O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp,
esteve nesta sexta-feira (21) em Cachoeira Paulista (SP) para o
lançamento do projeto Pluviômetros nas Comunidades, do Centro Nacional
de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI). Ele
avaliou que as novas aquisições para prevenção permitirão um tempo de
resposta muito menor a eventos extremos como deslizamentos e
inundações.
Durante o evento, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, assinou o contrato de compra de
1.100 pluviômetros semiautomáticos com a empresa Squitter Equipamentos
Profissionais do Brasil, de São José dos Campos (SP), vencedora da
licitação para o fornecimento dos equipamentos de monitoramento. Os
aparelhos serão instalados em áreas de risco e operados por equipes de
moradores.
Ontem (20), Nobre já havia assinado o contrato para a aquisição de nove radares meteorológicos
para o Cemaden, que se somam também a 1.500 pluviômetros automáticos.
As iniciativas fazem parte do Plano Nacional de Gestão de Riscos,
lançado pela presidenta Dilma Rousseff.
"Este é um projeto estratégico para o nosso país, pois representa uma
ação social importantíssima", disse o ministro Raupp. "Nossa intenção é
promover o conhecimento científico de forma que ele saia da área do
conhecimento teórico e passe a desenvolver um trabalho que tenha um
impacto grande na sociedade, como o projeto Pluviômetros nas
Comunidades, que salvará muitas vidas."
O titular do MCTI afirmou que a ação do governo federal é inédita no
país. "O que o Brasil fazia era previsão do tempo. Agora o que estamos
fazendo é o monitoramento das áreas de risco”, comentou. “Com esses
equipamentos saberemos se há ou não a possibilidade de ocorrer um evento
catastrófico, podendo alertar a defesa civil para que todos os
procedimentos de emergência sejam realizados no menor tempo possível."
Perspectiva
"Os primeiros pluviômetros serão entregues em março de 2013 e até o
final do próximo ano todos os pluviômetros e os nove radares
meteorológicos estarão instalados", afirmou o secretário Nobre. Ele
informou que o projeto aumenta em quatro vezes a capacidade do Brasil em
monitorar as chuvas. "Até 2014 conseguiremos monitorar 95% das áreas de
desastres naturais e teremos a capacidade de diagnosticar as chuvas que
possam causar riscos de deslizamentos, enxurradas, inundações. Com o
diagnóstico rápido o Cemaden poderá dar um alerta de melhor qualidade
com muito mais antecedência", disse.
De acordo com a coordenadora do projeto Pluviômetros nas Comunidades,
Regina Alvalá, o treinamento promoverá a cultura de percepção dos
riscos de desastres. "O treinamento será feito em função da faixa etária
das pessoas e consistirá de palestras, material educativo e a
aprendizagem da leitura dos dados do pluviômetro", explicou. O uso dos
equipamentos semiautomáticos necessita do engajamento da comunidade, que
deverá fazer a leitura dos dados e transmiti-los ao Cemaden, que
analisará os riscos e, se necessário, acionará o alerta.
Segundo a coordenadora do projeto, agora será iniciado o cadastramento
das localidades que vivem com risco potencial de ocorrência de desastres
naturais. O cadastro pode ser feito por órgãos e entidades pelo site do centro nacional, que atenderá os pedidos de acordo com a capacidade operacional de atendimento.
O contrato também foi assinado pela representante da Squitter, Lyss
Zangaro. Participaram da cerimônia o diretor do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Leonel Perondi, o diretor do Cemaden,
Agostinho Ogura, e o prefeito eleito de Cachoeira Paulista, João Luiz.
Texto: Camila de Oliveira – Ascom do MCTI
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