A resolução derrubada está sendo revista, agora com a
participação da Secretaria de Agricultura. Os ambientalistas também
resolveram pressionar o governo e garantir que pontos importantes para a
manutenção das florestas de São Paulo não se percam
Organizações ambientalistas enviaram carta aberta ao governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em protesto contra a revogação das
regras para a regularização ambiental no Estado. Segundo os
ambientalistas, a revogação das normas pode comprometer a recuperação
das florestas de São Paulo.
No dia 12 de janeiro, a Secretaria de Meio Ambiente publicou a
resolução SMA nº4, que detalhava as regras do Programa de Regularização
Ambiental (PRA), criado no dia anterior (11) pelo governador. Após
receber críticas dos ruralistas, a secretaria voltou atrás e revogou a
norma.
O documento explicitava as ações que os proprietários rurais que
desmataram ilegalmente deveriam fazer para regularizar a situação junto
ao órgão ambiental. O Código Florestal determina que cada proprietário
rural precisa preservar uma parte de suas terras. Essa parte preservada
fica sendo a reserva legal. Quem desmatou essa parte fica em débito com o
órgão ambiental e precisa reflorestar na própria terra ou em outra
área. Os ruralistas lutam para poder compensar o desmatamento fora do
estado de São Paulo. A Secretaria pensou num meio termo e permitiu a
compensação fora dos domínios paulistas, desde que numa bacia
hidrográfica que atendesse o estado. Mesmo assim, a resolução não foi
bem aceita e o governo, pressionado, voltou atrás.
A resolução derrubada está sendo revista, agora com a participação da
Secretaria de Agricultura. Os ambientalistas também resolveram
pressionar o governo e garantir que pontos importantes para a manutenção
das florestas de São Paulo não se percam.
“Ignorar a importância de conservar e recuperar a vegetação nativa
para produção de água no Estado é condenar mais de 20 milhões de pessoas
à incerteza quanto à disponibilidade de água potável. Deixar a Reserva
Legal sair do Estado sem considerar a necessidade de aumentar a
infraestrutura verde para produção de água e abdicar da oportunidade de
desenvolver a economia da restauração florestal é impensável”, afirma
Aurelio Padovezi, gerente de programas de florestas e água do WRI Brasil
e vice-coordenador do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.
Na carta, assinada pelo Imaflora, Instituto Ekos Brasil, Iniciativa
Verde, SOS Mata Atlântica, WRI, Observatório do Código Florestal, Pacto
pela Restauração da Mata Atlântica e Rede de ONGs da Mata Atlântica, as
entidades defendem que o governador defina critérios específicos para
dispensa de recomposição, compensação ou regeneração de desmatamento em
margens de rios, nascentes e topos de morros (Áreas de Proteção
Permanente) e de Reservas Legais.
Leia na íntegra.
O Eco - via JC online
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