Elton Alisson | Agência FAPESP – A FAPESP e a
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo assinaram, na
quinta-feira (08/10), no Palácio dos Bandeirantes – sede do Governo de
São Paulo – um protocolo de intenções com objetivo de apoiar a implantação do Protocolo Climático do Estado de São Paulo.
Integrante da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC),
instituída em 2009, o Protocolo Climático visa estimular empresas
estabelecidas no Estado de São Paulo a desenvolver tecnologias e
soluções voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa,
aumento da eficiência hídrica e energética e melhoria de práticas
socioambientais.
“A FAPESP tem mecanismos para apoiar as indústrias a identificar as
tecnologias voltadas para atingir esses objetivos ou desenvolvê-las
quando for necessário”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP,
durante evento preparatório para a COP21, que reuniu secretários e
secretários adjuntos de governo e representantes de outros órgãos da
administração estadual relacionados com a temática.
“Se uma empresa desejar mudar seus equipamentos para reduzir suas
emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, e a escolha desses
equipamentos envolver decisões de natureza tecnológica, a FAPESP dispõe
de meios para ajudá-la”, afirmou Goldemberg, referindo-se aos programas
de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).
De adesão voluntária, o Protocolo Climático é voltado, inicialmente, a
indústrias e empresas de comércio e serviços estabelecidas em São
Paulo, que já desenvolvam algum tipo de atividade voltada à redução de
emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, para que se tenha
números comparativos do que já emitem e quanto pretendem reduzir em um
determinado período estabelecido.
A ideia, contundo, é expandir a abrangência para municípios,
associações e entidades de classe, entre outras instituições, uma vez
que o Protocolo é adaptável a diferentes áreas de atuação, disse a
secretária estadual do Meio Ambiente, Patricia Iglecias.
“Estamos recebendo as demandas de cada empresa e setor e, a partir
delas, fazendo mudanças no Protocolo, de acordo com o tipo de
atividade”, disse Iglecias.
De acordo com a secretária, empresas como o Grupo Votorantim,
Unilever e Procter & Gamble (P&G) e a Associação Paulista de
Supermercados (Apas) já aderiram ao protocolo.
As empresas e entidades que já aderiram ao protocolo poderão apresentar um case
de uma prática ambiental que já desenvolvem em um evento que o governo
do Estado de São Paulo realizará no início de dezembro, em Paris,
paralelamente à 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), que ocorrerá na capital
francesa.
“A ideia da participação do governo de São Paulo na COP21 será
divulgar as iniciativas e as possibilidades de investimento que o estado
apresenta na área ambiental”, disse Iglecias.
O Estado de São Paulo participa de uma série de redes de governo
subnacionais, como a Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento
Sustentável (NRG4SD, na sigla em inglês), o Climate Group e o
International Council for Local Environmental Initiatives (Iclei, na
sigla em inglês).
Um dos objetivos na COP21 será reforçar a participação do estado nessas redes de governos subnacionais, afirmou Iglecias.
“O papel dos governos subnacionais deverá ser muito ressaltado na
COP21, porque não basta apenas os países assumirem compromissos. Quem
cumprirá os compromissos, na realidade, serão os estados, municípios e
outros agentes mais próximos da realidade de cada local”, avaliou.
A adesão ao Protocolo Climático do Estado de São Paulo pode ser feita em www.ambiente.sp.gov.br/spclima.
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