quinta-feira, 26 de julho de 2012

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia debate mudanças climáticas

25/07/2012 - 20:22
Períodos de seca e enchente, perda de biodiversidade, repiquetes e capacidade de adaptação das populações tradicionais a variações nas condições climáticas. Essas e outras questões foram abordadas durante a mesa-redonda sobre o tema “Ecossistemas de áreas úmidas brasileiras: vulnerabilidade e perspectivas de uso sustentável”, promovida, nesta terça-feira (24), pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), integra a programação oficial da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A mesa-redonda contou com as apresentações das pesquisadoras Carolina Joana da Silva, da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) e Maria Tereza Piedade (Inpa/MCTI), esta que proferiu palestra sobre “as áreas inundáveis amazônicas: características, vulnerabilidade e perspectiva do uso sustentável”.

No início de sua preleção, Maria Tereza falou sobre os ambientes amazônicos e o comportamento do nível das águas ao longo do ano. “Na América do Sul, é estimada uma cobertura de áreas úmidas em torno de 20%, o que ocorre em todos os biomas brasileiros, cada um com suas próprias características”, disse.

Outro aspecto abordado pela pesquisadora do Inpa foi o ritmo de crescimento das árvores nos ambientes alagados, observado por meio da dendocronologia, um estudo que permite aos pesquisadores prever o tempo de desenvolvimento das espécies arbóreas em épocas de seca ou enchente.

Ao revelar que, nos últimos 20 anos, os estudos apontam picos de cheias e secas mais intensas, Maria Tereza destacou um modelo de estudo, que permite antecipar, com dois meses de antecedência, o pico de cheia nos rios na região amazônica, que este ano atingiu mais de 11 mil famílias no Amazonas.

Fonte: Portal do MCTI

Nenhum comentário:

Postar um comentário