O Met Office, o centro nacional de meteorologia britânico, revisou uma
de suas previsões sobre o quanto o mundo ficará mais quente nos próximos
anos. A nova projeção calcula que o aumento na temperatura pode ser
menor do que o previsto anteriormente.
Segundo o novo estudo, a temperatura média deve ser elevada em 0,43º C
até 2017 - enquanto a projeção anterior sugeria o aquecimento global de
0,54º C.
O centro afirma que a mudança ocorreu porque foi usado um novo tipo
de modelo de computador, que utiliza parâmetros diferentes. Se a nova
previsão se mostrar correta, a temperatura média global teria
permanecido praticamente a mesma por cerca de duas décadas.
Os novos dados reabriram uma polêmica no mundo científico, já que um
dos principais argumentos usados por críticos que não concordam com a
tese do aquecimento global é o de que não há evidências suficientes para
a constatação de uma mudança significativa nas temperaturas mundiais.
Para os céticos, uma aparente estabilização do aquecimento global
representa um sinal de que os alertas sobre a ameaça do aquecimento
global foram exagerados.
Mais calor
No entanto, o Met Office procurou ressaltar que o novo projeto é resultado de um trabalho experimental e que ele não altera as projeções de longo prazo do órgão.
No entanto, o Met Office procurou ressaltar que o novo projeto é resultado de um trabalho experimental e que ele não altera as projeções de longo prazo do órgão.
As previsões são baseadas em uma comparação com a média de temperatura global no período entre 1971 e 2000.
O modelo anterior projetava que o período de 2012 a 2016 seria 0,54º C
mais quente que a média - com uma margem de erro de 0,36 a 0,72º C.
Já o novo modelo prevê um aumento cerca de 20%, de 0,43º C - com uma margem de 0,28% a 0,59%.
Essa temperatura seria apenas um pouco mais alta do que o ano
recorde, 1998, quando acredita-se que o fenômeno conhecido como El Niño
tenha causado mais calor.
Cientistas climáticos do Met Office e de outros centros vêm tentando entender o que está acontecendo no período mais recente.
A explicação mais óbvia baseia-se em uma variação natural, com ciclos
de mudanças na atividade solar, na temperatura e nos movimentos dos
oceanos.
Informação do serviço BBC Brasil, via Estadão.
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