O Ciência sem Fronteiras (CsF) foi a oportunidade para a astrônoma
Rosaly Lopes voltar ao país após mais de 20 anos trabalhando no
Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial dos Estados
Unidos (Nasa), na Califórnia. Além de promover o intercâmbio e levar
alunos brasileiros para estudar no exterior, o programa busca atrair
pesquisadores renomados ao Brasil para atuarem em setores estratégicos,
como é o caso da área aeroespacial.
Com o objetivo de estreitar os laços entre os cientistas da Nasa com o Brasil, a pesquisadora esteve em audiência com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, nesta quarta-feira (12), em Brasília, acompanhada do diretor de Ciências da Terra do JPL, Jim Graff, e do gerente do departamento, Amit Sen e do conselheiro para assuntos de meio ambiente, ciência e saúde da Embaixada dos Estados Unidos, Paul Hanna. “O Ciência sem Fronteiras é um ótimo instrumento para a colaboração internacional e para a educação”, comentou Rosaly Lopes.
Com o objetivo de estreitar os laços entre os cientistas da Nasa com o Brasil, a pesquisadora esteve em audiência com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, nesta quarta-feira (12), em Brasília, acompanhada do diretor de Ciências da Terra do JPL, Jim Graff, e do gerente do departamento, Amit Sen e do conselheiro para assuntos de meio ambiente, ciência e saúde da Embaixada dos Estados Unidos, Paul Hanna. “O Ciência sem Fronteiras é um ótimo instrumento para a colaboração internacional e para a educação”, comentou Rosaly Lopes.
Os representantes do JPL apresentaram ao ministro Raupp e ao presidente
da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, as possibilidades
de cooperações futuras nas áreas de percepção remota, estudos da terra e
da Amazônia e ciclo de carbono.
O ministro Marco Antonio Raupp também conversou com Rosaly sobre o que
classificou de “importante missão” da brasileira, diante da
possibilidade de atuar como intermediadora no processo de intercâmbio
dos estudantes e entre as duas agências espaciais. “Estamos muito
entusiasmados em explorar as colaborações entre o JPL e a AEB. Eu tenho
uma missão agora, que já considerava que tinha, de estreitar os laços
entre as nossas organizações”, disse ela.
Rosaly Lopes destacou as cooperações já existentes entre as
instituições, além do CsF. Em 10 de junho de 2011, por exemplo, o
satélite SAC-D/Aquarius foi lançado por um foguete Delta 2, da base de
Vandenberg, na Califórnia (EUA), para estuar a relação entre os níveis
de salinidade dos oceanos, o clima terrestre e as mudanças ambientais.
De junho de 2010 a março de 2011, o satélite passou por ensaios
ambientais no Laboratório de Integração de Testes (LIT) do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), em São José dos Campos
(SP).
José Raimundo Coelho avaliou a reunião como um passo importante para
aumentar essa parceria com objetivos concretos. “Rosaly trabalha há
muito tempo no JPL. É uma pessoa competente e dedicada à arte da
ciência, comprometida com isso, e, estando no Brasil, vai certamente nos
criar oportunidades novas de cooperação”, disse.
Júpiter
Ainda jovem, a carioca e ex-Garota de Ipanema trocou a Cidade
Maravilhosa pelo sonho de desvendar os mistérios do Universo. Apoiada
pela família, ela saiu do Rio de Janeiro, aos 18 anos, para estudar
astronomia na Universidade de Londres, pela falta de recursos no Brasil
na época. Lá, se encantou com os vulcões ao cursar uma disciplina sobre a
geologia dos planetas.
A cientista, que já esteve à frente da Missão Cassini (que explora, com
um satélite, o planeta Saturno e suas luas), é considerada uma das
maiores especialistas em vulcões do mundo. Ela encontrou 71 deles ativos
em Io, lua de Júpiter. Por esse feito, entrou para o Guiness americano,
o livro dos recordes.
“É importante estudar os processos vulcânicos de outros planetas por
funcionarem como laboratórios naturais para entender melhor os processos
geológicos na Terra”, comentou a astrônoma. Agora ela ficará três anos
no Brasil, onde pretende desenvolver um trabalho sobre ciência
planetárias dos vulcões da lua de Io.
Rosaly está atuando no Inpe em parceria com o físico Walter Gonzalez,
da Divisão de Geofísica Espacial, que estuda as tempestades
geomagnéticas. “Essa lua, Io, por causa das erupções vulcânicas, causa
efeitos no sistema magnetosférico que tem ao redor de Júpiter. E o
doutor Gonzales é um especialista nesta parte de magnetosfera e eu sou
especialista na Lua Io e nos vulcões, então nós fizemos esse casamento”,
comentou. A magnetosfera é a parte exterior da atmosfera de um astro.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI
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