terça-feira, 30 de abril de 2013

BIOTA-Educação - Ciclo de Conferências 2013 - Bioma Cerrado

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, no âmbito do
Programa BIOTA-FAPESP, convida para o quarto encontro do
BIOTA-Educação - Ciclo de Conferências 2013Bioma Cerrado
O objetivo desta conferência é caracterizar a biodiversidade do Bioma Cerrado e apontar experiências e iniciativas sustentáveis de uso desse patrimônio natural.
Data: 16 de maio de 2013
Horário: 13h30 às 17h00

Local: FAPESP – Rua Pio XI, 1500 – Alto da Lapa

Informações atualizadas:
www.fapesp.br/eventos/biota_biomacerrado
Confirmação de presença: www.fapesp.br/eventos/biota_biomacerrado/inscricao
Vagas Limitadas

Informações

Tel.: (11) 3838-4394
rbs@fapesp.br
Sugestões de estacionamento:
Pio Park – Rua Pio XI, 1320
Tonimar – Rua Jorge Americano, 89

Programa
13:30
Credenciamento e café de boas vindas
13:50
Abertura
14:00
A origem, evolução e diversidade da vegetação do Bioma Cerrado
Vânia Regina Pivello – Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo – IB/USP
14:45
A origem, evolução e diversidade da fauna do Bioma Cerrado
Jader Marinho Filho – Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília – ICB/UnB
15:30
Intervalo
16:00
O Cerrado como fonte de novas moléculas para a indústria de fármacos e cosméticos
Vanderlan S. Bolzani – Universidade Estadual Paulista - Unesp/Araraquara
17:00
Encerramento

Paulicourea rigida kunth (Rubiacee). Local: LagoSul, Brasília/DF. Foto Maurício Mecadante



sábado, 27 de abril de 2013

Bolsas de Estudos: sobra para o exterior, falta para o país.

Nesta semana a Folha de São Paulo publicou matéria sobre suposta manobra do Ministério de Educação (MEC) com respeito ao número de Bolsas do programa Ciências Sem Fronteiras. O conteúdo central da matéria foi rebatido prontamente pela CAPES e pelo CNPq, órgãos do governo federal responsáveis por bolsas de estudos, especialmente para formação em nível de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado), embora o CsF tenha forte componente no ensino de Graduação, com imediata resposta da FSP.
Polêmicas à parte, nossa preocupação é com outro fato que não tem recebido a devida atenção dos gestores públicos brasileiros que são responsáveis pelo Ensino Superior, em especial com os Programas de Pós-Graduação existentes no país. Enquanto o Governo Federal não consegue atingir as metas do programa Ciências sem Fronteiras, de enviar milhares de estudantes brasileiros para estudar em países do primeiro mundo (estão excluindo Portugal, por motivos linguísticos), faltam bolsas de Mestrado e Doutorado no país. Para cursos já existentes e consolidados, com notas 6 e 7 (as mais altas), de acordo com avaliações da CAPES não tem ocorrido o necessário aumento de cotas (número de bolsas destinadas aos programas para formação pós-graduada). Por outro lado, para cursos de áreas consideradas estratégicas e prioritárias para o país, conforme documentos do próprio MEC e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), faltam bolsas para cursos de Mestrado e Doutorado, no país, aprovados e recomendados pela CAPES, que é o órgão do MEC responsável pela avaliação e regulamentação dos programas de Pós-Graduação em todo o território nacional.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

The answer is blowing in the wind

The warming went into the deep end

 There has been an unusual surge of interest in the climate sensitivity based on the last decade’s worth of temperature measurements, and a lengthy story in the Economist tries to argue that the climate sensitivity may be lower than previously estimated. I think its conclusion is somewhat misguided because it missed some important pieces of information (also see skepticalscience’s take on this story here).
The ocean heat content and the global mean sea level height have marched on.
While the Economist referred to some unpublished work, it missed a new paper by Balmaseda et al. (2013) which provides a more in-depth insight. Balmaseda et al suggest that the recent years may not have much effect on the climate sensitivity after all, and according to their analysis, it is the winds blowing over the oceans that may be responsible for the ‘slow-down’ presented in the Economist.

It is well-known that changes in temperature on decadal time scales are strongly influenced by natural and internal variations, and should not be confused with a long-term trend (Easterling and Wehner, 2009;Foster and Rahmstorf, 2011).
An intensification of the trades has affected surface ocean currents called the subtropical gyres, and these changes have resulted in a predominance of the La Nina state. The La Nina phase is associated with a lower global mean temperature than usual.
Balmaseda et al’s results also suggested that a negative phase of the pacific decadal oscillation (PDO) may have made an imprint on the most recent years. In addition, they found that the deep ocean has warmed over the recent years, while the upper 300m of the oceans have ‘stabilised’.
The oceans can be compared to a battery that needs to be recharged after going flat. After the powerful 1997-98 El Nino, heat flowed out of the tropical oceans in order to heat the atmosphere (evaporative cooling) and the higher latitudes. The warming resumed after the ‘deflation’, but something happened after 1998: since then, the warming has involved the deep ocean to a much greater extent. A weakening of the Atlantic meridional overturning circulation (MOC) may have played a role in the deep ocean warming.
The recent changes in these decade-scale variations appear to have masked the real accumulation of heat on Earth.
The new knowledge from this paper, the way I read it, is the revelation of the role of winds for vertical mixing/diffusion of heat in a new analysis of the world oceans. Their results were derived through a set of different experiments testing the sensitivity to various assumptions and choices made for data inclusion and the ocean model assimilation set-up.
The analysis involved a brand new ocean analysis (ORAS4; Balmaseda et al., 2013) based on an optimal use of observations, data assimilation, and an ocean model forced with state-of-the-art description of the atmosphere (reanalyses).
By running a set of different experiments with the ocean model, including different conditions, such as surface winds and different types of data, they explored which influence the different conditions have on their final conclusion.
The finding that the winds play a role for the state of the warming may not be surprising to oceanographers, although it may not necessarily be the first thing a meteorologist may consider.

References

  1. M.A. Balmaseda, K.E. Trenberth, and E. Källén, "Distinctive climate signals in reanalysis of global ocean heat content", Geophysical Research Letters, pp. n/a-n/a, 2013. http://dx.doi.org/10.1002/grl.50382
  2. D.R. Easterling, and M.F. Wehner, "Is the climate warming or cooling?", Geophysical Research Letters, vol. 36, 2009. http://dx.doi.org/10.1029/2009GL037810
  3. G. Foster, and S. Rahmstorf, "Global temperature evolution 1979–2010", Environmental Research Letters, vol. 6, pp. 044022, 2011. http://dx.doi.org/10.1088/1748-9326/6/4/044022
  4. M.A. Balmaseda, K. Mogensen, and A.T. Weaver, "Evaluation of the ECMWF ocean reanalysis system ORAS4", Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society, pp. n/a-n/a, 2012. http://dx.doi.org/10.1002/qj.2063
Fonte/source: RealClimate

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Popularizar o conhecimento é caminho para a cidadania, diz secretário do MCTI

Para o novo titular da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secis/MCTI), Oswaldo Barba, a participação no II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável - Desafios dos novos governantes locais foi estratégica diante do  desafio de disseminar o conhecimento científico e tecnológico.
“É um grande espaço de debates e de troca de informações entre os prefeitos”, disse ele, que participou pela primeira vez do evento como titular da Secis. “Um dos eixos importantes da secretaria é a divulgação da ciência, em que temos a oportunidade de mostrar a ciência, a tecnologia e a inovação para a população, de maneira que ela apodere desse conhecimento. Tudo o que é desenvolvido no âmbito das nossas universidades e dos centros de pesquisa precisa chegar à população”.
O encontro reúne gestores públicos no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, e termina nesta quinta-feira (25).
Barba ressaltou ainda os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e de tecnologias assistivas. “Os CVTs visam capacitar pessoas para as cadeias produtivas em sua região, o que gera conhecimento, emprego e renda”, avaliou. “No caso das tecnologias assistivas, utilizamos o que é desenvolvido como conhecimento em prol de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Todo o avanço que fizermos nessa área é importante, porque significa cidadania”.
Articulação federativa
Alcançar mais municípios em iniciativas de apoio à difusão e à popularização da ciência é um dos focos de ação da Secis/MCTI.  Entre outras iniciativas, a secretaria planeja ampliar a abrangência da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), evento coordenado pela pasta e realizado em outubro em todo o país.
“Nossa meta é chegar a mil municípios neste ano. Hoje são aproximadamente 700 envolvidos com a SNTC”, disse a assessora da Secis Sônia da Costa. Segundo ela, a ideia é repetir o sucesso de edições anteriores, com a abordagem do tema: “Ciência, Saúde e Esporte”.
Sônia destacou outro evento promovido pelo MCTI: a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Realizado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa/MCTI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a iniciativa já atinge quase todo o território nacional, com mobilização em 99,35% das cidades brasileiras.
“Nosso desafio é chegar aos 37 municípios que ainda não têm participantes na olimpíada. É um momento de articulação com todas as escolas públicas e unidades da federação no intuito de qualificar o ensino da ciência, em especial, da matemática”, afirmou a representante do MCTI.
  Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

quarta-feira, 24 de abril de 2013

FESTIVAL DO MINUTO lança concurso com o tema “Ciência”

Os melhores vídeos concorrem a R$ 10 mil em prêmios 
As inscrições vão de abril a 30 de agosto 
São aceitos vídeos de qualquer formato e que tenham até 60 segundos de duração
“Ciência”. Nos deparamos com ela nas mínimas coisas do dia a dia – da lâmpada elétrica ao telefone celular, do banho quente aos tratamentos de saúde, da conservação ambiental ao uso da internet. Por isso, o termo pode trazer inúmeras ideias! É nisso que aposta o concurso do Festival do Minuto, que conta com o apoio da FAPESP e está em sua segunda edição.
Para participar, nada melhor do que deixar a imaginação fluir sobre qualquer ciência, seja ela exata, humana ou sobre a vida. Ciência da computação, engenharia, física, matemática, química, zootecnia, botânica, biologia, antropologia... E, como sempre, valem vídeos de até 60 segundos em qualquer formato: filmes de animação, vídeos feitos com câmeras digitais, celular, ipad etc. O que importa, mais uma vez, é a criatividade. O concurso segue aberto até o dia 30 de agosto. Ao todo serão entregues R$ 10 mil em prêmios.
Os interessados - de todas as idades e de qualquer parte do mundo – podem inscrever seus vídeos. Regulamento e informações, além do envio do vídeo, estão disponíveis no site www.festivaldominuto.com.br.
Lembrando que quem tem até 14 anos deve se inscrever pelo Minuteen - www.minuteen.com.br, espaço dedicado a crianças e adolescentes que estão começando a familiarização com equipamentos digitais.
E há ainda o www.escoladominuto.com.br que dá dicas de como realizar um vídeo de 1 minuto. Trata-se de um portal que, após o preenchimento de um cadastro simples e rápido, exibe depoimentos de realizadores e dicas do curador e diretor de cinema Marcelo Masagão. Ele fornece dicas para a pesquisa de temas, de softwares de imagem e som, de iluminação, entre outros tópicos importantes para a produção e orientação dos vídeos.
Sobre a FAPESP, apoiadora do concurso
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma das mais importantes agências brasileiras de apoio à pesquisa científica. Criada em 1962, a FAPESP, ao longo dos seus 50 anos, concedeu cerca de 105 mil bolsas de pesquisa – da graduação ao pós-doutorado – e apoio a mais de 92 mil auxílios para pesquisadores do Estado de São Paulo. O apoio é dado a pesquisas em todas as áreas das ciências, bem como tecnologia, engenharia, artes e humanidades. A FAPESP também apoia pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o País, por meio de programas em grandes temas, como biodiversidade, mudanças climáticas e bioenergia.
Para saber mais, acesse www.fapesp.br.
Sobre o Festival do Minuto
O Festival do Minuto foi criado no Brasil, em 1991, e propõe a produção de vídeos com até um minuto de duração. É, hoje, o maior festival de vídeos da América Latina e também o mais democrático, já que aceita contribuições de amadores e profissionais, indistintamente. A partir do evento brasileiro, o Festival do Minuto se espalhou para mais de 50 países, cada um com dinâmica e formato próprios. O acervo do Minuto inclui vídeos de inúmeros realizadores que hoje são conhecidos pela produção de longas-metragens, como os diretores Fernando Meirelles (Ensaio Sobre a Cegueira e Cidade de Deus,), Beto Brant (O Invasor, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios) e Tata Amaral (Antônia e Hoje).
Para saber mais, acesse www.festivaldominuto.com.br. 

Emparn: chuvas em todas as regiões do RN

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registrou a maior chuva do estado entre a manhã dessa terça-feira (23) e a manhã de hoje (24) no município de Apodi, região Oeste potiguar, onde choveu 49,2 milímetros. Em Caraúbas e Baraúna, também no Oeste, choveu 41,2 mm e 38,5 mm, respectivamente. A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN considera o estado dividido em quatro regiões principais na emissão de seu boletim: Oeste, Central, Agreste e Leste potiguares.
EmparnO mapa mostra a distribuição de chuvas no RN entre essa terça-feira e hoje (24)O mapa mostra a distribuição de chuvas no RN entre essa terça-feira e hoje (24)

De acordo com os dados da Emparn, registro semelhante ao do município de Apodi ocorreu em Lajes, na região Central potiguar, onde choveu 48 mm. O segundo maior índice pluviométrico dessa região foi encontrado em Fernando Pedroza, onde chouve 15,5 milímetros entre as 7h da manhã de ontem e as 7h de hoje.

A região do Agreste potiguar teve seu maior índice pluviométrico em Bento Fernandes, com 37 mm. Ielmo Marinho vem em seguida, com registro de 19,8 milímetros.

Já no Leste potiguar, região da capital, o município Senador Georgino Avelino apresentou chuvas de 40 mm nessas 24 horas. De acordo com a Emparn, Natal teve a quinta maior chuva da região, atrás de Nísia Floresta, Taipu e Extremoz.

Os índices mais baixos registrados pela Emparn no estado foram encontrados nos municípios de Maxaranguape (1 mm); São Bento do Trairi (0,4 mm); no posto medidor do Itans em Caicó (0,1 mm); e Venha Ver, onde registrou-se 2mm de chuva.

Em Natal, entre noite de ontem e o início da manhã de hoje, predominou clima chuvoso. A previsão para a capital potiguar nesta quarta-feira é de sol com nuvens e possibilidade de chuva a qualquer hora. Durante a manhã de hoje algumas ruas da cidade ainda estavam alagadas devido às chuvas.

Confira o boletim pluviométrico da Emparn completo aqui.

Fonte: TNonline

MCTI abre consulta pública em plano de ação para ciência antártica


Clique para ver todas as fotos de MCTI abre consulta pública em plano de ação para ciência antártica
24/04/2013 - 10:35
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) abriu prazo até 24 de maio para receber sugestões ao plano de ação de 2013 a 2022 para a ciência antártica brasileira. Encomendado pela pasta a um grupo de pesquisadores, o documento propõe a criação de cinco programas que explorem conexões entre o continente gelado e a América do Sul. As novas diretrizes também buscam aumentar o protagonismo nacional no Sistema do Tratado Antártico.
Apresentado ao Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa) em reunião no início de março, o plano absorveu sugestões do colegiado, como a período de ações projetadas, que passou de cinco para dez anos. Interessados em contribuir devem preencher o formulário da consulta pública e enviá-lo para o e-mail proantar@mct.gov.br.
A Coordenação para Mar e Antártica do MCTI deve consolidar o documento para então submetê-lo à aprovação de integrantes do Conapa, do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Nobre, e, por último, do ministro Marco Antonio Raupp.
Eixos
Guiado por orientações do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (Scar, na sigla em inglês), o plano propõe programas em cinco áreas integradas:
1) Interações gelo-atmosfera, a respeito do papel da criosfera (superfície terrestre coberta por gelo ou neve) no clima do Hemisfério Sul e da evolução dos processos biogeoquímicos ao longo dos últimos dois mil anos.
2) Efeitos das mudanças climáticas na biocomplexidade dos ecossistemas antárticos e suas conexões com a América do Sul, com ênfase na origem, na evolução e na distribuição da biodiversidade no continente gelado.
3) Vulnerabilidade e mudanças climáticas no oceano Austral, com base nos processos físicos e biogeoquímicos associados às variações na circulação das águas e sua interação com o gelo marinho e as plataformas de gelo que possam ter impacto no clima continental e oceânico.
4) Papel da Antártica na ruptura do Gondwana e na abertura do oceano Atlântico Sul, a partir de estudos sobre o oceano Austral, visando ao entendimento da sua influência passada e atual sobre a margem continental e os recursos petrolíferos do território nacional.
5) Dinâmica da alta atmosfera na Antártica e seus impactos na redução do ozônio estratosférico no clima do Polo Sul e em ecossistemas associados.
O documento recomenda atenção a novas fronteiras de pesquisa, como astronomia no platô antártico, biodiversidade em condições extremas e ciências sociais – arqueologia, sociologia da ciência e geopolítica. Outra frente de pesquisa sugerida estudaria conexões com o Polo Norte.
O plano também aponta para as necessidades de formação de especialistas antárticos e sua posterior absorção no sistema de ensino e pesquisa nacional.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom MCTI

Insa realiza cursos de irrigação e uso racional da água

O Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) promove nas próximas semanas um ciclo de cursos sobre o tema “manejo de irrigação e uso racional de água na agricultura”.
A atividade é realizada em parceria com os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) da Bahia, Paraíba e do Sertão de Pernambuco, em parceria com Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Nos dias 24 e 25 de abril, o curso será realizado no Campus de Catu e nos dias 29 e 30 de abril, no Campus de Senhor do Bonfim, ambos do (IFBahiano). Nos dias 26 e 27 de abril é a vez do IFSertão, campus Petrolina. Nos dias  09 e 10 de maio, a atividade chega ao Campus Picuí e em 13 e 14 de maio, no Campus Sousa, ambos do IFPB. Podem participar agricultores dos estados participantes e alunos dos respectivos IFs.
Leia mais.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Brasil debate estratégias para novo ciclo de fundo ambiental

O ministro Marco Antonio Raupp recebeu nesta terça-feira (23) a diretora executiva do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Naoko Ishii.
A cada quatro anos o fundo se recompõe e, nos próximos meses, os 182 países que o integram devem apresentar compromissos de doação e contribuir com a política de financiamento e a seleção de áreas estratégicas para o período de julho de 2014 a junho de 2018.
Segundo Raupp, o MCTI deve elaborar sua estratégica com participação das pastas do governo federal ligadas a cada prioridade. “Valorizamos muito essa colaboração. A expectativa é a de que possamos continuar com nossas atividades conjuntas”.
Para o próximo ciclo de quatro anos, Naoko apontou possibilidades de atuação em projetos de agricultura e no combate ao desmatamento. A diretora de Políticas e Programas Temáticos do MCTI, Mercedes Bustamante, sugeriu iniciativas em ciências oceânicas e no controle da urbanização.
O GEF financia projetos brasileiros há mais de 15 anos. Seus pontos focais no país são os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), das Relações Exteriores (MRE), do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e do Meio Ambiente (MMA).
No âmbito do MCTI, a Assessoria de Captação de Recursos (Ascap) atua como ponto focal, mas as secretarias de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) são responsáveis pelos projetos em andamento, como o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) e outras iniciativas relacionadas a mudanças climáticas, energia e degradação do solo.

Participaram da reunião desta terça-feira o titular da Setec, Alvaro Prata, a assessora técnica Andrea Nunes, da Ascap, e a chefe interina da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Bárbara Sant’Anna.
O GEF Composto por 182 países, em parceria com instituições internacionais, organizações não governamentais e setor privado, o mecanismo de financiamento apoia iniciativas nacionais de desenvolvimento sustentável.
Funciona ainda como mecanismo de financiamento das convenções das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), sobre Diversidade Biológica (CDB) e de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD).


Comentário do blog: esperamos que a partir desse debate o MCT, e outros ministérios, atentem para o fato que existe uma região chamada Nordeste do Brasil (NEB), extremamente vulnerável a alterações climáticas. O Semiárido brasileiro, praticamente todo no NEB, com grande parte em Minas Gerais, passa por um grave problema de enfrentamento de seca prolongada, mas tem sido esquecido tanto pelo MCT, quanto pelo MMA.

São Paulo: Poluição por ozônio na capital é a pior da década

A poluição por ozônio bateu recorde na Região Metropolitana de São Paulo no ano passado. O paulistano ficou mais de três meses – ou exatos 98 dias – respirando o poluente em níveis inadequados, acima do padrão diário de 150 microgramas por metro cúbico. É o pior índice dos últimos dez anos. Os dados são do relatório anual de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que pode ser acessado na íntegra aqui.
Tempo seco prejudicou qualidade do ar em SP - Clayton de Souza/Estadão
Clayton de Souza/Estadão
Tempo seco prejudicou qualidade do ar em SP
Durante a maior parte do tempo do ano passado (54,1%), a poluição por ozônio ficou entre regular, inadequada e má. Entre as 19 estações de medição desse tipo de poluente, a do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, e a de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, foram as que apresentaram mais dias em estado de atenção: 17 cada.
“Quem tem problemas como asma, rinite ou enfisema sofre mais. Mas a poluição também pode desencadear inflamações graves a longo prazo”, afirma o pneumologista Clystenes Soares, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “E o ozônio é especialmente perigoso em dias ensolarados.”
A Cetesb faz a ressalva de que a rede de monitoramento cresceu ao longo dos anos – eram apenas 12 estações em 2003. 

Fonte: portal Estadão, por Nataly Costa.

domingo, 21 de abril de 2013

Ice hockey

Eric Steig
It is well known that ice shelves on the Antarctic Peninsula have collapsed on several occasions in the last couple of decades, that ice shelves in West Antarctica are thinning rapidly, and that the large outlet glaciers that drain the West Antarctic ice sheet (WAIS) are accelerating. The rapid drainage of the WAIS into the ocean is a major contributor to sea level rise (around 10% of the total, at the moment).
All of these observations match the response, predicted in the late 1970s by glaciologist John Mercer, of the Antarctic to anthropogenic global warming. As such, they are frequently taken as harbingers of greater future sea level rise to come. Are they?
Two papers published this week in Nature Geoscience provide new information that helps to address this question. One of the studies (led by me) says “probably”, while another (Abram et al.) gives a more definitive “yes”.
The somewhat different details of the two papers appear to have hopelessly confused many journalists (though the Christian Science Monitor has an excellent article, despite a somewhat misleading headline), but both are really just telling different aspects of the same story.
There is already strong evidence that anthropogenic forcing has played a significant role in the collapse of ice shelves on the Antarctic Peninsula, cause by significant melting at the surface during summer. The warm summer air temperatures have been related to an increase in the “Southern Annular Mode” (SAM), essentially the strength of the circumpolar westerlies. Increased CO2 is clearly part of the forcing of the observed positive trend in the SAM, though a larger player is likely to be ozone depletion in the stratosphere. Nevertheless, the short length of the observations – of both the ice sheet and climate – make it difficult to assess to what extent these changes are unusual. There is evidence for one ice shelf that a collapse like that observed in the 1990s has not occurred since at least the mid-Holocene, but comparable evidence is lacking elsewhere.
The connection between climate change and glacier response is more complex for the West Antarctic Ice Sheet than the Peninsula. As on the Peninsula, temperatures over the WAIS have risen significantly in the last few decades, but this is a symptom, rather than a cause. For WAIS, the culprit for the rapid thinning of ice shelves is increased delivery of warm ocean water to the base of the ice shelves. This isn’t due to a warming ocean (though the deep water off the Antarctic coast line is indeed warming), but to changes in the winds that have forced more circumpolar deep water onto the continental shelf. Circumpolar deep water, at about +2°C, is very hot compared with the in situ melting point of glacier ice. In a series of papers, we’ve shown that the warmer temperatures observed over the WAIS are the result of those same atmospheric circulation changes, which are not related to the SAM, but rather to the remote forcing from changes in the tropical Pacific: changes in the character of ENSO (Steig et al., 2012; Ding et al., 2011; 2012).
As on the Peninsula, there is evidence of anthropogenic forcing for the WAIS too: anomalous conditions since the 1980s in the tropical Pacific are characteristic of the expected fingerprint of global warming (e.g. Trenberth and Hoar, 1997; Collins et al., 2010). Still, as on the Peninsula, the short length of the instrumental observations make it difficult to say anything very definitive about long term trends.
Both our paper and that of Abram et al. add to our understanding of recent climate, glacier, and ice sheet changes in Antarctica by placing them into a longer-term context. Amidst the continuous chatter in the blogosphere about the strengths and limitations about “multiproxy” studies, these studies may be a refreshing return to simpler methods relying on just one type of “proxy”: data from ice cores. While ice core data aren’t perfect proxies of climate, they come pretty close, and aren’t subject to the same kinds of uncertainties that are unavoidable in biological proxies like tree rings.
Our study is the culmination of about a decade of ice core drilling and analysis in West Antarctica, through the ITASE program and the WAIS Divide ice core project. I’m the lead author on the paper but the author list is rightfully long; a lot of people have been involved in drilling and analyzing cores all across Antarctica.
The only “proxy” we use are oxygen isotope ratios. Oxygen isotope ratios (δ18O) in polar snow are well known to be correlated with temperature, and the underlying physics of the relationship is very well understood. In our study, we compile all the available δ18O data from high-resolution well-dated ice cores in West Antarctica and take a look at the average variability through the last 200 years. We also include data from the new WAIS Divide ice core that goes back 2000 years (actually, this core goes back to 68,000 years, and is annually resolved back to at least 30,000 years, but that’s a story for another time).
The average of the records for the last 50 years looks very much like temperature records from the last 50 years, with scaling of about 0.5‰/°C, exactly as expected, providing yet another piece of evidence that recent warming in West Antarctica has been both rapid and widespread (see the figure below). A critical point, though, is that it isn’t necessary to use the δ18O data as a proxy for temperature. Because the physics controlling δ18O is well understood, and we are able to implement δ18O in climate models, we can actually just use δ18O as a proxy for, well, δ18O. This simplifies the problem from “how significant is the recent warming?” to “how significant is the recent rise in δ18O”? We’ve shown previously, and show again in this paper, that δ18O in West Antarctic precipitation reflects the relevant changes in atmospheric circulation just as well (if not better) than temperature or other conventional climate variables do. Putting δ18O into a GCM and using the same experiments that reproduce the observed warming over West Antarctica also produces the observed δ18O increase in the last 50 years.
Figure 1. (a) Comparison of averaged δ18O (blue) across West Antarctica with the recent temperature record of Bromwich et al. (2013) from central West Antarctica (yellow). The light blue background is the decadal smoothed values +/- 1 standard error assuming Gaussian statistics. (b) Number of records used, and probability that the decadal average is as elevated as the 1990s (green).
Data sources: Most of the data for this figure have been available at http://nsidc.org/data/NSIDC-0425.html for some time. There’s a new location (which will link to the old one) where more recent data sets will be placed, but it’s not all up yet: http://nsidc.org/data/nsidc-0536.html.
Our results show that the strong trend in δ18O in West Antarctica in the last 50 years is largely driven by anomalously high δ18O in the most recent two decades, particularly in the 1990s (less so the 2000s). This is evident in the temperature data as well (top panel of the figure). The 1990s were also very anomalous in the tropics — there were several large long-lived El Niño events with a strong central tropical Pacific expression, as well as only very weak La Niña events. As in the tropics, so in West Antarctica: the 1990s were likely the most anomalous decade of the last 200 years.
Our results thus show that, indeed, recent decades in West Antarctica, which have been characterized by very rapid warming, and very rapid loss of ice from the West Antarctic Ice Sheet, are highly unusual. Nevertheless, some caution is in order in interpreting this to mean that current rates of rapid ice loss from West Antarctica represent a long term trend. What we’ve observed is unusual, but it is also dominated by decadal climate variability, and can’t be considered “unprecendeted”. Furthermore, our statistical confidence that recent decades are truly exceptional is low. Our data suggest that there is about a 30% chance the 1940s were just as anomalous as the 1990s, and the 1830s have about a 10% chance of being like the 1990s. Based on the relatively small amount of available evidence from the tropics, both the 1940s and the 1830s were similarly characterized by long-lived El Niños. Looking at the very long term record from the WAIS Divide ice core, it appears that similar conditions could have occurred about once per century over the last 2000 years. Hence our answer to the question, “are the observations of the last few decades a harbinger of continued ice sheet collapse in West Antarctica?”, is tentative: “Probably”.
Anyone expecting a more dramatic result need only turn to the other new ice core paper in Nature Geoscience. Last year, Rob Mulvaney and others from the British Antarctic Survey (BAS), along with French, American, and German colleagues, reached a very similar conclusion to ours, from an ice core from James Ross Island, on the northern Antarctic Peninsula. We discussed that paper at Realclimate last year. With δ18O data alone, it was possible to demonstrate only that recent warming on James Ross Island was “unusual”. The new paper, led by Nerelie Abram, adds a record of melt layers in the ice core to the assessment. The findings: a veritable Antarctic ice hockey stick.
Figure 2. δ18O (scaled to temperature) and melt layer frequency from the James Ross Island ice core.
Abram et al.’s paper is elegant in its simplicity. The key thing that matters to the ice shelves on the Antarctic Peninsula is how much melting occurs in summer, and this is almost exactly what Abram et al. are looking at. I say “almost” because formation of melt layers requires both that melting occurs and that it gets preserved, which depends a bit on the snow structure, the previous winter temperature, etc. But the results are unequivocal: there’s about 5 times the fraction of melt layers in the core as there has been on average over previous decades, and at least twice the maximum of any time before about the 1950s. The amount of melting occurring now is greater than at any time in the past 1000 years. If there has ever been a question about whether the “hockey stick” shape of Northern Hemisphere temperatures extends to at least some areas of the Southern Hemisphere, this record provides a decisive and positive answer.
Why the difference between the Peninsula and the WAIS? After all, both locations are warming at about the same rate. We could speculate that if there were melt layers in the WAIS cores, they would also show a significant increase like the James Ross Island core does. (It’s too cold at all the WAIS sites to have summer melting at all, so such information isn’t available.) I don’t think that is likely though. More important is the specific location of James Ross Island, on the eastern side of the Antarctic Peninsula. On the western Antarctic Peninsula, temperature trends are greatest in winter and spring, just as they are over the WAIS, and we’ve argued elsewhere that the causes are similar: changes in regional circulation forced by anomalous conditions in the tropics (Ding and Steig, in press). But it is on the eastern Peninsula that the most rapid summer warming has occurred, and where the surface-melting has caused ice shelf collapse (indeed, James Ross Island wasn’t really an island until 1995, when the Prince Gustav ice shelf collapsed). Both statistical assessments and modeling results show that the trend in the SAM accounts for this warming trend. As I noted in the introduction to this post, the SAM trend is partly explained by ozone depletion in the stratosphere, and the most clearly anomalous melt in the James Ross Island core occurs after the late 1970s, about the time the ozone hole appeared. But the melt data also show that melting has increased nearly monotonically since the 1930s, well before the advent of the ozone hole. As in West Antarctic δ18O, there was a bit of an increase in melt in the 1830s and the 1940s at James Ross Island, perhaps also ENSO-related, but these little bumps pale in comparison with the amount of melting occurring since the 1950s.
So what does all this mean for the fate of Antarctic Peninsula glaciers and the West Antarctic ice sheet? Both our paper and the Abram et al. paper add substantial new evidence that something rather unusual is occurring in Antarctica. It is not just happenstance that rapid ice sheet, glacier, and ice shelf changes are occurring now, when we have finally begun to observe them closely. Rather, these changes are occurring along with what is happening to the rest of the planet. That said, it appears that we not have yet driven West Antarctic climate (nor West Antarctic glaciers) definitively beyond what might be expected from natural variability alone. In particular, I won’t be surprised if continued decade-to-decade variability in atmospheric circulation results in more, and less, intrusion of circumpolar deep water onto the continental shelf, and to more, and less, rapid thinning of ice shelves in West Antarctica*. On the Peninsula, though, it seems very clear that we have already pushed the system well beyond “normal”, and into conditions reminiscent of the mid-Holocene. I don’t think we’re going to see a return to “normal” conditions any time soon. It’s worth noting that most model projections suggest that the SAM trend may level off for a while as the ozone hole gradually declines, but those same model projections suggest the SAM trend will recover as CO2 continues to rise. See. e.g. Thompson et al. (2011).
The real take home message here is that the ice loss from the WAIS and from the Antarctic Peninsula that have been observed in the last few decades are indeed likely to be harbingers of things to come. The very rapid rate of change in West Antarctica that we’ve seen over the last few decades is clearly overprinted by substantial decadal variability, so caution is in order in projecting that rate forward in time. The magnitude of the century scale trend will depend quite a bit, in my view, on what happens in the tropics over the next century. The sign of the trend, however, is clear. On the Peninsula, it’s crystal clear.
Note: An excellent summary of these two papers by Tas van Ommen will appear in Nature Geoscience in the May issue.

Fonte/Source: RealClimate

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Está no ar o novo portal do Inpe sobre clima espacial

Está no ar o novo portal do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), que acompanha fenômenos capazes de, por exemplo, causar interferências em sistemas de satélites, telecomunicações e energia.
A interface foi desenvolvida para atender aos diversos tipos de usuários dos produtos e de informações sobre os fenômenos de clima espacial. As novas funcionalidades permitem uma navegação mais simples pelo conteúdo do portal, que abrange as seguintes áreas de pesquisa: Sol, meio interplanetário, interação Terra e atmosfera ou Terra e campo magnético, além de segmentos impactados por eventos de clima espacial (navegação por satélite, telecomunicações, sistemas em solo, controle de satélites e academia).
Serviços e facilidades  
Entre os produtos disponíveis estão: o mapa do conteúdo ionizado da atmosfera terrestre (responsável pelo atraso do sinal do GPS), os dados magnéticos com a informação sobre o índice K de cada estação (que dá uma ideia da perturbação magnética importante para os operadores de linhas de transmissão de energia elétrica) e os monitores solares que mostram a condição do Sol e ocorrência de explosões, que causam “blackouts” em telecomunicações.
O site também apresenta um boletim diário sobre as condições de clima espacial e o glossário de termos relacionados à área.
Uma característica importante é a possibilidade de incorporar novos conteúdos, permitindo sua evolução à medida que os grupos de pesquisa disponibilizem mais produtos por meio da tecnologia de web-services. O Embrace pretende lançar uma versão voltada para dispositivos móveis.
O novo portal é resultado do trabalho conjunto de equipes da Coordenação de Ciências Espaciais e Atmosféricas (CEA), Divisão de Desenvolvimento de Sistemas de Solo (DSS) e Laboratório de Computação e Matemática Aplicada (LAC).
Navegue pelo novo portal clicando aqui.
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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cientistas brasileiros publicam artigo sobre nitrogênio na revista Science

Os impactos negativos da atividade humana no ciclo de nitrogênio na América Latina, suas consequências e recomendações para minimizá-los são temas do artigo publicado na edição de 12 de abril de 2013 da revista Science.
Integram o grupo de autores os pesquisadores Jean Ometto e Maria Cristina Forti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas; Karla Longo (Inpe); Mercedes Bustamante (Universidade de Brasília/INCT para Mudanças Climáticas), e Luiz Martinelli (Universidade de São Paulo e INCT para Mudanças Climáticas).

A atividade humana vem causando mudanças sem precedentes no ciclo global do nitrogênio. O excesso de nitrogênio reativo (Nr) no ambiente afeta os solos, a atmosfera e os recursos hídricos.
No Brasil, a conversão de ecossistemas naturais, normalmente com altas concentrações nitrogênio, pode levar a um balanço negativo desse componente no solo. Por outro lado, a queima de biomassa para o preparo da terra para a agricultura transfere uma grande quantidade de nitrogênio reativo para a atmosfera. Além do efeito direto que a queima de biomassa causa à saúde humana, parte do Nr retorna da atmosfera para os ecossistemas aquáticos e terrestres pela chuva e pela deposição de partículas, alterando a dinâmica natural desses sistemas.
“Os ecossistemas e a saúde humana na América Latina dependem da gestão do impacto humano no ciclo do nitrogênio”, diz o artigo. “Essa discussão passa pela quantidade de terra necessária para a produção sustentável de bens e serviços à população atual e para as projeções de crescimento populacional. Entretanto, a área de terra utilizada de forma ineficiente para a produção de alimentos é enorme, principalmente na pecuária. Desta forma, o aumento de eficiência no uso do solo deve ser prioridade, onde o uso adequado e conservacionista de fertilizantes é essencial”.
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  Texto: Ascom do Inpe

Professor da UFRN destaca mudança climática com uma das principais causas da polêmica sobre o tomate

Por Juliana Holanda

O tomate ganhou ares de celebridade nas últimas semanas. Ao contrário do que costuma acontecer no Brasil, a fama repentina não surgiu após a participação em um programa de reality show nem como resultado de uma denúncia de corrupção.

O fruto é o mais novo vilão nacional. O crime: assaltar a carteira dos brasileiros, com a maior alta registrada nos últimos quinze anos. A pena: bombardeio da mídia, repúdio dos consumidores e até campanhas que promovem a abstinência do fruto.

Julgamento justo e imparcial: “não houve”, defende o professor do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Márcio Dias Pereira. “O tomate virou símbolo de uma assustadora possível volta dos tempos da inflação incontrolável”, analisa.

Com o aumento dos preços, a estabilidade da economia foi questionada. A responsabilidade acabou sobrando também para os produtores de tomate. “Eles têm sido vistos como mercenários, capitalistas, exploradores e os grandes vilões da história”, afirma Pereira. O professor acredita que a escolha do culpado foi errada. A situação está além de razões meramente econômicas. Segundo o especialista, o desequilíbrio foi criado devido a mudanças climáticas.

A produção agrícola está diretamente ligada às condições de clima e às adversidades ambientais. “Agricultores do mundo inteiro plantam, mas não sabem se chegarão a colher”, ressalta o professor da UFRN.

De acordo com Márcio Pereira, 2012 não foi um bom ano para a agricultura mundial e 2013 também trouxe impactos. “As forças da natureza têm demonstrado o quanto podem influenciar na produção e no preço de produtos agrícolas”, relata.

As principais regiões produtoras de tomate no Brasil foram atingidas por tempestades, enchentes, alterações bruscas das temperaturas e mudanças no regime de ventos, relembra o especialista. Essas adversidades provocaram a redução da área plantada de tomate.

E não foi só isso. A produtividade também foi afetada. Nos locais onde se conseguiu fazer o plantio e levar as lavouras até o final do ciclo, o número de frutos por área plantada foi menor do que o esperado. “É claro que a redução da produção também provoca uma diminuição da oferta, contribuindo para aumentar o preço final do produto”, analisa Pereira.

O professor explica o impacto da grande quantidade de chuva na produção agrícola. “O excesso de água faz com que as plantas se desenvolvam com mais dificuldade e os frutos amadurecem mais tardiamente”, descreve.

Sensíveis e vulneráveis, os frutos e o resto da planta ficam mais suscetíveis ao ataque de insetos e pragas, provocando a perda de grande parte da plantação. A consequência da instabilidade da lavoura foi que os agricultores precisaram usar mais agrotóxicos e medidas de controle. “O custo de produção aumentou, sendo necessário repassá-lo aos consumidores”, destaca o especialista.

O resultado da instabilidade climática é que o consumidor acaba sendo economicamente afetado. “Perceba que o tomate e os agricultores que o produzem não são os vilões de toda essa história, mas vítimas”, defende Márcio Pereira.

Nordeste

Já no Nordeste, o que causou a baixa produção de tomate foi a estiagem prolongada, que já é considerada a pior seca dos últimos 50 anos. “Sem água para irrigar as plantações, o tomate potiguar quase desapareceu dos mercados e os preços também dispararam nos municípios do Rio Grande do Norte”, explica.

A solução encontrada para atender a demanda da população foi importar uma quantidade maior do fruto de outros estados brasileiros do que o de costume. “Os consumidores pagam mais caro por um produto que vem de longe. Aqui no estado, os tomates atingiram preços assustadores”, avalia.

Fonte: Boletim da AGECOM - UFRN



A preciosa lama do mar

Por Carlos Fioravanti
Revista Pesquisa FAPESP – Do Alpha-Crucis – O mar está agitado e o navio balança muito nesta manhã de segunda-feira, 25 de fevereiro. As ondas entram no convés. Quatro homens de capacete branco e cobertos de água salgada puxam o cabo de aço com uma estrutura piramidal que oscila antes de assentar na superfície vermelha do convés. A pirâmide metálica finalmente traz 12 cilindros transparentes com uma amostra generosa da lama a 121 metros de profundidade, ao largo da ilha de São Sebastião, litoral norte paulista. Na tentativa anterior, a 47 metros, os cilindros trouxeram apenas água e areia, sem a desejada lama que 19 pesquisadores do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo buscaram durante nove dias em um cruzeiro no navio de pesquisa oceanográfica Alpha-Crucis.
Cada um por vez, Edilson de Oliveira Faria, Marcelo Rodrigues, Rodolfo Jasão Dias e Gilberto Dias carregam os cilindros e os depositam em uma caixa plástica. A lama que trazem é fina, grudenta, verde-escura, de cheiro desagradável. “É perfeita!”, comemora Till Hanebuth, professor da Universidade de Bremen, Alemanha, sentindo-a entre os dedos.
“O que é apenas lama para a maioria das pessoas tem muito significado para nós”, diz Michel Mahiques, diretor do instituto e coordenador científico da primeira parte da expedição, de 20 a 24 de fevereiro, centrada na identificação de lugares para a coleta de sedimentos em diferentes profundidades, realizada nos quatro dias seguintes.
“É o sedimento lamoso, como chamamos, que vai fornecer os melhores registros da história climática, ambiental e evolutiva de uma região.” Em estudos anteriores, as análises de sedimentos ajudaram a definir a variação do clima dos últimos 10 mil anos no litoral paulista e dos níveis de poluentes em Santos e em Iguape nos últimos 100 anos.
Por definição, essa massa de modelar que vem do fundo do mar é uma mistura de grãos com diâmetro inferior a 62 micrômetros, menor que o da areia. “Partículas de rochas ou de sal, restos de esqueletos, qualquer material pode formar a lama”, diz Samara Goya, técnica do IO e professora universitária em Santos. “A lama funciona como uma esponja, atraindo elementos químicos ou organismos dispersos na água. A areia tem uma estrutura fixa e não atrai outros materiais.”
O objetivo da viagem é identificar depósitos ou fluxos de lama, cujos elementos devem ajudar a reconstituir o ambiente e o clima regional, as correntes marinhas e a evolução do oceano Atlântico Sudoeste nos últimos 7 mil anos. O cruzeiro faz parte de um dos projetos apoiados pela Pró-Reitoria de Pesquisa por meio do programa Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) e reúne pesquisadores do IO, do Instituto de Geociências e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
“Esta é a nossa primeira expedição de cunho essencialmente geológico que ultrapassa os limites da plataforma continental desta região”, diz Michel, que prefere ser chamado pelo primeiro nome. Até agora, por falta de equipamentos adequados, era possível coletar sedimentos no máximo a 150 metros de profundidade.
“O Alpha-Crucis nos permite ir mais longe, mais fundo e com mais conforto que o Besnard”, ele diz, referindo-se ao navio Professor Besnard, desativado desde 2008. No dia 28, depois de percorrer quase 2 mil quilômetros, o Alpha-Crucis atracou em Santos, ao lado do antigo navio, com centenas de amostras de sedimentos de até 1.400 metros de profundidade.
“De onde vêm os sedimentos encontrados ao norte de São Sebastião? Não sabemos”, inquieta-se Michel. Os rios que deságuam nessa região são pequenos e aparentemente incapazes de transportar tanta areia e lama. Ao sul, a situação parece mais clara. Em trabalhos anteriores, Michel e outros pesquisadores do Instituto Oceanográfico concluíram que o rio da Prata, a quase 2 mil quilômetros de distância, deve ser a principal fonte da lama que chega até o sul da ilha de São Sebastião, empurrada pelas correntes marinhas.
De imediato, o mapeamento do fundo do mar realizado nos primeiros quatro dias de viagem forneceu indicações sobre a estabilidade do assoalho marinho, essencial para a extração de petróleo e gás natural, e sobre a possibilidade de escorregamentos de depósitos de sedimentos, que podem gerar tsunamis. Em 2002, uma massa enorme de sedimentos escorregou e empurrou o mar da costa da ilha de Stromboli, na Itália, causando um tsunami e agravando os efeitos de uma erupção vulcânica. Aparentemente, essa possibilidade é remota no litoral paulista.
Com base nas informações sobre o fundo do mar, Michel concluiu que uma hipótese sobre a movimentação de sedimentos da costa para o oceano neste trecho do litoral, que ele havia apresentado em 2004 com base em amostras de superfície, poderia estar mesmo correta.
“Agora estamos vendo efetivamente a migração de sedimento da costa para o fundo”, comenta. “Passamos por uma série de vales e canais, alguns com 5 quilômetros de largura e 160 metros de profundidade, que podem ter a função de receber e distribuir sedimentos.” Os gráficos sobre a variação da espessura e da consistência das camadas de areia e lama indicavam que o talude – a região mais profunda além da plataforma continental – tinha a forma de um anfiteatro, com o palco nas regiões mais profundas, como ele havia previsto.
Leia a reportagem completa em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/04/12/nove-dias-no-atlantico

terça-feira, 16 de abril de 2013

Palestras ressaltam potencial energético dos oceanos

O potencial energético dos oceanos foi um dos aspectos abordados na manhã desta terça-feira (16), segundo e último dia do 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial da Ciência. O professor Segen Farid Estefen falou sobre as fontes renováveis de energia, ao passo que o professor José Antônio Barbosa abordou a exploração petrolífera.
Estudioso das energias limpas, Estefen apresentou um relatório especial sobre as mudanças climáticas e energias renováveis, do qual participou. De acordo com o pesquisador, mesmo com o conhecimento das novas formas de energias renováveis, ainda é muito utilizada uma antiga, a queima de madeira. “A energia dos oceanos pode substituir o uso das energias fósseis, como o carvão e o petróleo. Defendemos que ela venha somar às formas de energia existentes”, ressaltou.
De acordo com ele, por conta de sua extensa costa, a América do Sul possui um grande potencial para a utilização das ondas na geração de energia limpa. Como exemplos, ele citou o aproveitamento das correntes de marés em diversna Europa, Coréia, Canadá, Japão, China, Nova Zelândia e América do Sul; as correntes oceânicas, utilizadas para suprir a demanda da Flórida, e a energia térmica das ondas, ainda pouco utilizada no Brasil por causa dos altos custos.
Em sua explanação, o professor Estefen apresentou um curta-metragem sobre a primeira usina de ondas da América Latina, localizada em Pecém, no Ceará.
Tecnologia petrolífera
José Antônio Barbosa, por sua vez, destacou que nos últimos 30 anos, enquanto o número de novas descobertas de campos de petróleo convencionais vêm diminuindo, a disponibilidade de novas tecnologias vem proporcionando outras possibilidades de exploração em reservatórios profundos e em regiões distantes. Isso poderá garantir um aporte imenso com relação à quantidade de reservas já conhecidas, disse o professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe).
Em sua palestra, o docente observou que o sistema clássico de extração de petróleo, quando o óleo jorrava de poços não muito profundos, deu lugar a técnicas avançadas de captura de óleos e gás.
 “As novas tecnologias permitem chegarmos a grandes profundidades e atingirmos rochas com permeabilidade baixa, quebrando-as e conseguindo capturar óleos mais pesados e gás”, disse.
Segundo o palestrante, estudos mostram que o Brasil possui reservas não convencionais de petróleo duas a três vezes maiores que as do pré-sal.
 Texto: Ascom do FMC

Seminário de Ciências Climáticas


CONCENTRAÇÕES DOS ÓXIDOS NITROGENADOS NOx(NO+NO2) NA REGIÃO METROPOLITANA DE MACEIÓ-AL, EM FUNÇÃO DE
PARÂMETROS METEOROLÓGICOS
 
Ronabson Cardoso Fernandes
 
17/04/2013 (Quarta-Feira) às 15h00 no Auditório do DFTE-CCET-UFRN
 
RESUMO
Com o objetivo de analisar as concentrações dos óxidos de nitrogênio no centro da Região Metropolitana de Maceió-Al, coletou-se dados dos parâmetros químicos utilizando um analisador de NOx(NO+ NO2) API Modelo 200 A através do método de quimiluminescência, e para o acompanhamento das condições atmosféricas (parâmetros físicos) utilizou-se uma estação meteorológica da WeatherLink Pro2 da Davis Instruments (E.U.A), no qual seus sensores ficaram a 2 metros de altura em relação ao solo. O monitoramento para ambos os parâmetros tiveram intervalo médio de 10 minutos. As concentrações dos óxidos nitrogenados se mostram sensíveis as mudanças meteorológicas. As maiores freqüências de concentrações de NO situaram no intervalo de 43,8 % com variações de 10-15ppbv e para NO2 tiveram 46, 6% entre 0 e 2 ppbv. Evidenciou que as maiores concentrações foram obtidas nos dias de semana, no dia 15/07 no período diurno, cerca de 309% para o NO2 e 153,5% de NO, superiores ao dia 12/07 (domingo) sendo os veículos automotores a principal fonte de emissão isto associado à alta pressão atmosférica aumentaram as concentrações, e inversamente quando ocorreram baixas pressões diminuíram as concentrações. Durante a madrugada, as condições atmosféricas propiciou algumas reações químicas que foram sumidouro dos NOx, assim, tendo nesse período relativamente as menores concentrações diárias. Durante o período diurno, a intensidade da radiação solar assim como a presença da nebulosidade contribuiu para atenuação significativa das concentrações desses óxidos, propiciando a fotólise do NO2 para formação de poluentes secundários, prejudiciais à saúde da população.

Para maiores informações: ppgcc@ccet.ufrn.br

Encontro debate políticas de combate à seca

O presidente do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), Ignácio Hernán Salcedo, afirmou que a estratégia do instituto é adaptar soluções para as condições locais.
Salcedo participou nesta segunda-feira (15), em Recife, do 5º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência. E destacou os investimentos em ciência, tecnologia e inovação para o semiárido brasileiro.
Segundo ele, o programa de pesquisa do Insa está estruturado em três eixos de: Promoção da inovação; Fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura científica e tecnológica; e Formação e capacitação de recursos humanos.
“O programa é resultado do esforço coletivo de pesquisadores, analistas, funcionários e bolsistas do Insa, visando à execução de ações em ciência, tecnologia e inovação que tragam resultados concretos para o desenvolvimento regional”, disse Salcedo.
Ele apresentou projetos em andamento nas áreas de combate à desertificação e mitigação de seus efeitos; gestão de recursos hídricos do semiárido; e conservação e uso sustentável do semiárido.
Política nacional
O pesquisador Antônio Divino Moura fez palestra sobre o tema Meteorologia e Desenvolvimento: Uma política nacional sobre as secas. Segundo ele, a seca no Brasil atinge inclusive a Amazônia, e o investimento constante para a estiagem é uma das maneiras de combater o problema.
Leia mais.

RN: Governo vai decretar calamidade no estado devido à seca

Abaixo matéria publicada na Tribuna do Norte, Natal-RN, em 16/04/2013.
Por mais de três horas, as bancadas federal e estadual dos deputados do Rio Grande do Norte se reuniram, a portas fechadas, na Sala de Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa, em Natal. Em pauta, dois temas: seca e aumento do número de deputados estaduais. A imprensa não teve acesso permitido à reunião. Ao final, os deputados anunciaram a elaboração de um relatório que deverá expor o atual cenário ocasionado pela seca no Rio Grande do Norte.
Magnus NascimentoCom queda na oferta de água, Governo espera a liberação de R$ 13 milhões para instalar 847 poços artesianos no semiárido. Até o momento, foram instalados 93Com queda na oferta de água, Governo espera a liberação de R$ 13 milhões para instalar 847 poços artesianos no semiárido. Até o momento, foram instalados 93

Hoje, a Assembleia Legislativa deverá nomear uma comissão de deputados que formatarão o documento que será entregue à ministra Gleisi Hoffman, ministra-chefe da Casa Civil da Presidência. Além disso, foi viabilizada uma reunião com representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para agilizar a assinatura de um convênio que deverá contemplar a liberação de R$ 13 milhões para a instalação de 847 poços artesianos.

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, cobrou a integração entre Estado, Municípios e União para o enfrentamento à seca. O presidente da Assembleia Legislativa esclareceu que a redução dos efeitos da seca serão sentidos quando três ações forem postas em prática: a abertura do crédito rural através do Banco do Nordeste; a regularização e ampliação do abastecimento nas cidades mais atingidas pela seca e a alimentação do gado, com a distribuição de cana-de-açúcar e do sorgo que estão em fase de plantação em áreas de cultura irrigada.

O titular da Semarh, Leonardo Rêgo, destacou que os investimentos do Governo em obras de combate à seca estão em curso com a construção das barragens de Umarizeira, em Umarizal, da ordem de R$ 20 milhões; além do reservatório de Oiticica, que deverá consumir R$ 311 milhões. “Já iremos depositar os valores relativos à primeira contrapartida. Será R$ 1,7 milhão do Governo e mais R$ 27 milhões da União. A partir daí, poderemos assinar a ordem de serviço”, explicou. 

Além destes valores, a Semarh pleiteia a liberação de recursos para implantação de 118 poços artesianos, orçados em R$ 2,3 milhões. Até o momento, foram instalados 93 poços, cujos repasses somam R$ 592 mil.

RN: as cidades mais quentes no verão

Em matéria recente publicada no portal oglobo, sob o título 'As cidades mais quentes do Brasil no verão', o estado do Rio Grande do Norte se destaca como o segundo lugar, perdendo apenas do Piauí. O mais curioso é que Mossoró com toda fama de ser uma cidade muito quente, pelo menos no verão perde para outras cidades desse estado. A mais quente, de acordo com os registros, é Caicó, seguida de Macau e Apodi. No link acima é possível apreciar a matéria completa, com gráficos explicativos, e que se inicia assim:
De acordo com uma determinação do Organização Mundial de Meteorologia, o Instituto Nacional de Meteorologia divulga diariamente as maiores temperaturas do país em três faixas de horário, de manhã (9h), à tarde (15h) e à noite (21h). Um levantamento do GLOBO descobriu quais são as cidades que mais vezes registraram as temperaturas mais elevadas no verão, entre aquelas que têm estações meteorológicas, e mapeou o resultado abaixo. A 'campeã' foi Bom Jesus, no Piauí.
 Há outra matéria no mesmo portal com o título 'O endereço do calor no Brasil', que pode ser conferida aqui.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Economia e mudança climática são temas de debate em Recife

Um dos temas abordados na tarde desta segunda-feira (15) no primeiro dia do 5º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência foi Economia da Mudança do Clima no Brasil: custos e oportunidades, em palestra realizada pela pesquisadora do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas e consultora para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Carolina Burle Dubeux.
O trabalho é fruto de uma série de pesquisas em grupo e resultou em um estudo sistêmico sobre o impacto da mudança do clima na economia no Brasil e vice-versa. Com base em projeções do IPCC, foram realizadas projeções climáticas por região no ano de 2100.
“O país pode perder cerca de R$ 7 bilhões por ano na sua produção agrícola, o que acarretaria na redução do plantio de arroz, algodão e café, por exemplo. Em relação à energia elétrica, haveria a necessidade de investir previamente na oferta a fim de evitar um apagão”, afirma Carolina.
Sobre os impactos econômicos na região costeira, ficariam em risco os patrimônios ambientais, rurais, históricos, urbanos e sociais, além do custo com possíveis interrupções nos serviços de água, luz, esgoto, saúde. As principais cidades com patrimônio ameaçado pelas mudanças climáticas seriam Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Vitória.
Debates
À tarde , Ali Mosleh, professor de Engenharia Mecânica, da Universidade de Maryland, na California (Estados Unidos) deu início à segunda parte dos debates e falou sobre a sua linha de pesquisa em Métodos Bayesianos para Análise de Dados.
Sob o tema Ambientes marinhos tropicais: Heterogeneidade espaço-temporal e resposta às mudanças climáticas, a palestra do professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) José Maria Landim Dominguez alertou para as erosões na zona costeira e ambientes marinhos, provocada ou não pelo nível dos oceanos.
Leia mais.
  Texto: Amanda Andrade – Ascom da Sectec-PE

Diretor do LNCC destaca complexidade de cenários climáticos

Na avaliação do diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), Pedro Leite Dias, a previsão do sistema climático futuro é bastante complexa e incerta, por envolver interações entre várias componentes, como a atmosfera, os oceanos e a biosfera.
Segundo ele, os modelos constituem uma representação aproximada da realidade, por não haver um conhecimento completo dos processos físicos relevantes. Assim, cenários futuros do clima na Terra, como o aumento da concentração de gases estufa, em geral, apresentam significativa incerteza.
“Quando levamos em conta todo o globo, a diferença entre o que os modelos de previsão climática dizem e o que é observado é menor. Mas quando se trata de um modelo em nível regional, como no Nordeste do Brasil, as incertezas são muito grandes”, observou. “Por isso, devemos considerar as várias possibilidades e desenvolver políticas públicas de modo a nos adaptar às variações que esses modelos apresentam”, observou Dias.
Uma forma de lidar com as incertezas na formulação de políticas públicas consiste no uso de técnicas que permitam apontar probabilidades da ocorrência de determinados cenários, em função da destreza que os modelos apresentam na descrição do clima corrente.
O diretor do LNCC foi um dos palestrantes desta segunda-feira (15) durante o 5º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência 2013, que acontece no Recife. Dias, que também é professor do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo e PhD em Ciências Atmosféricas pela Colorado State University, tratou do tema Incertezas Científicas e Formulação de Políticas Públicas: o caso da mudança climática.
Leia mais.
  Texto: Alexandre Yuri - Ascom da Sectec-PE


Degelo na Antártida é 10 vezes mais rápido que há 600 anos

O degelo da Antártida durante o verão é dez vezes mais rápido que há 600 anos e acelerou nos últimos 50 anos, revela um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (15).
Os cientistas perfuraram a 364 metros de profundidade na ilha de James Ross, no norte da geleira antártica, para medir as temperaturas de centenas de anos. As camadas sucessivas revelam o movimento de degelo e de congelamento.
"Constatamos que há 600 anos havia condições mais frias na península antártica e uma menor quantidade de gelo derretido", explicou Nerilie Abram, do British Antarctic Survey, da Universidade de Cambridge.
"Naquela época, as temperaturas eram aproximadamente 1,6 grau centígrado menor do que as temperaturas registradas no fim do século 20, e a quantidade de neve que derretia a cada ano e depois voltava a congelar era de 0,5%. Hoje, a quantidade de neve que derrete a cada ano é dez vezes maior", disse Abram.
Apesar do aumento regular das temperaturas há centenas de anos, o degelo se intensificou a partir da metade do século 20, afirma o estudo publicado na revista Nature Geoscience.
Isto significa que o aquecimento na Antártida alcançou um nível no qual até leves aumentos de temperatura podem provocar uma forte aceleração do degelo.

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