sábado, 24 de junho de 2017

NORUEGA CORTA DOAÇÃO PARA FUNDO AMAZÔNIA

Fonte: ClimaInfo - via https://www.facebook.com/climainfo/

Foi vexaminoso Temer ter dito em Oslo, na frente da primeira ministra, que estava na Suécia. Mas este não foi nada frente ao grande vexame de ontem, quando autoridades norueguesas disseram na cara do Ministro Sarney Filho que não vão mais aportar quase R$ 200 milhões para o Fundo Amazônia neste ano. E justificativa para o corte feita ministro norueguês do meio ambiente, Vidal Helgeser, impôs vexame maior a Sarney Filho: o aumento do desmatamento nestes últimos anos e a sinalização feita pelo governo brasileiro em várias oportunidades que não pretende enfrentar o problema. Helgeser exemplificou com os sucessivos cortes no orçamento do Ibama e reafirmou várias vezes que a Noruega não quer interferir na condução do governo, mas quer que seus recursos surtam efeitos concretos.

Pois é, não adiantou Temer ter vetado as MPs que amputam a Floresta Nacional do Jamanxim, nem Sarney Filho ter jogado a culpa sobre o governo Dilma. E nem mesmo ter recuado da intenção de mandar ao congresso um novo PL que reduziria uma vez mais a proteção de parte da Jamanxim, no Sudoeste do Pará.

Hoje, logo após a rapidíssima conversa que teve com a primeira ministra norueguesa, Temer negou constrangimento com o anúncio da redução do repasse ao Fundo Amazônia, e mais uma vez atribuiu a alta no desmatamento ao corte de recursos promovido pela administração anterior, como se não tivesse continuado - e aprofundado - a mesmíssima política.

O vexame na Noruega aconteceu, como disse em seu blog o jornalista Leonardo Sakamoto, porque no Brasil o desmatamento é pop, o trabalho escravo é pop, a expulsão de indígenas é pop, a chacina de trabalhadores rurais é pop, a ameaça a ribeirinhos é pop, a contaminação ambiental é pop e a grilagem de terras é pop, mas é o Agro que se diz pop.

O triste é constatar que os ruralistas responsáveis devem hoje estar comemorando duplamente: por terem conseguido aval para o desmatamento da Amazônia e pelo país ter perdido recursos para combatê-los.

Fontes:
http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,noruega-anuncia-corte-de-quase-r-200-mi-ao-fundo-da-amazonia,70001856163
http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,cortes-no-ibama-explicam-aumento-de-desmatamento-alerta-noruega,70001854786
https://amp.theguardian.com/environment/2017/jun/22/norway-issues-1bn-threat-brazil-rising-amazon-destruction
http://www.valor.com.br/brasil/5014634/temer-nega-incomodo-em-menos-recursos-para-fundo-amazonia-pela-noruega

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas




Elton Alisson | Agência FAPESP – O nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas. No Brasil, contudo, onde mais de 60% da população vive em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o aumento da frequência e da intensidade de chuvas. Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.
As conclusões são do relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”, lançado nesta segunda-feira (05/06) durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
A publicação tem apoio da FAPESP e parte dos estudos nos quais se baseia são resultado do Projeto Metrópole e de outros projetos apoiados pela Fundação no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, financiado pela Fundação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Fotos: Natal, por  Canindé Soares