segunda-feira, 2 de setembro de 2013

UFRN: Ciclo de Seminário de Ciências Climáticas

ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SOURE - PA

ELIANE BARBOSA SANTOS
 
Programa de Pós Graduação em Ciências Climáticas.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN


04/09/2013 às 16h00 no Auditório do CCET - UFRN

Resumo: Estudos climáticos da ocorrência de eventos extremos têm importante papel socioeconômico. Longos períodos chuvosos acarretam prejuízos para a infraestrutura das cidades. Por outro lado, períodos de estiagem prolongada afetam principalmente a gestão da energia hidrelétrica, o abastecimento de água, a agricultura e pecuária, ou seja, diversas atividades do setor produtivo são dependentes da variabilidade pluviométrica regional.  Diante da necessidade de minimizar impactos e reduzir a vulnerabilidade dos efeitos adversos dos eventos extremos, uma melhor compreensão da variabilidade dos extremos de chuvas é de fundamental importância para muitas atividades humanas. Com isso, o objetivo deste estudo é identificar e analisar os eventos extremos de precipitação no município de Soure (localizado no Estado do Pará), baseado na análise de ondeletas e no índice de anomalia de chuva (IAC). Para este fim, são utilizados dados diários de precipitação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), para o período de 1975 a 2012. O IAC foi utilizado para caracterizar a intensidade e a ocorrência de eventos extremos na região, e foi aplicado na análise de ondeletas, permitindo determinar as escalas de variabilidade dominantes e suas variações temporais. Os resultados mostraram que a maioria dos eventos extremos está relacionada a uma variabilidade sazonal, com picos significativos a 95%. Também foi observada uma forte variabilidade interanual, que deve está associada ao El Niño Oscilação Sul (ENOS), porém não apresentou significância estatística. Nos primeiros anos da série temporal (1975 a 1983) e nos últimos 12 anos (2000 a 2012) foram observados predominância de anomalias negativa de chuva, e no intervalo entre 1984 e 1999, houve uma maior variabilidade entre os dados. O período chuvoso dessa região é de fevereiro a abril, com precipitação mensal média de 585 mm. Na ocorrência de eventos extremos, em anos considerados muito e/ou extremamente chuvoso (seco), a média mensal é em torno de 923 mm (306 mm). Para o período seco da região, setembro a novembro, a média mensal é de 21 mm, e nos anos considerados muito e/ou extremamente chuvoso (seco), a média mensal é em torno 98 mm (1,5 mm).
 
Nota do blog: o evento é aberto ao público interessado.

 

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