quarta-feira, 31 de agosto de 2011

UFRN participa de workshop sobre energia eólica


A Universidade Federal do Rio Grande do Norte participa, nos dias 29 e 30 deste mês, do “I Workshop para Formação de Redes Cooperativas em Tecnologia e Pesquisa em Energia Eólica Integrada aos Setores Empresariais”. O evento ocorrerá no Hotel Escola Senac Barreira Roxa. Trata-se de uma iniciativa de instituições norte-riograndenses que está sendo coordenada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN).

O objetivo é promover discussões entre universidades, instituições de pesquisa e fomento, empreendedores e fabricantes eólicos, sobre as demandas tecnológicas de recursos humanos e regulatórias produzidas pelos investimentos no mercado de energia eólica. O encontro está sendo considerado como uma fase inicial para a implantação do Instituto Internacional de Tecnologia em Energia Eólica (IITEE). O Workshop vai reunir o setor empresarial e pesquisadores de diferentes nacionalidades.

Estarão presentes no evento representantes de diversas instituições de pesquisa e formação profissional, como a UFRN, UFERSA, IFRN, UERN, UFPA, UFMG, UFCG, CT-GÁS, UNP e UFC, além de parceiros internacionais como a INESC. Também estão confirmadas as presenças de fabricantes eólicos, além da FIERN, CHESF, SEBRAE, entre outros.

A programação prevê momentos de integração com todos os agentes participantes presentes e também divididos em grupos de trabalho. Do setor empresarial, participam empresas geradoras de energia eólica e fabricantes de equipamentos desse setor.

O evento contará, também, com a participação do professor da Universidade do Porto (Portugal), Vlademiro Miranda, diretor de estratégia da área de energia do INESC Porto, importante instituto de investigação em tecnologias da informação em Portugal, onde foi durante anos o coordenador da área de Sistemas de Energia.

De acordo com o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFRN, Clóvis Bôsco, um dos organizadores do evento, espera-se que, a partir do evento, seja possível “definir uma minuta de projeto de criação do Instituto Internacional de Tecnologia em Energia Eólica (IITEE), capaz de contribuir efetivamente na solução de problemas do setor e na ampliação dos resultados sociais promovidos pelos empreendimentos eólicos”.

A instalação do Instituto Internacional de Tecnologia em Energia Eólica (IITEE-RN) representaria um importante passo do Rio Grande do Norte na área de energia eólica, seguindo a tendência de produção de energia a partir de fontes renováveis.

Pela UFRN, participarão do evento, além do professor Clóvis, os seguintes professores: Ricardo Lúcio, Kurius Iuri, Aldayr Dantas, do Departamento de Engenharia Elétrica; Manoel Firmino e Ricardo Pinheiro, do Departamento de Engenharia de Computação e Automação; e Aldomar Pedrini, do Departamento de Arquitetura.

Fonte: Página da UFRN

Nota do Blog
O evento foi realizado conforme anunciado e foi, em nossa avaliação, muito positivo. Membros do PPGCC participaram do evento, que a princípio estava com foco em aspectos de Engenharia. Entretanto, com acontece com os grandes empreendimentos em Energia Eólica, a participação de especilistas em outros campos, como Estatística, Física, Oceanografia e, sobretudo, meteorologia, é de fundamentel importância para auxiliar nas avaliações do potencial eólico e, por conseguinte, para o sucesso empresarial e socioambiental do projeto. O PPGCC desde já apóia a iniciativa e passa a integrar o projeto, devendo promover em breve um mini-workshop local para discutir a participação de pesquisadores envolvidos com as atividades de Ciências Climáticas da UFRN e outras instituições locais no projeto do Instituto Internacional de Energia Eólica do estado do RN.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Insa assina acordo de cooperação para adaptação a mudanças climáticas

Um acordo de cooperação técnica entre o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) foi firmado na busca de melhorar a capacidade da agricultura para diminuir e adaptar-se às mudanças climáticas e utilizar melhor os recursos naturais.

O documento foi assinado pelo diretor do Insa, Ignacio Hernán Salcedo, e pelo representante do Iica no Brasil, Manuel Rodolfo Otero, na última quinta-feira (18), em Brasília.

O acordo de cooperação técnica estabeleceu como objetivos: promover uma cooperação técnica para agricultura, meteorologia, recursos hídricos e biodiversidade, objetivando a competitividade do sistema agroalimentar, o desenvolvimento sustentável da agricultura, a segurança alimentar, a redução da pobreza e a melhoria das condições de vida nos territórios urbanos e rurais das Américas e o bem-estar da sociedade; e dar início e amparo, jurídico e técnico, a futuros projetos de cooperação técnica, que sejam procedentes de preocupações comuns ou surjam de propostas de colaboração de uma ou de outra das partes.

Leia mais.  

Fonte: Portal do MCT.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

IDEMA promove XII Mutirão de Limpeza e Educação Ambiental do Rio Potengi

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - IDEMA promove na manhã deste sábado (27) a 12° edição do Mutirão de Limpeza e Educação Ambiental do Rio Potengi. O evento contará com a participação de aproximadamente 150 voluntários, dentre estudantes universitários, colaboradores das instituições parceiras e demais membros da sociedade. O mutirão ocorrerá das 7 às 12 horas, partindo do Iate Clube do Natal, de onde os participantes serão embarcados e distribuídos em cinco pontos da margem esquerda do rio.

A atividade faz parte do Programa de Recuperação do Estuário do Rio Potengi, idealizado pelo IDEMA e operacionalizado pela Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar - FUNDEP com o objetivo de desenvolver ações cujo foco é a recuperação e conservação deste que é o principal estuário do Estado.

Os Mutirões de Limpeza visam promover o envolvimento da sociedade civil e de instituições públicas e privadas em atividades de educação ambiental e de remoção de resíduos sólidos do rio. Em sua primeira edição, realizada em 2006, o Mutirão recolheu cinco toneladas de lixo do Potengi.

O XII Mutirão de Limpeza será realizado com o apoio do 17º Grupo de Artilharia de Campanha Jerônimo de Albuquerque (GAC), 7° Batalhão de Engenharia de Combate Visconde de Taunay (Becom), Comando do 3º Distrito Naval, Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, Companhia de Policiamento Ambiental (CIPAM), Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBM/RN), Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), Companhia de Serviços Urbanos de Natal (URBANA), Água Mineral Cristalina, Líder Limpeza Urbana e Iate Clube do Natal.

Nota: Matéria publicada hoje, 24/08/2011, na Tribuna do Norte online
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Submissão de trabalhos para o IV SIC encerra-se na próxima semana

O prazo para a submissão de trabalhos para o IV Simpósio Internacional de Climatologia (SIC) encerram-se no próximo dia 31/08. Os interessados poderão se inscrever através do site http://www.sic2011.com/sic/Conta/Login.aspx e logo após, submeter seu trabalho no seguinte link: http://www.sic2011.com/sic/submissoes/index.aspx. 
O IV SIC acontece entre os dias 16 e 19 de outubro em João Pessoa na Paraíba. O evento realizado pela SBMET (Sociedade Brasileira de Meteorologia) tem como tema central as Mudanças Climáticas e seus impactos em áreas Urbanas.
 
O objetivo do simpósio é discutir como as mudanças climáticas globais podem afetar os centros urbanos brasileiros, suas vulnerabilidades e possíveis soluções para mitigação e adaptação a esses efeitos. Nesse contexto, os temas abordados nesse encontro envolvem Mudanças Climáticas e seus Impactos no Ambiente e na Saúde em Áreas Urbanas, Eventos Extremos de Tempo e Clima, Novas Tecnologias na Previsão de Tempo e Clima, Vulnerabilidade das Áreas Urbanas Costeiras, Confiabilidade dos Modelos Regionais e Cenários Futuros do Clima.
 
Durante todo o evento serão realizadas palestras e apresentações de trabalhos, discussões em mesas redondas e pôsteres. Os pôsteres serão afixados com uma sessão geral de apresentação. Haverá ainda um mini-curso “Estatística Aplicada à Climatologia: Técnicas na detecção da variabilidade do Clima e Extremos”.
 
O IV SIC também é voltado para o público não acadêmico, uma vez que trata de questões ambientais de interesse de toda a sociedade. A participação do público pode ser por meio de assistência às plenárias e da visitação à área dos pôsteres e aos estandes.
 
O evento contará com a participação de pessoas ilustres além de pesquisadores renomados como Dr. Carlos A. Nobre (Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT), Dr. José A. Marengo (CCSTINPE), Dr. Jason West (University of North Carolina), Dr. Gregory R. Carmichael (University of Iowa), Dr. Gustavo Carrió (Atmospheric Science Dept., Colorado State University - CSU), Dr. Victor Magaña Rueda (Universidad Nacional Autónoma de México), Dr. Yosuke Yamashiki (Kyoto University), Dr. Carlos Corvalán (World Meteorological Organization – WHO), Dr. João M. Alveirinho Dias (Universidade do Algarve), entre outros.
 
Fonte: Portal do IV SIC.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Delegação brasileira embarca para China e Coreia do Sul

A matéria abaixo trás destaque para possibilidade de colaboração na área de Meteorologia com os países asiáticos.
 
18/08/2011 - 20:14
Uma delegação composta por representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de seus institutos embarca para China e Coreia do Sul no sábado (20) com o objetivo de tratar de acordos internacionais.

A primeira visita será à China. Na pauta de discussão, assuntos como o lançamento do satélite CBERS 4 e a construção de novos equipamentos. Outros propostas a discutir com as autoridades chinesas são a criação de um centro Brasil-China para pesquisas meteorológicas e a construção de um satélite conjunto dos países que compõem o grupo dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Na ocasião, a delegação será responsável também por apresentar aos chineses iniciativas de intercâmbio em mobilidade, capacitação e treinamento na área espacial, considerando o lançamento do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) e do Programa Ciência sem Fronteiras. Para tratar do programa de bolsas, haverá encontro com representantes de universidades chinesas escolhidas para receber alunos brasileiros. Estarão em pauta, ainda, nanotecnologia e biotecnologia.

Coreia do Sul

Na sequência, a delegação brasileira segue para a Coreia do Sul. Na lista de atividades constam acordos bilaterais com diversos órgãos coreanos, além da assinatura de memorandos de entendimentos com universidades para o envio de estudantes também no âmbito do Ciência sem Fronteiras.

Participam da delegação brasileira o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), Carlos Nobre; o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Gilberto Câmara; o diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), Fernando Galembeck; e o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

Fonte: Portal do MCT.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Calibração de anemômetros

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) anunciou que irá expandir o serviço de calibração de anemômetros de copos para estações meteorológicas e parques eólicos. Segundo o instituto, a ampliação da oferta do serviço ocorrerá em função do aumento da utilização da energia eólica no país.
O anemômetro é um instrumento essencial para o cálculo da eficiência do parque eólico. As medições de velocidade do vento são informadas em metros por segundo (m/s). Com esse controle, o gestor do parque pode tomar medidas para aumentar a eficiência de sua produção e também evitar que ela caia a níveis abaixo dos parâmetros mínimos definidos nos leilões de energia.
Para a prospecção, o anemômetro também é um instrumento fundamental. Esse trabalho é feito ao longo de dois ou três anos, confrontando os dados do mapa eólico do país com as velocidades obtidas na prospecção. Dessa forma, são definidos os pontos exatos de instalação de cada torre e a altura do gerador, por exemplo, 30, 60 ou 100 metros.
A calibração do anemômetro é feita em túnel de vento. Nesse trabalho, são verificados os níveis de ‘erro’ e ‘incerteza’ dentro da faixa de tolerância das normas técnicas.
O IPT é acreditado para a calibração de anemômetros de copos de acordo com a norma internacional ISO 17025, seguindo também os parâmetros da Rede Brasileira de Calibração (RBC), que tem gestão do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O laboratório do IPT também é vinculado ao International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC).
Segundo o Ministério das Minas e Energia, hoje a energia eólica representa ainda apenas 0,4% da matriz de Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) no país, com um suprimento nominal da ordem de 2,2 terawatt hora (TWh), enquanto 74,3% são provenientes de hidrelétricas.
As principais regiões que têm potencial eólico no país são os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mais informações: www.ipt.br 

Comentário do autor do Blog.
Mais uma vez enfrentamos uma nítida indução de aumento da "assimetria" Sul-sudeste desenvolvido versus Nordeste e demais regiões dependentes.

Os principais estados da federação com grande potencial eólico ficam quase todos no Nordeste, com reconhece a reportagem acima. 

Pelo visto até agora, os investimentos em pesquisas de inovação tecnológica da atual gestão do MCT, vai tudo para São Paulo ou, na melhore da hipóteses, para alguns estados vizinhos.

O MCT, há uns 2 anos atrás, sinalizou com transformação do Centro Regional Nordeste (CRN) do INPE, localizado em Natal  em um Centro de Referência em manutenção, desenvolvimento e calibração de equipamentos nas áreas de Meteorologia, Oceanos e Ambiente. Foi projeta o LIA (Laboratório de Instrumentação Ambiental), com dotação orçamentária inicial de cerca de 4 (quatro) milhões de reais, via TR da FINEP, a serem investidos exclusivamente no CRN/INPE (embora os projetos envolvessem docentes da UFRN, a esta não caberia um centavo destes recursos). 

Pois bem, com a mudança do Governo Federal, de Lula para Dilma, e em especial de todo o corpo do Ministério (seria, Paulistério?) da Ciência e Tecnologia, da noite para o dia puf... o dinheiro da TR sumiu! Certamente não desapareceu simplesmente, mas foram bem (espero!!), investidos em instituições do MCT localizadas no Sul-Sudeste (não teria sido, mais uma vez, em São Paulo?).
Não resta dúvidas que a implantação do LIA seria um "outbreak", um "breakthrough", para a importante área de instrumentação em ambiente, clima e oceanos, em termos regionais, que certamente seria disseminado em pouco tempo para outras áreas, regiões, menos desenvolvidas.

Enfim, sem a concretização do LIA, deram um "consolo" para o CRN, destinando-lhe o papel de mero gerenciador do SINDA (ver link http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2372 ).

Assim, fica difícil. Só se vier um novo Messias da Ciência e Tecnologia, preferencialmente paulista e com reputação científica obtida em institutos ou universidades norte-americanas, querendo transformar os rincões do Nordeste em um novo "Vale do Silício" ou coisa parecida.

 

domingo, 14 de agosto de 2011

Bairros de Natal têm sensações térmicas maiores que a temperatura

A alcunha de Cidade do Sol tem cada dia mais pertencido a Natal. Não só pela maior parte do ano proporcionar céu azul aos natalenses e turistas, mas sobretudo pela sensação térmica, que em alguns pontos da capital chega a apresentar diferença de até 3°C da temperatura marcada nos termômetros. Além das ilhas de calor comumente conhecidas, como o Alecrim e o Centro, bairros residenciais altamente adensados estão entrando na lista dos locais mais quentes do município, como Petrópolis e Ponta Negra. Para os especialistas, uma forma de aliviar essa quentura seria as cidades elaborarem um planejamento ambiental. Enquanto isso não acontece, o período ainda é de inverno, mas o calor já está castigando muita gente.

Embora boa parte da população tenha a impressão que está muito quente, nem sempre os termômetros marcam altas temperaturas. O meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Wellington Pinheiro, explica que uma coisa é o que está no termômetro, outra é o que sentimos de fato. A percepção popular é cientificamente conhecida como sensação térmica, fenômeno composto por vários elementos climáticos. Em Natal, a alta umidade do ar somada a ventos fortes resulta no aumento do calor.

A diferença do que sentimos para o que está marcado meteorologicamente pode chegar aos 4°C, principalmente nas denominadas ilhas de calor. A combinação de asfalto, pessoas, veículos e construções faz nascerem essas ilhas. Em uma análise superficial é possível citar imediatamente os bairros do Alecrim e Centro da Cidade. Porém, o engenheiro agrônomo, mestre em Arquitetura e Urbanismo, Leonardo Tinôco, ressaltou que Petrópolis já pode ser considerado uma ilha de calor e que a tendência é Ponta Negra passar pelo mesmo processo.

De acordo com o engenheiro, a ilha de calor se forma quando os ventos encontram os prédios e sobem aliados ao clima quente e úmido do litoral. Para quem está neste ambiente, a sensação é de uma estufa. Os prédios da Avenida Getúlio Vargas, principal via de Petrópolis, pode ser considerado um exemplo de local onde o fenômeno existe. As correntes de vento beneficiam os moradores dos prédios, mas as residências ficam no calor.

Adelma Pires, moradora de Felipe Camarão, é comerciante na Zona Norte e percebe a diferença climática entre sua casa e o trabalho. Na opinião dela, a Zona Norte é mais ventilada e menos quente. A visão da comerciante pode ser resultado do baixo adensamento da região, onde ainda não é possível fazer grandes prédios.

Planejamento Ambiental

Que arborizar as áreas ameniza o calor não é novidade para ninguém. Contundo, Leonardo diz que o poder público precisa criar um planejamento ambiental que aponte os caminhos para relação entre a densidade de ocupação e a área ambientalmente protegida. Por exemplo, diante de determinada quantidade de área construída ser construída também uma praça arborizada. Segundo o engenheiro, o estado ainda não tem Plano de Controle de Poluição Veicular. O projeto está sendo elaborado pelo Idema, após ter sido feito pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e ter virado objeto de Ação Judicial. Embora tenha certeza que a tendência com o passar dos anos é o aumento das temperaturas, Leonardo reconhece que 40% de Natal são Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) e os vazios urbanos precisam ser ocupados. "A própria cidade precisa entender que o meio ambiente urbano é diferente do rural", ressaltou sobre o processo de ocupação. 

Por Maiara Felipe, da redação do DIARIODENATAL

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

IO-USP: 6ª Semana Temática de Oceanografia

Agência FAPESP – De 29 de agosto a 2 de setembro, ocorrerá a 6ª Semana Temática de Oceanografia, organizada pelo Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO USP).
Sob o tema “Oceanografia e mercado: um mar de possibilidades”, o evento tem como objetivo expor as diversas vertentes do mercado de trabalho que podem ser exploradas, assim como criar uma rede de contatos entre os profissionais das áreas de ciências do mar.
O evento tem como público-alvo alunos, pesquisadores e professores da área de oceanografia, além de pessoas interessadas na área, bem como alunos de ensino médio, pré-vestibular e de outros cursos de graduações como biologia, geologia, química, física e gestão ambiental, entre outros.
A programação da semana conta com palestras, minicursos, workshops e mesas-redondas que abordarão questões relacionadas ao empreendedorismo, atividades hidroviárias, energia, oceano e manejo costeiro.
A Semana Temática de Oceanografia será realizada no Instituto Oceanográfico da USP, localizado na Praça do Oceanográfico, nº 191, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: www.sto.io.usp.br
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MMA seleciona projetos a serem beneficiados com recursos do Fundo Clima



08/07/2011
Cristina Ávilla
O Ministério do Meio Ambiente publicou, nesta quinta-feira (7/7), a primeira chamada pública que irá beneficiar projetos de economia de baixo carbono com linhas de crédito, não reembolsáveis, do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Poderão concorrer organizações da sociedade civil e governos.
Está prevista a aplicação de R$ 29.167.463,00 em projetos relacionados a desenvolvimento de tecnologias em áreas de populações vulneráveis, combate à desertificação, prevenção e sistemas de alerta a desastres naturais, campanhas de disposição de lixo, gestão pública para adaptação ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima, além de monitoramento de gases de efeito estufa em áreas de floresta e agricultura.
A chamada pública discrimina os temas de acordo com regiões do País que deverão ser contempladas com cada um. E estabelece que tipo de instituições podem participar.
"Os recursos serão liberados assim que terminar a seleção, pois já estão disponíveis no orçamento da União", informa o gerente do Fundo Clima, Estevan Del Prette, do MMA.
Segundo Del Prette, uma nova chamada deverá ser lançada nos próximos dias, para projetos que se referem a erosões das zonas costeiras e apoio aos planos setoriais da Política Nacional sobre Mudança do Clima, que incluem desde controle de desmatamento até transporte, indústria, agricultura e mineração.
Acesse a chamada pública
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=251&idConteudo=11305&idMenu=12223
 

Sudeste terá mais tempestades

Agência FAPESP – Análise dos dados dos últimos 60 anos da ocorrência de tempestades nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas mostra que as tempestades irão se tornar mais frequentes.
Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motivo é o aumento da temperatura superficial das águas do oceano Atlântico no hemisfério Sul em decorrência do aquecimento global.
No período, o Atlântico teve um aquecimento médio da ordem de 0,6 grau, simultaneamente ao aquecimento global do planeta da ordem de 0,8 grau.
De acordo com o Elat, esse aumento de temperatura faz parte do aquecimento global e deve se intensificar a cada década, fazendo com que com o aumento de tempestades se acentue e leve a ocorrência mais frequente de catástrofes climáticas associadas a tempestades com altas taxas de precipitação, granizo e raios, vendavais e tornados.
Nas três cidades estudadas, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, a mesma tendência de aumento das tempestades para essa combinação de temperaturas dos oceanos foi verificada com um grau de confiabilidade superior a 99%.
Se a temperatura do oceano Atlântico continuar subindo na mesma taxa atual e o fenômeno La Niña não sofrer alterações em sua frequência de ocorrência e intensidade com o aquecimento global – o que é esperado a partir dos dados existentes –, o estudo estima que em 2070 o número médio de tempestades no Sudeste será duas vezes maior em relação ao número atual, sendo que nas regiões litorâneas deverá ser três vezes maior.
O estudo foi liderado por Osmar Pinto Júnior, coordenador do Elat, com a participação de Earle Williams, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Iara Pinto (Elat) e Marco Antonio Ferro, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (Instituto de Aeronáutica e Espaço). Pinto Júnior coordena o Projeto Temático “Detecção de sinais de variabilidade relacionados a mudanças climáticas na incidência de descargas atmosféricas no Brasil”, financiado pela FAPESP.
Os resultados do estudo foram apresentados durante palestra na 14ª Conferência Internacional de Eletricidade Atmosférica (ICAE 2011), que está sendo realizada no Rio de Janeiro até o dia 12 de agosto.
“Os resultados obtidos são os primeiros a indicar concretamente que a ocorrência de tempestades deve aumentar no Sudeste do Brasil nas próximas décadas, além de confirmar uma crescente visão entre os cientistas de que as variações na ocorrência de tempestades sobre os continentes são em boa parte influenciadas pelas temperaturas dos oceanos”, disse Williams.
Esse aumento pode ocorrer bem mais cedo, se o aquecimento global se intensificar, o que cenários de maiores emissões de gases estufa sugerem a partir de projeções de modelos climáticos.
O estudo utiliza uma nova metodologia baseada na análise de valores mensais da ocorrência de tempestades confrontados com valores máximos e mínimos de temperatura superficial do oceano Atlântico e do oceano Pacífico equatorial.
Com isso, foi possível verificar a tendência de aumento das tempestades, o que as análises feitas anteriormente com base em valores médios anuais não conseguiram evidenciar. Tal tendência, contudo, só ocorre em períodos quando o oceano Atlântico está com temperaturas altas e o oceano Pacífico equatorial está sujeito ao fenômeno La Niña, caracterizado por um resfriamento das águas nessa região.
De acordo com os cientistas, essa combinação de fatores se tornará cada vez mais frequente, devido ao aquecimento do oceano Atlântico. “Tanto o La Niña quanto o aquecimento das águas do Atlântico intensificam a ocorrência de tempestades. Entretanto, quando atuam isoladamente seus efeitos não são tão significativos”, disse Pinto Júnior.