sábado, 10 de abril de 2010

Elevação do índice de umidade aumenta incidência de doenças respiratórias


Divulgação/MCT - As crianças são as mais prejudicadas com as bruscas alterações da temperatura.
09/04/2010 - 15:10
A população de vários estados vem enfrentando um período de muita chuva. Além dos transtornos como inundações e deslizamento de encostas, o fenômeno também causa efeitos nocivos à saúde. Nesse espaço de tempo, também normalmente acompanhado de sensíveis variações climáticas, aumenta o número de atendimentos nos postos de saúde devido a gripes, resfriados, alergias e problemas respiratórios.
Os especialistas explicam que a elevação da umidade acompanhada de alterações da temperatura ambiente e do resfriamento do corpo provoca o enfraquecimento do sistema imunológico, favorecendo a penetração de vírus, fungos e ácaros, responsáveis pela transmissão de doenças.

Muitas vezes, os sintomas confundem as pessoas. O que parece uma gripe pode ser apenas uma reação alérgica. Em alguns casos, o consumo desorientado de remédios pode prejudicar o estado de saúde. De acordo com a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Nancy Bellei, o correto é procurar atendimento médico assim que os sintomas aparecerem. “Dois dias de reações são suficientes para a procura de orientação médica”, disse.

Segundo Nancy, os sintomas da gripe e das crises alérgicas são parecidos. No caso da gripe, os efeitos são maiores, com dor de cabeça e de garganta, cansaço, tosse e dores musculares. No caso de alergias, são comuns espirros e coriza (escorrimento do nariz). “O ideal é procurar auxílio de especialistas. O problema pode agravar e tornar uma pneumonia ou outra doença respiratória grave se não tratado a tempo”, explicou a professora.
Crianças com menos de dois anos e adolescentes, segundo os pneumologistas, são os que mais apresentam dificuldades respiratórias, em especial rinite, mas 30% da população porta algum tipo de alergia que pode se complicar no período chuvoso. Esse conjunto de sintomas, acompanhando de febre, se não tratado pode evoluir para uma situação mais grave como pneumonia, por exemplo.
As viroses também costumam surgir neste período, sendo responsáveis pela redução da resistência orgânica e favorecendo complicações por bactérias, como sinusites infecciosas, bronquites e pneumonia. Os médicos alertam que é preciso observar a duração da patologia. Um resfriado comum dura entre três e quatro dias. Se ultrapassar este período, pode se tratar de uma infecção bacteriana e é necessária uma avaliação médica mais detalhada.
Em casa, o paciente deve se alimentar bem, tomar líquido e evitar contato com outras pessoas, além de manter repouso. Quem tem alergia, geralmente produz secreção transparente. Se ela estiver amarelada, pode ser sinal de infecção por bactérias.

Gripe A
Em período de chuva, as oportunidades de infecção da Gripe A (H1N1) são maiores. A Gripe A é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, que circula no ar. As pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica e idosos têm tendência a infecções graves com possibilidade de complicações fatais. Os sintomas são piores do que os da gripe comum, com febre, calafrios, suor excessivo, tosse seca, dores musculares, fadiga, dor de cabeça, congestão nasal e irritação na garganta.

Nancy explica que a melhor maneira de evitar a doença é tomar a vacina, oferecida gratuitamente pela rede pública de saúde em campanhas do Ministério da Saúde (MS). “Fora a vacina, o indivíduo tem que evitar ambientes fechados, lavar as mãos constantemente, evitar contato com mucosas e com quem está tossindo e espirrando”.

Atualmente, o MS realiza a segunda e terceira fase da campanha, voltada para a população entre 20 e 29 anos, grávidas, crianças de seis meses aos dois anos e portadores de doenças crônicas.

A infectologista alerta que as pessoas que já tiveram a gripe A ou suspeitam que já contraíram o vírus alguma vez devem se vacinar. Ela lembra ainda que a gripe comum também possa ser evitada com imunização. Nesse caso, a vacina é recomendada para todas as idades e encontrada na rede privada de saúde. 

Fonte: portal de notícias do MCT

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