domingo, 3 de junho de 2012

América Latina esgotará recursos naturais


A matéria abaixo, completa, pode ser lida no portal oglobo.
WASHINGTON — A América Latina precisa adotar com urgência um plano que vise ao crescimento verde de suas economias, sob pena de esgotar, no prazo de uma geração, boa parte de seus recursos naturais. Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o Banco Mundial afirma que o processo de expansão acelerada da última década, que aumentou os padrões de consumo e a urbanização, e a consolidação da região como fornecedora de produtos básicos (como alimentos e minerais) para a China elevaram os riscos ambientais e sociais no médio e curto prazos. A vantagem latina, segundo o organismo multilateral, é ser um laboratório de boas experiências de desenvolvimento sustentável, que, trocadas entre países e bem administradas, podem virar políticas de larga escala.
Destaque Bolsa Família (escolha do blog)
A experiência de introduzir como critério de elegibilidade ao Bolsa Família atividades que conservem o meio ambiente, na Região Norte, é elogiada, bem como os projetos recentes de urbanização de favelas no Rio. Já o sistema brasileiro de distribuição de água e esgoto — excessivamente descentralizado, com regulações frouxas ou conflitantes e muito dependente de capital público — aparece como um entrave a ser removido.
Para implementar políticas amplas, o Banco Mundial e especialistas avaliam que é necessário, primeiramente, vontade política para mudar o foco de crescimento econômico — que, a altas taxas, é popular nas eleições — para crescimento sustentável. Entre outras sugestões, estão a coordenação entre os ministérios, o empoderamento das áreas de Meio Ambiente e o estabelecimento de compensações maiores para a exploração e o uso de combustíveis fósseis e recursos minerais
Priorizar matriz energética (escolha do blog)
Também é recomendável uma maior coordenação entre os países da região. Iijjás-Vásquez diz que a interligação dos sistemas energéticos da América do Sul e os da América Central é fundamental para, simultaneamente, deixar a matriz mais limpa, elevar a capacidade de geração, incluir na rede de fornecimento os moradores de áreas de fronteira e isoladas e aumentar a segurança de abastecimento, em épocas de seca e chuva.
Para levantar recursos, uma das principais recomendações é rever a política de subsídios, notadamente na área energética. Segundo o Banco Mundial, os 20% mais ricos se apropriam de 43% dos subsídios e os 20% mais pobres, de 7%. As parcerias privadas também devem ser estimuladas, e os governos devem trabalhar para incentivar os bancos a financiarem projetos de conservação de energia, entre outras iniciativas.


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