A vegetação mundial se expandiu, acrescentando quase 4 bilhões de toneladas de carbono a plantas desde 2003, graças ao plantio de árvores na China, crescimento de florestas nos antigos estados soviéticos e savanas mais viçosas devido a mais chuva.
De acordo com os pesquisadores, há diversos fatores que explicam o
crescimento. “O aumento de vegetação veio principalmente de uma
combinação feliz de fatores ambientais e econômicos, e de plantação
maciça de árvores na China” disse Yi Liu, da Universidade de Nova Gales
do Sul e principal autor do estudo.
As descobertas foram feitas com uma técnica inteiramente nova de mudança de mapas de biomassa
no correr do tempo, com uso de mensurações de satélites e ondas
naturais de rádio emitidas da superfície da Terra. “Análises anteriores
de biomassa focavam em mudança na cobertura florestal”, afirmou o
co-autor Albert van Dijk, da Universidade Nacional da Austrália. “Com
nossa abordagem descobrimos grandes e inesperados aumentos de vegetação
nas savanas do norte da África e Sul da Austrália”.
Os cientistas descobriram o acréscimo de carbono, apesar do desmatamento em grande escala nas florestas tropicais no Brasil e Indonésia, de acordo com pesquisa publicada ontem na Nature Climate Change.
O carbono flui entre os oceanos, ar e terra. Está presente na atmosfera primariamente como dióxido de carbono – o gás principal da mudança do clima
– e armazenado nas árvores como carbono. Através da fotossíntese, as
árvores convertem dióxido de carbono no alimento que precisam para
crescer, aprisionando o carbono na madeira.
O aumento de 4 bilhões de toneladas é minúsculo se comparado às 60
bilhões de toneladas de carbono liberadas na atmosfera pela queima de
combustível fóssil e pela produção de cimento no mesmo período, disse Yi
Liy, principal autor do estudo e cientista da Universidade de Nova
Gales do Sul, informa o Science a Go Go.
Por José Eduardo Mendonça via Planeta Sustentável.
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