domingo, 20 de abril de 2014

Áreas áridas absorvem mais carbono do que se acreditava

Regiões ajudam a reter parte do excesso de CO2
Pesquisadores liderados por um biólogo da Universidade Estadual de Washington descobriram que áreas áridas, que se encontram entre os maiores ecossistemas do planeta, absorvem uma quantidade inesperada de níveis de dióxido de carbono da atmosfera.
Com esta descoberta, eles acreditam que se possa tratar melhor da questão do orçamento de carbono da Terra – o quanto dele permanece na atmosfera como CO2, e o quanto fica armazenado na terra e no oceano em outras formas da substância.
O estudo, publicado semana passada na Nature Climate Change, é o resultado de um experimento de 10 anos,  mo qual os pesquisadores expuseram glebas do deserto de Mojave, na Califórnia, a níveis elevados de CO2, semelhantes aos que se espera encontrar em 2050. Eles então recolheram o solo e plantas em até um metro de profundidade e mediram quanto de carbono foi absorvido.
O trabalho trata de uma das facetas desconhecidas do aquecimento global: o grau no qual ecossistemas de terra absorvem ou liberam CO2  quando sua presença aumenta na atmosfera.
Com menos de 25 cm de chuva por ano, as áreas áridas ocupam uma extensa faixa de 30 graus de latitude norte e sul. Junto com as áreas semi-áridas, que recebem menos de 50 cm de chuva por ano, elas respondem por quase metade da superfície do planeta.
Solos de floresta tem mais matéria orgânica, e metro quadrado por metro quadrado, retêm muito mais carbono. Mas como os solos áridos cobrem tanta área, podem ter um papel considerável no orçamento de carbono e em quanto a Terra esquenta quando gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera, informa o Science20.

Por José Eduardo Mendonça para o Planeta Sustentável.

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