A Chamada 64/2013 dispõe de R$ 13,8 milhões para apoiar projetos do Proantar, que, no verão de 2012 para 2013, completou 31 anos de atuação. Membro pleno do Tratado da Antártica desde 1975, o Brasil precisa manter um substancial programa científico para garantir papel ativo nas decisões sobre a preservação ambiental e o futuro político do continente gelado.
Em relação ao edital lançado em 2009, que encerra atividades na 32ª Operação Antártica, no próximo verão, a atual chamada estabelece prioridade para projetos executados em cooperação internacional, principalmente com países sul-americanos parceiros, além de apoiar a participação de cientistas brasileiros em fóruns internacionais, sobretudo aqueles ligados ao Sistema do Tratado da Antártica.
Outra novidade é que as propostas devem prever em seu orçamento, quando necessário, o custeio com a logística científica, ou seja, diárias e passagens para deslocamento de membros da equipe para atividades de campo ou treinamento no país e no exterior, transporte de material, desembaraço alfandegário e fretamento de aeronaves, entre outros pontos.
As linhas de pesquisa seguem diretrizes do plano de ação de 2013 a 2022 para a ciência antártica brasileira, documento elaborado a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), submetido à comunidade científica e em processo de aprovação pelo Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa) e pela Subcomissão para o Proantar da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm).
Ilhas oceânicas
Com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a Chamada 62/2013 destina R$ 7 milhões a projetos de monitoramento do fluxo de dióxido de carbono (CO2) em ambientes marinhos, dinâmica de ecossistemas insulares no Oceano Atlântico, biodiversidade e biotecnologia marinha em ilhas oceânicas, modelagem, previsão climática e observação oceânica e geologia marinha.
O edital inova ao estimular a implantação de um sistema remoto e integrado de observação do gás carbônico nos pontos mais afastados do território nacional, a fim de usar as ilhas como plataformas para monitorar e compreender o fluxo de gases e as interações entre oceano, atmosfera e continente.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI
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