Aqueles que estavam ansiosos para assistir à performance do país-sede da COP18 se decepcionaram nesta quarta-feira (06). Ao invés de assumir compromissos audaciosos de combate ao aquecimento global, que dessem força às negociações – ou pelo menos assumir alguma meta de redução de emissões, por mais tímida que fosse –, o Qatar escolheu seguir um caminho mais seguro – e, há quem diga, covarde –, anunciando, apenas, que pretende se tornar uma referência em pesquisas climáticas.
A delegação do país árabe lançou, ontem, uma parceria com o Instituto Germânico de Postdam para Pesquisa Climática, prometendo que instalará na cidade de Doha uma subsidiária da entidade. E só.
A falta de protagonismo em um evento internacional
que acontece na sua própria casa revoltou muita gente. Em coletiva de
imprensa, o ambientalista árabe Wael Hmaidan, da Climate Action Network – famosa por entregar o prêmio Fóssil do Dia às nações que estão fazendo feio na Conferência
– defendeu que o instituto de pesquisas é importante, mas não
suficiente. “Já temos bastante pesquisa, o que precisamos é fechar a
lacuna entre o que os países se comprometem a reduzir e o quanto
realmente é necessário para evitar o aquecimento a mais de 2°C. Ter uma
meta seria a melhor forma do Qatar contribuir”, disse.
Por Débora Spitzcovsky, publicado aqui, onde pode ser lida a matéria completa.
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