sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mestrado em Ciências Climáticas na UFRN

Devido ao crescente interesse de potenciais candidatos, o colegiado do PPGCC da UFRN decidiu constituir comissão para elaborar um projeto de criação do Curso de Mestrado em Ciências Climáticas. Devido à natureza interdisciplinar das ciências climáticas, o mestrado deverá ser um passo importante para a formação básica de graduados em áreas afins, mas que tiveram pouco contato com disciplinas específicas envolvendo conhecimentos fundamentais em atmosfera e oceanos, além de áreas interrelacionadas, como meteorologia, climatologia, hidrologia e ciências ambientais.

Pós-Graduação em Ciências Climáticas - Processo Seletivo 2011.1

Nesta semana foi finalizado o processo seletivo para o Curso de Doutorado em Ciências Climáticas da UFRN. Foram selecionados os seguintes 9 (nove) candidatos: Eliane Barbosa Santos; Ana Carla dos Santos Gomes; Carlos Magno Lima Fernandes e Silva; George Ulguim Pedra; Allan Rodrigues Silva; Samira de Azevedo Santos; Reben Rudson Mendes Gomes; Thalyta Soares dos Santos; Maytê Duarte Leal Coutinho. 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Crescimento acelerado na Antártica


Agência FAPESP – O estudo de pequenas criaturas marinhas coletadas na Antártica nos primeiros anos do século 20 pelo explorador inglês Robert Falcon Scott (1868-1912) acaba de fornecer novas informações sobre as mudanças ambientais no continente que rodeia o polo Sul.

Ao comparar briozoários – animais invertebrados aquáticos – existentes atualmente com exemplares obtidos nas expedições lideradas pelo capitão Scott, um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos encontrou a primeira evidência conclusiva do aumento da captura e do armazenamento de carbono por uma vida marinha na Antártica.
Em artigo publicado nesta semana na revista Current Biology, David Barnes, do British Antarctic Survey, e colegas descrevem como examinaram as marcas de crescimento em esqueletos de espécimes de briozoários (Cellarinella nutti) coletados no mar de Ross por meio do Censo da Vida Marinha Antártica, programa internacional de pesquisa iniciado em 2005 como parte do Censo da Vida Marinha.
Quando comparados com espécimes pertencentes a coleções de museus no Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia, entre os quais exemplares coletados nas expedições de Scott, os cientistas observaram que desde 1900 os briozoários estão crescendo mais rapidamente do que jamais o fizeram.
Segundo eles, a explicação mais provável é a maior disponibilidade de alimento (fitoplâncton) desde o início do século 20. O estudo sugere que esse novo crescimento é um mecanismo importante para o depósito de carbono no leito do mar.
“Usamos um registro antigo de crescimento em um animal como evidência das mudanças rápidas e recentes para a vida existente no leito do mar. As coleções biológicas de Scott são consideráveis em qualidade e quantidade e se tornarão ainda mais valiosas para determinar como a vida responde a mudanças no transcorrer do tempo”, disse Barnes.
Segundo o cientista, como poucos estudos biológicos na Antártica envolvem períodos de mais de 30 anos, os dados do novo trabalho são “muito valiosos e destacam a importância de se realizar monitoramentos de longo prazo”.
Os briozoários se alimentam de fitoplâncton, pequenas plantas marinhas que precisam de dióxido de carbono para crescer e se reproduzir. O carbono no fitoplâncton é assimilado pelos briozoários e usado para formar os tecidos e esqueletos desses animais.
O crescimento acelerado dos briozoários implica que o animais atingem mais cedo seu tamanho máximo, quando são quebrados pelas correntes oceânicas. À medida que os briozoários caem, eles liberam carbono, aumentando o potencial de sequestro de carbono do leito marinho.
Scott liderou duas expedições à Antártica, a primeira de 1901 a 1904 e a segunda de 1910 a 1913, tentando ser o primeiro homem a atingir o polo Sul. Na segunda, o grupo conseguiu alcançar o polo, mas apenas para descobrir que a expedição liderada pelo norueguês Roald Amundsen havia chegado primeiro. Na jornada de retorno, Scott e seus quatro companheiros morreram devido ao cansaço, à desnutrição e ao frio extremo da região.
O artigo Scott’s collections help reveal accelerating marine life growth in Antarctica (doi:10.1016/ j.cub.2011.01.033), de David K.A. Barnes e outros, pode ser lido por assinantes da Current Biology em www.cell.com/current-biology.

Fonte: portal de notícias da FAPESP

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aquecimento global pode elevar doenças transmitidas pela água

As mudanças climáticas podem aumentar a exposição das pessoas a doenças transmitidas pela água procedente de oceanos, lagos e ecossistemas costeiros, e o impacto já poderá ser sentido em algunos anos, alertaram cientistas americanos reunidos em Washington na AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência).
Vários estudos demonstraram que as mudanças no clima provocadas pelo aquecimento global tornam os ambientes marinhos e de água doce mais suscetíveis à proliferação de algas tóxicas, e permitem que micróbios e bactérias nocivas à saúde se multipliquem, informaram cientistas da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica).
Em uma pesquisa, pesquisadores da Noaa fizeram modelos de oceanos e do clima para prever o efeito nas florações de Alexandrium catenella, que produz a tóxica "maré vermelha" e pode se acumular em mariscos e causar sintomas como paralisia e inclusive ser mortal para os humanos que comerem os moluscos contaminados.
"Nossas projeções indicam que no fim do século 21, as florações podem começar até dois meses antes no ano e persistir um mês depois, em comparação com o período atual, de julho a outubro", disse Stephanie Moore, um dos cientistas que trabalhou no estudo.
No entanto, o impacto poderá ser sentido muito antes do final do século, já em 2040, informou a especialista.
"As mudanças na temporada de floração das algas nocivas parecem iminentes. Esperamos um aumento significativo em Puget Sound (na costa do estado americano de Washington, onde foi feito o estudo) e ambientes similares em situação de risco dentro de 30 anos, possivelmente na próxima década", disse Moore.
Em outro estudo, cientistas da Universidade da Geórgia descobriram que a areia do deserto, que contém ferro, ao se depositar nos oceanos, estimula o crescimento deVibrios, grupo de bactérias que podem causar gastrointerites e doenças infecciosas em humanos.
A quantidade de areia com ferro depositada no mar aumentou nos últimos 30 anos e espera-se que continue aumentando, segundo registros de chuvas na África ocidental.
20/02/2011
FonteDA FRANCE PRESSE via UOL - aqui

População e Espaço na Mudança Ambiental

Seminário Internacional 
População e Espaço na Mudança Ambiental: Cidades, Escalas e  Mudanças Climáticas
27 a 29 de Abril de 2011
Campinas, São Paulo
ou

Inpe participa de missão oceanográfica no Atlântico Sul

Clique para ver todas as fotos de Inpe participa de missão oceanográfica no Atlântico Sul
Crédito: Inpe
22/02/2011 - 07:55
Pesquisadores embarcam no navio que parte da Cidade do Cabo, África do Sul, em missão de coleta de dados para estudos sobre a cor do oceano e a existência de aerossóis que podem influir no ciclo do carbono e nos ecossistemas marinhos. O cruzeiro oceanográfico começou neste domingo (20) e percorrerá o Atlântico Sul até Valparaíso, no Chile, onde tem chegada prevista para o dia 15 de março.
O navio R/V Melville pertence ao Instituto de Oceanografia Scripps, dos Estados Unidos, e leva também pesquisadores da França, Argentina e Brasil. Milton Kampel, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), irá coletar dados para o ajuste dos modelos de sensoriamento remoto da cor do oceano, que são baseados em informações de satélites.
"O imageamento por satélite tem indicado a presença de grandes quantidades de aerossóis e de carbono orgânico e inorgânico particulado na região sul do oceano Atlântico. No entanto, estas concentrações ainda não foram confirmadas com dados de campo. Precisamos verificar, por exemplo, se não se trata de efeito causado pela arrebentação das ondas em alto mar”, explica o pesquisador do Instituto.
Também serão coletados dados, por meio de medições radiométricas e análises de amostras de água, para o mapeamento por satélite de grupos funcionais fitoplanctônicos, dentro de projeto de pesquisa da doutoranda Natália de Moraes Rudorff, da Pós-graduação em Sensoriamento Remoto do Inpe.

Nota do Blog: o pesquisador do INPE, Dr. Milton Kampel, também atua, como colaborador, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC) da UFRN. A matéria reproduzida acima foi postada no portal do MCT.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Insa integra a reunião de Análise e Previsão Climática

21/02/2011 
Nos últimos dias 17 e 18 de fevereiro, a cidade de Natal (RN) sediou a 3ª  Reunião de Análise e Previsão Climática para o setor norte da região Nordeste - ano 2011. Coordenado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o encontro contou com a presença de meteorologistas e pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT), dos Núcleos Estaduais  de Meteorologia e Recursos Hídricos, além de diversas instituições que atuam na área da pesquisa meteorológica.
Na ocasião, fez-se um prognóstico climático referente ao período de março a maio deste ano para a região norte do semiárido brasileiro. Foram analisadas as atuais condições atmosféricas e oceânicas globais, os resultados dos modelos numéricos de previsão climática de diversos Institutos no país e no exterior e a distribuição das chuvas nos estados do Nordeste no mês de janeiro passado.
Segundo o tecnologista Ricardo Lima, representante do Insa na reunião, além da presença do fenômeno La Niña no oceano Pacífico, uma evolução favorável às chuvas vem se registrando no oceano Atlântico Tropical, com o resfriamento da porção norte e aquecimento da porção sul, condição favorável à aproximação da Zona de Convergência Intertropical, principal sistema meteorológico produtor de chuvas na região.
Após discussão técnica a respeito das variáveis observadas, foi divulgada a previsão climática de consenso para o setor norte da região Nordeste, indicando chuvas em torno ou acima da média para o período.
O documento oficial resultado da reunião está disponibilizado no link: http://www.insa.gov.br/~webdir/Assessoria/clima2011_natal

Notícia publica aqui, no portal do MCT.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Reunião Climatológica em Natal


  

III REUNIÃO DE ANÁLISE E PREVISÃO CLIMÁTICA PARA O SETOR NORTE DO
NORDESTE- ANO 2011

Com o objetivo de definir o comportamento das chuvas no semiárido nordestino, entre março e maio próximos, estarão reunidos em Natal, nas próximas quinta e sexta-feira (17 e 18), cerca de 20 meteorologistas do Nordeste e de institutos nacionais, como o CPTEC, INPE e FUNCEME.

Pela aproximação do período chuvoso na região, essa será a última reunião dos especialistas para analisar as condições climáticas para o semiárido nordestino, gerando assim uma grande expectativa quanto ao resultado.

A reunião dos especialistas será aberta no dia 17/02 às 8 horas no Auditório da Secretaria da Agricultura, Pecuária e da Pesca, com a presença de autoridades.Em seguida, os meteorologistas iniciarão as discussões técnicas, com apresentação de mini palestras técnicas (índice de Susceptibilidade ao Fenômeno da

Seca para o Semiárido Nordestino (Dr. Josemir Araújo Neves (EMPARN) e Modelos Estocáticos Para Previsão Climática (Dr.Paulo Sérgio Lúcio (UFRN),. Na sequência, será feita a análise da condição pluviométrica e das condições oceânico-atmosféricas. No período da tarde, com início às 13 horas terá início uma audioconferência com o CPTEC(São Paulo), INMET (Brasília) e outras instituições de pesquisa.

A discussão on line servirá para enriquecer o documento final com a previsão climática para todas as regiões do País e, de modo especial, para o Nordeste, de março a maio. As discussões técnicas serão fechadas ao público.

A divulgação da previsão ocorrerá às 11 horas, na sexta-feira (18), no Auditório da Secretaria da Agricultura numa cerimônia de encerramento, quando será entregue para a sociedade o boletim com a previsão para o período de março, abril e maio.

Fonte: portal da EMPARN, aqui.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

RN: Terça-feira será de chuvas no estado

A terça-feira deverá ser com chuva na maior parte do Rio Grande do Norte. De acordo com a Emparn, a atuação da Zona de Convergência Intertropical tem favorecido a formação de instabilidade com ocorrência de chuvas em todas as regiõs do Estado. Essa condição continuará presente e o céu estará parcialmente nublado com ocorrência de chuvas durante todo o dia. Chuvas moderadas a fortes poderão ocorrer nas regiões Oeste e no Seridó.
Reprodução/InpeCéu estará nublado durante toda a terça-feira
Céu estará nublado durante toda a terça-feira
Fonte: Tribuna do Norte, aqui.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Arquidiocese de Brasília realiza formação para a CF-2011


No próximo dia 19, das 8h30 às 17h, a arquidiocese de Brasília vai realizar no campus I da Universidade Católica, em Taguatinga Sul, o encontro de formação para a Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a Vida no Planeta”. As temáticas estudadas, “Proteção ao Cerrado”, “Tratamento do lixo”; e a “Emissão de Gases veiculares” têm foco no aquecimento global e mudanças climáticas.
O objetivo é orientar e estimular as paróquias, as Pastorais e Movimentos Leigos bem como à sociedade civil organizada do Distrito Federal e o público geral interessado, sobre a necessidade de empreender ações em razão da gravidade destes problemas para a vida no planeta, em face das responsabilidades sociais de cada pessoa para o enfrentamento do problema e contribuírem para preservar as condições de vida.
A formação contará com especialistas como o professor Adolpho Luiz Fuíca Kerlring, especialista em gestão e educação ambiental do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM); Dra. Célia Cals, médica geriatra; irmã Rita Petra Kallabis, economista e mestra em Desenvolvimento Econômico; senadora Marina Silva, ex - ministra de Estado do Meio Ambiente; e o Dr. Ivo Poletto, teólogo e sociólogo, assessor da Cáritas Brasileira.
Outras informações podem ser obtidas com a Comissão Justiça e Paz (CJP), por meio dos telefones 3223-3513 e 3213-3333 ou através do e-mail: mab.comissaojusticaepaz@arquidiocesedebrasilia.org.br .
As inscrições serão gratuitas e poderão ser feitas no dia e local do evento. Haverá possibilidade de almoço no local a preços módicos.
Fonte: Portal da CNBB

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deslizamentos de terra no Brasil - imagens da NASA.

Landslides in Brazil

Posted February 5, 2011
Landslides in Brazil
download large image (4 MB, JPEG) acquired February 2, 2011
download GeoTIFF file (12 MB, TIFF) acquired February 2, 2011
Landslides in Brazil
download large image (4 MB, JPEG) acquired May 24, 2010
download GeoTIFF file (12 MB, TIFF) acquired May 24, 2010
download Google Earth file (KML) acquired May 24, 2010 - February 2, 2011

A NASA divulgou imagens tomadas por satélites dos deslizamentos de terra que ocorreram na região sudeste do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro, no mês de janeiro. As imagens acima fazem parte do
artigo em inglês que pode ser lido aqui. Aos que preferirem, o tradutor do Google oferece um serviço de tradução que dá uma boa idéia do texto original. Basta copiar o texto em inglês e colar na área "Traduzir".

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inpe inaugura Laboratório de Pesquisas Ambientais


O novo Laboratório de Pesquisas Ambientais (Lapam) foi inaugurado, na sexta-feira (4), no prédio do Laboratório de Instrumentação Meteorológica (LIM), do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe/MCT), em Cachoeira Paulista.  O Lapam faz parte do projeto "Implementação de um Sistema de Monitoramento Atmosférico para o Estudo dos Impactos das Queimadas na Qualidade do Ar e no Clima", que teve início em 2008.
Além do Inpe, também participam da iniciativa o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Paulista (Unesp) de Rio Claro e o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) de Bauru.
Segundo a pesquisadora do CptecC/Inpe Maria Paulete Martins, uma das principais contribuições do projeto foi a aquisição e instalação de um conjunto de equipamentos de alta tecnologia para o monitoramento de aerossóis de queimadas de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. A pesquisadora divide com Eduardo Landulfo, do Ipen/USP, a coordenação do projeto.
“O Lapam abriga equipamentos com tecnologia de ponta, que permitem trabalhar na fronteira do conhecimento sobre qualidade do ar e perfil de aerossóis na baixa atmosfera”, destaca Paulete. Como parte dos objetivos, o Laboratório do Instituto foi adequado para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de qualidade do ar, aerossóis atmosféricos, chuva ácida e contaminação ambiental.
O projeto conta com o apoio da Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com esse apoio foi possível a capacitação de cinco equipes de universidades e institutos de pesquisa.

Extraído do portal do MCT.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Concurso UFRN: Processos Físicos e Químicos da Atmosfera

A partir da próxima segunda-feira, dia 07 de fevereiro, estarão abertas as inscrições para concurso público na UFRN (vide Edital 025/2010) . Abaixo o programa (temas) para as Provas Escrita e Didática do concurso:

  1. Composição da atmosfera e influência de atividades humanas.
  2. Termodinâmica do ar seco e do ar úmido.
  3. Radiação e processos radiativos na atmosfera.
  4. Ciclos biogeoquímicos.
  5. Física e química de aerossóis e poluentes atmosféricos.
  6. O papel do ozônio na atmosfera.
  7. Processos fotoquímicos na atmosfera.
  8. Modelagem de dispersão de poluentes e da química da atmosfera.
Maiores informações podem ser obtidas na secretaria da ECT (secretaria@ect.ufrn.br) ou em nosso email institucional (ppgcc@ccet.ufrn.br), ou diretamente conosco  fcosta@dfte.ufrn.br.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Medindo gelo

2/2/2011 - original aqui.
Agência FAPESP – Qual é a extensão das alterações no gelo nos polos diante das mudanças climáticas globais? Para entender a complexa relação entre gelo e clima, cientistas de todo o mundo agora contam com uma valiosa fonte de dados, cortesia do programa CryoSat, da Agência Espacial Europeia (ESA).
O anúncio da publicação dos dados na internet foi feita nesta terça-feira (1º/2), durante o Workshop de Validação do Cryosat, em Roma, Itália.
O programa tem como objetivo monitorar precisamente variações na extensão e na espessura do gelo polar por meio do uso de um satélite de órbita baixa. Os dados poderão auxiliar os cientistas a entender melhor o comportamento dos glaciares e a fazer previsões sobre possíveis elevações no nível do mar.
A notícia de que os dados estão disponíveis foi bem recebida, ainda mais que o primeiro satélite do programa foi destruído devido a uma falha no lançamento, em 2005. O novo veículo, o CryoSat-2, foi lançado em abril de 2010 e desde então os integrantes da missão têm montado e testado o sistema de captura, processamento e publicação de dados.
“A comunidade científica mundial passa a ter livre acesso a todas as medições feitas pelo programa. Isso significa um conjunto de dados único para determinar o impacto das mudanças climáticas no gelo terrestre”, disse Tommaso Parrinello, gerente do programa.
Outros satélites já ajudaram os cientistas a concluir que a extensão de gelo no Ártico está diminuindo, mas o CryoSat, de acordo com a ESA, permitirá completar o quadro ao fornecer informações detalhadas das mudanças na espessura do gelo, tanto em terra como flutuando em oceanos polares.
Instrumentos a bordo do CryoSat-2 são capazes de medir a espessura do gelo marinho na escala de centímetros e detectar alterações em placas, especialmente nas regiões onde os icebergs são formados na Groenlândia e na Antártica.
Resultados já obtidos pelo programa demonstraram que os dados podem ser usados para entender melhor como a circulação no Oceano Ártico pode mudar a partir da diminuição do gelo.
Mais informações: http://earth.esa.int/cryosat
 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Clima sob o olhar do Brasil

Especiais - Agência FAPESP - 1/2/2011

Por Elton Alisson
 – Nos modelos climáticos globais divulgados no mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), divulgado em 2007, o Pantanal e o Cerrado são retratados como se fossem savanas africanas.
Já fenômenos como as queimadas, que podem intensificar o efeito estufa e mudar as características de chuvas e nuvens de uma determinada região, por exemplo, não são caracterizados por não serem considerados relevantes para os países que elaboraram os modelos numéricos utilizados.
Para dispor de um modelo capaz de gerar cenários de mudanças climáticas com perspectiva brasileira, pesquisadores de diversas instituições, integrantes do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, da Rede Brasileira de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas (INCT-MC), estão desenvolvendo o Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG).
Com conclusão estimada para 2013, o MSBCG deverá permitir aos climatologistas brasileiros realizar estudos sobre mudanças climáticas com base em um modelo que represente processos importantes para o Brasil e que são considerados secundários nos modelos climáticos estrangeiros.
“Boa parte desses modelos internacionais não atende às nossas necessidades. Temos muitos problemas associados ao clima em virtude de ações antropogênicas, como as queimadas e o desmatamento, que não são retratados e que agora serão incluídos no modelo que estamos desenvolvendo no Brasil”, disse Gilvan Sampaio de Oliveira, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos pesquisadores que coordena a construção do MBSCG.
Segundo ele, o modelo brasileiro incorporará processos e interações hidrológicas, biológicas e físico-químicas relevantes do sistema climático regional e global. Dessa forma, possibilitará gerar cenários, com resolução de 10 a 50 quilômetros, de mudanças ambientais regionais e globais que poderão ocorrer nas próximas décadas para prever seus possíveis impactos em setores como agricultura e energia.
“Com esse modelo, teremos capacidade e autonomia para gerar cenários futuros confiáveis, de modo que o país possa se preparar para enfrentar os fenômenos climáticos extremos”, disse Sampaio à Agência FAPESP.
A primeira versão do modelo brasileiro com indicações do que pode ocorrer com o clima no Brasil nos próximos 50 anos deverá ficar pronta até o fim de 2011.
Para isso, os pesquisadores estão instalando e começarão a rodar em fevereiro no supercomputador Tupã, instalado no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), uma versão preliminar do modelo, com módulos computacionais que analisam os fenômenos climáticos que ocorrem na atmosfera, no oceano e na superfície terrestre.
Os módulos computacionais serão integrados gradualmente a outros componentes do modelo, que avaliarão os impactos da vegetação, do ciclo de carbono terrestre, do gelo marinho e da química atmosférica no clima. Em contrapartida, um outro componente apontará as influências das mudanças climáticas em cultivares agrícolas como a cana-de-açúcar, soja, milho e café.
“No futuro, poderemos tentar estimar a produtividade da cana-de-açúcar e da soja, por exemplo, frente ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera”, disse Sampaio.
Classe IPCC
Segundo o cientista, como a versão final do MSBCG só ficará pronta em 2013, o modelo climático brasileiro não será utilizado no próximo relatório que o IPCC divulgará em 2014, o AR-5. Mas o modelo que será utilizado pelo Painel Intergovernamental para realizar as simulações do AR5, o HadGEM2, contará com participação brasileira.
Por meio de uma cooperação entre o Hadley Center, no Reino Unido, e o Inpe, os pesquisadores brasileiros introduziram no modelo internacional módulos computacionais que avaliarão o impacto das plumas de fumaça produzidas por queimadas e do fogo florestal sobre o clima global, que até então não eram levados em conta nas projeções climáticas.
Com isso, o modelo passou a ser chamado HadGEM2-ES/Inpe. “Faremos simulações considerando esses componentes que introduzimos nesse modelo”, contou Sampaio.
Em 2013, quando será concluída a versão final do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, o sistema ganhará um módulo computacional de uso da terra e outro metereológico, com alta resolução espacial. No mesmo ano, também serão realizadas as primeiras simulações de modelos regionais de alta resolução para a elaboração de um modelo climático para América do Sul com resolução de 1 a 10 km.
“Até hoje, levávamos meses e até anos para gerar cenários regionais. Com o novo sistema de supercomputação os esforços em modelagem climática regional ganharão outra escala”, afirmou Sampaio.

Leia reportagem publicada pela revista Pesquisa FAPESP sobre o modelo climático brasileiro. 

Texto reproduzido daqui.