Rio de Janeiro, 2 mar (EFE).- A Amazônia perdeu 291,5 quilômetros
quadrados de vegetação entre novembro de 2014 e janeiro de 2015, o que
representa um aumento do desmatamento de 5,4% em relação aos mesmos
meses do ano anterior, segundo números oficiais divulgados nesta
segunda-feira (2).
Esse número inclui 219 quilômetros quadrados
de desmatamento por corte raso e 70 km² de áreas de degradação
florestal, conforme registro do DETER, o Sistema de Detecção em Tempo
Real de Alteração na Cobertura Florestal realizado pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Nos seis primeiros meses
do ano pluviométrico, que se inicia em agosto, a Amazônia brasileira
perdeu 2.215,6 quilômetros quadrados de floresta, o que inclui tanto o
desmatamento por corte raso como a degradação florestal, segundo os
dados do INPE.
O desmatamento costuma diminuir na época chuvosa,
que começa em setembro ou outubro e se prolonga até maio, pela
frequente inundação das estradas, o que dificulta a ação dos
madeireiros.
Nesta época também costuma ser mais difícil
observar o desmatamento devido ao céu encoberto, já que os dados são
recolhidos por satélite.
Em janeiro, época dos dados mais recentes, 59% da região amazônica estava coberta por nuvens, segundo informou o INPE.
O INPE começou a divulgar os dados de forma trimestral, ao invés de mês
a mês, e também pela primeira vez incluiu a degradação da floresta na
conta do desmatamento.
Estas mudanças se devem a um convênio
assinado no ano passado entre o INPE e o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente (Ibama), organismo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
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