segunda-feira, 31 de março de 2014

Seca em São Paulo já desencadeia conflito

O pesquisador José Antonio Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coordenou o capítulo sobre América Central e do Sul e também fez parte do grupo que elaborou o Sumário para Formuladores de Políticas. Ele fala das novidades, dos mais vulneráveis e do que podemos esperar para o continente.
Qual é a principal novidade desse relatório?
Marengo - Alguns aspectos regionais ficaram mais claros: o que podemos esperar de impactos e como lidar com eles. Foi criada uma classificação do tamanho do impacto com e sem adaptação. Um determinado risco pode ser menor com adaptação. Já para outros, não há o que fazer. Por exemplo, se acabar a água das geleiras andinas, teremos de buscar outras fontes. É um problema que vai desencadear conflitos. Pense na seca em São Paulo. O governador paulista quer usar água do Rio Paraíba do Sul e o do Rio não quer deixar. Não é uma guerra, mas é uma forma de conflito.
Mas não pode haver uma guerra de verdade por água?
Marengo - No passado tivemos guerras por recursos naturais - e a água é o principal deles. Mas aqueles saques que vemos no Nordeste são uma forma de conflito. Não temos de esperar pelo futuro, já está acontecendo em algumas áreas, principalmente nas mais vulneráveis - que são as mais pobres. Aí entram as discussões sobre adaptação, que deveriam ser patrocinadas pelos governos e pelo setor privado. Não há uma fórmula única de adaptação, e isso é o que torna tudo mais complexo.
O relatório traz muitas mensagens sobre os impactos num cenário de mais 4°C de aumento de temperatura. O painel acha que esse é o cenário mais provável?
Marengo - A questão dos 4°C é um caso de futuro que não queremos. Pode ser difícil entender quando falamos em cenário, mas não quando citamos 4°C a mais: é quente demais, pode ter impactos em muitos lugares. As mensagens do sumário falam o que pode acontecer com os 4°C a mais, como um nível mais catastrófico.
E quanto ao capítulo sobre América Central e do Sul, há mudanças em relação a 2007?
Marengo - Identificamos um maior número de impactos; não só enchentes, inundações, secas e danos a ecossistemas, mas também impactos sociais, nas áreas urbanas. As mulheres aparecem como as mais vulneráveis, pois, em muitos casos, permanecem em casa. Não veem quando uma enchente ou um deslizamento está chegando.
Também mudou a percepção de como a Amazônia será afetada.
Marengo - Sim, o risco de savanização ficou um pouco afastado. Era um modelo que mostrava aquilo. Depois, novos modelos apontaram que pode haver uma redução de chuvas, mas é justamente na parte do arco do desmatamento, que já está mais degradada. O que se imagina agora é que mesmo que haja uma mudança na vegetação, não seria para uma savana. Publiquei com um grupo inglês um estudo sobre a Amazônia na revista "Nature", e a conclusão é que a floresta é mais resiliente do que achávamos. É uma boa notícia, mas não nos livramos do problema. Voltar a ter grandes taxas de desmatamento pode levar ao pior cenário.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O atlas das brigas ambientais

Afonso Capelas Jr. - 28/03/2014 às 14:50

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Brasil é o terceiro país com maior número de litígios por questões ligadas ao meio ambiente, como se pode ver pela quantidade de pontinhos coloridos no mapa do nosso país, na imagem acima. Só perdemos para a índia e a Colômbia e estamos nivelados com a Nigéria. É o que revela um minucioso mapa-múndi desenvolvido pela Universidade Autônoma de Barcelona. As cinco brigas ambientais mundiais mais ferrenhas apontadas pelos pesquisadores espanhóis: exploração de minérios, conflitos por aquisição de terras, direito de acesso à águadesmatamentos e exploração e extração de petróleo e gás.
Não se engane quem pensa que essas desavenças só acontecem longe de nós, moradores das grandes cidades. Há algum tempo pendengas ambientais sérias e perigosas chegaram aos nossos quintais e é preciso nos preocupar.
Basta acompanhar os jornais desde o início do ano para conhecer a crítica seca do sistema de reservatórios Cantareira e o imbróglio do governo paulista para prover as torneiras do estado captando parte das águas do rio Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento do Rio de Janeiro. Ou os sérios problemas de contaminação química nas cidades de Duque de Caxias, no Rio, e de Paulínia, em São Paulo.
De acordo com o estudo desenvolvido em conjunto como a Environmental Justice Organizations, Liabilities and Trade (EJOLT) – projeto de organizações de justiça ambiental europeias – no total estão em andamento em todo o território brasileiro atualmente nada menos que 58 conflitos ambientais. Os mais complicados são causados por disputas agrárias – especialmente na Amazônia – por recursos minerais e hídricos, além das questões indígenas. A Vale é a quinta empresa do mundo mais envolvida em pendências ambientais. São 15 disputas, sendo que 14 delas estão no Brasil, Peru, Chile, Colômbia e até em Moçambique, na África.
A partir do levantamento da Universidade Autônoma de Barcelona a EJOLT criou um atlas interativo que aponta, em detalhes e muitas informações, onde estão esses conflitos e de que tipos são eles. É possível pesquisar por diferentes categorias: por países, por empresas envolvidas nos conflitos, por commodities e também por tipo de conflito.
Para o pesquisador Marcelo Firpo Porto, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – autor do artigo que ilustra a página do atlas com foco no Brasil – apesar do país ter se industrializado, a exploração dos recursos naturais ainda é muito forte “com as exportações de matérias-primas crescendo em importância em relação aos bens fabricados nos últimos anos (de 28,9% em 2003 para 46,8% em 2012)”.
Sobre conflitos ecológicos nas cidades brasileiras Marcelo Firpo conclui em seu texto: “Apesar de ainda pouco importante nos mapas, os conflitos ambientais urbanos do país estão associados a indústrias poluidoras e tecnologicamente ultrapassadas ​​que desrespeitam as leis ambientais, além de alguns conflitos com lixões e aterros sanitários. Mais recentemente, os efeitos negativos da especulação de terras e a remoção forçada de comunidades pobres (especialmente das favelas e subúrbios), situado em áreas com novos investimentos também geraram novos conflitos”.
Para acessar o mapa mundi dos conflitos ambientais da EJOLT (em inglês) clique aqui. Para consultar exclusivamente os problemas brasileiros – e em bom português – a Fiocruz, instituição participante do projeto, colocou no ar o site Mapa de Conflitos envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.

Fonte: portal Planeta Sustentável

domingo, 30 de março de 2014

IPCC: Fifth Assessment Report (AR5)

The Summary for Policymakers is available here and the unedited accepted Final Draft Report is availablehere.
From http://www.ipcc.ch/

IPCC: mundo está pouco preparado para impactos das mudanças climáticas

Planeta já sente as consequências do aquecimento e no futuro ameaças serão amplificadas, conclui relatório divulgado neste domingo

Giovana Girardi - Enviada especial a Yokohama, no Japão - portal Estadão.

Mudança climática não é um problema para o fim do século. Já está acontecendo agora, causando impactos ao ambiente e aos seres humanos em todos os continentes e através dos oceanos. Para o futuro, vai amplificar os riscos relacionados ao clima já existentes e criar novos riscos para os sistemas naturais e humanos. E, por enquanto, o mundo está muito pouco preparado para lidar com essa situação.
Em poucas palavras, esse é o quadro pintado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas  (IPCC) na segunda parte do seu quinto relatório, divulgado neste domingo, 30, à noite (horário de Brasília) em Yokohama, no Japão.
A mensagem está presente no "Sumário para Formuladores de Políticas", uma introdução não-técnica do  documento de mais de 2 mil páginas e 30 capítulos, que trata dos impactos, adaptação e vulnerabilidade às mudanças climáticas.
Junto com a constatação de que o mundo já está pagando a conta pelas emissões desenfreadas de gases de efeito estufa a partir da Revolução Industrial, o relatório aponta que ainda há oportunidades para lidar com os riscos. Na maior parte dos casos, medidas sérias de adaptação, aliadas com outras para reduzir as emissões do planeta, podem fazer com que riscos que seriam de alto nível se nada for feito, caiam para um risco médio ou baixo.
No entanto, quanto mais tempo se levar para fazer isso, a dificuldade vai aumentar, assim como os custos. "Magnitudes crescentes de aquecimento aumentam a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis", afirma o sumário.  E com o tempo vai se chegar a um limite em que talvez não haja mais o que fazer."A mensagem mais importante deste relatório é que gestão da mudança climática é um desafio de gerenciamento de riscos. Vemos uma ampla gama de possíveis resultados - alguns deles muito sérios. E também vemos as mudanças climáticas interagindo com outros fatores, muitas vezes agindo como um multiplicador dessas ameaças", disse ao Estado o pesquisador norte-americano Chris Field, co-chair do Grupo de Trabalho 2, do IPCC, que elaborou o documento.
"O problema real não é se teremos 2 °C ou 3 °C de aquecimento, mas se, uma seca, por exemplo, vai aumentar a propensão a incêndios que uma vez que começam acabam se estendendo por milhares de quilômetros quadrados. Enquadramos o desafio das alterações climáticas de uma forma a permitir que as pessoas entendam que é uma questão de gerenciamento de risco e de aplicar as ferramentas que já temos para fazer esta gestão de uma forma mais inteligente", complementa.
Field lembra que a adaptação não é uma tarefa exótica, que nenhum governo nunca tentou. O relatório ressalta várias experiências que estão sendo feitas ao longo do mundo, mas ainda em uma escala muito pequena, que precisa se expandir.
"Acho que está claro que em todo o mundo ainda não estamos preparado para o riscos que estamos enfrentando agora. Muito do desafio de lidar com a mudança climática é que as pessoas tendem a pensar que é necessário um passo gigante, que vamos fazer uma coisa e estaremos todos preparados, mas uma coisa que vem do relatório é que para lidar com a mudança do clima talvez sejam necessários 500 pequenos passos."
Dimensão humana. Os impactos já observados afetam a agricultura, a disponibilidade de água, a saúde humana, os ecossistemas no continente e nos oceanos e alguns modos de vida. Em geral, os problemas têm ocorrido em todo o mundo, sejam países ricos ou pobres, mas o grau de vulnerabilidade varia, normalmente sendo maior entre os mais marginalizados.
Ao longo do século 21, as mudanças climáticas podem "desacelerar o crescimento econômico, fazer com que a redução da pobreza seja mais difícil, erodir ainda mais a segurança alimentar, e prolongar as existentes e criar novas armadilhas da pobreza, particularmente nas áreas urbanas e pontos onde há muita fome".
Este relatório, ao contrário dos anteriores do IPCC, teve um foco maior na "dimensão humana", explica Field. "Mais atenção sobre como as pessoas serão afetadas pode ajudar a garantir que elas saiam de uma condição de fome ou violência e tenham vidas mais confortáveis", diz.
A iniciativa foi bem recebida por ONGs ambientalistas que acompanharam os trabalhos na semana que passou. "Pela primeira vez o IPCC tem um capítulo inteiro sobre segurança humana, que fala sobre conflitos violentos, migração. As mudanças climáticas não são só um problema para ursos polares, recifes de corais e a floresta tropical, mas é sobre nós", afirma Kaisa Kosonen, do Greenpeace.
O relatório também traz de modo mais aprofundado a questão da segurança alimentar, que ajuda a compor esse quadro mais humano. No relatório de 2007, o IPCC colocava, por exemplo, a possibilidade de que em algumas regiões mais altas e mais frias poderiam se beneficiar se tornando mais aptas para a agricultura - o que talvez pudesse compensar as perdas em outras regiões.
Agora o texto é claro em mostrar que o que já temos visto são somente os impactos negativos. E aponta também para a relação mais abrangente do problema, relacionado com o aumento de preços dos alimentos. "O documento reconhece que um clima mais extremo significa também que enfrentaremos os preços dos alimentos mais extremos", comenta Tim Gore, da ONG Oxfam. "A nova história dos impactos climáticos nos alimentos é que não é apenas sobre os pequenos produtores nos países pobres, mas como os grandes produtores exportam e os altos preços vão afetar milhões de pessoas nas áreas rurais e urbanas", complementa.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Climate Scientists in Japan To Study Warming Risks

By Elaine Kurtenbach

International climate scientists are gathering in Japan for a week-long meeting focused on a grim climate change report that warns of floods and drought that could stoke conflicts and wreak havoc on the global economy. The scientists say that along with the risks are opportunities to build a better world and improve public health.


Along with the enormous risks global warming poses for humanity are opportunities to improve public health and build a better world, scientists gathered in Yokohama for a climate change conference said Tuesday.
The hundreds of scientists from 100 countries meeting in this Japanese port city are putting finishing touches on a massive report emphasizing the gravity of the threat the changing climate poses for communities from the polar regions to the tropics.
"Although it focuses on a whole analytical and sometimes depressing view of the challenges we face, it also looks at the opportunities we face," said Christopher B. Field, the co-chair of the Intergovernmental Panel on Climate Change. "This can not only help us to deal with climate change but ultimately build a better world."
Japan's awareness of the severity of climate change has been driven home by record temperatures of over 40 C (104 F), and in Yokohama, by unusually heavy snows this winter, said the environment minister, Nobuteru Ishihara.
Japan plans to release an adaptation plan of its own by the summer of 2015 that would focus on a more "eco-friendly lifestyle," he said. That includes improvements in energy efficiency ahead of the 2020 Tokyo Olympic games.
"We aim to take full environmental consideration so that the Tokyo Games will be the `environmental Olympics,'" Ishihara said.
Japan is struggling to rein in its own emissions of greenhouse gases after it shut down its nuclear plants following the disaster in Fukushima after the March 2011 earthquake and tsunami. Increased burning of natural gas, coal and oil to compensate for lost generating capacity have undone much of the progress the country had made in cutting carbon emissions.
While each region faces its own mix of challenges, research conducted by thousands of scientists around the world underscores the need for urgent measures, J. Lengoasa, deputy head of the World Meteorological Organization, said in a recorded message to Tuesday's meeting.
He said countries in Africa already spend $7 billion to $15 billion a year on climate adaptation.
"Time is running out. We must take action," he said. "It is our obligation and our duty to inform the world of the prospects and risks that lie ahead."


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quinta-feira, 27 de março de 2014

Wind power cost competitive with natural gas


http://cdn.phys.org/newman/gfx/news/2014/windpowercos.png




(Phys.org) —The costs of using wind energy and natural gas for electricity are virtually equal when accounting for the full private and social costs of each, making wind a competitive energy source for the United States, according to a new study on the federal tax credit for wind energy.
Just released by researchers at Syracuse University and the University of California, the analysis shows that wind energy comes within .35 cents per kWh when levelized over the 20-year life of a typical wind contract, compared on an equivalent basis to the full costs for
natural gas-fired energy, according to Jason Dedrick, associate professor at Syracuse University's School of Information Studies (iSchool).
"The true cost of electricity from wind power and natural gas are effectively indistinguishable, yet because the cost of carbon emissions is not included in the market price of gas, wind has not been a competitive form of energy use in most of the United States, without government pricingsupport," Dedrick said.
The analysis starts from the U.S. Department of Energy (DOE) estimates of the lifetime "levelized" cost of electricity from a new wind farm, and also from an advanced combined cycle gas plant. The analysis develops a new metric that incorporates long-term factors which are not included in the DOE numbers. Accordingly, the study also reveals that the recently-expired Production Tax Credit for wind makes up for the lack of any mechanism to make fossil fuel generators pay for the cost of carbon emissions, Dedrick noted.
Researchers for the study, "Visualizing the Production Tax Credit for Wind Energy," in addition to Dedrick, are Kenneth L. Kraemer, research professor, University of California, Irvine; and Greg Linden, senior research associate at the University of California, Berkeley.

 

(Phys.org) —The costs of using wind energy and natural gas for electricity are virtually equal when accounting for the full private and social costs of each, making wind a competitive energy source for the United States, according to a new study on the federal tax credit for wind energy.

Read more at: http://phys.org/news/2014-03-power-competitive-natural-gas.html#j
(Phys.org) —The costs of using wind energy and natural gas for electricity are virtually equal when accounting for the full private and social costs of each, making wind a competitive energy source for the United States, according to a new study on the federal tax credit for wind energy.

Read more at: http://phys.org/news/2014-03-power-competitive-natural-gas.html#jCp

terça-feira, 25 de março de 2014

Microsoft Research lança programa de apoio a pesquisa sobre mudança climática

Agência FAPESP – Com o propósito de ajudar a prever impactos das mudanças climáticas e maneiras de lidar com eles, a Microsoft Research lançou uma chamada para projetos de pesquisa sobre o tema que utilizem computação em nuvem.
O programa Climate Data Award apoiará 40 projetos, liberando o uso gratuito de recursos de computação em nuvem da plataforma Windows Azure ao longo de 12 meses.
Cada projeto apoiado terá até 180 mil horas de tempo de computação em nuvem e 20 terabytes de espaço de armazenamento em nuvem. Além disso, serão oferecidas sessões de treinamento para que os pesquisadores aprendam a utilizar as ferramentas desse recurso.
O Windows Azure é uma plataforma criada para o desenvolvimento e o gerenciamento de aplicativos e serviços na web. Esses serviços podem ser simples, como uma página na web, ou complexos como uma ferramenta para explorar imensas coleções de dados.
Serão selecionados projetos que apresentarem ideias originais e permitirem avanços nas pesquisas utilizando o Windows Azure. As propostas devem ser submetidas até o dia 15 de junho.
Elas devem descrever o problema de pesquisa e a sua importância e incluir uma estimativa dos recursos necessários, como requisitos de armazenamento, por exemplo.
O formulário de inscrições e mais informações sobre o programa podem ser conferidos em http://blogs.msdn.com/b/msr_er/archive/2014/03/19/microsoft-research-support-for-climate-change-studies.aspx

segunda-feira, 24 de março de 2014

Meteorologistas do Nordeste atualizam as previsões climáticas

Os meteorologistas do Nordeste estiveram reunidos nos dias 20 e 21, em Recife, para uma nova previsão climática da região, para o período de abril a junho. O Rio Grande do Norte esteve representado através da equipe da Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). A previsão mostrou uma tendência para chuvas próximo da normalidade no período de abril a junho de 2014, tanto para a região norte como para o setor leste da região Nordeste.

Assim, com as análises dos parâmetros climáticos globais referentes ao mês de fevereiro de 2014 e os resultados dos principais modelos oceânicos/atmosféricos, existe uma tendência de que as chuvas para os setores Norte e Leste da região Nordeste do Brasil, durante os próximos três meses (abril, maio e junho de 2014), variem entre normal a acima da normalidade, com grande variabilidade temporal e espacial, conforme os seguintes percentuais: Normal: 45%; Acima do Normal: 35%; Abaixo do Normal: 20%. Lembrando que como poderão haver mudanças referentes aos parâmetros oceânicos/atmosféricos durante as próximas semanas, principalmente no Oceano Atlântico, é de extrema importância um monitoramento contínuo nessas regiões que possam inserir algumas mudanças no atual prognóstico.

No primeiro momento da reunião, os Estados apresentaram as condições pluviométricas referentes ao mês de fevereiro e a primeira quinzena de março de 2014, destacando a ocorrência de chuvas na categoria próxima da normalidade para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Para os Estados de Pernambuco e da Bahia, enquanto que no setor leste a chuva ocorrida apresentou bons índices acumulados, no interior as chuvas apresentaram uma irregularidade bastante acentuada, evidenciando a predominância de chuvas na categoria abaixo do normal.

De acordo com o relatório final, “na primeira quinzena de março, as chuvas associadas à presença da Zona de Convergência Intertropical apresentaram uma melhor configuração, tanto nos volumes como na distribuição, principalmente nos Estado do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Com relação à condição hídrica, as chuvas ocorridas até o momento ainda não provocaram mudanças significativas nos níveis de armazenamento de água nos principais reservatórios, prevalecendo alta deficiência no armazenamento de água nos principais reservatórios na região semiárida, que atualmente apresenta um armazenamento em torno de 25% a 30% da sua capacidade máxima”.

Em seguida, os meteorologistas apresentaram os parâmetros atmosféricos que influenciam diretamente na ocorrência de chuvas na região, com destaque à condição de temperatura das águas superficiais dos oceanos Atlântico e Pacífico. Essa variável, mesmo apresentando um comportamento próximo do normal, tanto no Atlântico Norte como Atlântico Sul continuou apresentando evolução favorável em relação aos meses anteriores, com o Atlântico Norte mais frio do que o Oceano Atlântico Sul.   No oceano Pacífico, as águas continuaram apresentando anomalias negativas em tono de 0,5ºC, evidenciando uma condição de neutralidade.  A próxima reunião, no mês de abril, será realizada em Maceió, com data ainda a ser definida.
Fonte: portal TNonline

Taming Nonlinear Freak Waves

Holger Hennig, Department of Physics, Harvard University, Cambridge, MA 02138, USA and Broad Institute of MIT and Harvard, Cambridge, MA 02142, USA
Published March 24, 2014  |  Physics 7, 31 (2014)  |  DOI: 10.1103/Physics.7.31
Figure 1
Freak or rogue waves are giant waves in the ocean, up to tens of meters high, that seem to form out of the blue, posing a major threat for even the largest ships. It is no wonder that freak waves have often been described as a mysterious phenomenon. How can they form and why do they occur orders of magnitude more often than what is expected from commonly used models, such as a “random-plane-wave model” based on the linear superposition of plane waves? One possible mechanism for their formation is via so-called “breathers,” oscillating localized and high-amplitude waves that can occur in nonlinear media.
Breathers are solutions of the nonlinear Schrödinger equation (NLS), which describes the dynamics of a large variety of nonlinear media including water, optical fibers, and clouds of Bose-Einstein condensates. As reported in Physical Review Letters, Amin Chabchoub at the Swinburne University of Technology in Melbourne, Australia, and Mathias Fink at the Institut Langevin of the French National Center for Scientific Research (CNRS) have demonstrated the experimental generation of breathers in water [1] based on a particular mathematical property of the NLS: its time-reversal symmetry. This property allows the authors, for the first time, to “refocus” breathers: after they are generated, propagated, and are recorded at some distance from the origin, the decayed nonlinear wave profile is time-reversed and re-emitted in such a way that their energy focuses back, as though a movie of the propagating waves had been played backwards. The effect, which occurs despite the inevitable presence of damping and noise, may be exploited for the generation of breathers in a variety of media or to study the role of nonlinearity in the formation of rogue waves.
Historically, the simplest approach to model freak waves has been the random-plane-wave model, in which the linear superposition of waves leads to a statistical (Rayleigh) distribution of wave intensities. Yet, as confirmed by recent research on freak waves in microwave resonators [2], it has been known for many years that this underestimates by orders of magnitude the probability for the occurrence of freak waves. This puzzle remains unsolved even when the model is refined by including multiple wave-scattering events. But two other physical effects could be responsible for the unexpectedly high frequency of freak waves observed in the real world: (i) nonlinearity, i.e., the formation of breathers and (ii) caustics, i.e., the focusing of waves to high intensity due to purely linear wave propagation in random media.
Caustics form naturally in random media and act like lenses for waves. They determine, for instance, the changing light patterns that you can see on the bottom of a swimming pool on sunny days. While the contribution of caustics to freak waves has recently been uncovered [3], the role of breathers in the formation of freak waves in the ocean is still foggy. Therefore, a way to experimentally control freak waves formed via breathers would be highly desirable.
Chabchoub and Fink tackle the nonlinear contribution to freak wave dynamics experimentally. They use a 15-meter-long unidirectional water flume with a water depth of 1 meter (m)—basically a water tank carefully optimized to control wave propagation in one dimension. To minimize dissipation and its influence on breather propagation in the tank, they cleaned the walls of the flume and used filtered water before performing the experiments. The researchers refocused breathers using the following protocol: (i) Building on previous work [4], they provided the initial conditions to generate a breather by moving a single wave-forming paddle. Such initial conditions, e.g., the amplitude profile of the breather, can be calculated analytically. (ii) They measured the amplitude profile of the decaying breather at a 9-m distance. (iii) They calculated and generated the time-reversed amplitude profile of the breather.
The time-reversal symmetry of the NLS would imply that a state at a given time could be back-propagated to yield the initial conditions that generated it. The time-reversed signal would then lead to the re-formation of a breather after propagating for 9m. But proving that the mathematically predicted refocusing could work as planned under real-world experimental conditions was the greatest challenge for the researchers. Refocusing has been demonstrated in the linear regime for single giant peaks, also called hot spots [5]. Can nonlinearity-based refocusing also succeed, despite the inevitable damping that breaks the time-reversal symmetry of the NLS? Chabchoub and Fink indeed report a successful outcome: the experimental refocusing of a first-order (so-called Peregrine) breather. Furthermore, they were able to reverse in time an even higher (second) order (Akhmediev-Peregrine) breather. The amplitude of the wave envelope is amplified by a factor of 5 in the case of the second-order breather. Thus, if a ship were to sail across 2-m random waves in the ocean, encountering a second-order breather would translate to facing waves up to 10m high.
It is worth noting that time reversal of breathers as proposed by the authors may provide insight into a broader class of situations beyond freak waves. Moving breathers (more widely known as solitons) manifest themselves in rivers as part of tidal bores, in the form of a wave front followed by a train of solitons [6] (see Fig. 1). This phenomenon is well known among surfers: the tidal bore in the Severn River in the UK can carry surfers several miles upstream. A five star bore—the highest category—attracted surfers and “breather watching” spectators alike in February 2014.
The authors’ results may also have implications in other domains of physics. The NLS describes a variety of physical systems, including Bose-Einstein condensates (BECs) confined to cigar-shaped traps—a system that can be controlled experimentally with a very high precision. In the presence of an optical lattice potential, the NLS turns into a lattice equation: the discrete NLS. Generating breathers in BECs is appealing, as breathers are stable and localized matter waves that are coherent on long time scales [7], properties that could be used, for instance, in quantum computing. Experiments with BECs may address whether time reversal of decayed breathers is possible. However, quantum effects may pose an obstacle: classically instable motion (including the decay of a breather) leads to decoherence [8], which goes beyond the validity of the NLS.
While the scheme studied by the authors is one dimensional (like solitons in narrow rivers), future research may investigate the simulation of breathers in two dimensions, providing a more realistic approach to understand possible mechanisms for the formation and decay of freak waves on the ocean surface. Furthermore, disentangling nonlinear contributions (i.e., breathers) from linear contributions (i.e., caustics) to freak-wave formation remains an outstanding challenge for researchers in a wide range of fields, including microwave chaos, nonlinear optics, and water waves.

References

  1. Amin Chabchoub and Mathias Fink, “Time-Reversal Generation of Rogue Waves,” Phys. Rev. Lett. 112, 124101 (2014).
  2. H.-J. Stöckmann, in Chaos, edited by B. Duplantier, S. Nonnenmacher, and V. Rivasseau Progress in Mathematical Physics, Vol 66 (Birkhäuser, Boston, 2013)[Amazon][WorldCat].
  3. R. Höhmann, U. Kuhl, H.-J. Stöckmann, L. Kaplan, and E. J. Heller, “Freak Waves in the Linear Regime: A Microwave Study,” Phys. Rev. Lett. 104, 093901 (2010).
  4. A. Chabchoub, N. Hoffmann, M. Onorato, and N. Akhmediev, “Super Rogue Waves: Observation of a Higher-Order Breather in Water Waves,” Phys. Rev. X 2, 011015 (2012).
  5. A. Przadka, S. Feat, P. Petitjeans, V. Pagneux, A. Maurel, and M. Fink, “Time Reversal of Water Waves,” Phys. Rev. Lett. 109, 064501 (2012).
  6. M. A. Porter, N. J. Zabusky, B. Hu, and D. K. Campbell, “Fermi, Pasta, Ulam and the Birth of Experimental Mathematics,” American Scientist 97, 214 (2009).
  7. H. Hennig, D. Witthaut, and D. Campbell, “Global Phase Space of Coherence and Entanglement in a Double-Well Bose-Einstein Condensate,” Phys. Rev. A 86, 051604 (2012).
  8. Y. Castin and R. Dum, “Instability and Depletion of an Excited Bose-Einstein Condensate in a Trap,” Phys. Rev. Lett. 79, 3553 (1997).

NASA Launches Its Third Global 'Codeathon' with New Coastal Flooding Challenge

NASA Chief Scientist Ellen Stofan
NASA Chief Scientist Ellen Stofan spoke Wednesday at the White House Climate Data Initiative launch, during which she announced the third International Space Apps Challenge.
Image Credit: NASA/Aubrey Gemignani

NASA along with space agencies around the world are preparing for the third annual International Space Apps Challenge, which will be held April 12-13. Participants will develop mobile applications, software, hardware, data visualization and platform solutions that could contribute to space exploration missions and help improve life on Earth.
At the Climate Data Initiative launch at the White House Wednesday, NASA Chief Scientist Ellen Stofan announced the inclusion of a new challenge focused on coastal flooding, developed by NASA and NOAA, and based on federal cross-agency data. The Coastal Inundation in Your Community challenge is one of four climate-related challenges using data provided by NASA, the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) and the Environmental Protection Agency (EPA).
The challenge encourages entrepreneurs, technologists, and developers to create and deploy data-driven visualizations and simulations that will help people understand their exposure to coastal-inundation hazards and other vulnerabilities.
“Solutions developed through this challenge could have many potential impacts,” said Stofan. "This includes helping coastal businesses determine whether they are currently at risk from coastal inundation, and whether they will be impacted in the future by sea level rise and coastal erosion."
The two-day International Space Apps Challenge will be a “codeathon”-style event locally hosted at almost 100 locations spanning six continents. More than 200 data sources, including data sets, data services, and tools will be made available. This event will bring tech-savvy citizens, scientists, entrepreneurs, educators, and students together to help solve challenges relevant to both space exploration and social needs.
"The International Space Apps Challenge is one of the U.S. commitments to the Open Government Partnership to explore new ways that open space data can help the planet and further space exploration," said Deborah Diaz, deputy chief information officer at NASA Headquarters in Washington.
This year, more than 40 new challenges will represent NASA mission priorities and be organized in five themes: Earth Watch, Technology in Space Human Spaceflight, Robotics, and Asteroids. About half of the challenges are in the Earth Watch theme, which supports NASA's focus on Earth science in 2014.
For the first time in more than a decade, five NASA Earth science missions are being launched into space in the same year, opening new and improved remote eyes to monitor our changing planet. The agency shares this unique knowledge with the global community and works with institutions in the United States and around the world that contribute to understanding and protecting our home planet.
For more information about NASA's Earth science activities in 2014, visit:
For more information about the Coastal Inundation In Your Community challenge, visit:
For a full list of challenges and for more information about International Space Apps Challenge, visit:
For information about NASA's programs and missions, visit:
-end- 
Sonja Alexander
Headquarters, Washington
202-358-1761
sonja.r.alexander@nasa.gov

sábado, 22 de março de 2014

Erupções vulcânicas explicam redução do aquecimento

Partículas expelidas por vulcões teriam compensado parte da emissão de gases de efeito estufa. Para pesquisadores, humanos contaram com a "sorte"
por Deutsche Welle 

Dos 14 anos mais quentes já registrados, 13 foram neste século. Mas desde 1988, o ritmo do aumento da temperatura da Terra está mais devagar. As contas dos cientistas não fecham: a velocidade do aquecimento global está muito inferior ao nível de emissões de gases estufa. Essa fase de "silêncio" ficou conhecida como hiato.
Um estudo publicado no domingo 23 na Nature Geosciense ajuda a explicar o mistério. As erupções vulcânicas registradas desde 2000 compensariam a diferença entre o aquecimento global previsto e o observado para este século. As partículas despejadas na atmosfera pelos vulcões são capazes de refletir a luz solar e, assim, manteriam a Terra mais fria.
Simulações climáticas feitas com dados de satélites sugerem que as cerca de 20 erupções ocorridas nos últimos 13 anos foram responsáveis por até 15% da diferença entre o aquecimento previsto segundo o alto nível de emissões e o de fato registrado.
"Esse 'hiato' no aquecimento desde 1988 tem uma série de causas diferentes. O resfriamento causado pelas erupções vulcânicas é apenas uma delas", pontuou Ben Santer, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, um dos co-autores do estudo.
Uma questão de sorte
Para os cientistas, os humanos contaram com a sorte na última década. O estudo não pode ser usado para apoiar a falta de iniciativa das nações para cortar as emissões de gases estufa. "Nós tivemos sorte por observar um resfriamento natural que, parcialmente, contrabalanceou o aquecimento provocado pelo homem", comentou Santer.
"Não não sabemos como a atividade vulcânica vai se desenvolver nas próximas décadas e, por isso, não sabemos quanto tempo essa sorte vai durar." Segundo o estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá, outros motivos para a desaceleração do aquecimento global podem ser uma maior absorção do calor pelos oceanos, ou um declínio da atividade solar.
Os autores ainda não têm uma dimensão da magnitude do efeito dos vulcões. Para reduzir essas incertezas, será necessário aprimorar os modelos de simulação climática e as observações sobre as propriedades específicas dos gases expelidos nas erupções vulcânicas.
"Os vulcões dão apenas um alívio temporário à pressão implacável do aumento contínuo de emissão de gases de efeito estufa", analisa Piers Forster, da Universidade de Leeds.
Divergências
Céticos do aquecimento global apontam a desaceleração do aquecimento da Terra observado nos últimos anos como uma prova de falhas nos modelos usados ​​para prever o fenômeno global. Eles alegam que há um exagero quanto ao efeito da retenção do calor a partir da emissão dos gases estufa, mas os autores do estudo discordam.
Grande parte dos especialistas em mudanças climáticas concordam que o planeta está excedendo o limite de aquecimento de dois graus Celsius, estabelecido em negociações climáticas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Em 2013, o nível de gás carbônico na atmosfera ultrapassou a marca de 400 partes por milhão (ppm), nível nunca experimentado por seres humanos. As concentrações de CO2 na atmosfera crescem de três a quatro partes por milhão a cada ano, especialmente por causa da queima de combustíveis fósseis.

Fonte: Carta Capital

NASA Observes World Water Day

Viewed from space, the most striking feature of our planet is the water. In both liquid and frozen form, it covers 75% of the Earth’s surface. It fills the sky with clouds. Water is practically everywhere on Earth, from inside the rocky crust to inside our cells.
Image Credit: NASA/MODIS

On March 22, NASA will observe World Water Day. While our home planet is about 71 percent water, only 3 percent of that is available as fresh water. And many people do not have access to safe and clean water sources. On a water planet like Earth, "following the water" is a massive undertaking but one that is essential to predicting the future of our climate and the availability of water resources around the globe.
NASA’s research yields many benefits, including improved environmental prediction, as well as natural hazard and climate change preparedness. And NASA technology developed to keep astronauts safe and healthy in space benefits people on the ground, through new ways to monitor water resources and purify water for safe use.
Water is a critical piece of life on the International Space Station. Almost all the water used and produced by the astronauts is recycled – the Environmental Control Life Support System recycles about 93 percent of the water it receives. And NASA is continuing to improve the way it uses and recycles water in order to prepare for future long duration space exploration missions to an asteroid and Mars.
That same technology is now being used in humanitarian efforts to provide clean water to people following natural disasters and in other areas of the world where safe drinking water is not available.
› Advanced NASA Technology Supports Water Purification Efforts Worldwide
› Benefits for Humanity: Water for the World
Here on Earth, global change will impact many aspects of society, including global water resources, food security, human health, natural hazards, ecodiversity, and international relations. NASA people and science are working to document and understand changes on our planet, predict their ramifications, and share that information with decision makers to better analyze, anticipate, and act to influence events that will affect us and future generations.
In 2014, for the first time in more than a decade, five NASA Earth Science missions will be launched into space in one year. Together with NASA's existing fleet of satellites, airborne missions, and researchers, these new missions will help answer some of the critical challenges facing our planet today and in the future: climate change, sea level rise, freshwater resources, and extreme weather events.
Follow NASA on Twitter (@NASA) and Facebook on March 22 to learn more about NASA’s Earth Science missions, how living in space can change living on Earth, and what NASA technology is doing to benefit our home planet.

Source/Fonte: NASA

sexta-feira, 21 de março de 2014

Núcleo da USP abre inscrições para disciplina de pós em mudanças climáticas

Agência FAPESP – O Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas - Interdisciplinary Climate Investigation Center (NapMC – Incline), da Universidade de São Paulo (USP), está com inscrições abertas, até 19 de maio, para uma disciplina condensada de pós-graduação, “Mudanças climáticas e suas interdisciplinaridades”.
A disciplina é aberta a alunos de pós da USP e a interessados de outras instituições com graduação completa em qualquer área de formação. O objetivo é desenvolver conhecimentos gerais e interdisciplinares sobre aspectos relacionados às mudanças climáticas e suas implicações no clima passado, presente e futuro.
Paleoclimatologia, poluição atmosférica e clima, biometeorologia humana e recursos hídricos e clima estão entre os tópicos que serão abordados pela disciplina.
As aulas serão ministradas no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) por professores da USP ligados ao NapMC-Incline. Além do IAG, estão envolvidas no curso as seguintes instituições da universidade: Instituto de Física (IF), Faculdade de Saúde Pública (FSP), Instituto Oceanográfico (IO), Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Instituto de Geociências (IGc) e Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
O curso possui carga horária de 60 horas e será realizado entre 26 de maio e 6 de junho, com aulas de segunda a sexta-feira. Há 50 vagas disponíveis e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail cpgiag@usp.br ou pelos telefones (11) 3091-5046 e (11) 3091-4765.
Mais informações www.incline.iag.usp.br/data/noticias_BRA.php#N0

Palestra em Ciências Climáticas na UFRN




Warming and wetting signals emerging from analysis of changes in climate extreme indices over South América 



Javier Sigró
Coordinator of the Master Program and the Centre for Climate Change (C3), Department of Geography, University Rovira i Virgili   

27/03 (quinta-feira) das 15:00 às 17:00 hs
Anfiteatro A do CCET 

Resumo
Here we show and discuss the results of an assessment of changes in both area-averaged and station-based climate extreme indices over South America (SA) for the [WINDOWS-1252?]1950–2010 and [WINDOWS-1252?]1969–2009 periods using high-quality daily maximum and minimum temperature and precipitation series. A weeklong regional workshop in Guayaquil (Ecuador) provided the opportunity to extend the current picture of changes in climate extreme indices over SA. Our results provide evidence of warming and wetting across the whole SA since the mid-20th century onwards. Nighttime (minimum) temperature indices show the largest rates of warming (e.g. for tropical nights, cold and warm nights), while daytime (maximum) temperature indices also point to warming (e.g. for cold days, summer days, the annual lowest daytime temperature), but at lower rates than for minimums. Both tails of night-time temperatures have warmed by a similar magnitude, with cold days (the annual lowest nighttime and daytime temperatures) seeing reductions (increases). Trends are strong and moderate (moderate to weak) for regional-averaged (local) indices, most of them pointing to a less cold SA during the day and warmer night-time temperatures.