sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Visitante pode seguir eventos do clima monitorados pelo Cemaden

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19/10/2012 - 09:30
Uma amostra do acompanhamento das chuvas, massas de ar, raios e nível de rios no território nacional está disponível para o público na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Brasília. No estande do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), duas telas mostram em tempo real o que os técnicos da instituição acompanham nos 32 monitores da sala de situação do centro, em Cachoeira Paulista (SP): imagens de sensoriamento remoto (feito por satélites, radares e outros equipamentos) e informações hidrometeorológicas (relativas à transferência de água e energia entre a superfície e a atmosfera).
A Plataforma Salvar, desenvolvida para esse acompanhamento ininterrupto com o objetivo de antecipar possíveis deslizamentos, enchentes ou enxurradas, reúne elementos meteorológicos (precipitações, umidade do ar, velocidade do vento, descargas elétricas, previsão de tempo), hidrológicos (como a situação de cada bacia hidrográfica e setores de risco hidrológico) e geológicos (como áreas suscetíveis a desmoronamento) fornecidos por mais de 20 instituições parceiras. “Temos, hoje, 210 municípios em nossa base de dados. São os que já têm as áreas de risco mapeadas”, explica a especialista em desastres naturais Maria Medeiros, da equipe de operação.
Além do nível municipal, as camadas do sistema permitem visualização por país – para identificar, nos países vizinhos, eventos naturais que podem ter impactos no Brasil –, por estado ou somente as capitais, e ainda aeroportos e rodovias. “Trabalhamos em quatro turnos de seis horas, com quatro a seis pessoas. Sempre está presente pelo menos um especialista de cada uma das quatro áreas envolvidas – meteorologia, hidrologia, geociências e desastres naturais”, explica Maria. “Além dessa visão multidisciplinar, que é inédita, as fontes nos permitem ter uma visão não só dos fenômenos em curso, mas também o número de pessoas que podem estar expostas.” Leia entrevista com o novo diretor do centro nacional sobre os desafios trazidos pelos eventos climáticos extremos

Os visitantes do estande no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília) podem ver combinações de fatores que levam ao risco de desastres que são alvo dos alertas enviados pelo Cemaden ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional(Cenad), responsável por mobilizar os estados e municípios para ações de prevenção e socorro. Mas para hoje, felizmente, não há previsão de alerta, conta a operadora.
Trabalho apresentado
No espaço da SNCT na capital federal, também é possível saber mais sobre o trabalho do centro do MCTI, criado em julho de 2011 por decreto da presidenta Dilma Rousseff. Cartazes e um vídeo institucional com algumas seções interativas apresentam a rotina de atenção e as áreas de pesquisa.
“Estamos buscando, por exemplo, determinar os limiares em que ocorrem deslizamentos”, explica a pesquisadora em hidrologia Graziela Scofield, do Cemaden. A intenção é saber a intensidade de chuva que provoca esse tipo de acidente em lugares específicos. O recorte inicial abrange, principalmente, a área serrana do Rio de Janeiro e o litoral norte de São Paulo. “Nosso trabalho de pesquisa gera produtos que o pessoal da operação usará diariamente, aperfeiçoando o monitoramento.” No site do centro nacional há mais informações sobre a atuação das duas áreas.

Texto: Pedro Biondi – Ascom do MCTI

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