segunda-feira, 9 de setembro de 2013

UFRRJ desenvolve metodologia de monitoramento do Bolsa Verde

MMA poderá avaliar erros e acertos por meio de análise comparativa

SOPHIA GEBRIM

Pesquisadores e docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) estão desenvolvendo pesquisa de monitoramento da conservação ambiental nas áreas de abrangência do Programa Bolsa Verde. O estudo, apresentado na manhã desta quinta-feira (05/09), pelo doutor em Gestão Ambiental da UFRRJ Bruno Coutinho, durante o Seminário do Programa Bolsa Verde: Capacitação para a Conservação Ambiental, em Brasília, será utilizado pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliação e acompanhamento do programa. O Bolsa Verde já beneficiou 43 mil famílias em todo o país, com remuneração de R$ 300, pago a cada três meses, a famílias que vivem em áreas de conservação ambiental.

Segundo Coutinho, a pesquisa foi desenvolvida em quatro produtos: versão preliminar da metodologia de monitoramento amostral do Bolsa Verde a partir de diagnóstico da linha de base; documento com a proposta metodológica e técnica para o trabalho de campo; relatório do trabalho de campo com os resultados obtidos e analisando a necessidade de adequação ou de confirmação da metodologia do trabalho de campo e proposta final da metodologia e manual de implementação do monitoramento amostral do programa. O período analisado foi junho de 2012 a junho de 2013, em 686 unidades de conservação abrangidas pelo programa, onde foram utilizados os critérios de número de famílias, área e densidade de famílias por área.

“O objetivo da pesquisa é permitir uma visão do conjunto para que possam ser melhor identificadas lacunas no instrumento de coleta de dados em campo em função de análises comparativas, que futuramente serão utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para esse monitoramento”, explicou Coutinho. Ele detalhou, ainda, que para a análise dos beneficiários do Programa Bolsa Verde, serão identificadas as famílias, estrutura etária, frequência escolar e migração, trabalho e renda, infraestrutura de produção e organização social, conservação ambiental e opinião das famílias. “De maneira geral, já verificamos que os indicadores estão adequados e os resultados preliminares indicam demanda por investimentos em equipamentos e capacitação técnica para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Verde nas áreas amostradas”, acre scentou.

AVALIAÇÃO

A gerente do Programa Bolsa Verde da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Andrea Oncala, avalia que, a partir da pesquisa desenvolvida pelo grupo de docentes da UFRJ, será possível fazer uma análise e sistematização das iniciativas desenvolvidas nas comunidades beneficiadas pelo programa, assim como melhorias e o que precisa ser modificado para a melhor gestão. “Dessa forma, saberemos o que precisará ser aprimorado na administração e gestão dessas unidades, além da capacidade econômica e de preservação ambiental das comunidades e estabelecimentos familiares com sustentabilidade ecológica”, explicou.

Fonte: Portal do MMA

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