MAPEAMENTO
DAS ÁREAS PROPÍCIAS À DESERTIFICAÇÃO NO
NORDESTE DO BRASIL
COM BASE EM FATORES
CLIMÁTICOS
Mônica C. Damião Mendes
Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
25/09/2013 às 15h00 no Auditório do DFTE
Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
25/09/2013 às 15h00 no Auditório do DFTE
Resumo: O Nordeste do
Brasil tem como
característica climática ser uma região cujo regime
pluviométrico é variável
tanto no tempo quanto no espaço. As chuvas têm um regime
escasso na região semiárida (com total abaixo de 800 mm
anuais) e um regime normal e/ou
abundante no norte e leste do Nordeste (com total acima de
1000 mm anuais).
Nas áreas semiáridas e áridas verifica-se uma diminuição
dos recursos
hídricos, devido às chuvas irregulares. Este trabalho tem
como objetivo analisar
a influência das variáveis climáticas no processo de
desertificação no Nordeste
do Brasil, com base em percentis de precipitação (25 %,
50% , 75% e 90%)
extraídos dos dados do projeto GPCP. Temperatura,
precipitação, umidade
relativa e radiação solar foram usados para obter a
evapotranspiração potencial
(ETP), que posteriormente foi utilizado na obtenção do
índice de
desertificação. O indice de desertificação é calculada a
partir da subtração
entre a precipitação e evapotraspiração, dividido pelo
desvio padrão de
precipitação, durante o período de estudo (1979-2009).
Áreas suscetíveis à
desertificação baseadas no percentil P25 (chuvas inferior
a 25%) se estende na
região semiárida do Nordeste Brasileiro, no qual foram
encontrados 4
núcleos de desertificação (No Seridó Potiguar e região
central do Rio
Grande do Norte, no oeste de Pernambuco e nordeste da
Bahia, na Paraíba e no
centro da Bahia). Finalmente, também obteve-se a tendência
espacial e temporal
da precipitação, das temperaturas máxima e mínima e
umidade relativa. Os
resultados mostraram uma tendência positiva ou crescente
da precipitação e da
temperatura máxima na região de desertificação, sugerindo
que o efeito de
precipitação no processo de desertificação pode está
associado com a ocorrência
de dias sem precipitação (períodos de estiagem) e ao
aumento da evaporação
provocada pela alta as temperaturas durante o dia (aumento
de temperatura
máxima).
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