No final da manhã desta sexta-feira (18), o diretor de Satélites,
Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI),
Carlos Gurgel, foi recebido pela governadora do Rio Grande do Norte,
Rosalba Ciarlini. O encontro em Natal foi uma iniciativa do governo
estadual para captar cooperações voltadas para o desenvolvimento
científico e tecnológico.
Participaram da audiência a diretora-presidenta da Fundação de Apoio à
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), Maria Bernardete
Cordeiro, e a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), Ângela Paiva. O representante da AEB também visitou o campus da
universidade.
Durante a reunião com a governadora, foram discutidos possíveis
projetos e ações entre a UFRN, a AEB e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCTI), que deverão receber o apoio do governo potiguar,
em especial por meio da Fapern.
“Essa cooperação com os governos pode gerar resultados ainda mais
interessantes, pois pesquisas com satélites podem ser usadas em estudos
do Ibama, regularização fundiária, Emater, Embrapa e muitas outras
instituições de diferentes autarquias”, disse Gurgel.
A governadora Rosalba ratificou o compromisso do estado em cooperar no
que for necessário para viabilizar centros de pesquisas ou formação
técnica voltada para as pesquisas desenvolvidas pela agência. “Temos
total interesse em colaborar, inclusive há editais da Fapern abertos que
podem ser utilizados para essa finalidade. Seria um prazer para o Rio
Grande do Norte fazer parte de estudos de ponta”, disse.
Visita à UFRN
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Gurgel discutiu com a
reitora Ângela Paiva Cruz e a vice-reitora Maria de Fátima Freirede Melo
Ximenes a possibilidade de cooperação entre as duas instituições.
Também estavam presentes o chefe do Centro Regional do Nordeste do
Inpe, Manoel Mafra, pró-reitores, diretores de centros e professores das
áreas de física e geografia.
Ângela Paiva fez uma apresentação resumida da UFRN, falando do empenho
da instituição em trabalhar os arranjos produtivos que contribuam para o
desenvolvimento do Rio Grande do Norte e do Brasil, focando sua atuação
também na pesquisa aplicada. Ela também informou sobre os projetos de
criação de um curso de graduação em engenharia espacial, de uma
pós-graduação em ciências atmosféricas e de um curso de especialização à
distância na área espacial.
A instituição, segundo sua dirigente, tem expertise em áreas como
ciências atmosféricas e astronomia e precisa de garantias do governo
federal para “investir nessa área, e crescer”. Ela destacou que a
educação a distância tem sido uma referência nacional e que a
preocupação com a qualidade é a mesma dedicada à educação presencial.
O diretor de Satélites da Agência Espacial Brasileira afirmou que a
instituição do MCTI tem interesse em trabalhar com as instituições de
ensino superior, uma vez que “o processo de formação e pré-qualificação
dos recursos humanos tem que estar na academia”. A Diretoria de
Satélites, afirmou ele, está com a tarefa de conhecer o que as
universidades estão fazendo e consolidar as cooperações existentes.
Carlos Gurgel afirmou que a presença do Inpe já provoca a universidade a
ter uma relação com a Agência Espacial Brasileira. “Algumas
universidades precisam consolidar os estudos espaciais e acho que uma
dessas universidades é a UFRN”, disse.
O diretor da AEB apresentou o Programa Nacional de Atividades Espaciais
(Pnae) 2012-2021 e falou sobre alguns projetos, dentre os quais a
criação de um curso de especialização à distância na área espacial, cuja
proposta está sendo encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). A
expectativa, segundo ele, é que a pasta federal envolva as instituições.
Fonte: Portal do MCT.
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