Estudo feito por cientistas dos Estados Unidos, publicado nesta 
quinta-feira (8) na revista “Science”, apresenta uma metodologia que 
poderá fornecer mais detalhes sobre o efeito das nuvens sobre a 
temperatura da Terra.
 Elaborada pelos pesquisadores John Fasullo e Kevin Trenberth, ambos do 
Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR), dos Estados Unidos, o 
método usa como parâmetro a umidade relativa do ar, um indicador que 
poderá ser inserido em modelos climatológicos usados em centros mundiais
 de pesquisa.
 Assim como dióxido de carbono (CO2) influencia na alteração da 
temperatura, as nuvens também podem interferir no clima. Elas têm um 
duplo efeito de regulação da temperatura do planeta.
 De acordo com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da 
Universidade de São Paulo (USP) e membro do Painel Intergovernamental de
 Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), as nuvens que se formam
 em regiões altas, a até 18 km de distância da superfície terrestre 
(como a cumulus nimbus), refletem os raios do sol para o espaço
 e proporcionam um “esfriamento” da Terra. Já nuvens que se encontram 
mais próximas do solo retêm o calor emitido do solo (radiação 
infravermelha) e criam uma espécie de “estufa”.
 “O que [a metodologia] tentará saber é: quando o planeta se aquecer, 
qual dos dois sistemas de nuvens predominará? Se as nuvens predominantes
 forem aquelas que absorvem o calor do solo, a temperatura global pode 
aumentar em 5 ºC. Já no cenário otimista, se predominarem nuvens que 
absorvem a radiação do sol, o planeta esquentará menos”, explica Artaxo.
 Ele diz ainda que outro ponto importante para ser respondido é a 
interação das nuvens com os gases causadores do efeito estufa. No 
entanto, segundo Artaxo, a falta de dados sobre a formação de nuvens ao 
longo dos tempos é um dos principais problemas enfrentados pelos 
cientistas, que não conseguem desenhar cenários de mudança climática com
 esses dados.
Mais informações no Portal G1. 
 
 
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