quinta-feira, 31 de maio de 2012

Alpha Crucis: Novo navio oceanográfico do IO-USP

Agência FAPESP – O navio oceanográfico Alpha Crucis foi inaugurado nesta quarta-feira (30/05), em cerimônia realizada no porto de Santos (SP). A embarcação, adquirida pela FAPESP para o Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), substituirá o Professor W. Besnard.
O antigo navio foi utilizado entre 1967 e 2008, quando sofreu um incêndio e ficou sem condições operacionais de pesquisa, limitando drasticamente os estudos oceanográficos no Estado de São Paulo. A aquisição do Alpha Crucis faz parte de um projeto de incremento da capacidade de pesquisa submetido à FAPESP pelo IO-USP, no âmbito do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU).
O descerramento da placa inaugural foi realizado pelo governador Geraldo Alckmin – que participou do Encontro Estadual Acelera SP, no qual anunciou ações estratégicas para o desenvolvimento da baixada santista – e pelo reitor da USP, João Grandino Rodas.
Participaram também da cerimônia o presidente da FAPESP, Celso Lafer, o vice-presidente Moacyr Krieger, o diretor científico, Carlos Henrique de Brito Cruz, o diretor administrativo da Fundação, Joaquim José de Camargo Engler, e o diretor do IO-USP, Michel Michaelovitch de Mahiques.
Lafer destacou que o navio, cuja manutenção e gestão serão de responsabilidade do IO-USP, poderá ser utilizado por cientistas de outras instituições, dentro das diretrizes do programa EMU. A expectativa é que o navio proporcione um grande salto qualitativo na pesquisa oceanográfica do país.
“Este é um grande dia para a oceanografia brasileira. O navio permitirá que o IO-USP dê continuidade à sua missão, enquanto toda a comunidade científica e toda a sociedade paulista serão beneficiadas por esse importante desdobramento do Programa Equipamentos Multiusuários da FAPESP”, disse Lafer.

A matéria completa de Fábio de Castro para a agência completa pode ser lida neste link.

Fotos da inauguração do navio: http://blog.melovillasboas.com/




terça-feira, 29 de maio de 2012

Com vaga em Natal, Inpe abre concurso; até R$ 11 mil

Publicação: 29/05/2012 12:30  - Fonte: dnoline
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) abriu novo concurso público com oferta de 17 vagas para o cargo de pesquisador, de nível superior. Serão contempladas as áreas de ciências atmosféricas; clima especial; eletricidade atmosférica; telecomunicações; sensoriamento remoto; propulsão especial; aeronomia; sol; hidrologia; engenharia de software; tecnologia de plasmas; cerâmicos; eletromagnetismo aplicado; e processamento digital de imagens.

A jornada de trabalho é de 40 horas semanais; já os salários, variam de R$ 6.936,07 a R$ 11.205,36. Interessados podem se inscrever dos dias 2 a 31 de julho, nos locais indicados no edital de abertura. A taxa de participação é de R$ 150. Os aprovados serão lotados nas cidades de Cachoeira Paulista/SP, São José dos Campos/SP, Natal/RN e Belém/PA,

Todos os candidatos passarão por prova escrita, prova oral de defesa pública de memorial e análise de títulos e currículo. A primeira fase está prevista para acontecer nos dias 27 e 28 de agosto. As informações estão no Diário Oficial da União desta terça-feira (29/5), na página 14 da terceira seção.

Link para DOU.

Minas Gerais poderá perder até R$ 450 bilhões com mudanças climáticas em 40 anos

Por Fábio de Castro, em 28/05/2012
Agência FAPESP – Os prejuízos causados pelas mudanças climáticas globais à economia do Estado de Minas Gerais poderão chegar a R$ 450 bilhões até o ano de 2050. Os efeitos serão mais acentuados nas áreas mais pobres do estado, ampliando as desigualdades regionais.
As conclusões são de um estudo feito na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em São Paulo, e na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), de Minas Gerais. Para realizar a análise integrada dos impactos econômicos dos fenômenos climáticos, os pesquisadores criaram uma nova metodologia que articula as projeções de alterações climáticas a modelos socioeconômicos.
A pesquisa foi parte do Estudo Econômico das Mudanças Climáticas do Brasil (EMCB), um consórcio que envolve algumas das principais instituições de pesquisa do país. A pesquisa foi apresentada no dia 23 de maio na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Em 2009, o EMCB estimou que os prejuízos causados ao Brasil pelas mudanças climáticas podem chegar a R$ 3,6 trilhões nos próximos quarenta anos.
Graças à nova metodologia, o estudo realizado tem um grau de detalhamento muito maior, traçando um quadro geral do futuro da economia mineira para setores, regiões e microrregiões consistente com as premissas utilizadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
A nova metodologia foi fruto da tese de livre-docência de Eduardo Haddad, coordenador-geral do estudo e diretor de Pesquisas da Fipe. Haddad é professor da FEA-USP, onde defendeu a tese em 2004.
Segundo Haddad, a metodologia – denominada “modelo espacial de equilíbrio geral computável”– está sendo aplicada em trabalhos sobre impacto econômico de mudanças climáticas no Brasil e em outras regiões do mundo, como Áustria, Colômbia, Equador e no arquipélago português dos Açores.
“Chegamos a um modelo econômico capaz de lidar de maneira consistente com a integração de modelos de demanda e oferta de energia, de uso da terra e de produtividade agrícola, que por sua vez são integrados a modelos climáticos. Desenvolvemos esses modelos no contexto espacial, incorporando avanços teóricos recentes”, disse Haddad à Agência FAPESP.
Para avaliar os impactos climáticos na economia de Minas Gerais, foram considerados dois cenários de referência, elaborados com e sem a ocorrência de mudanças climáticas nos setores de agricultura, pecuária e energia.
Os pesquisadores geraram dois cenários climáticos alinhados com os cenários A2 e B2 do IPCC. O cenário A2 considera uma situação com aumentos de temperatura variando entre 3 e 5 graus Celsius. O cenário B2 projeta um aumento entre 2 e 4 graus.
“Em ambos os cenários, concluímos que as mudanças climáticas terão impactos negativos muito importantes sobre a economia mineira. Os impactos climáticos poderão diminuir o PIB estadual entre 1% no cenário A2 e 2,7% no cenário A1. Com isso, a redução acumulada do PIB do estado nesse período poderá variar de R$ 155 bilhões a R$ 450 bilhões, a preços de 2008”, disse Haddad.
Os resultados das simulações sugerem ainda que as mudanças climáticas podem levar a uma redução significativa das áreas florestais nos estabelecimentos agrícolas, aumentando a pressão por desmatamento em Minas Gerais.
O estudo também apontou que as mudanças climáticas deverão provocar aumento da concentração espacial da atividade econômica, ampliação das desigualdades regionais, redução do bem-estar nas áreas rurais e aumento das pressões sobre as aglomerações urbanas.
“O estudo apontou que as mudanças climáticas são uma ameaça maior para as regiões mais pobres do estado. Os prejuízos ao PIB regional deverão ser mais altos nessas regiões, intensificando-se ainda mais ao longo do tempo. As microrregiões do norte de Minas Gerais e do Vale do Jequitinhonha deverão ser as mais afetadas”, apontou Haddad.
As microrregiões localizadas no noroeste de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, na Zona da Mata e no sul do estado também deverão apresentar participação nos custos superiores a suas participações no PIB do estado, de acordo com o estudo.
Segundo Haddad, as estimativas sobre os impactos das mudanças climáticas na economia mineira são conservadoras, uma vez que o trabalho se concentrou nas transformações causadas pelo aumento de temperatura na variação do regime de chuvas, mas não considerou outras consequências esperadas, como o aumento de frequência de eventos extremos como inundações, secas e catástrofes.
No estudo, os pesquisadores sugerem um conjunto de políticas que podem ser adotadas para impedir os prejuízos previstos. “O estudo fornece subsídios para políticas públicas de mitigação dos efeitos econômicos das mudanças climáticas e de promoção de adaptações aos seus efeitos, que tendem a se intensificar na segunda metade do século. Se nada for feito, entraremos em uma trajetória desastrosa que levará à perda de até dois anos de PIB em quatro décadas”, disse Haddad.
Entre outras recomendações, o estudo sugere a canalização de recursos para a promoção do desenvolvimento das regiões norte e nordeste do estado, mas com maior foco em projetos que promovam a sustentabilidade ambiental regional.
Outra recomendação é a criação de políticas de ordenamento de uso de solo, de modo a garantir o cumprimento das metas de redução de desmatamento, e o desenvolvimento de tecnologia com vistas à adaptação dos cultivares a condições climáticas mais adversas, fundamental para reduzir a vulnerabilidade dos produtores agrícolas.
O estudo está disponível em:

sábado, 26 de maio de 2012

Seca castiga Rio Grande do Norte

A falta de chuvas em parte da Região Nordeste já obrigou 139 cidades do Rio Grande do Norte a decretar situação de emergência, afetando, somente nas zonas rurais, a mais de 500 mil pessoas. Em alguns municípios do sertão potiguar, como Luís Gomes e Antônio Martins, apontados pelo governo estadual como dois exemplos de situação crítica, a estiagem já obriga muitas pessoas a percorrer longas distâncias em busca de água. O percurso, na maioria dos casos, é feito a pé, sob sol forte.
Moradores de várias localidades do Semiárido dependem decarros-pipa contratados pelo Exército para ter água potável, usada para beber e cozinhar. É o caso da zona rural de Lajes, cidade da região central, a cerca de 120 quilômetros da capital, Natal. Segundo o secretário de Comunicaçãoe coordenador da Defesa Civil Municipal, Pedro Joventino Alves, a situação no município é caótica e já há quem preveja que até 50% do rebanho local poderão morrer por falta de água e comida.
“A situação é muito preocupante. Há um ano não chove na região e os reservatórios que abastecem a zona rural, onde vivem cerca de 2,5 mil pessoas, estão secos. Lá, o abastecimento é feito por meio de carros-pipa”, disse o secretário à Agência Brasil.
Até o fim de abril, a Secretaria Estadual de Agricultura estimava que só os efeitos da estiagem sobre a produção agrícola provocariam uma queda de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) estadual. De acordo com a Emater-RN, empresa de extensão rural local, até abril, em todo o estado, 878 mil bovinos, 396 mil caprinos, 546 mil ovinos e 161 mil suínos haviam sido afetados pela seca, com a perda de produção e a consequente falta de alimentos.
Segundo a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), o problema, contudo, não é propriamente a seca, algo com que, segundo ela, o sertanejo potiguar já está acostumado, mas sim “a falta de infraestrutura hídrica” adequada, ou seja, de distribuição. “A seca não é novidade. É o nosso clima”, disse a governadora, segundo nota publicada no site dogoverno estadual.
“Temos que pensar uma forma de desenvolver infraestrutura hídrica que leve água às cidades, fortalecendo o campo. Estamos vivenciando a maior seca e ela não vai acabar agora. Sabemos que a cada dia teremos mais situações realmente de calamidade", conclui a governadora.
Para minimizar os impactos da falta d´água e socorrer os pequenos agricultores, o governo estadual prometeu começar, imediatamente, a construir 2.800 cisternas; restaurar parte dos quase 800 poços artesianos que não estão sendo utilizados, embora tenham sido perfurados e fornecer dessalinizadores para as cidades em que os poços que estão com a água salgada.
O governo estadual também garantiu a retomada das obras para a conclusão e operacionalização do sistema adutor do Alto Oeste, que beneficiará as cidades da região oeste do estado, entre elas Luiz Gomes e Antônio Martins, e a retomar, no próximo sábado (26), as obras de construção e conclusão de pequenos sistemas adutores na região do Seridó.
Também foi anunciada a antecipação do pagamento do Seguro Safra, que, de acordo com o governo estadual, deverá beneficiar mais de 37 mil famílias de 117 municípios. Cada família beneficiada receberá, a partir de junho, cinco parcelas de R$ 136. As famílias necessitadas que não tiverem direito ao seguro poderão recorrer a outro programa, chamado Bolsa Estiagem, pelo qual poderão receber R$ 400 divididos em cinco parcelas.
 Fonte: Portal JB

sexta-feira, 25 de maio de 2012

UFRN promove Simpósio Internacional sobre Mudanças Climáticas

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC) da UFRN, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), promove entre os dias 27 de maio e 1º de junho, o primeiro Simpósio Internacional sobre Mudanças Climáticas, Impactos e Vulnerabilidades do Brasil: Preparando o Nordeste Brasileiro para o futuro. O evento será realizado no Hotel Parque da Costeira, em Natal/RN.

O simpósio tem como objetivo principal criar uma iniciativa de formação de recursos humanos no Brasil em Ciências Climáticas, o que significa atuar na fronteira do conhecimento para enfrentamento das mudanças globais e adaptação a eventos climáticos extremos resultantes da variabilidade natural do clima e também da ação do homem. Tais mudanças causarão alterações no cenário global e brasileiro, em várias esferas como a social e a econômica.

O evento reunirá cerca de 300 participantes e conta com a presença de conferencistas de renomes nacional e internacional, que irão debater as principais questões emergentes da relação entre o ambiente e a saúde por meio de mesas-redondas, painéis e comunicações coordenadas.

Mais informações através do site www.ccet.ufrn.br/cciv2012 ou pelo e-mail mciv-neb@ccet.ufrn.br

O evento é patrocinado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo coordenado pela Dra. Neusa Paes Leme do Centro Regional do Nordeste (CRN) do INPE e o Prof. Francisco Alexandre da Costa, do Departamento de Física da UFRN.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Derretimento do Ártico libera gás metano

Gás metano que estava preso há milênios no interior do Ártico está sendo expelido para a atmosfera por causa do derretimento do gelo polar, segundo cientistas americanos.
Em estudo publicado na revista especializada Nature Geoscience, pesquisadores da Universidade do Alasca em Fairbanks (UAF) disseram ter identificado milhares de áreas árticas onde o metano, que estava preso sob o gelo, está conseguindo escapar à medida que este derrete.
Isso pode ter um impacto significativo nas mudanças climáticas globais, dizem.
O metano é segundo gás mais causador do efeito estufa, após o CO2, e seus níveis estão aumentando depois de alguns anos de estabilidade.

Moléculas

As origens do gás são difíceis de serem medidas, já que suas fontes são variadas - por exemplo, decomposição do lixo e criação de gado.
Mas os pesquisadores do projeto no Ártico, liderados por Katey Walter Anthony, identificaram que o gás na região estava retido há muito tempo pela quantidade de diferentes isótopos de carbono nas moléculas de metano.
A partir de pesquisas aéreas e de campo, a equipe identificou 150 mil pontos de metano no Alasca e na Groenlândia, em lagos margeados por gelo.
Amostras locais mostram que alguns desses pontos estão liberando metano antigo, possivelmente proveniente de depósitos naturais de gás ou de carvão sob os lagos. Outras áreas estão expelindo gás mais recente, possivelmente formado a partir da decomposição de vegetais nos lagos.
Segundo o estudo, esse fenômeno pode acontecer em outras regiões, onde bacias sedimentares estão cobertas por um subsolo congelado (chamado de permafrost), por geleiras ou coberturas de gelo ricas em gás natural. Uma das áreas onde isso pode ocorrer é o oeste da Sibéria.
Se o derretimento ocorrer substancialmente até 2100, "o resultado será um grande aumento no ciclo de metano, com potenciais implicações para o aquecimento global".

Aquecimento mais rápido

A quantificação da liberação de metano no Ártico é uma área de pesquisa florescente, já que diversos países estão enviando missões para monitorar as terras e os mares da região.
"O Ártico é a região do planeta que mais rapidamente se aquece e tem muitas fontes de metano que podem elevar (sua emissão) à medida que a temperatura subir", afirmou Euan Nisbet, professor e pesquisador do metano no Ártico para a Universidade de Londres.
"E essa é mais uma preocupação séria: o aquecimento provoca ainda mais aquecimento."
A seriedade e a urgência da ameaça da situação identificada no Ártico são motivos de controvérsia - alguns cientistas dizem acreditar que os impactos disso não serão percebidos por muitas décadas, enquanto outros alertam para a possibilidade de uma aceleração rápida do processo de aquecimento global.

Fonte: BBC Brasil, via Portal UOL

A seca não esperada


Cenários desoladores abatem o homem do campo 

por Margareth Grilo

900 quilômetros percorridos, do Agreste potiguar ao Médio Oeste; entrando e saindo de fazendas e povoados; atravessando riachos secos; margeando barreiros que minguam a cada dia; conhecendo agricultores sem roçados e pecuaristas sem rebanhos; ouvindo histórias de velhos sertanejos com a memória cheia de sol; encontrando jovens desdenhosos da terra e herdeiros das ajudas oficiais do governo; homens a quem a esperança parece ter enraizado no chão e a experiência ensinou a conviver com a falta de chuvas no semiárido potiguar.

Foram essas as paisagens e personagens que, ao sairmos de Natal no último domingo (13), passamos a encontrar por todos os caminhos que eu, o fotógrafo Júnior Santos e o motorista Duda, percorremos para atender ao desafio lançado pelos editores da TRIBUNA DO NORTE: mostrar em uma série de reportagens o que a seca deste ano - um ano que começou com as melhores promessas e previsões de um inverno acima do normal - tem de tão assustadora e grande, para estar sendo considerada a pior das últimas três décadas.(...)

"Nós não esperávamos uma seca como essa"

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) reconhece o erro na previsão de chuvas para 2012. O meteorologista Gilmar Bristot afirmou, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, que já existe uma linha de explicação acerca dos motivos desse erro e ela está centrada no sol. Bristot explica que há uma correlação entre as manchas solares e a chuva no Nordeste. Essa correlação não está devidamente explicada e nem é aceita pela Sociedade Brasileira de Meteorologia, mas nos últimos 10 picos de manchas solares foram registrados períodos de seca no Nordeste. Em 1919, por exemplo, a situação foi bem parecida com 2012.
"Teve março seco, abril muito seco, início de maio seco. Então são 75 dias de seca, fora o período de fevereiro. Quase 80 dias de seca, sem chuvas consideráveis. Essa é uma situação histórica", explica o meteorologista. E complementa: "Eu assumo que aqui no Estado quem errou foi a Emparn. A gente assume isso. Porque nós conseguimos ganhar um espaço junto aos agricultores, fizemos um trabalho importante. Conseguimos colocar a meteorologia na cabeça do produtor em todo o interior do Estado. E quando a Emparn divulga um previsão, eles acreditam nessa previsão".
Em entrevista, Gilmar Bristot falou também sobre a influência das manchas solares no clima, a questão do vento, a perspectiva para 2013 e a situação dos produtores e criadores de gado do Estado. Embora o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais tenha declarado que há chance de seca no próximo ano, Bristot afirma que ainda não é possível ter certeza.

sábado, 19 de maio de 2012

SNCT abordará "Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza"

Clique para ver todas as fotos de SNCT abordará
15/02/2012 - 19:39
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, responsável pela coordenação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), anuncia a data e o tema principal da edição de 2012, após receber várias sugestões e consultar instituições e entidades parceiras na organização. Leia o anúncio do ministro Marco Antonio Raupp:


A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2012 ocorrerá entre 15 e 21 de outubro. O tema principal será: “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”.

Na SNCT 2012 serão promovidas e estimuladas em todo o país atividades de difusão e de apropriação social de conhecimentos científicos e tecnológicos relacionados com este tema. Serão debatidas as estratégias e mudanças necessárias para uma economia verde que, em conexão com um desenvolvimento sustentável, contribua para a erradicação de pobreza e a diminuição das desigualdades sociais no país.

O lema da SNCT 2012 foi escolhido em função de ser este o tema da Conferência Rio + 20, evento de enorme importância e organizado pela ONU, que ocorrerá no Brasil, em junho de 2012, com participação de quase todos os países do mundo.

Um objetivo da SNCT 2012 será discutir em escolas, universidades, comunidades e locais públicos os diversos aspectos envolvidos no estabelecimento de uma economia verde, bem como os desafios da sustentabilidade nas suas dimensões ambiental, econômica e social. As pesquisas científicas e tecnológicas, os intercâmbios científicos e o uso generalizado e aberto dos dados e resultados científicos são fatores essenciais para enfrentar estes desafios, tendo em vista os limites naturais do Planeta e a necessidade de estruturas socioeconômicas renovadas. Por outro lado, uma educação de qualidade é um elemento indispensável para possibilitar uma formação cidadã adequada para o desenvolvimento sustentável.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas declarou também o ano de 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. A ONU está estimulando todos os países a realizarem atividades com o objetivo de aumentar a consciência coletiva sobre a importância deste tema, por meio de ações em nível local, regional e internacional.

Convidamos as instituições de pesquisa e ensino, universidades, escolas tecnológicas e profissionais, secretarias estaduais e municipais de C&T e de educação, fundações de apoio à pesquisa, órgãos governamentais, espaços científico-culturais, escolas de todos os níveis, empresas, entidades científicas e tecnológicas e organizações da sociedade civil, bem como cientistas, professores, pesquisadores, técnicos, estudantes, comunicadores da ciência e todos os interessados, para que coloquem a data da SNCT 2012 em suas agendas, iniciem o processo de sua preparação e participem intensamente de sua realização. 
Marco Antonio Raupp
Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Capes e CNPq reajustam quatro modalidades de bolsas

Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes   
Sexta, 18 de Maio de 2012 12:21
A partir de 1º julho próximo, as bolsas de mestrado e doutorado, pós-doutorado e de iniciação científica, tecnológica e à docência, ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e pelo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) terão aumento sobre o valor atual. A bolsa de mestrado passa para R$ 1.350, a de doutorado para R$ 2.000, a de pós-doutorado vai a R$ 3.700 e a de iniciação científica a R$ 400.
A Capes e o CNPq assumem o compromisso de fazer novo reajuste no início de 2013 para recomposição dos valores das bolsas. Como o reajuste do valor das bolsas não estava previsto no orçamento de 2012, esta primeira parte da recomposição somente foi possível pelo remanejamento interno do orçamento das agências.
A bolsa é um instrumento para viabilizar a execução de projetos científicos, tecnológicos e educacionais nas pesquisas e projetos apoiados pelos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na última avaliação trienal realizada pela Capes, registrou-se um crescimento de cerca de 20% no número de cursos de pós-graduação em relação à avaliação anterior. Hoje, são mais de 2.800 cursos de mestrado e 1.700 de doutorado.
Bolsas
Nos últimos quatro anos, a Capes expandiu o Sistema Nacional de Pós-Graduação e aumentou a oferta de bolsas. Em 2008, havia cerca de 40 mil bolsistas no país. Em 2011, foram concedidas 72.071 bolsas de pós-graduação e 30.006 no PIBID, num total de 102.077 Bolsas. Já o CNPq, em todas as modalidades, no mesmo período aumentou de 63 mil para cerca de 81 mil bolsas.
O último reajuste de bolsas de pós-graduação no país ocorreu em junho de 2008, quando as de mestrado passaram de R$ 940 para os atuais R$ 1,2 mil e as de doutorado de R$ 1,3 mil para R$ 1,8 mil. Entre 2004 e 2008, houve três aumentos, em que as bolsas obtiveram reajuste de 67% sobre os valores de 2002.

Comentário do Blog
Antes de mais nada, cabe uma justificativa do blog com respeito à matéria. A motivação deste blog, para quem ainda não teve a oportunidade de ler postagens anteriores, foi a criação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC), na UFRN. Entretanto, não existe nenhum vínculo formal entre o blog e o PPGCC. Posto isto, achamos que o reajuste veio em boa hora. Como a própria matéria afirma, o último reajuste foi há 4 (quatro) anos atrás. A Pesquisa nas Universidades brasileiras é alimentada pelos estudantes de pós-graduação, Mestrado e Doutorado, e esses estudantes precisam também ter o seu trabalho de pesquisa valorizado e bem recompensado. Ainda há algo que nos preocupa: a falta de sinalização por parte dos órgãos de fomento à pesquisa com respeito ao incremento de número de bolsas no país. Nos últimos anos a CAPES aprovou diversos novos cursos de pós-graduação, alguns em áreas estratégicas para o país, muitas vezes para uma determinada região do país, mas estes programas carecem de bolsas para seus estudantes. Na outra linha, a CAPES, vinculada ao MEC, em conjunto com o CNPq, que é vinculado ao MCT, tem alardeado um número bastante elevado de bolsas para realização de estudos no exterior, tanto na graduação, quanto na pós-graduação. De fato, esta é uma boa iniciativa do governo federal, desde que não comprometa a qualidade dos cursos já existentes no país, sobretudo os que estão sendo criados.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fundo Clima amplia área de ação

Martim Garcia

Nova estrutura estará implantada em três meses. Concluída a mudança, mais projetos e empreendimentos poderão ser contemplados pelas linhas de crédito.
15/05/2012
Lucas Tolentino
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima)  financiará atividades em três novas áreas de atuação. Os empreendimentos ligados à gestão e serviços de carbono, ao manejo florestal sustentável e economia florestal e ao desenvolvimento de cidades sustentáveis passarão a fazer parte das linhas de ação do programa. A estimativa é que a proposta de ampliação esteja consolidada em três meses.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (15/05)  durante a 6ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Fundo Clima, presidido pelo secretário executivo do Ministériodo Meio Ambiente, Francisco Gaetani. De acordo com o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, a medida permitirá com que uma quantidade maior de projetos e empreendimentos possam ser contemplados pelas linhas de crédito do fundo.
DETALHAMENTO
Os grupos técnicos que serão formados por integrantes do Comitê Gestor terão cerca de três meses para detalhar as propostas de novas linhas de ação. Os resultados serão apresentados na próxima reunião da entidade, prevista para ocorrer dentro de 60 dias.
Vinculado ao MMA, o Fundo Clima é um dos principais mecanismos de promoção e financiamento de atividades e projetos com o objetivo de reduzir as mudanças climáticas e de adaptar os efeitos. Os recursos são operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Metas da Rio + 20 devem garantir água de qualidade e agricultura sustentável

Clique para ver todas as fotos de Metas da Rio + 20 devem garantir água de qualidade e agricultura sustentável
15/05/2012 - 22:12
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Nobre, falou, hoje (15), no Senado Federal, sobre as metas a serem estabelecidas durante a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro.

Durante audiência pública na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, que debateu o tema “Inovação para Sustentabilidade”, o secretário falou sobre metas a serem propostas para o período de duas décadas para a população mundial. Entre elas, estão a garantia de fornecimento de água para todos, agricultura sustentável, acesso ao alimento e redução das emissões de gases.

Durante a apresentação das metas, foi ressaltada a necessidade de consolidação dos pilares social, econômico e ambiental e o funcionamento harmônico entre as três áreas, passo considerado fundamental para o desenvolvimento sustentável do planeta. Outra questão importante sugerida para o sucesso da convenção mundial é que os acordos ratificados entre as lideranças mundiais sejam implementadas em curto prazo.

Um fator considerado primordial, na visão do MCTI, para o sucesso da Rio + 20, é que exista uma interface entre as ferramentas oferecidas atualmente pela agricultura mundial, destinadas ao processo produtivo, com as novas tecnologias proporcionadas pela comunidade científica. A iniciativa é considerada útil para otimizar a produção e evitar desperdícios. A expectativa do ministério é que o evento gere resultados concretos mundialmente nesse setor.

Entre as metas consideradas fundamentais, citadas por Carlos Nobre, estão “o melhor aproveitamento da água segura, com distribuição para 100% da população, já que 1,5 bilhão de pessoas no planeta não tem acesso à água em quantidade e qualidade”. Hoje, quase um bilhão de pessoas ainda passam fome crônica no mundo, enquanto um grande número está no processo contrário e sofrem com a obesidade.

Outra meta sugerida é a estabilização da área utilizada pela agricultura mundial. Nos países desenvolvidos, a ciência e tecnologia têm sido as principais parceiras da agricultura moderna, que se caracteriza pelo aumento de produtividade e não pela expansão da área. Nobre citou dois exemplos para ratificar a questão. “Europa e América do Norte, ao mesmo tempo em que diminuíram a área plantada, aumentaram em 50% sua produção. A agricultura competitividade no futuro será a produtiva”.

Reduzir em 30% as emissões de gases que contribuem para efeito estufa. A queima de combustíveis fósseis para produção de energia e conversão de área de florestas para agricultura são as maiores contribuições para o aquecimento global, enquanto a produção de energia gera 21% dos gases. O secretário lembrou que o Brasil já possui um programa avançado nesta área, no Ministério da Agricultura, que é o Programa da Agricultura de Baixo Carbono.

Outra meta é reduzir de 70% para 60% o uso da água de superfície na agricultura, pois é o setor que mais utiliza este recurso no mundo. A expectativa é que utilização do volume de água diminua, ao mesmo tempo em que a produção de alimentos aumente, utilizando novos recursos proporcionados pela ciência.

O aumento da utilização das energias renováveis de 13% para 30% foi outro ponto importante apontado pelo secretário. “O Brasil já utiliza 45% de energia renovável, sendo o país com maior potencial de energias renováveis no mundo, incluindo a medição por quilometro quadrado. Em energia eólica, estamos em segundo lugar e biomassa, o maior potencial do mundo, além da solar. Somando todas elas, somos maiores tanto no potencial como na densidade”. Nobre lembrou que estudos recentes prevêem que, em 2050, o mundo irá depender de 80% de energias renováveis.

Ele comentou ainda sobre a meta de aumentar o total de áreas protegidas de 5% para 10%, incluindo continentes e oceanos. Nesse quesito, o Brasil está dando exemplo, com a redução do nível de desmatamento. A expectativa é que, até 2020, o país tenha condição de zerar o desmatamento líquido, isso significa que é possível plantar mais árvores em florestas do que desmatar. “Dentro desse prazo é perfeitamente exeqüível, até porque plantar florestas é uma atividade econômica muito importante para o país”, ratificou Carlos Nobre.
Texto: Ricardo Abel, da Ascom do MCTI.

Transposição do rio São Francisco: ''Onde está o Tribunal de Contas da União? Ninguém se manifesta. Isso é um escândalo''. Entrevista especial com João Abner Guimarães Júnior

“Com um terço do custo da transposição do rio São Francisco seria possível construir um grande sistema de abastecimento de água para toda a região Nordeste e abastecer todas as casas da região”, constata o engenheiro. 

“A transposição do rio São Francisco se transformou em um grande atoleiro e eu não vejo nenhuma perspectiva de ela ser concluída, pois as obras estão praticamente paradas em vários trechos”, declara João Abner (foto abaixo) à IHU On-Line, na entrevista a seguir concedida por telefone. Engenheiro e filho de sertanejo, o professor conhece de perto a realidade do semiárido brasileiro e lamenta a falta de um projeto de reforma hídrica na região. “Enquanto a obra da transposição do rio São Francisco estiver sendo construída, não será possível discutir um projeto específico e alternativo para o Nordeste”, assinala.

Para ele, a elevação dos custos anunciados pelo governo para permitir a conclusão da obra demonstram que a indústria da seca não tem interesse em concluir a transposição do rio São Frarncisco. E alerta: “Temos que ter o maior cuidado com toda essa discussão que está sendo feita pela mídia, a qual é alimentada pelo próprio lobby da transposição do rio. A quem interessa aumentar em mais de 70% o orçamento da obra? Essa discussão do aumento surge justamente para esconder a inviabilidade da transposição do rio São Francisco e a fraude técnica deste projeto”. E dispara: “É preciso prestar atenção no discurso dos deputados que estão criticando a transposição do rio neste momento. Veja que eles não criticam a obra em si. Continuam dizendo que a transposição é importante para o Nordeste. Eles criticam o fato de o governo não estar conseguindo viabilizar a obra. Então, quer dizer, na verdade, eles defendem que os recursos da transposição sejam ampliados e acham que a obra não foi concluída por incompetência, porque os projetos foram mal feitos. Eles defendem a ampliação dos recursos financeiros porque defendem o grande lobby das indústrias que mandam neste país”.

Contrário ao projeto de transposição do rio São Francisco, Abner assegura que “nenhum agricultor que, hoje, recebe água do carro-pipa receberá água da transposição desse rio, porque a água vai escoar em grandes rios, vai para as maiores barragens do região e será utilizada pelo agronegócio”.

Doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento, João Abner Guimarães Júnior é professor nos cursos de Engenharia Sanitária e Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Sobre a transposição do rio São Francisco, publicou diversos artigos, tais como A transposição do rio São Francisco e o Rio Grande do Norte; O lobby da transposição; e O mito da transposição.

Confira a entrevista. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

CCIV2012 - envio de resumos: nova data limite.

Estudantes de pós-graduação, mestrandos e doutorandos, em clima, ambiente e áreas correlatas, têm mais uma oportunidade para enviarem resumos de seus trabalhos para a sessão de pôsters do Simpósio Internacional "Mudanças Climáticas, Impactos e Vulnerabilidade: Preparando o Nordeste do Brasil para o Futuro" (em inglês, Climate Change, Impacts and Vulnerabilities: Preparing the Brazilian Northeast for the Future). O prazo limite para envio dos resumos foi adiado para o dia 18 de maio. Mais informações na página do evento: www.ccet.ufrn.br/cciv2012.

Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva


No período de 14 a 17 de Agosto de 2012 será realizado, com apoio do Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA), o 8º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, em Campina Grande, PB. Segundo os organizadores, os objetivos deste evento são:

  • Congregar entidades, técnicos, usuários e interessados em estudos, pesquisas e na divulgação de tecnologias de captação e manejo de água de chuva;
  • Manter o intercâmbio e cooperação com sociedades congêneres e instituições públicas e privadas relacionadas com o aproveitamento da água de chuva;
  • Promover e divulgar estudos, pesquisas e experiências de aproveitamento da água de chuva;
  • Contribuir para uma política nacional de captação e manejo de água de chuva para áreas rurais e urbanas.

Maiores informações na página web do evento, aqui.

Veta Dilma: chegou a hora!

À Presidenta Dilma Rousseff:

Estamos fazendo um apelo a V. Ex.ª, pedindo-lhe que tome medidas imediatas para salvar as preciosas florestas brasileiras vetando as mudanças no Código Florestal. Também insistimos que V. Ex.ª previna a ocorrência de mais assassinatos de ambientalistas e trabalhadores aumentando a fiscalização contra madeireiros ilegais e reforçando a proteção às pessoas que sofrem risco de ataques violentos ou morte. O mundo precisa que o Brasil seja um líder internacional em questões ambientais. Uma medida firme por parte do governo brasileiro protegerá o planeta para as futuras gerações.

 

Postado:  7 março 2012
Há alguns dias, o Congresso aprovou um projeto de lei catastrófico que dá aos madeireiros e fazendeiros carta branca para desmatar enormes faixas de nossas preciosas florestas, da Amazônia à Mata Atlântica. Agora, somente a presidenta Dilma pode impedir essa lei.

O universo está conspirando a nosso favor. Em algumas semanas a Dilma será anfitriã da maior conferência ambiental do mundo. Informantes nos disseram que ela não pode pagar o preço de ser considerada a líder que aprovou a devastação da Amazônia. Dezenas de pessoas já foram assassinadas por serem contra o desmatamento – agora é a nossa vez de fazer pressão e forçar Dilma a escolher a opção de veto.

Não temos tempo a perder – ela pode tomar uma decisão a qualquer momento. Vamos dar mais força à nossa petição de 1.7 milhão de assinaturas. Assine a petição à direita para salvar a Amazônia e divulgue essa campanha para todos – quando alcançarmos 2 milhões de assinaturas a Avaaz juntará forças com ex-ministros do Meio Ambiente para entregar a petição diretamente para Dilma.

Nota: este Blog apoia a iniciativa do  grupo AVAAZ. Para votar, cllique siga este link.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nordeste pode sofrer com seca por mais nove meses.

Mais nove meses de seca no Nordeste. Essa é a previsão de institutos de meteorologia, que mostram que a escassez de chuvas está no início e deve continuar até o próximo ano. Há a possibilidade de que o período de estiagem se iguale às secas de 1983 e 1998, que foram as maiores do século passado.

Em relato ao G1, o pesquisador e responsável pela Divisão de Operações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), José Antonio Aravéquia, informou que a temperatura da água do Oceano Atlântico permaneceu mais baixa que o normal nos últimos meses, o que não favoreceu a evaporação e a concentração de umidade sobre o Nordeste, o que resultaria em chuvas. O fenômeno La Niña, que provoca chuvas, influenciou somente em áreas da Região Norte.

Em algumas áreas, como o sudeste da Bahia, a seca já é a pior das últimas décadas, segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre. A tendência da estiagem, segundo Nobre, é aumentar. O período de chuva acabou em abril.

Nobre explica que a zona de convergência intertropical, que leva chuva ao Nordeste, afastou-se para o meio do Atlântico e interrompeu de forma abrupta o inverno nordestino. Em 1998, o fenômeno deixou a região no início de abril. Este ano, afastou-se do continente no mesmo mês. Nobre ressalta que o vilão de secas anteriores, o fenômeno El Niño, não está influenciando.

"O El Niño, provocado pelo aquecimento da água do Pacífico, começa a se formar. Se perdurar até fevereiro ou março, a situação complica", disse o pesquisador ao G1.


Fonte: Portal TNonline.



sábado, 12 de maio de 2012

Unesp cria pós-graduação em ciências ambientais em Sorocaba

Progama de Pós da Unesp-Sorocaba tem muitos pontos em comum com o  modelo adotado pelo PPGCC da UFRN, e vem reforçar a necessidade de formação de recursos humanos para trabalhar em questões ambientais com forte base científica apoiada nas ciências físicas.
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Agência FAPESP – A Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) aprovou a criação de um Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais stricto sensu pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Sorocaba.

De acordo com a universidade, o curso deve contribuir para a formação qualificada de recursos humanos e para o desenvolvimento científico-tecnológico de uma área em consolidação no Brasil.

O pesquisador e o profissional formados pelo programa reunirão conhecimentos técnicos e científicos para atuar em atividades vinculadas ao diagnóstico, tratamento e recuperação ambiental.

Os futuros mestres e doutores poderão trabalhar no ensino e na pesquisa em instituições de ensino superior ou, ainda, em organizações públicas e privadas, propondo e implantando projetos ambientais.

O programa contará com 15 disciplinas: Análise química aplicada a amostras e processos ambientais; Climatologia, hidrologia e estatística aplicada; Ecotoxicologia aquática; Física Ambiental; Gestão ambiental; Gestão de recursos hídricos; Limnologia e ecossistemas aquáticos; Lógica Fuzzy; Manejo e gestão de bacias hidrográficas; Métodos e técnicas de análise espacial de dados ambientais; Modelagem matemática; Processamento de imagens aplicado ao sensoriamento remoto; Recuperação de áreas degradadas; Tópicos especiais em ciências ambientais; e Tratamento de efluentes líquidos.

“São assuntos que fundamentam as premissas do desenvolvimento sustentável e permitem o estabelecimento de níveis desejáveis de qualidade de vida à população”, explicou André Henrique Rosa, coordenador do programa e professor da Unesp em Sorocaba.

Mais informações: www.unesp.br/noticia.php?artigo=8383.
 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cemaden acompanha cheia no Amazonas e seca no Nordeste

11/05/2012 - 20:30
A cheia de enormes proporções na Amazônia vem exigindo medidas emergenciais dos governos federal, estadual e municipais. Como uma das principais estruturas do sistema nacional de prevenção e alertas, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) acompanha ininterruptamente a subida do Rio Amazonas e de seus afluentes, bem como fatores que podem agravar seus impactos.

O problema atual no Amazonas está diretamente relacionado ao ocorrido no Acre em fevereiro. O grande volume de água recebido pelo Rio Acre deflagrou a segunda maior cheia registrada no estado, que afetou principalmente a cidade de Brasileia. Foram afetadas mais de 140 mil pessoas. A tragédia foi registrada em edição do programa jornalístico Profissão Repórter que mostra também a seca no Piauí e o funcionamento do Cemaden.

Como as precipitações continuam em índices extremamente altos, a situação crítica verificada nas cabeceiras da Bacia Amazônica, meses atrás, está se deslocando para a calha principal do rio e ao longo dos afluentes principais, que apresentam níveis hidrométricos bem acima do normal – ou seja, estão muito mais “altos” – para esta época do ano. A cheia ainda não atingiu seu ápice nas cidades da calha principal. Há prognósticos indicando que será próxima, se não superior, à maior cheia histórica, registrada em 2009.

"Nos últimos sete anos, tem-se observado uma exacerbação do ciclo sazonal de enchente e vazantes em rios amazônicos, com secas (2005 e 2010) e enchentes (2009 e 2012) que quebraram recordes históricos", explica o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre.

Além dos riscos à moradia e à integridade física dos habitantes, eventos como a atual enchente no Norte do país afetam o sustento da população ribeirinha, com a dificultação da pesca e o alagamento das áreas de várzea usadas pela agricultura, que frustra a safra dos pequenos produtores.

Mais de 20 municípios no estado do Amazonas já tiveram a situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. Estima-se que o pico da cheia deverá ser registrado no fim deste mês ou no início de junho.

O coordenador de Operações do Cemaden, Carlos Frederico Angelis, explica que, com relação a possíveis mortes, o momento mais preocupante será a baixa dos rios, quando podem ocorrer movimentação nas encostas ao longo do leito do rio Solimões e tributários. Na tradição de ocupação amazônica, muitas casas ficam nas margens dos cursos d’água.

O Cemaden, a Agência Nacional de Águas (ANA/MMA), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/MI), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet/Mapa) e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) têm se reunido semanalmente para trocar informações e embasar a tomada de decisões em função das enchentes da Amazônia.

Seca

Ao mesmo tempo, o Cemaden monitora a situação do Semiárido nordestino, que deve passar por seca severa este ano. A população da área que deverá ser afetada, conforme estimativa do centro, é de mais de 25 milhões, dos quais 7,8 milhões na área rural, distribuídos em 1.100 municípios de toda a região Nordeste.

“Choveu muito pouco no período tradicionalmente úmido”, comenta o coordenador Carlos Frederico Angelis. “Com isso, a região entrará na época seca em situação delicada, com nível baixo nos reservatórios. O pior está por vir. Tudo indica que haverá prejuízos para a população.”

Angelis conta que a antecipação desse cenário a partir das análises do Cemaden, identificando inclusive as localidades a serem mais afetadas, permitiu que o governo adotasse medidas de apoio.

Entre elas, a perfuração ou recuperação de milhares de poços, o adiantamento de recursos do programa federal Água para Todos para construção de cisternas e outras estruturas, a ampliação do Garantia Safra e o crédito emergencial para agricultores de pequeno, médio e grande portes, além de setores da agroindústria ligados à pecuária leiteira e à caprinocultura.

Agora, o Cemaden começa a estender sua área de atuação para a proteção da produção agrícola, com alertas, por exemplo, sobre riscos de colapso de safras de subsistência na região Semiárida do Nordeste. “O foco principal será na agricultura familiar, que é hoje o segmento mais sujeito a colapsos em função de extremos climáticos”, explica o secretário Nobre. "Queremos minimizar os impactos dessas quebras de safra e o prejuízo social que elas acarretam."

Fonte: Portal do MCT.

Comentário do Blog
A nota acima do MCT vem de encontro, e no bom sentido, à preocupação apontada por este blog sobre o papel do Cemaden e outros órgãos governamentais, com respeito ao quadro da seca atual no Nordeste do Brasil (NEB). O que não entendemos, ainda, é por qual razão o MCT não usa os recursos e instalações físicas do Centro Regional do Nordeste, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRN-INPE), localizada em Natal-RN, como base para monitoramento de problemas climáticos, como seca, desertificação e problemas costeiros no NEB. Além do fato de Natal ter uma posição estratégica privilegiada, tanto para monitorar diretamente o Semi-Árido e, ao mesmo tempo, toda a região tropical do Oceano Atlântico, entre a América do Sul e a África, esta cidade é a sede da UFRN, onde foi implantado recentemente o Programa de


Escola potiguar combate pragas em horta com inseticida natural

Boa notícia: de Vera Cruz, RN, para  mundo, o Meio Ambiente agradece. A idéia é muito simples, e pode ter um bom fundamento, a ser explorado por cientistas ambienais que cuidam da vida. Desejamos sucesso ao projeto da Professora Luciana.

Sustentabilidade - Fonte: portal do MEC  - Quinta-feira, 10 de maio de 2012 - 14:46
Entre os projetos de preservação do meio ambiente, saúde e alimentação desenvolvidos pela escola potiguar está o da horta comunitária, com a participação de estudantes e funcionários (foto: arquivo da escola)Estudantes, professores e proprietários de indústrias de fabricação de farinha de mandioca do município de Vera Cruz, Rio Grande do Norte, vão produzir, juntos, um inseticida natural, a ser usado no combate a pragas no viveiro de plantas frutíferas e na horta da Escola Municipal Filomena Cúrcio Cabral. O inseticida é preparado a partir da manipueira, resíduo da mandioca na fabricação da farinha.

A diretora da instituição, a pedagoga Luciana Gomes da Silva Ferreira, considera a ação sustentável importante para a escola e seu entorno, pelo impacto ambiental positivo e por resultar em vantagens para a economia da comunidade. Além disso, a prática é de baixo custo, fácil aplicação e pode ser adotada em outros locais. A escola está localizada no sítio Santa Cruz, na zona rural de Vera Cruz, a 70 quilômetros de Natal.

Diretora há seis anos, Luciana tem 18 de magistério. Ela já lecionou a turmas de educação de jovens e adultos em outra instituição de ensino e a turmas da educação infantil na atual escola. Segundo ela, a manipueira é um líquido amarelado, resultante da prensagem da mandioca. O líquido é depositado em reservatórios e, após período de repouso e manipulação, é aplicado nas folhas e na terra para combater as pragas.

A diretora revela que desde 2005 a escola desenvolve projetos de preservação do meio ambiente, de saúde e de alimentação. Entre eles, a criação e manutenção de horta comunitária, com envolvimento de alunos e funcionários. Os produtos da horta são aproveitados para a merenda escolar.

No desenvolvimento do projeto, denominado Sustentabilidade, uma Ação Educativa com Práticas Reais, a unidade de ensino mantém ainda um viveiro de plantas frutíferas. As mudas são distribuídas entre os estudantes e demais integrantes da comunidade escolar.

Ana Júlia Silva de Souza

Saiba mais no Jornal do Professor
Palavras-chave: ação sustentável, meio ambiente, preservação

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Secretário fala sobre mudanças climáticas na reunião magna da ABC

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), Carlos Nobre, esteve nesta terça-feira na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro. Ele participou da reunião magna da entidade em conjunto com a conferência de jovens cientistas do Escritório Regional da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS-Rolac, na sigla em inglês) e mediou a sessão sobre desastres naturais.

Nobre falou sobre as principais causas do aumento das mudanças climáticas no planeta – que atribuiu, em parte, a uma mudança excessiva do uso das terras –, sobre o aumento da exposição aos desastres e sobre a falta de uma cultura eficaz de prevenção a eles, como a dos japoneses em relação aos terremotos.

Ele também apresentou dados sobre as características ambientais no Brasil e avaliou casos de desastres naturais recentes no país, como o ocorrido na região serrana do Rio, no ano passado. Falou, ainda, sobre as ações que estão sendo implementadas para reduzir os riscos para a população, como o trabalho do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Ambientais (Cemaden/MCTI), que, além de colaborar com ações preventivas, também identifica vulnerabilidades ligadas a uso e ocupação do solo e auxilia na instalação de infraestruturas.

“Hoje, no Brasil, a população cobra de forma efetiva ações que possam evitar tragédias relacionadas aos fenômenos naturais”, disse o secretário. “Nosso sistema de prevenção contra desastres naturais ainda não é a ideal, mas os investimentos estão sendo realizados para que ele se desenvolva cada vez mais. Só o governo federal investiu cerca de R$ 16 bilhões para reduzir a vulnerabilidade das cidades. O Cemaden tem implementado um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais em áreas suscetíveis de todo o Brasil quem tem dado bons resultados”, informou.

Ao terminar a apresentação, Nobre passou a palavra a Claudia Melo, representante da resseguradora Swiss RE, que falou sobre a relação dos desastres naturais com o mercado de seguros e as coberturas envolvidas nesse tipo de desastre. 
Texto: André Gonzalez – Ascom do MCTI

Comentário do Blog
Há uma preocupação nossa em saber se a discussão na ABC incluiu o fenômeno das secas no Nordeste do Brasil, somado ao processo de desertificação do Semi-Árido, ou se houve uma falha de comunição entre o que apresentado na Academia e o que foi escrito pelo autor do texto.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

A seca no Nordeste do Brasil


Finalmente os governos estaduais e o governo federal estão percebendo a gravidade da seca no Nordeste do Brasil. Até mesmo a grande imprensa, a exemplo do Jornal Nacional, noticiando no sábado passado, dia 05/05/2012, a existência de mais de 500 cidades da região em situação de emergência. No final de abril o governo federal já havia anunciado medidas para reduzir as consequências da seca na região Nordeste e norte de Minas Gerais, conforme publicado no Portal doPlanalto e postado neste blog. A produção de leite está sofrendo com secas severas, principalmente no estado da Bahia, conforme anunciado na página da internet da agrolink. No Rio Grande do Norte a situação não é das melhores, inclusive no que diz respeito à produção de leite. A propósito, nesse estado o governo acaba de formar o Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate aos Efeitos da Seca, segundo um jornal local. Tudo feito de última hora, sem planejamento e sem estudos preliminares. Parece que está valendo mais uma vez o velho princípio da Indústria da Seca, como se isto não custasse muitas vidas, sobretudo humanas.

Governo anuncia medidas contra efeitos da seca no Nordeste

O governo federal anunciou uma série de medidas para reduzir as consequências da seca que atinge os estados do Nordeste e norte de Minas Gerais. A previsão é que a estiagem se agrave nos próximos meses, o que levou o governo a antecipar ações para ampliar o fornecimento de água e o apoio ao agricultor. No total, as medidas somam R$ 2,7 bilhões e devem beneficiar os 1.100 municípios que sofrem as consequências da estiagem.


Segundo o ministro da Integração, Fernando Bezerra, foram antecipados R$ 799 milhões do programa Água para Todos, no âmbito Brasil sem Miséria, para construção de cisternas e de sistemas de abastecimento de água simplificado que atenderão comunidades com até 100 unidades residenciais. A medida também inclui a construção de aguadas de pequenos barreiros, e a perfuração de poços artesianos, além da distribuição de kits de irrigação para o atendimento à pequena agricultura familiar. O objetivo é instalar 32 mil cisternas, 2.400 sistemas simplificados de abastecimento, 1.199 barreiros e 2.400 poços.
Outros R$ 164 milhões serão aplicados na Operação Carro Pipa que deve ser reforçada nos próximos seis meses. Segundo o ministro, essa é uma operação que já ocorre de forma rotineira pelo Ministério da Integração, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil. No ano passado, acrescentou Fernando Bezerra, o Ministério da Integração direcionou aproximadamente R$ 230 milhões na operação.
“Tendo em vista a confirmação do quadro de estiagem, a Presidenta vai assinar medida provisória, nos próximos dias, abrindo crédito extraordinário no valor de R$ 164 milhões para atender a Operação Carro-Pipa nos próximos seis meses, e também poder repassar recursos para os governos estaduais. Em algumas situações, alguns estados já estão enfrentando colapso completo de abastecimento de água em áreas urbanas, e cidades também terão que ser atendidas através de carro-pipa”, explicou.
Crédito
O Ministério da Integração Nacional, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), vai disponibilizar R$ 1 bilhão para apoio a produtores rurais, comerciantes e setores da indústria prejudicados pela estiagem no Nordeste. O limite de crédito varia de R$ 12 mil a R$ 100 mil, com juros de até 3,5%. Serão beneficiados pelo Banco do Nordeste os empreendimentos de municípios com decreto de situação de emergência reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Mais crédito
Para atender aos agricultores familiares que tiveram prejuízos com a estiagem, o Programa Garantia Safra vai disponibilizar R$ 500 milhões. O benefício é de R$ 680,00, em cinco parcelas. Outros R$ 200 milhões serão disponibilizados por meio do Bolsa Estiagem, que disponibiliza R$ 400,00, dividido em cinco vezes.
Obras - O governo federal vai investir R$ 17,1 bilhões em ações estruturantes até 2015. São obras que vão garantir a segurança hídrica para brasileiros que vivem no semiárido, como Projeto de Integração do Rio São Francisco, Eixão das Águas (CE), Vertente Litorânea (PB), Ramal e Adutora do Agreste (PE) e Canal do Sertão Alagoano (AL).
A infraestrutura no abastecimento de água também está sendo ampliada e melhorada com a conclusão de cerca de 30 barragens, adutoras e sistemas, como o Tucano (BA), Seridó (RN) e Norte (MG).


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Seca de uma década chega ao fim na Austrália

RIO - É oficial: a seca na Austrália durou uma década e terminou esta semana. Mas isso não significa que a região está livre do problema, afirmam cientistas:
- Não há previsões até o momento sobre a próxima seca, mas a visão científica é de que, no sudeste da Austrália, devemos esperar que as secas se tornem mais severas e mais frequentes - disse à “New Scientist” Bill Young, hidrologista do CSIRO, a agência nacional de ciência da Austrália.
Ele afirma que os elementos da recente seca são consistentes com o que é esperado de um evento causado pelas mudanças climáticas. No entanto, os pesquisadores ainda têm que definir a contribuição exata das emissões de gases do efeito estufa e da variação natural do clima. As manifestações extremas, com secas e inundações, estão relacionadas com as oscilações dos ciclos de El Niño e La Niña. Como as emissões complicam este ciclo, então elaborar um modelo dos efeitos globais é uma função cheia de incertezas.
O fim oficial da "Grande Seca" aconteceu na última segunda-feira, quando meteorologistas declararam as duas áreas do país que ainda eram atingidas pela condição - Bundarra e Eurobodalla, em New South Wales - livres da seca. O governo da Austrália tem um plano de gestão da água para ter certeza de que o recurso estará disponível em tempos de seca, afirma Young. O plano será revisto em 2015 para lidar melhor com as consequências das mudanças climáticas.

Leia mais sobre esse assunto em oglobo

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Avanço do Mar na Praia de Icaraí: Riscos, Prevenção e Adaptação

The Advance of the Sea in Icaraí Beach: Risk, Prevention and Adaptation

No início de 2011 foi publicado um artigo no blog Eco4u com o título “Elevação do nível do mar: medições e consequências no Brasil e no mundo”, em que a foto inicial da matéria mostrava a destruição pelo mar na praia de Icaraí, em Caucaia na Região Metropolitana de Fortaleza - Ceará.

Destruição pelo mar na praia de Icaraí (Fonte: blog Eco4u).
De acordo com o Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), o mar já avançou no litoral do Ceará entre 150 e 300 metros, desde a década de 1990, as praias de Iparana, Pacheco, Icaraí, Tabuba e Cumbuco perderam um terço da faixa de areia. Cerca de 200 barracas foram invadidas pelas águas e completamente devastadas.
No Brasil, a falta de informações históricas sobre o nível do mar reflete a grande vulnerabilidade existente com relação à elevação do nível relativo do mar, tendo em vista que não se pode garantir se a variabilidade observada é um fenômeno local, regional ou global.
 
Leia mais neste link.

USP lança site com contribuições à RIO+20


Agência FAPESP – A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP) lançou um portal que reúne teses e dissertações de mestrado e doutorado relacionadas aos temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20).
A RIO+20 será realizada entre os dias 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro. As dissertações e teses foram defendidas na USP entre junho de 1992 e setembro de 2011.
A seleção, com cerca de 1,3 mil trabalhos, permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download da pesquisa completa.
Além disso, também oferece uma análise do material por especialistas da USP sobre os avanços e desafios das pesquisas nas áreas de governança e Agenda 21, economia verde e inclusão social e mudanças climáticas.
Mais informações: www.prpg.usp.br/usprio+20.
 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Eventos na UFRN: EREA


A Universidade Federal do Rio Grande do Norte tem promovido diversos eventos em áreas correlatas com as Ciências Climáticas. Um dos próximos eventos trata do Ensino de Astronomia. A posição privilegiada da Terra no Sistema Solar nos permite ter as condições climáticas adequadas para as formas de vida que conhecemos em nosso planeta.

O Encontro Regional de Ensino de Astronomia (EREA) de Natal ocorrerá na UFRN nos dias 23 a 26 de julho de 2012.

As inscrições já se encontram abertas no site: www.dfte.ufrn.br/erea