Os meteorologistas do Nordeste estão menos otimistas com relação à
quadra chuvosa do semiárido em 2014, que começa em fevereiro e vai até
maio. Ao final de uma reunião realizada ontem em Fortaleza, o
prognóstico apontava a seguinte condição: acima da média 25%; em torno
da média 35% e abaixo da média 40%. Os números foram anunciados ontem
(21) pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), durante o encerramento do XVI Workshop Internacional de
Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino. Com a previsão, o órgão
faz um alerta para a possibilidade de a seca ser prolongada em 2014.
Para chegar à previsão, meteorologistas dos estados do Nordeste, além de
especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Centro
de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de institutos dos Estados Unidos
(IRI) e Reino Unido (UK Met Office) analisaram condições termodinâmicas
dos oceanos Pacífico e Atlântico, condições da atmosfera e previsões de
modelos atmosféricos globais, para avaliação prévia do período chuvoso
nestes próximos três meses.
Gilmar Bistrot, meteorologista da
Emparn presente na reunião, disse ontem que para o RN a maior
probabilidade é de chuvas normais, entre 200 mm a 300 mm
descentralizadas nas regiões do estado. “A previsão não é conclusiva por
definitivo. São dados que ainda podem apresentar evolução”, explica.
Apesar
da previsão “um pouco otimista” em relação aos dois anos anteriores,
2012 e 2013, o volume de chuvas “pode não resolver o problema e
recuperar os reservatórios do estado”. Para agricultura de subsistência,
as chuvas podem ser suficientes, mas “não será suficiente para os
mananciais”, afirma Bistrot.
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