25/07/2012 - 20:22
Períodos de seca e enchente, perda de biodiversidade, repiquetes e
capacidade de adaptação das populações tradicionais a variações nas
condições climáticas. Essas e outras questões foram abordadas durante a
mesa-redonda sobre o tema “Ecossistemas de áreas úmidas brasileiras:
vulnerabilidade e perspectivas de uso sustentável”, promovida, nesta
terça-feira (24), pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCTI), integra a programação oficial da 64ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A mesa-redonda contou com as apresentações das pesquisadoras Carolina Joana da Silva, da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) e Maria Tereza Piedade (Inpa/MCTI), esta que proferiu palestra sobre “as áreas inundáveis amazônicas: características, vulnerabilidade e perspectiva do uso sustentável”.
No início de sua preleção, Maria Tereza falou sobre os ambientes amazônicos e o comportamento do nível das águas ao longo do ano. “Na América do Sul, é estimada uma cobertura de áreas úmidas em torno de 20%, o que ocorre em todos os biomas brasileiros, cada um com suas próprias características”, disse.
Outro aspecto abordado pela pesquisadora do Inpa foi o ritmo de crescimento das árvores nos ambientes alagados, observado por meio da dendocronologia, um estudo que permite aos pesquisadores prever o tempo de desenvolvimento das espécies arbóreas em épocas de seca ou enchente.
Ao revelar que, nos últimos 20 anos, os estudos apontam picos de cheias e secas mais intensas, Maria Tereza destacou um modelo de estudo, que permite antecipar, com dois meses de antecedência, o pico de cheia nos rios na região amazônica, que este ano atingiu mais de 11 mil famílias no Amazonas.
Fonte: Portal do MCTI
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