segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MCTI: Raupp detalha ações de prevenção a desastres naturais em SC

A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas promoveu nesta sexta-feira (30) uma audiência pública para discutir mecanismos de prevenção a desastres naturais com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
O debate foi realizado na Assembleia Legislativa em Florianópolis (SC) e contou com a presença do senador Casildo Maldaner, da senadora Vanessa Grazziotin, de deputados federais, representantes da Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina, da Fundação do Meio Ambiente (Fatma-SC) e da sociedade civil.
Embora ocupe apenas 1,2% do território nacional, Santa Catarina é assolado por 13% dos desastres naturais do país. Índice que preocupa as autoridades tanto do estado quanto dos municípios das regiões mais atingidas.
Raupp apresentou cinco medidas consideradas fundamentais para a prevenção e combate a desastres, que estão sendo realizadas junto com comunidades de áreas de risco, defesas civis municipais e estaduais.
Neste pacote estão: implementação de pluviômetros automáticos; criação de rede de monitoramento geotécnico para verificar a probabilidade de deslizamentos; implantação de monitoramento hidrológico para risco de enchentes; avaliação de cada área de risco para saber qual apresenta a maior probabilidade de desastres; e instalação de pluviômetros semiautomáticos com a participação das comunidades.
“Com este conjunto de medidas ações teremos mais segurança e eficiência, realizando um trabalho nunca antes visto na prevenção de desastres naturais no país, de maneira a aumentar, em poucos anos, a capacidade de resposta”, ressaltou o ministro.
Pluviômetros
Um dos destaques é o projeto Pluviômetros nas Comunidades, desenvolvido por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI).
O objetivo é instalar, até o final de 2014, mil aparelhos em todas as regiões do país, em comunidades localizadas em área de risco, de modo que os instrumentos sejam operados por grupos locais especialmente treinados por técnicos do Cemaden e da Defesa Civil. Assim, agentes comunitários indicados pela prefeitura municipal recebem orientações de como fazer a leitura e como proceder em situações de alerta, realizando, a partir de então, o monitoramento direto das chuvas.
“Essa iniciativa promove a mobilização e o engajamento da população, além de melhorar a capacidade local de lidar com situações adversas”, disse o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre.
Petrópolis (RJ) foi a primeira a receber o equipamento, que mede a quantidade de chuvas. Durante o mês de agosto, o Cemaden realizou a entrega de 113 pluviômetros semiautomáticos em 30 municípios dos quatro estados da Região Sudeste. Santa Catarina teve 15 cidades contempladas: Brusque; Garuva; Gaspar; Jaraguá do Sul; Luiz Alves; Nova Trento; São João Batista; São José; Itapema; Rodeio; Blumenau; Rio do Sul; Taió; Araranguá; e Nova Veneza.
Parceria
Outro projeto é a instalação de pluviômetros automáticos em torres de telefonia (estações de rádio base - ERBs) localizadas em áreas de risco desastres naturais. Esses equipamentos medem a quantidade das chuvas a cada cinco minutos e transmitem essas informações para o Cemaden. Este, por sua vez, transmite para a Defesa Civil, que é a responsável pela emissão de alertas à população.
Uma parceria entre o MCTI e a operadora TIM para talo finalidade foi na última quarta-feira (28), em Brasília. O investimento do ministério na aquisição e instalação dos equipamentos é de R$ 50 milhões. Cabe à TIM oferecer os chips e a localização física das torres para a instalação dos aparelhos.

Patrícia Antunes – Ascom do MCTI

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