quinta-feira, 28 de junho de 2012

Adaptação à Mudança do Clima

A adaptação é uma estratégia de resposta de qualquer sistema à mudança do clima, no esforço para prevenir-se contra possíveis danos e explorar eventuais oportunidades benéficas. Ao contrário do que ocorre na mitigação, os benefícios resultantes dessa série de ajustes são locais e de curto prazo.
A pergunta básica para a adaptação é: "Como sobreviver à mudança do clima?". Este conceito está estreitamente ligado ao da vulnerabilidade, que é o grau de susceptibilidade e incapacidade de um sistema de lidar com os efeitos adversos - entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos - da mudança do clima.
Muitos países em desenvolvimento já são particularmente vulneráveis à variabilidade climática normal - na qual se prevê um aumento em função da mudança do clima. Seus efeitos compreendem não só o aumento de tempestades, de secas e de inundações (eventos extremos), mas também aqueles relacionados ao suprimento de energia, por exemplo. Uma quantidade menor de chuvas e uma maior evaporação provocada por maiores temperaturas do ambiente podem resultar em níveis mais baixos nos estoques de água em lagos e rios - afetando, por fim, o funcionamento das usinas hidrelétricas.
As previsões indicam que os impactos vão variar conforme as diferenças regionais existentes, como o nível de renda e o desenvolvimento tecnológico das populações. Esses fatores também determinarão o nível de vulnerabilidade de cada região e população.
No contexto do Brasil, medidas de adaptação são normalmente implementadas como resposta à ocorrência de eventos extremos, naturais ou não. Muitas vezes, as iniciativas de adaptação planejadas não são realizadas como medidas independentes, mas estão inseridas em iniciativas setoriais mais amplas como planejamento dos recursos hídricos, defesa da costa e prevenção de desastres.
Como exemplo de medidas de adaptação podemos citar o fortalecimento dos sistemas e órgãos de defesa civil; a conservação de ecossistemas; o gerenciamento de zonas costeiras, vedando o estabelecimento de novas zonas residenciais em áreas sujeitas ao aumento do nível do mar; o gerenciamento de riscos na agricultura e pesquisas com grãos mais resistentes ao aumento da temperatura; sistemas de vigilância para o avanço de doenças causadas por vetores que são beneficiados pelo aumento médio da temperatura como a dengue; e a construção de diques, considerando o provável aumento do nível do mar em cerca de 50 cm até o final do século, segundo o 4º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Fonte: Portal do Ministério do Meio Ambiente (MMA)

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