terça-feira, 30 de setembro de 2014

Pesquisadora desmente o mito do “ar mais puro das Américas” de Natal

Professora da UFRN diz que título de "cidade com o ar mais puro das Américas" dado à Natal não passa de um mito sem fundamento científico

Por Paulo de Sousa

Judith Hoelsemann diz que título não se baseia em dados científicos (Foto: Alberto Leandro)
Judith Hoelzemann diz que título não se baseia em dados científicos (Foto: Alberto Leandro)
O título dado a Natal em meados da década de 1990 de ter “o ar mais puro das Américas” não passa de um mito sem qualquer embasamento científico. É o que revela a pesquisadora em Processos Físicos e Químicos da Atmosfera, Judith Hoelzemann, que coordenou o Congresso Internacional de Química da Atmosfera, realizado na capital potiguar nesta última semana. A cientista quer montar uma rede de monitoramento para fazer avaliações diárias da qualidade do ar em diversos pontos da cidade.
A pesquisadora diz que esse título foi dado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) décadas atrás a partir de um relatório, “mas nunca foi fundamentada em dados científicos”. Segundo Judith Hoelzemann, que é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a qualidade do ar em Natal como um todo é boa, pois, como toda cidade litorânea, têm sua atmosfera renovada constantemente pela brisa marítima.
Contudo, na opinião da cientista, existem pontos em Natal em que a qualidade do ar pode estar comprometida com a poluição causada pela emissão de gases expelidos pelos veículos e a concentração de edifícios, que impedem a circulação da brisa marítima. “Bairros como Alecrim, as avenidas de maior tráfego de veículos e outros locais que têm poucas árvores podem apresentar níveis de concentração de poluentes prejudiciais à saúde. Contudo, não existem dados que possam comprovar essa qualidade do ar na cidade”.
Judith Hoelzemann lidera uma equipe de pesquisadores na UFRN que pretende criar uma rede de monitoramento da qualidade do ar em Natal, montando vários equipamentos capazes de medir os níveis de concentração de poluentes na atmosfera da cidade em diversos pontos da capital potiguar. No entanto, essa iniciativa esbarra, segundo a professora, na falta de investimentos da sociedade em geral nesse sentido. Atualmente, apenas a universidade, o Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro de Tecnologia do Gás e Energia do RN (CTGás-RN) apoiam a ideia. “É preciso que haja interesse da população em investir nessa pesquisa, que é tão importante para a saúde de todos”, ressalta.

Em 2010 o RN contabilizava 4,33 pessoas por automóvel, passando agora em 2013 para 3,55 habitantes por carro (Foto: Wellington Rocha)
Níveis de concentração de poluentes nas principais avenidas de Natal podem estar altos, acredita a pesquisadora (Foto: Wellington Rocha)
A professora conta que a relação da qualidade do ar com a saúde da população foi um dos principais temas abordados no Congresso Internacional de Química da Atmosfera, realizado no Centro de Convenções durante a última semana. Entre as contribuições do assunto para a cidade, Judith Hoelzemann cita que Natal está se expandindo cada vez mais e precisa de uma melhoria significativa no transporte público urbano para reduzir a emissão de gases poluentes.
“Precisamos deixar essa cultura de circularem vários carros grandes pela cidade com apenas o condutor nele. É preciso investir em transporte público de qualidade e acabar com a ideia de que ônibus é para gente pobre. Em muitos países desenvolvidos, os ricos é que usam o transporte de massa, pois acham mais cômodo. É preciso também incentivar a construção e utilização de ciclovias, pois contribui em muito para a saúde da população”.
O Congresso reuniu 414 participantes de vários países, sendo 1/3 do público de origem brasileira. O Brasil foi o primeiro país na América Latina a receber esse evento, que teve a sua 13ª edição.

Fonte: Portal NoAr



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fim da Seca na Política do NE

O Nordeste do Brasileiro vive atualmente uma das maiores secas da sua história, com três anos seguidos de baixíssimas precipitações em grande parte da Região, fato esse nunca observado antes, com reflexos terríveis na sua frágil estrutura socioeconômicas, mais de 80% dos municípios da grande região do semiárido brasileiro decretou emergência para se enquadrar no programa federal de abastecimento vital de água com carro pipa administrado pelo Exército Brasileiro, o dobro da média histórica de outra secas. Milhares de carro pipa circulam na região enchendo as cisternas secas construídas para assegurar o abastecimento rural nas épocas das chuvas, a um custo de abastecimento no mínimo vinte vezes maior do que o abastecimento convencional urbano.
Apesar de esse quadro terrível apontar a falência das políticas públicas seculares no semiárido de convivência e enfrentamento do fenômeno, a seca estranhamente encontra-se fora dos debates da atual temporada de eleições gerais no Brasil. Motivos para isso devem ter muitos, tanto o Governo como as oposições, e os eleitores devem ter conhecimento dos mesmos.
O Governo Federal, talvez, tenta esconder a omissão e ausência de projetos concretos e viáveis, tendo apostado todas as fichas no projeto de transposição do rio São Francisco, que na prática vai beneficiar menos de 5% da Região. Dessa forma, mesmo quando pronto, o projeto deverá mudar muito pouco o quadro Região.
Quanto às oposições não tem explicação, principalmente quando se leva em consideração o desempenho pífio eleitoral, que sem dúvida reflete, no mínimo, desconhecimento ou falta de compromisso com a realidade regional. Novamente o Governo, sem adversário a altura na Região, desequilibra a eleição nacional no NE.
Independente do efeito eleitoral transitório, porque os governos passam, todos saem perdendo nesse processo tendenciosa, perde-se no mínimo, uma grande oportunidade de, com a grande visibilidade política do momento, construirmos de forma participativa a base de um futuro bem mais promissor para a nossa sofrida região.

*Artigo do Prof. Dr. João Abner, da UFRN,  para o Jornal de Hoje.

domingo, 21 de setembro de 2014

Grito mundial para salvar la Tierra

Decenas de miles de personas han ocupado este domingo las calles de Nueva York y las de varias ciudades del mundo en la mayor concentración conocida en favor de la lucha contra el cambio climático. La marcha supone una exigencia multitudinaria de adopción de medidas hacia los líderes mundiales presentes en Manhattan para la 69 Asamblea General de Naciones Unidas, que asistirán también a la cumbre del climaque se celebra este martes. Unas 1.600 organizaciones llevaron a las calles a más de 300.000 personas, según los cálculos de los convocantes, que llenaron de color, diversidad y reivindicaciones el asfalto neoyorquino. No fue una marcha ecologista, sino un grito global para impedir que la temperatura del planeta siga ascendiendo y condene a todo tipo de catástrofes a millones de habitantes del planeta. Este mismo domingo se ha sabido que las emisiones de gases de efecto invernadero aumentaron un 2,3% en 2013, lo que demuestra que las medidas adoptadas hasta ahora son insuficientes.
La marcha ha contado con la presencia de políticos, empresarios, actores y líderes sociales, desde el secretario general de Naciones Unidas, Ban Ki-moon, al exvicepresidente de Estados Unidos Al Gore, pasando por el actor Leonardo DiCaprio, embajador especial de Naciones Unidas, el ministro de Exteriores francés, Laurent Fabius, o el alcalde de Nueva York, Bill de Blasio. DiCaprio ha desfilado en el grupo de los pueblos indígenas semioculto tras una tupida barba y una gorra. Uno de los momentos más emotivos se produjo en la Sexta Avenida a las 13.00 horas. Allí se celebró un minuto de silencio por las víctimas del cambio climático. Transcurrido ese tiempo, un estruendo de fanfarrias volvió a ocupar las calles.
La manifestación precede a una cumbre de líderes mundiales promovida por Ban Ki-moon que pretende dar un impulso a la negociación de un nuevo tratado sobre el clima. Dicha negociación deberá cerrarse a finales de 2015 en París. Será el primer encuentro de alto nivel tras el fracaso de Copenhague hace cinco años. Hay anuncios esperanzadores. Los países africanos proponen un corredor de energía limpia desde El Cairo hasta Ciudad del Cabo. También se habla de detener la destrucción de los bosques en 2030. El Banco Mundial pretende poner un precio a las emisiones. Sin embargo, las divisiones entre los países ricos y emisores y los que no lo son continúan, y los intereses de los primeros amenazan, una vez más, la posibilidad de un acuerdo efectivo.

Para leer más @ El País

sábado, 20 de setembro de 2014

Química da Atmosfera: Destruição persistente

Pensava-se que as substâncias destruidoras da camada de ozônio – que filtra os raios ultravioleta do Sol que chegam à Terra e desse modo evita danos à saúde das pessoas, como o câncer de pele – tinham deixado definitivamente de ser emitidas, como foi determinado no Protocolo de Montreal, um acordo internacional de 1987. Aparentemente não é bem assim. Uma equipe de pesquisadores da Nasa, a agência espacial norte-americana, verificou que a atmosfera da Terra contém uma quantidade elevada de tetracloreto de carbono (CCl4 ), uma das substâncias que, como se sabe, pode destruir a camada de ozônio. A quantidade de CCl4, calculada por meio de modelos matemáticos computacionais, é de 43 mil toneladas por ano, o equivalente a 30% do máximo de emissão dessa substância antes de sua proibição mundial (Geophysical Research Letters, 18 de agosto). O CCl4, que antes do acordo de Montreal era usado intensamente em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, deve provavelmente agora provir de vazamentos industriais, de lugares contaminados ou de fontes desconhecidas – sua origem ainda não é certa. Os especialistas da Nasa concluíram que, como se relatou emissão zero de CCl4 entre 2007 e 2012, a concentração desse composto na atmosfera deveria ter reduzido a uma taxa de 4% ao ano. No entanto, os especialistas observaram uma redução bem menor, de apenas 1%. Por meio de simulações da química amosférica global, os pesquisadores – agora interessados em idenficar a fonte das emissões inexplicadas – concluíram também que o CCl4 pode permanecer na atmosfera por um tempo 40% maior do que se pensava.

Leia mais via FAPESP.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Biology and Climate: Interactions of Earth's smallest players have global impact

A new study reveals the interactions among bacteria and viruses that prey on them thriving in oxygen minimum zones—stretches of ocean starved for oxygen that occur around the globe. Understanding such microbial communities in their natural environments is an important step in understanding global processes, including climate.

A complex web of interaction among viruses, bacteria and their environment is becoming ever more untangled by a growing international collaboration between Matthew Sullivan, associate professor in the University of Arizona's Department of Ecology and Evolutionary Biology, and Steven Hallam from the University of British Columbia in Canada.

"Bacteria are drivers of nutrient and energy cycles that power the earth," said Sullivan, who is also a member of the UA's BIO5 Institute. "As the climate is changing, so are the environments these bacteria live in, and they in turn loop back to impact their environments. Viruses are also in the mix mediating microbial processes, but how and to what extent? Those are the questions we are trying to answer."

Read in full/Leia matéria completa em: phys.org

A new study reveals the interactions among bacteria and viruses that prey on them thriving in oxygen minimum zones—stretches of ocean starved for oxygen that occur around the globe. Understanding such microbial communities in their natural environments is an important step in understanding global processes, including climate.

Read more at: http://phys.org/news/2014-09-interactions-earth-smallest-players-global.html#jCp
A new study reveals the interactions among bacteria and viruses that prey on them thriving in oxygen minimum zones—stretches of ocean starved for oxygen that occur around the globe. Understanding such microbial communities in their natural environments is an important step in understanding global processes, including climate.

Read more at: http://phys.org/news/2014-09-interactions-earth-smallest-players-global.html#jCp

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Brazil building Amazon observation tower to monitor climate change impact

325-metre tower will gather data on heat, water, cloud formation, carbon absorption and weather patterns, newspaper reports
Brazil is building a giant observation tower in the heart of the Amazon to monitor climate change and its impact on the region's sensitive ecosystem, a newspaper has reported.
The Amazon Tall Tower Observatory is a project of Brazil's National Institute of Amazonian Research and Germany's Max Planck Institute, O Estado de São Paulo said.
The tower, which will rise 325 metres from the ground, will be equipped with high-tech instruments and an observatory to monitor relationships between the jungle and the atmosphere. It will gather data on heat, water, carbon gas, winds, cloud formation, carbon absorption and weather patterns.
The project has been seven years in the making, with a site finally being selected far from any human presence, about 100 miles from Manaus, capital of the state of Amazonas, project coordinator Antonio Manzi told the newspaper.
The steel structure has been transported to the site on trucks and rafts from southern Brazil.
The Amazon jungle is one of the world's most sensitive ecosystems, with a powerful influence on the atmospheric release and intake of carbon.
"The tower will help us answer innumerable questions related to global climate change," said Paulo Artaxo, a project coordinator from the University of Sao Paulo. "We will gain a better understanding of the role of the Amazon and other humid tropical areas in climate models."

Agence France-Presse in Brasilia, via  theguardian.com – read here.



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Greenhouse gas levels rising at fastest rate since 1984

A surge in atmospheric CO2 saw levels of greenhouse gases reach record levels in 2013, according to new figures.



Concentrations of carbon dioxide in the atmosphere between 2012 and 2013 grew at their fastest rate since 1984.
The World Meteorological Organisation (WMO) says that it highlights the need for a global climate treaty.
But the UK's energy secretary Ed Davey said that any such agreement might not contain legally binding emissions cuts, as has been previously envisaged.
The WMO's annual Greenhouse Gas Bulletin doesn't measure emissions from power station smokestacks but instead records how much of the warming gases remain in the atmosphere after the complex interactions that take place between the air, the land and the oceans.
About half of all emissions are taken up by the seas, trees and living things.
According to the bulletin, the globally averaged amount of carbon dioxide in the atmosphere reached 396 parts per million (ppm) in 2013, an increase of almost 3ppm over the previous year.
"The Greenhouse Gas Bulletin shows that, far from falling, the concentration of carbon dioxide in the atmosphere actually increased last year at the fastest rate for nearly 30 years," said Michel Jarraud, secretary general of the WMO.
"We must reverse this trend by cutting emissions of CO2 and other greenhouse gases across the board," he said.
"We are running out of time."
Atmospheric CO2 is now at 142% of the levels in 1750, before the start of the industrial revolution.
However, global average temperatures have not risen in concert with the sustained growth in CO2, leading to many voices claiming that global warming has paused.
"The climate system is not linear, it is not straightforward. It is not necessarily reflected in the temperature in the atmosphere, but if you look at the temperature profile in the ocean, the heat is going in the oceans," said Oksana Tarasova, chief of the atmospheric research division at the WMO.
'More worrying' The bulletin suggests that in 2013, the increase in CO2 was due not only to increased emissions but also to a reduced carbon uptake by the Earth's biosphere.
The scientists at the WMO are puzzled by this development. That last time there was a reduction in the biosphere's ability to absorb carbon was 1998, when there was extensive burning of biomass worldwide, coupled with El Nino conditions.
"In 2013 there are no obvious impacts on the biosphere so it is more worrying," said Oksana Tarasova.
"We don't understand if this is temporary or if it is a permanent state, and we are a bit worried about that."
"It could be that the biosphere is at its limit but we cannot tell that at the moment."
The WMO data indicates that between 1990 and 2013 there was an 34% increase in the warming impact on the climate because carbon dioxide and other gases like methane and nitrous oxide survive for such a long time in the atmosphere.

Read more @ BBC News

Greenhouse gases reached new records in 2013

Guest post by Beth Mole- via ScienceNews
Levels of carbon dioxide in the atmosphere rose more last year than any other year since 1984, according to a September 9 report by the World Meteorological Organization.
That leaves the 2013 CO2 concentration at 142 percent of preindustrial era levels. Other heat-trapping gases, methane and nitrous oxide, were also up at 253 percent and 121 percent of the pre-industrial era numbers, respectively.
In a statement, Michel Jarraud, the secretary-general of the meteorological organization, urged the world to take swift action to curb planet-warming gas emissions, which unequivocally alter climate. “We are running out of time,” he said.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

UFRN - Ciências Climáticas: Processo Seletivo - bolsa de pesquisa

Programa Nacional de Pós-Doutorado

EDITAL N° 04/2014-PPGCC - OBS: O Edital está em anexo a esta publicação

PROGRAMA NACIONAL DO PÓS-DOUTORADO
(PNPD/CAPES-2014)


A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no uso de suas atribuições legais e estatutárias, torna pública, pelo presente Edital, a abertura do Processo Seletivo para a seleção de uma (01) bolsa de pesquisa para o Programa Nacional de Pós-Doutorado (CAPES) no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas da UFRN.

1.    Das Inscrições

As inscrições devem ser feitas via Correios/SEDEX até o dia 30 de setembro de 2014, devendo o candidato encaminhar a documentação de inscrição para o seguinte endereço:

Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC)
Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Av. Senador Salgado Filho, s/n. Campus Universitário
Lagoa Nova – Natal/RN
CEP: 59078-970.

Para maiores informações: telefone (84) 3342-2479; e-mail: ppgcc@ccet.ufrn.br.

2.    Do perfil da vaga

2.1   Possuir o título de doutor, quando da implementação da bolsa, nas áreas de Ciências Atmosféricas e/ou Climáticas, em caso de diploma obtido em instituição estrangeira, este deverá ser analisado pelo Programa de Pós-Graduação;
2.2  As atividades devem ser desenvolvidas em Natal - RN;
2.3  O bolsista deverá desenvolver projeto de pesquisa relacionada às áreas de Ciências Atmosféricas e/ou Climáticas, alinhado com as áreas temáticas do PPGCC;
2.4  Para fins de elegibilidade, os candidatos devem estar de acordo com as normas do Programa Nacional de Pós-Doutorado, pela Portaria CAPES nº. 86/2013 (http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/pnpd-capes);
2.5  O valor da bolsa mensal segue o regulamento do PNPD da Capes que, no momento é do valor de R$ 4.100,00 (quatro mil e cem reais), pagos diretamente ao bolsista.

3.    Da Documentação

3.1  Os documentos, abaixo relacionados, deverão ser encaminhados para o endereço indicado acima, até o último dia do período de inscrição (item 1 deste Edital). Para fins dessa inscrição será considerada a data da postagem que não ultrapasse a data limite da inscrição. Os documentos são:

a)    Carta de intenção, mencionando a linha de pesquisa e justificando a relevância do projeto dentro do contexto do PPGCC;
b)    Projeto de pesquisa;
c)    Cópia do currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes – CNPq (www.cnpq.br);
d)    Cópias dos artigos e trabalhos publicados, conforme enumerados no currículo Lattes.

4.    Dos Critérios de Seleção

O processo seletivo será conduzido pela Comissão de Seleção, considerando:

4.1  Etapa 1 – Exame do Projeto de Pesquisa (Peso 6): a análise do projeto será baseada nas orientações dispostas no Anexo I deste Edital.
4.2  Etapa 2 – Análise do currículo (Peso 4): a pontuação será contabilizada de acordo com as normas de pontuação prevista na ficha de avaliação da prova de títulos da Resolução n. 108/2013-CONSEPE-UFRN, em seu Anexo IX (http://goo.gl/FzsvNO).

Para fins da nota final, será considerada a média ponderada das notas de cada etapa do Processo Seletivo.

5.    Dos Resultados e Classificação Final

5.1  A classificação final dos candidatos deverá ser homologada pelo Colegiado do PPGCC e levará em consideração a nota final do candidato. Só serão considerados aprovados, os candidatos cuja média for igual ou superior a 7,0 (sete). Em caso de empate, levar-se-á em consideração as notas obtidas na etapa 2.
5.2  Os resultados da classificação final serão divulgados até o dia 15 de outubro de 2014, na Secretaria de Pós-Graduação em Ciências Climáticas e no link:  www.posgraduacao.ufrn.br/ppgcc

6.    Dos Casos Omissos

Os casos omissos serão apreciados pela Comissão de Seleção, cabendo recurso ao COLEGIADO do Programa.

7.    Das Disposições Finais

7.1  É de inteira responsabilidade do candidato o acompanhamento do cronograma durante todo o processo seletivo. A Comissão de Seleção se reserva o direito de realizar alterações nas datas quando houver motivo de força maior. Nesses casos, as eventuais alterações serão amplamente divulgadas, mas cabe ao candidato acompanhar a página de internet do PPGCC e manter atualizados todos os outros meios de contato para as alterações e eventualidades, caso ocorram.
7.2  Até três dias úteis após a divulgação do resultado final caberá recurso ao COLEGIADO do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas da UFRN, o qual terá um prazo de três dias úteis para a decisão final.
7.3  O PPGCC não se responsabiliza pelo não recebimento de informações relacionadas ao Processo Seletivo por motivos de ordem técnica dos computadores, falhas de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação, bem como por outros fatores de ordem técnica que impossibilitem a transferência de dados.

8.    Das Disposições Gerais

Os interessados poderão entrar em contato com a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas da UFRN através do e-mail: ppgcc@ccet.ufrn.br, ou pelo telefone (84) 3342-2479 ou ainda no seguinte endereço:

Secretaria do Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas
Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Av. Senador Salgado Filho, s/n. Campus Universitário
Lagoa Nova – Natal/RN
CEP: 59078-970.

Natal-RN, 02 de setembro de 2014.


ANEXO I
Modelo para elaboração do projeto de pesquisa

O projeto de pesquisa deve considerar: identificação do problema de pesquisa, clareza nos objetivos propostos, justificativa, consistência e coerência teórica e a pertinência com as áreas temáticas do PPGCC.

O conteúdo do projeto deve deixar clara a vinculação do projeto com as áreas de Ciências Atmosféricas ou Climáticas, fundamentada pelas referências teóricas e metodológicas da área.

Formatação: Corpo do texto: MS Word ou similiar, Fonte: Times New Roman, Tamanho: 12, Espaçamento entre linhas: 1,5; Títulos: Times New Roman, 14, negrito. Folha de rosto contendo: titulo do projeto (Times New Roman, 16, negrito, centralizado) e nome do candidato (Times New Roman, 14, negrito, centralizado). Todas as margens: 2,5 cm. Numeração de páginas: centralizada inferior.
Os projetos devem conter no máximo 10 páginas, incluindo as referências.

Tópicos obrigatórios a serem considerados no projeto:

  • Resumo (máximo 20 linhas);
  • Introdução composta por: identificação do problema de pesquisa, justificativa, revisão de literatura e objetivos da proposta;
  • Fontes de dados e metodologias de análise;
  • Resultados esperados;
  • Referências;
  • Plano de trabalho e cronograma de execução;
  • Metas anuais de produção científica (artigos, capítulos de livro, trabalhos em congressos, etc).

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Researchers discover new clues to determining the solar cycle

Approximately every 11 years, the sun undergoes a complete personality change from quiet and calm to violently active. The height of the sun's activity, known as solar maximum, is a time of numerous sunspots, punctuated with profound eruptions that send radiation and solar particles out into the far reaches of space.
However, the timing of the solar cycle is far from precise. Since humans began regularly recording sunspots in the 17th century, the time between successive solar maxima has been as short as nine years, but as long as 14, making it hard to determine its cause. Now, researchers have discovered a new marker to track the course of the solar cycle—brightpoints, little bright spots in the solar atmosphere that allow us to observe the constant roiling of material inside the sun. These markers provide a new way to watch the way the magnetic fields evolve and move through our closest star. They also show that a substantial adjustment to established theories about what drives this mysterious cycle may be needed.

Historically, theories about what's going on inside the sun to drive the solar cycle have relied on only one set of observations: the detection of sunspots, a data record that goes back centuries. Over the past few decades, realizing that sunspots are areas of intense magnetic fields, researchers have also been able to include observations of magnetic measurements of the sun from more than 90 million miles away.

"Sunspots have been the perennial marker for understanding the mechanisms that rule the sun's interior," said Scott McIntosh, a space scientist at the National Center for Atmospheric Research in Boulder, Colorado, and first author of a paper on these results that appears in the September 1, 2014, issue of the Astrophysical Journal. "But the processes that make sunspots are not well understood, and far less, those that govern their migration and what drives their movement. Now we can see there are bright points in the solar atmosphere, which act like buoys anchored to what's going on much deeper down. They help us develop a different picture of the interior of the sun."

Over the course of a solar cycle, the sunspots tend to migrate progressively lower in latitude, moving toward the equator. The prevailing theory is that two symmetrical, grand loops of material in each solar hemisphere, like huge conveyor belts, sweep from the poles to the equator where they sink deeper down into the sun and then make their way steadily back to the poles. These conveyor belts also move the magnetic field through the churning solar atmosphere. The theory suggests that sunspots move in synch with this flow – tracking sunspots has allowed a study of that flow and theories about the solar cycle have developed based on that progression. But there is much that remains unknown: Why do the sunspots only appear lower than about 30 degrees? What causes the sunspots of consecutive cycles to abruptly flip magnetic polarity from positive to negative, or vice versa? Why is the timing of the cycle so variable?

By Karen C. Fox
Read more at: http://phys.org/news/2014-09-clues-solar.html#jCp

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Volume de chuvas fica 35% abaixo da média no Estado

Um terceiro ano de seca. É como considera a meteorologia o ano de 2014. Apurando o acumulado do período chuvoso deste ano, as chuvas foram 35% abaixo da normalidade. É o que informa Gilmar Bistrot, meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). “Mesmo que alguns municípios tenham apresentado regularidade, mas quando analisamos o Estado todo, temos um terceiro ano consecutivo. É um  quadro de seca bastante expressivo”, afirma.
 Sidney SilvaCom poucas chuvas, nível de água no Itans, em Caicó, chega a 12,31% da capacidade do reservatório

A média dentro da normalidade histórica para o período de janeiro a agosto, segundo ele, é um acumulado de 700 mm, considerando todo o Estado. De acordo com o apurado de 2014, as precipitações ficaram  em torno de 450 mm. Uma situação um pouco melhor em relação aos últimos dois anos, mas insuficiente para considerar regular, segundo ele. De acordo com meteorologista, no ano de 2013 o acumulado foi de 400 mm, sendo 42% abaixo da normalidade e o quadro de 2012 foi o mais crítico, sendo abaixo dos 400 mm. 

A falta de chuvas regulares tem trazido consequências  graves para a população do Rio Grande do Norte. Cinco cidades continuam em colapso de abastecimento e 111 estão em situação de emergência – com abastecimento por carros-pipa. A maioria dos 46 reservatórios, monitorados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), não conseguiram recuperar seu aporte de água. Mais da metade dos açudes está com o nível abaixo dos 20% da capacidade total.

Reservatórios importantes  como o Gargalheiras, Itans e o açude de Pau dos Ferros estão em situação crítica. O açude de Gargalheiras, localizado no município de Acari, está com 7,26% de sua capacidade, conforme última medição da Semarh, em 15 de agosto. A barragem do Itans, em Caicó, se encontra hoje com 12,31% do volume capaz. E o de Pau dos Ferros com 6,83%. Os dois últimos com medições em 29 de agosto.

A produção agrícola potiguar também foi prejudicada, sentida principalmente no Agreste potiguar. De acordo com o relatório Safra de Grãos, publicado pela superintendência da Companhia de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Conab) no final do primeiro semestre, as chuvas esparsas não conseguiram recuperar plenamente a produção de grãos. A safra está estimada em 53.386 toneladas – um incremento de 308,8% se comparada à do ano passado, mas ainda 49,8% abaixo do registrado em 2011, último ano de boa colheita.

A esperança é um bom inverno em 2015. Mas, ainda não há previsões meteorológicas com dados precisos. O risco do fenômeno El Niño está sob observação. A ocorrência dele seria uma “catástrofe” para o abastecimento de água no Estado. “A gente não tem nenhuma posição nem preliminar, nem definitiva sobre o inverno de 2015. Até porque as informações para prognóstico não estão maduras”, justifica Bistrot. “Temos que ver o pico de máximo e mínimo de temperatura dos oceanos pacíficos e atlântico. Em setembro que dá para começar a fazer avaliação de 2015”.

Para os próximos três meses, não há perspectiva de chuvas relevantes, no RN. “Há uma previsão de chuvas na primeira quinzena de setembro, na faixa litoral, e interior do Estado. Mas, não garantem a mudança no cenário”, coloca Gilmar Bristot. 

Nestas próximas semanas há previsão da renovação do decreto de emergência do Estado, por causa da seca. Segundo Coronel Josenildo Acioli, coordenador da Defesa Civil do RN, a documentação está sendo organizada para que se possa entrar com o novo pedido.

Por Daísa Alves
Fonte: Tribuna do Norte, Natal-RN.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Meio Ambiente: Preservação da biodiversidade na Mata Atlântica custaria 0,01% do PIB

Um novo estudo brasileiro mostra que seria possível recuperar a Mata Atlântica em propriedades agrícolas com um investimento de apenas 0,01% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores selecionaram propriedades que apresentam pelo menos 20% de floresta conservada e calcularam o quanto seria necessário para aumentar a área preservada para 30%. Com 198 milhões de dólares, seria possível restaurar 424 mil hectares de Mata Atlântica. A pesquisa foi publicada na revista Science, na quinta-feira (28).

Com essa porcentagem, seria possível manter nas propriedades agrícolas a biodiversidade em nível semelhante ao das áreas de proteção. Além disso, a preservação de 30% da Mata Atlântica também traria benefícios aos agricultores. "Seria possível trazer de volta para as propriedades agrícolas muitas espécies que realizam funções importantes no ecossistema, como polinização e controle de pestes", disse ao site de VEJA a brasileira Cristina Banks-Leite, professora do Imperial College, na Grã-Bretanha, e principal autora do estudo.

O valor que seria necessário investir para atingir os 30% corresponde a 6,5% do que o Brasil gasta anualmente com subsídios agrícolas. Ele inclui os gastos com a recuperação da floresta e também o que seria pago aos agricultores. A "indenização" foi calculada com uma média dos valores praticados pelos programas desse tipo que já existem na Mata Atlântica. "Na prática, algumas áreas seriam mais caras do que outras. Essa estratégia não seria eficaz em lavouras de laranja ou cana-de-açúcar, mas produtores que muitas vezes têm prejuízo dependendo do clima ou da balança comercial, como na lavoura de tomate ou morango, ficariam interessados nessa estratégia", afirma a pesquisadora.

Após três anos de funcionamento, o valor desse projeto cairia. A área reflorestada já poderia se manter sozinha, sem ajuda externa, de forma que sobraria apenas o valor pago aos agricultores, que representaria 0,0026% do PIB. "A partir do quarto ano seria possível restaurar outras áreas de Mata Atlântica com o investimento inicial, então essa é uma estratégia que pode ser adaptada à medida que o tempo for passando", diz Cristina. Ela alerta que o ideal seria passar dos 30%, para haver uma margem de segurança na biodiversidade.

Para a pesquisadora, esse projeto poderia evitar uma polarização entre os interesses de ambientalistas e agricultores. "Seria uma boa ideia tanto para cientistas e conservacionistas quanto para os fazendeiros, que se beneficiariam tanto pelos recursos ecológicos quanto pelos recursos financeiros que receberiam", explica. Ela é otimista quanto à possibilidade do projeto se concretizar: "O trabalho saiu hoje e eu já vi pessoas comentando que essa é uma estratégia que eles já queriam levar adiante, mas não tinham argumentos, faltava o apoio científico. Eu acho que existe interesse político e dinheiro disponível no momento, então é um momento propício", afirma.

Fonte: Planeta Sustentável