Estudioso das energias limpas, Estefen apresentou um relatório especial sobre as mudanças climáticas e energias renováveis, do qual participou. De acordo com o pesquisador, mesmo com o conhecimento das novas formas de energias renováveis, ainda é muito utilizada uma antiga, a queima de madeira. “A energia dos oceanos pode substituir o uso das energias fósseis, como o carvão e o petróleo. Defendemos que ela venha somar às formas de energia existentes”, ressaltou.
De acordo com ele, por conta de sua extensa costa, a América do Sul possui um grande potencial para a utilização das ondas na geração de energia limpa. Como exemplos, ele citou o aproveitamento das correntes de marés em diversna Europa, Coréia, Canadá, Japão, China, Nova Zelândia e América do Sul; as correntes oceânicas, utilizadas para suprir a demanda da Flórida, e a energia térmica das ondas, ainda pouco utilizada no Brasil por causa dos altos custos.
Em sua explanação, o professor Estefen apresentou um curta-metragem sobre a primeira usina de ondas da América Latina, localizada em Pecém, no Ceará.
Tecnologia petrolífera
José Antônio Barbosa, por sua vez, destacou que nos últimos 30 anos, enquanto o número de novas descobertas de campos de petróleo convencionais vêm diminuindo, a disponibilidade de novas tecnologias vem proporcionando outras possibilidades de exploração em reservatórios profundos e em regiões distantes. Isso poderá garantir um aporte imenso com relação à quantidade de reservas já conhecidas, disse o professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe).
Em sua palestra, o docente observou que o sistema clássico de extração de petróleo, quando o óleo jorrava de poços não muito profundos, deu lugar a técnicas avançadas de captura de óleos e gás.
“As novas tecnologias permitem chegarmos a grandes profundidades e atingirmos rochas com permeabilidade baixa, quebrando-as e conseguindo capturar óleos mais pesados e gás”, disse.
Segundo o palestrante, estudos mostram que o Brasil possui reservas não convencionais de petróleo duas a três vezes maiores que as do pré-sal.
Texto: Ascom do FMC
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