ANÁLISE
ESTATÍSTICA DOS EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NO MUNICÍPIO
DE SOURE - PA
ELIANE
BARBOSA SANTOS
Programa de Pós Graduação em Ciências Climáticas.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
04/09/2013 às 16h00 no Auditório do CCET - UFRN
Programa de Pós Graduação em Ciências Climáticas.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
04/09/2013 às 16h00 no Auditório do CCET - UFRN
Resumo: Estudos
climáticos da ocorrência de eventos extremos têm importante
papel socioeconômico. Longos períodos chuvosos acarretam
prejuízos para a infraestrutura das cidades. Por outro lado,
períodos de estiagem prolongada afetam principalmente a gestão
da energia hidrelétrica, o abastecimento de água, a agricultura
e pecuária, ou seja, diversas atividades do setor produtivo são
dependentes da variabilidade pluviométrica regional. Diante da
necessidade de minimizar impactos e reduzir a vulnerabilidade
dos efeitos adversos dos eventos extremos, uma melhor
compreensão da variabilidade dos extremos de chuvas é de
fundamental importância para muitas atividades humanas. Com
isso, o objetivo deste estudo é identificar e analisar os
eventos extremos de precipitação no município de Soure
(localizado no Estado do Pará), baseado na análise de ondeletas
e no índice de anomalia de chuva (IAC). Para este fim, são
utilizados dados diários de precipitação do Instituto Nacional
de Meteorologia (INMET), para o período de 1975 a 2012. O IAC
foi utilizado para caracterizar a intensidade e a ocorrência de
eventos extremos na região, e foi aplicado na análise de
ondeletas, permitindo determinar as escalas de variabilidade
dominantes e suas variações temporais. Os resultados mostraram
que a maioria dos eventos extremos está relacionada a uma
variabilidade sazonal, com picos significativos a 95%. Também
foi observada uma forte variabilidade interanual, que deve está
associada ao El Niño Oscilação Sul (ENOS), porém não apresentou
significância estatística. Nos primeiros anos da série temporal
(1975 a 1983) e nos últimos 12 anos (2000 a 2012) foram
observados predominância de anomalias negativa de chuva, e no
intervalo entre 1984 e 1999, houve uma maior variabilidade entre
os dados. O período chuvoso dessa região é de fevereiro a abril,
com precipitação mensal média de 585 mm. Na ocorrência de
eventos extremos, em anos considerados muito e/ou extremamente
chuvoso (seco), a média mensal é em torno de 923 mm (306 mm).
Para o período seco da região, setembro a novembro, a média
mensal é de 21 mm, e nos anos considerados muito e/ou
extremamente chuvoso (seco), a média mensal é em torno 98 mm
(1,5 mm).
Nota do blog: o evento é aberto ao público interessado.
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