Os efeitos do fenômeno El Niño são bastante conhecidos nas regiões
Sul, Norte e Nordeste do país, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste os
efeitos são difíceis de serem previstos. O Grupo de Eletricidade
Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
divulgou hoje (17) pesquisa que mostra o impacto do El Niño sobre a
ocorrência de tempestades no Sudeste durante o verão 2015/2016.
Segundo os resultados da nova pesquisa, para o verão o El Niño será
muito forte – deve ser o terceiro mais forte desde 1950, depois de 1983 e
1998. A previsão é de um aumento na ocorrência de tempestades, em
relação ao último verão, de 20% na Região Sul, 20% no Sudeste e 10% no
Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste é prevista uma diminuição das
tempestades de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao último verão. A
pesquisa foi baseada em dados de tempestades no verão dessas regiões
desde 1950.
“Ao cruzarmos esses percentuais de previsão com a densidade
populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no
próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população
sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do Elat, Osmar Pinto
Junior.
Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas
(BrasilDAT) do último trimestre (agosto, setembro e outubro), já sob o
efeito do El Niño, confirmam essas tendências. De acordo com o
coordenador do Elat, o aumento preocupa e parece indicar que não só a
ocorrência de tempestades, como a intensidade delas, aumenta em
decorrência do fenômeno climático.
FONTE: Agência Brasil via Blog PoliticaEmFoco
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