quarta-feira, 27 de março de 2013

Cemaden recebe propostas de locais para pluviômetros até sábado

Termina no sábado (30) o prazo para entidades indicarem locais para instalação de pluviômetros automáticos no seu município. A medida para acompanhamento das chuvas dá continuidade à licitação para compra e colocação desses equipamentos realizada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), e se restringe às cidades previamente definidas pela instituição.
O projeto Pluviômetros Automáticos tem como objetivo ampliar a rede de monitoramento pluviométrico no Brasil com 1.500 unidades desse tipo. Insere-se no esforço do governo federal de para melhorar a previsão de desastres naturais e reduzir os danos socioeconômicos e ambientais. A aquisição de novos equipamentos e a importância da cooperação federativa para enfrentar o problema foram tema de reunião no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, no fim de janeiro.
Caberá à entidade parceira será oferecer o local para o equipamento, permitir acesso para manutenção (a cargo do Cemaden), zelar pela conservação do aparelho e comunicar eventuais problemas. Em conjunto com órgãos governamentais, essas organizações formarão uma rede nacional de colaboração para redução de desastres. As propostas são recebidas pelo site do centro nacional, onde há perguntas e respostas para esclarecimento de dúvidas.
“Temos participado de reuniões em todos os estados, em parceria com o Cenad [Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres], para essa articulação”, conta o diretor do Cemaden, Agostinho Tadashi Ogura. “As comunidades querem participar, monitorar a chuva em conjunto, em vez de só receber o alerta. Sentimos que os municípios já ansiavam por isso.” Assim, conclui, a mobilização e a educação em gestão de risco caminham juntas.
O dirigente também destaca o aumento da precisão a partir do cruzamento dos dados com a percepção e a avaliação dos moradores. “Eles podem ver que em determinados bairros está chovendo muito mais que nos pontos de medição”, exemplifica.
Como funciona
O pluviômetro é um aparelho meteorológico usado para recolher e medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada durante um determinado tempo em um local. Os equipamentos automáticos dispensam interferência humana para o envio de dados e funcionam sem energia elétrica. É necessário escolher locais descobertos e sem obstáculos (árvores, prédios altos etc.) que possam interferir na quantidade de água captada.
Podem ser parceiras da iniciativa instituições de qualquer natureza: coordenadorias municipais ou estaduais de defesa civil, prefeituras ou governos estaduais e suas secretarias, escolas e universidades, empresas públicas e privadas, organizações não governamentais, institutos de pesquisa etc.
Também está aberto o cadastramento de entidades no projeto Pluviômetros nas Comunidades, que contará com 1.100 equipamentos do tipo semiautomático.
Texto: Pedro Biondi – Ascom do MCTI

terça-feira, 26 de março de 2013

II Seminário Internacional Brasil-Espanha

Data: Quarta, 03 de Abril de 2013
Horário: 08:30 - 18:30
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MP) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade da Cantábria (IHC/Espanha) e o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), convidam para o “II Seminário Internacional Brasil-Espanha: A experiência espanhola e a aplicação do SMC-Brasil no apoio à gestão da costa brasileira”

O evento será realizado no dia 03 de abril de 2013, no Auditório do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Bloco B – Setor Sudoeste, em Brasília/DF.

O SMC-Brasil é uma importante iniciativa para instrumentalização da gestão integrada da costa brasileira, que permitirá a construção de cenários sobre a dinâmica da linha de praia, produzindo informações importantes para planejamento e qualificação da tomada de decisão nesse espaço.

A inscrição é gratuita, sendo necessário enviar a ficha de inscrição preenchida para o endereço eletrônico smcbrasil@mma.gov.br. As demais despesas para participação deverão correr por conta das respectivas instituições.

Confira a programação do evento.

Pau-brasil sustentável



Um dos objetivos e reintroduzir a espécie em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia.

LUCIENE DE ASSIS

Especialistas brasileiros e estrangeiros no plantio e conservação da espécie pau-brasil estarão reunidos nesta terça-feira e quarta-feira (26 e 27/03), em Recife, para o seminário Conservação, Repovoamento e Reflorestamento com Pau-Brasil com o objetivo de criar uma rede de promoção da espécie. A ideia é elaborar propostas viáveis de plantios comerciais heterogêneos e sistemas agroflorestais. “Queremos também eleger modelos de reintrodução do pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) em fragmentos naturais da Mata Atlântica, considerando-se alternativas adequadas para os estados ao norte da Bahia”, explica o diretor técnico da Associação Plantas do Nordeste (APNE), Frans Pareyn.

O evento será realizado na Fundação Centro de Educação Comunitária e Social do Nordeste (Cecosne), organizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pela Associação Plantas do Nordeste (APNE), em parceria com a ONG americana International Pernambuco Conservatory Initiative (IPCI) e apoiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), órgão de fomento à ciência e à tecnologia vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do governo estadual. “Os casos apresentados serão fundamentais para alimentar as políticas públicas de incentivo à produção sustentável e à conservação da espécie”, avalia o chefe de gabinete da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Tatagiba.

HARPAS E VIOLINOS

Depois de séculos de exploração predatória, a presença de pau-brasil na Mata Atlântica tornou-se escassa, sendo considerado crime, por lei federal, o corte ilegal desta árvore em risco de extinção. Conhecida também como pau-rosa, pau-de-tinta ou pau-pernambuco, entre outras denominações, a madeira desta leguminosa brasileira tem sido utilizada na confecção de arcos de violinos, harpas e violas.

Os sistemas de plantios heterogêneos, os modelos agroflorestais e as metodologias de reintrodução do pau-brasil em espaços naturais permitirão produzir, de forma eficiente e sustentável, a matéria prima (madeira), promovendo, ao mesmo tempo, a conservação e reintrodução da espécie no seu habitat natural, confirma Frans Pareyn. Os sistemas definidos pelos especialistas orientarão iniciativas de plantio e reintrodução da espécie pelos interessados. De forma imediata, os modelos definidos serão implantados em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Atualmente, o Pau-brasil está classificado na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.

Fonte: Agência InforMMA