Por José Eduardo Mendonça - para Planeta Sustentável
Tom Steyer, um militante ambiental e também um bilionário da
Califórnia, quer colocar a mudança do clima como prioridade na agenda
política de seu país. Seu grupo, o NexGen Climate, pretende gastar U$
100 milhões este ano para influenciar diversas eleições ao Senado e à
Câmara de Deputados.
Mas a meta, dizem estrategistas ligados a ele, é abrir caminho para
que o tema se torne importante na próxima campanha presidencial,
aumentando sua consciência entre eleitores de estados que terão papel
crucial na indicação do candidato.
Steyer vai apoiar políticos que abraçam abertamente as políticas da
mudança do clima, em um esforço para que eles derrotem os céticos e
aqueles que questionam a comunidade científica. Ele espera que estas
táticas criem um ambiente na qual estes últimos sejam punidos pelas
urnas. Para coordenar as ações, contratou Chris Lehane, um veterano
estrategista democrata.
Da quantia revelada, Steyer entraria com U$ 50 milhões de seu próprio bolso e a NextGen levantaria o restante.
“Nós temos a mais bem financiada oposição,” disse Lehane,
referindo-se aos ultra-reacionários irmãos Koch e seus aliados
conservadores. Eles defendem com unhas e dentes a continuação sem freios
do uso de combustíveis fósseis.
“As doações de Steyer e seus amigos são uma “gota no oceano das grandes empresas de petróleo”, afirmou Lehane.
A resposta veio prontamente. Tim Phillips, presidente da organização
Americanos Pela Prosperidade, financiada pelos Koch, desmentiu o
comentário ontem, afirmando, segundo o Wall Street Journal, ser “importante notar que, durante anos, os extremados ambientalistas tiveram uma vantagem eu seu financiamento.”
Foto: Fortune Live Media/Creative Commons
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