer a parada aos 30 minutos de cada um dos tempos.

A decisão foi proferida pelo juiz Rogério Neiva Pinheiro, da 1ª Vara do Trabalho do Distrito Federal. A multa pelo descumprimento é de R$ 200 mil por dia. A Fifa pode recorrer da decisão.

O juiz atendeu um pedido feito pelo Ministério Publico do Trabalho (MPT). O órgão alegou que, antes do início da Copa, a Fifa se comprometeu a seguir a recomendação de paralisar os jogos quando temperatura estivesse elevada e permitir que os jogadores pudessem se hidratar. No entanto, segundo o MPT, a entidade informou que já respondia a uma ação de responsabilidade impetrada pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) e não iria seguir as recomendações.

Fonte: Senadinho Macaíba

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Canada prepares to open world's most advanced wind lab

The Wind Engineering Energy Environment Research Institute (WindEEE), a $34 million laboratory near London, Ontario, will begin operations soon. Designed to produce a full range of three-dimensional wind effects ranging from a gentle breeze to downdrafts to tornadoes, it will be the most advanced facility for studying wind. The test chamber is a 25-m-diameter hexagon with 106 individually controlled fans and can draw up to 1.6 MW of electricity at maximum power. The facility will be used not just to study wind behavior in storms but to see how wind reacts to different terrains and the effect and effectiveness of different wind turbine arrangements.

By: Physics Today

El Niño, La Niña, e as plantações

Um grupo de pesquisadores coordenado por Toshichika Iizumi, do Instituto Nacional de Ciências Agroambientais do Japão, mapeou o impacto que os fenômenos climáticos El Niño e La Niña podem gerar sobre as principais culturas agrícolas nas diferentes regiões do planeta. Esse parece ser o primeiro trabalho a avaliar a influência global das diferentes fases da Oscilação Sul-El Niño (Osen) – fenômeno climático responsável pelo aquecimento (El Niño) e resfriamento (La Niña) da temperatura da superfície do oceano Pacífico – sobre as plantações de arroz, trigo, milho e soja, as principais culturas agrícolas do mundo, responsáveis por fornecer até 60% das calorias produzidas em terras agrícolas. A Osen, que pode aumentar as chuvas em algumas regiões e diminuir em outras, afeta o rendimento das plantações de modo distinto, de acordo com a localização geográfica, o produto cultivado e a fase de aquecimento ou resfriamento do Pacífico. Segundo o estudo, o El Niño pode aumentar o rendimento de até 36%  das áreas plantadas e diminuir em até 24% delas – entre as culturas favorecidas estão o milho, a soja e o arroz produzidos no Brasil. Já o La Niña pode causar um impacto negativo em até 13% das terras agrícolas e positivo em no máximo 4% (Nature Communications, maio 2014). Os pesquisadores acreditam que o mapa possa ajudar os produtores a decidir quais culturas plantar, além de fornecer aos governos um sistema de alerta sobre escassez de alimentos.

Fonte: Revista Pesquisa/FAPESP

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Itamaraty lança processo de consulta sobre contribuição brasileira para o novo acordo climático global


O Itamaraty acaba de dar o pontapé inicial no processo de consulta sobre as contribuições que o Brasil oferecerá para o esforço global de reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) de forma a limitar o aumento da temperatura global em 2ºC.
Para que seja possível se chegar ao acordo global sobre mudanças climáticas na COP21, a ser realizada em Paris em dezembro de 2015, uma série de marcos estão previstos para construir o acordo. Um dos principais é o envio para o Secretariado da Convenção de Mudanças Climáticas, até 31 de março de 2015, das contribuições nacionalmente definidas de cada país. Assim, será possível avaliar o quão distante a soma dos esforços estará da necessidade de redução de emissões necessárias para o cenários de 2ºC.
O processo de consulta, cuja chamada se encontra na íntegra abaixo, envolve duas etapas:
1. Será realizada pela internet onde os interessados podem responder ao questionário orientador e enviar suas contribuições de forma livre até o dia 18/7 próximo;
2. Esta fase terá inicio no dia 18/8 com a publicação do relatório das contribuições da primeira fase e a realização e uma série de consultas presenciais durante o mês de setembro. As contribuições pela internet poderão ainda ser enviadas até o dia 17/11/2015.
É curioso que a publicação do relatório final das consultas aconteça apenas em 17/4/2015, portanto, depois do prazo final para envio das contribuições brasileiras para a UNFCCC. Fato que precisa ser revista. De qualquer forma, trata-se de uma ótima iniciativa do Itamaraty.
Abaixo estão reproduzidos o calendário completo do processo de consulta e a íntegra da convocatória do Itamaraty. O documento de contexto preparado pelo Itamaraty pode ser visualizado em seu site.
tabela-560
Prezados,
Como é de seu conhecimento, estão em andamento negociações no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) de um novo acordo sob a Convenção, que entrará em vigor a partir de 2020. Nesse contexto, a 19ª Conferência das Partes na UNFCCC (COP-19, realizada em Varsóvia, Polônia) instou as Partes a iniciar ou intensificar as preparações domésticas de suas pretendidas “contribuições nacionalmente determinadas” ao novo acordo e a comunicá-las antes da COP-21.
As “contribuições nacionalmente determinadas” representam o pretendido aporte de cada país ao esforço global de combate à mudança do clima e deverão ter papel central na implementação do novo acordo sob a Convenção. Com o objetivo de subsidiar o processo de preparação da “contribuição nacionalmente determinada” que o Brasil levará à mesa de negociações, o Ministério das Relações Exteriores está coordenando uma consulta à sociedade civil brasileira, de forma a ampliar a transparência da preparação nacional e dar oportunidade a que todos os setores interessados participem e opinem.
A consulta será realizada em duas fases. A primeira fase será de consultas abertas, por meio eletrônico, sobre quais devem ser os elementos principais da contribuição brasileira, utilizando um questionário orientador. Com base nos aportes recebidos durante a primeira fase, será elaborado um relatório preliminar com indicação de possíveis opções de modalidades para a contribuição nacional brasileira. Na segunda fase, esse documento será submetido a novas consultas, por meio eletrônico e reuniões presenciais, para maior detalhamento de cada opção apresentada. A versão final do relatório subsidiará o processo de tomada de decisão, pelo Governo Federal, sobre a contribuição nacional que o Brasil apresentará nas negociações do novo acordo sob a Convenção.
Para participar, visite a página do processo de consulta.
Agradeceria a gentileza de divulgar esta mensagem e este link junto a colegas e entidades com interesse no tema.
Cordiais saudações,
Everton Frask Lucero
Divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química Ministério das Relações Exteriores

Artigo original por Tasso Azevedo para Planeta Sustentável

Corte seletivo e fogo fazem Floresta Amazônica perder 54 milhões de toneladas de carbono por ano

Por José Tadeu Arantes
Agência FAPESP – Uma pesquisa conduzida por cientistas no Brasil e no Reino Unido quantificou o impacto causado na Floresta Amazônica por corte seletivo de árvores, destruição parcial pelo fogo e fragmentação decorrente de pastagens e plantações. Em conjunto, esses fatores podem estar subtraindo da floresta cerca de 54 milhões de toneladas de carbono por ano, lançados à atmosfera na forma de gases de efeito estufa. Esta perda de carbono corresponde a 40% daquela causada pelo desmatamento total.
O estudo, desenvolvido por 10 pesquisadores de 11 instituições do Brasil e do Reino Unido, foi publicado em maio na revista Global Change Biology.
“Os impactos da extração madeireira, do fogo e da fragmentação têm sido pouco percebidos, pois todos os esforços estão concentrados em evitar mais desmatamento. Essa postura deu grandes resultados na conservação da Amazônia brasileira, cuja taxa de desmatamento caiu em mais de 70% nos últimos 10 anos. No entanto, nosso estudo mostrou que esse outro tipo de degradação impacta severamente a floresta, com enormes quantidades de carbono antes armazenadas sendo perdidas para a atmosfera”, disse a brasileira Erika Berenguer, pesquisadora do Lancaster Environment Centre, da Lancaster University, no Reino Unido, primeira autora do estudo.
Segundo Joice Ferreira, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental), em Belém (PA), e segunda autora do estudo, um dos motivos dessa degradação ser menos percebida é a dificuldade de monitoramento. “As imagens de satélite permitem detectar com muito mais facilidade as áreas totalmente desmatadas”, afirmou.
“Nossa pesquisa combinou imagens de satélite com estudo de campo. Fizemos uma avaliação, pixel a pixel [cada pixel na imagem corresponde a uma área de 900 metros quadrados], sobre o que aconteceu nos últimos 20 anos. Na pesquisa de campo, estudamos 225 parcelas (de 3 mil metros quadrados cada) em duas grandes regiões, com 3 milhões de hectares [30 mil quilômetros quadrados], utilizadas como modelo para estimar o que ocorre no conjunto da Amazônia”, explicou Ferreira.
As imagens de satélite, comparadas de dois em dois anos, possibilitaram que os pesquisadores construíssem um grande painel da degradação da floresta ao longo da linha do tempo, em uma escala de 20 anos. Na pesquisa de campo foram avaliadas as cicatrizes de fogo, de exploração madeireira e outras agressões. A combinação das duas investigações resultou na estimativa de estoque de carbono que se tem hoje.
Duas regiões foram estudadas in loco: Santarém e Paragominas, na porção leste da Amazônia, ambas submetidas a fortes pressões de degradação. Nessas duas regiões foram investigadas as 225 áreas.
“Coletamos dados de mais de 70 mil árvores e de mais de 5 mil amostras de solo, madeira morta e outros componentes dos chamados estoques de carbono. Foi o maior estudo já realizado até o momento sobre a perda de carbono de florestas tropicais devido à extração de madeira e fogos acidentais”, disse Ferreira.
Segundo ela, a pesquisa contemplou quatro dos cinco compartimentos de carbono cujo estudo é recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU): biomassa acima do solo (plantas vivas), matéria orgânica morta, serapilheira (camada que mistura fragmentos de folhas, galhos e outros materiais orgânicos em decomposição) e solos (até 30 centímetros de profundidade). “Só não medimos o estoque de carbono nas raízes”, disse.
Para efeito de comparação, foram consideradas cinco categorias de florestas: primária (totalmente intacta); com exploração de madeira; queimada; com exploração de madeira e queimada; e secundária (aquela que foi completamente cortada e cresceu novamente).
As florestas que sofreram perturbação, por corte ou queimada, apresentaram de 18% a 57% menos carbono do que as florestas primárias. Uma área de floresta primária chegou a ter mais de 300 toneladas de carbono por hectare, enquanto as áreas de floresta queimada e explorada para madeira tiveram, no máximo, 200 toneladas por hectare, e, em média, menos de 100 toneladas de carbono por hectare.
Corte seletivo tradicional
O roteiro da degradação foi bem estabelecido pelos pesquisadores. O ponto de partida é, frequentemente, a extração de madeiras de alto valor comercial, como o mogno e o ipê; essas árvores são cortadas de forma seletiva, mas sua retirada impacta dezenas de árvores vizinhas.
Deflagrada a exploração, formam-se várias aberturas na cobertura vegetal, o que torna a floresta muito mais exposta ao sol e ao vento, e, portanto, muito mais seca e suscetível à propagação de fogos acidentais. O efeito é fortemente acentuado pela fragmentação da floresta em decorrência de pastagens e plantações.
A combinação dos efeitos pode, então, transformar a floresta em um mato denso, cheio de árvores e cipós de pequeno porte, mas com um estoque de carbono 40% menor do que o da floresta não perturbada.
“Existem, hoje, vários sistemas de corte seletivo, alguns um pouco menos impactantes do que outros. O sistema predominante, que foi aquele detectado em nosso estudo, associado ao diâmetro das árvores retiradas e à sua idade, pode subtrair da floresta uma enorme quantidade de carbono”, disse Plínio Barbosa de Camargo, diretor da Divisão de Funcionamento de Ecossistemas Tropicais do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação da área de Biologia da FAPESP, que também assinou o artigo publicado na Global Change Biology.
“Por mais que recomendemos no sentido contrário, na hora do manejo efetivo acabam sendo retiradas as árvores com diâmetros muito grandes, em menor quantidade. Em outra pesquisa, medimos a idade das árvores com carbono 14. Uma árvore cujo tronco apresente o diâmetro de um metro com certeza tem mais de 300 ou 400 anos. Não adianta retirar essa árvore e imaginar que ela possa ser substituída em 30, 40 ou 50 anos”, comentou Camargo.
A degradação em curso torna-se ainda mais preocupante no contexto da mudança climática global. “O próximo passo é entender melhor como essas florestas degradadas responderão a outras formas de distúrbios causados pelo homem, como períodos de seca mais severos e estações de chuva com maiores níveis de precipitação devido às mudanças climáticas”, afirmou o pesquisador britânico Jos Barlow, da Lancaster University, um dos coordenadores desse estudo e um dos responsáveis pelo Projeto Temático ECOFOR: Biodiversidade e funcionamento de ecossistemas em áreas alteradas pelo homem nas Florestas Amazônica e Atlântica.
Além dos pesquisadores já citados, assinaram também o artigo da Global Change Biology Toby Alan Gardner (University of Cambridge e Stockholm Environment Institute), Carlos Eduardo Cerri e Mariana Durigan (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP), Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e University of Exeter), Raimundo Cosme de Oliveira Junior (Embrapa Amazônia Oriental) e Ima Célia Guimarães Vieira (Museu Paraense Emílio Goeldi).
O artigo A large-scale field assessment of carbon stocks in human-modified tropical forests (doi: 10.1111/gcb.12627), de Erika Berenguer e outros, pode ser lido em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/gcb.12627/full.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Un concours de photos pour mettre en valeur les activités climatologiques

L'OMM organise un concours de photographies pour son calendrier 2015 et pour la Journée météorologique mondiale 2015.

Le thème est le suivant: Climat: comprendre pour agir. Les clichés gagnants figureront dans le calendrier, le site Web et la galerie Flickr de l'OMM. Ils seront affichés lors des célébrations de la Journée météorologique mondiale 2015. Les lauréats ne recevront pas de récompense en espèces.
Nous recherchons des photographies qui mettent en lumière notre conception du temps et du climat ainsi que les activités que nous menons pour faire face à la variabilité naturelle du climat, au changement climatique d'origine humaine et aux phénomènes extrêmes correspondants, tels que les vagues de chaleur et les inondations. Citons par exemple l'utilisation de prévisions saisonnières ou la prévision des épisodes El Niño/La Niña pour améliorer la production alimentaire, la gestion des ressources en eau, la réduction des risques de catastrophes et les conditions sanitaires; ou encore les mesures prises à l'égard du changement climatique.

Laissez libre cours à votre imagination!

Nous encourageons tout particulièrement la participation des jeunes, mais aucune limite d'âge n'est fixée. Merci d'envoyer vos photos à l'adresse social@wmo.int

Instructions pour la présentation des photographies

Toutes les photos doivent être présentées au format 10 x 15 cm au minimum et être prises en résolution élevée (300 dpi au moins). Elles doivent être soumises au format .jpeg ou .tiff, avec peu de compression pour préserver la qualité de l'image. Nous acceptons tant les clichés noir et blanc que les clichés couleur.

Remarque: Les photographies présélectionnées devront être de résolution supérieure (300 dpi et 9 000 x 5 000 pixels au moins) et au minimum au format A3 (42 x 30 cm ou 30 x 16,5 pouces).

Critères de sélection

Un jury OMM composé d'experts en météorologie et en climatologie ainsi que de photographes professionnels expérimentés présélectionnera les clichés en se fondant sur les critères suivants:

  • Qualité technique, clarté et composition; impact visuel. 
  • Présentation convaincante d'un sujet attrayant/intéressant sur la façon dont nous utilisons les connaissances climatologiques pour faire face au changement climatique et faciliter l'adaptation des populations ainsi que le développement durable. Le choix du sujet et la description qui l'accompagne dans le formulaire de présentation, notamment la légende, revêtent donc une grande importance. 
  • Innovation, capacité à surprendre et à susciter l'imagination
    L'OMM publiera les photos présélectionnées sur sa page facebookFacebook. Les abonnés voteront pour choisir les 13 meilleures photos, qui illustreront le calendrier de l'OMM. Il ne sera accepté qu'un seul vote par adresse IP et par jour. Les autres photographies présélectionnées seront affichées sur la page Flickr de l'OMM et lors des célébrations de la Journée météorologique mondiale 2015.

    La date limite de présentation des photographies est le 30 juin 2014. Les résultats seront annoncés avant le 15 septembre 2014.

    Les lauréats ne recevront pas de récompense en espèces. Bonne chance à tous!

    Terms and conditions (in English) 

Pour en savoir plus cliquez @ OMM

Previsão para dia 17 e 18 de junho, Natal.


O distúrbio ondulatório de leste que provocou chuvas fortes em Natal está se afastando para o oceano, conforme verificado na imagem de satélite abaixo (primeira figura). Contudo, ainda existem nuvens carregadas próximas ao litoral Potiguar. Na segunda imagem, que é uma imagem do radar do CEMADEN, confirma-se a região de nebulosidade se encaminhando para o oceano, embora ainda haja nebulosidade esparsa sobre a região. Finalmente, o Meteograma (terceira figura) indica chuva leve no período da noite em Natal. A temperatura não ultrapassa 30º e a umidade relativa do ar é sempre superior a 60% durante o dia.

 
Figura 1 - Imagem de satélite


Figura 2 - Imagem de radar do CEMADEN


 
Figura 3 - Meteograma

Por Cláudio Moisés Santos e Silva, Doutor em Meteorologia, professor da UFRN.
 

domingo, 15 de junho de 2014

Meteorologia: imagens sobre chuvas em Natal.

Informações meteorológicas: satélite, radar, ventos, previsão, e estação da chuva de ontem em Natal.




 Contribuição do Prof. Humberto Barbosa, coordenador do projeto LAPIS NA COPA.

SOBRE AS OCORRÊNCIAS DE CHUVAS EM NATAL

As chuvas estão causando grande transtorno na região metropolitana de Natal, uma das cidades-sede da Copa. A explicação para este fenômeno, que já pode ser caracterizado com um evento climático extremo, tem suas raízes no aquecimento das águas oceânicas, provocando maior umidade, e a distribuição de ventos na região. Com mais detalhes, pesquisadores da UFAL e UFRN trazem maiores esclarecimentos.
Para o Prof. Dr. Humberto Barbosa, Meteorologista da UFAL e Coordenador do projeto LAPIS NA COPA (vide http://200.17.112.62/lapis_copa/lapis_copa.php), "A explicação tem vários sistemas meteorológicos, os quais estão atuando na região do Recôncavo do RN, especialmente, na cidade de Natal.
A alta do atlântico sul está muito intensa e, por conseguinte, os ventos de SE estão muito fortes. Esses ventos estão transportando águas quentes para costa leste desta região, aonde se tem registrado anomalias de TSM positvas.
Além disso, a inclinação da ZCIT tem favorecido a fomação de squal line *linha de instabilidade* na região sententrional do NEB. Tb tem a participação das POAs, ondas pertubatórias de leste. Estes são os principais sistemas meteorológicos que explicam o excesso de chuvas em Natal. A chuva na cidade de Natal deve diminuir no domingo -- a partir de tarde. "
O Prof. Dr. Cláudio Moisés, Coordenador do Curso de Meteorologia da UFRN, acrescenta:
"A causa das chuvas em Natal é a presença de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL). A previsão para amanhã ainda é de chuvas, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A chuva deve continuar até dia 16 e, em se mantendo as condições atuais, deve parar no dia 17. Contudo, é necessário continuar monitorando, porque esse tipo de sistema meteorológico costuma se fortalecer e provocar chuvas novamente."

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Un planeta, un océano – Juntos, tenemos el poder de protegerlos a los dos.



La importancia del océano para el desarrollo sostenible fue reconocida por la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible celebrada en 2012 y es medular en las negociaciones que tienen lugar en el contexto de la Convención Marco de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático. Este Día Mundial de los Océanos nos brinda una oportunidad de destacar la relevante función que tiene el océano para la vida sobre la tierra y de movilizarnos en favor de su protección.

En momentos en que aumentan las amenazas, ya no es aceptable hacer como si nada hubiera ocurrido. Tenemos que cambiar la forma en que entendemos, ordenamos y utilizamos los recursos oceánicos y las zonas costeras. Con este fin, debemos saber más sobre el océano y basarnos en elementos científicos más sólidos para elaborar políticas sostenibles y centradas en los ecosistemas en relación con el océano y las zonas costeras.

Por conducto de su Comisión Oceanográfica Intergubernamental, basándose en 46 sitios marinos inscritos en la Lista del Patrimonio Mundial y la aplicación de la Convención sobre la Protección del Patrimonio Cultural Subacuático, la UNESCO está a la vanguardia de las iniciativas intergubernamentales destinadas a que las investigaciones y las políticas sobre el océano tengan mayor calado.
La UNESCO actúa para fortalecer la base empírica a fin de que la adopción de decisiones sobre el océano esté mejor fundamentada y para estrechar los vínculos entre la ciencia, las políticas y la sociedad. Ello supone firmes asociaciones de colaboración con la sociedad civil. La UNESCO apoya una amplia plataforma de organizaciones no gubernamentales para que se dé más importancia a los problemas vinculados con el océano durante la preparación de la Conferencia de las Partes en la Convención Marco de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático (COP) que tendrá lugar en Lima en 2014 y en París el próximo año.

Al mismo tiempo, la Comisión Oceanográfica Intergubernamental de la UNESCO, la Oceanography Society y la Fundació Navegació Ocèanica Barcelona congregarán a expertos en oceanografía para poner en marcha una colaboración internacional en materia de ciencias y tecnologías marinas en la Segunda Conferencia Internacional sobre Investigaciones Oceanográficas que se reunirá en noviembre de este año en Barcelona (España). Junto con diversos interlocutores de las Naciones Unidas y otros interesados institucionales, la UNESCO también participa activamente en la evaluación mundial de los océanos y en el Programa sobre Evaluación de Aguas Transfronterizas del Fondo para el Medio Ambiente Mundial, con el fin de mejorar los conocimientos sobre el océano y facilitar información con fundamentos científicos a los encargados de la adopción de decisiones.

Todas estas iniciativas son importantes para mitigar los riesgos oceánicos y los efectos del cambio climático, lo cual es fundamental en este Año Internacional de los Pequeños Estados Insulares en Desarrollo. La UNESCO participa activamente en los preparativos de la Tercera Conferencia Internacional sobre los Pequeños Estados Insulares en Desarrollo que se celebrará en septiembre en Apia (Samoa) y que pondrá de relieve la participación de los jóvenes.

El océano es esencial para nuestro bienestar y para el futuro de nuestro planeta y el Día Mundial de los Océanos, una oportunidad para que todos los gobiernos y todas las sociedades cierren filas a fin de lograr su protección. 

Mensaje de la Sra. Irina Bokova, Directora General de la UNESCO con motivo del Día Mundial de los Océanos