sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Acordo entre Brasil e União Europeia inclui Ciências Climáticas

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, e o diretor-geral do Joint Research Centre (JRC), Dominique Ristori, assinaram nesta quinta-feira (24) um acordo que prevê a cooperação entre Brasil e União Europeia em sete áreas temáticas. A oficialização da parceria em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) ocorreu durante a 6ª Cúpula Brasil e União Europeia, no Palácio do Planalto. O acordo, que será conduzido no âmbito da cooperação internacional, terá a duração inicial de cinco anos.
A reunião foi conduzida pela presidenta da República, Dilma Rousseff, pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. O MCTI e o JRC poderão realizar e facilitar atividades em conjunto  em todas as áreas científico-tecnológicas de interesse comum. Confira a declaração conjunta aprovada.
Nas áreas científico-tecnológicas listadas no acordo, meio ambiente foi incluído na prevenção de desastres e gestão de crises, com base no Diálogo Setorial JRC-MCTI sobre previsão de inundações e monitoramento, que continuará a apoiar a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta Precoce de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI). Outro foco são as mudanças climáticas e a gestão sustentável dos recursos naturais, que inclui florestas, uso da terra, da água, dos solos, desertificação e recursos biológicos e de serviços ecossistêmicos.
A área de energia inclui bioenergia, redes inteligentes, energias renováveis e segurança nuclear. Outras quatro áreas foram incluídas na cooperação de CT&I. Segurança alimentar; bioeconomia direcionada especialmente a biotecnologia; tecnologias da informação e da comunicação (TICs), que inclui geoinformação e aplicações espaciais; e nanotecnologia.
Termos
As duas partes concordaram em permitir acesso equivalente às instalações laboratoriais, equipamentos e material para a realização de atividades científicas e tecnológicas, incluindo testes, avaliações, normalização e certificação. Haverá intercâmbio de informações científicas e tecnológicas para a disseminação de resultados de pesquisa, que poderá ocorrer por meio de seminários conjuntos, workshops e conferências.
O Ciência sem Fronteiras (CsF) também integrará o acordo na capacitação de cientistas, engenheiros e especialistas técnicos, em apoio à pesquisa conjunta, desenvolvimento de conteúdo, concessão de bolsas e financiamento de atividades temáticas cooperativas para benefício mútuo e de valor agregado. Os termos dos editais que serão lançados pelo programa ainda não foram definidos. Está previsto ainda, o uso compartilhado de infraestrutura científica, como observatórios, navios e satélites.
Para conduzir o acordo, será nomeado um grupo de coordenação composto por dois copresidentes, um do MCTI e um do JRC. Eles serão responsáveis pelo desenvolvimento do programa de trabalho bienal inicial para promover atividades de cooperação, bem como pela realização de reuniões de alto nível.
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Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI (atualizado em 24/01/2013)

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