As nuvens encobriram 34% da Amazônia Legal em novembro, enquanto em dezembro 54% da região não pôde ser observada. No mês de janeiro a cobertura de nuvens chegou a 67%. Já em fevereiro esse índice foi de 64%. Leia mais.
Entre novembro e abril, época de chuvas, a observação por satélites se torna mais difícil devido à intensidade de nuvens que cobrem a região. Nesta época, o Inpe divulga os resultados do Deter agrupados por período, embora o sistema mantenha durante todo o tempo sua operação regular e o envio diário dos dados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/MMA) e ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), responsáveis pela fiscalização e controle do desmatamento.
Sobre o sistema
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do Inpe, o Deter se baseia em dados de satélite de alta frequência de revisita. Os alertas produzidos embasam ações de controle da derrubada da floresta.
O Deter utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Em função da cobertura de nuvens, nem todos os desmates são identificados.
O sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desflorestamento na região.
A liberação dos dados ao público segue cronograma mensal no período de maio a outubro, quando há grande disponibilidade de imagens sem nuvens na região amazônica. A divulgação se torna mais espaçada entre novembro e abril, meses que tradicionalmente apresentam limitações de observação devido às condições meteorológicas.
Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial.
Texto: Ascom do Inpe, pelo portal do MCT
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