quarta-feira, 9 de abril de 2014

Custos da mudança do clima estão subestimados

Modelos usados para tomada de decisões teriam de ser melhorados
Gerações futuras terão de pagar mais pelas emissões de carbono do que supõem governos em todo o mundo, de acordo com um grupo de cientistas influentes.
E os modelos do clima usados por tomadores de decisão para estimar os custos econômicos e sociais das emissões de CO2 têm de ser melhorados, de acordo com Thomas Sterner, professor de economia ambiental da Faculdade de Administração, Economia e Direito da Universidade de Gotemburgo e outros seis cientistas, autores de um estudo publicado ontem na Nature.
Os cientistas concluem que os relatórios do painel do clima da ONU têm a importante função de estabelecer uma agenda para a pesquisa sobre a questão. Mas seu papel mais importante é informar a discussão política global sobre como lidar com os danos causados pela mudança do clima.
Sterner, um especialista em políticas de redução de emissões de gases de efeito estufa, é o autor coordenador chefe de um capítulo central sobre instrumentos políticos do Grupo de Trabalho III do Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental da Mudança do Clima, que será apresentado no domingo em Berlim.
O custo social do carbono corresponde ao dinheiro economizado quando danos causados pela mudança do clima são evitados como resultados de políticas que levem à redução de emissões.
Os autores apontam para diversas falhas dos modelos do clima mais usados. No entanto, salientam que eles são úteis, apesar de incertezas significativas – uma vez que fornecem um nível mínimo e portanto permitem que políticas reduzam as emissões em alguma extensão. Segundo eles, modeladores, economistas e cientistas da natureza devem deixar suas torres de marfim e cooperar uns com os outros e identificar brechas e fraquezas, para a melhora contínua de seus modelos, informa o EurekAlert.

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