MMA e Fiocruz desenvolvem sistema que medirá os riscos a que estão expostos os moradores de diversas localidades do Brasil
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) avaliaram, nesta quinta-feira (25/02), um novo sistema de
aplicação do Índice Municipal de Vulnerabilidade Humana à Mudança do
Clima. A ferramenta está em fase de construção por meio de projeto
financiado pelo Fundo Clima. Ao todo, R$ 2,8 milhões serão investidos. O
objetivo é criar indicadores dos riscos gerados pelo aquecimento global
para a população brasileira.
O sistema será usado, de forma inicial, em seis estados. Já foram
apresentados os resultados da aplicação dos índices de vulnerabilidade
no Espírito Santo e em Pernambuco. Os outros quatros estados são Paraná,
Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão. De acordo com o
diretor-substituto de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Pedro
Christ, a estratégia deve ser expandir o uso do sistema futuramente.
Mapas
A partir da inserção de dados, serão gerados mapas temáticos que
permitirão o cálculo de índices como o de vulnerabilidade
sociodemográfica, além de mostrar as sensibilidades e os riscos de
exposição futura. “A construção desse sistema é uma oportunidade de
levar a discussão para os estados e trazer elementos práticos para que
sejam desenvolvidas ações em adaptação à mudança do clima”, explicou
Pedro Christ.
Ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de
reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos
efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, são uma forma
de resposta para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais
oportunidades. A elaboração de uma estratégia de adaptação envolve,
entre outras coisas, a identificação da exposição a esses impactos com
base em projeções e cenários climáticos.
Ascom/MMA
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