"-Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, entre 2007 e 2010, a área desmatada na caatinga equivale a mesma área desmatada na amazônia em igual período. O desmatamento da caating já provoca a desertificação, sendo, aind segundo o MMA, esse desmatamento da caatinga 80% causado pela "indústria" ilegal do carvão em áreas públicas, reservas florestais e assentamentos.
P: Qual a solução e o papel da igreja p/ coibir o problema do desmatamento ilegal na caatinga?"
Esta é uma questão realmente que deveria causar grande preocupação na sociedade brasileira, especialmente aos que residem no semi-árido. Sobre os dados do MMA a respeito da devastação da caatinga, publicamos um post no ano passado, que pode ser lido aqui. O que foi feito desde então? Nada. Primeiro, em 2010
tivemos um ano eleitoral presidencial. No debates entre os então presidenciáveis, praticamente nada foi discutido ou proposto com respeito ao semi-árido, embora as questões sobre o desmatamento da região amazônica estivesse presente nos debates. O fato, e isto é opinião nossa, é que falar das questões da amazônia dá muito ibope. Tanto politicamente, quanto cientificamente. Por exemplo, trabalhos sobre as queimadas e o desflorestamento da amazônica rende artigos nas mais prestigiadas revistas científicas internacionais: Science, Scientific American, Nature, entre outras outras. Quantos artigos científicos estão sendo produzidos sobre a destruição do bioma do semi-árido? Poucos, praticamente nada e, quando publicados, são em revistas e jornais locais, no máximo regional. Quais as preocupaçõe dos políticos sobre estas questões. Nenhuma, que tenhamos visto divulgado pela mídia. Aliás, a própria mídia nordestina (onde está a maior parte do semi-árido), pouca atenção dá para este problema. Enfim, acredito que a sociedade organizada, e a CNBB tem um importante papel a desempenhar nesta questão, pode provocar o debate e fazer com que todos passemos a ter preocupações e ações reais, com resultados. Um passo inicial, seria a ampla divulgação por todos os meios possíveis, além de promover debates em escolas.
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