sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

INPE aumenta capacidade de processamento de software livre para modelagem ambiental

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lança nova versão de ferramenta para apoio à tomada de decisão em questões de planejamento territorial e ambiental: o LuccME 3.0 (Land Use and Cover Change Modeling Environment). O software livre permite que se construam facilmente modelos para estudos sobre desmatamento, expansão da agricultura, desertificação, degradação florestal, crescimento urbano e outros processos de mudanças de uso e cobertura da terra em diferentes escalas.

"A grande novidade da versão 3.0 é que ela vem totalmente remodelada por dentro, graças aos avanços dos sistemas TerraME 2.0 e TerraLib 5.0. Agora nossa capacidade de lidar com grandes bancos de dados geográficos, assim como a velocidade de processamento, aumentou significativamente", diz Ana Paula Aguiar, pesquisadora do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do INPE e responsável pelo projeto LuccME.

Entre as melhorias destacam-se a interface gráfica, o aprimoramento da documentação, novos componentes e métricas de validação na própria ferramenta, para facilitar a calibração dos modelos. Outra vantagem é que os modelos agora podem acessar arquivos no formato mais utilizado na área de geoprocessamento. Logo, tanto dados de entrada como resultados gerados podem ser manipulados diretamente em qualquer sistema de informações geográficas.

O LuccME tem como base as novas versões do TerraME e TerraLib, ambos também produtos tecnológicos do INPE desenvolvidos com instituições parceiras, em especial a Universidade Federal de Ouro Preto. Como são softwares livres, os usuários podem combinar os componentes disponíveis ou criar outros, com novas funcionalidades, pois o código é aberto.

Já o TerraME é um ambiente de programação para modelagem dinâmica espacial, para vários tipos de aplicação, além da modelagem de uso da terra. Ele suporta autômatos celulares, modelos baseados em agentes e modelos de rede em execução em espaços de células 2D. O TerraME, por sua vez, fornece através da biblioteca TerraLib uma interface para acessar bancos de dados geográficos que armazenam informações geoespaciais.

As melhorias do LuccME são financiadas pelo Fundo Amazônia através do projeto MSA/BNDES (Monitoramento Ambiental por Satélite no Bioma Amazônia). Em 2017, como parte do projeto, serão oferecidos cursos de treinamento e o suporte para o desenvolvimento de novas aplicações. Mais informações através do email luccme@inpe.br"

O download da nova versão pode ser feito no site do LuccME 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Documento do governo reúne ações para enfrentar mudanças climáticas

A Terceira Comunicação Nacional do Brasil (TCN), documento que reúne ações para a implementação dos compromissos assumidos pelo País na 21ª Conferência das Partes, foi apresentado à Câmara dos Deputados

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Jailson de Andrade, apresentou na Câmara dos Deputados o papel da Terceira Comunicação Nacional do Brasil (TCN), documento que reúne ações para a implementação dos compromissos assumidos pelo País na 21ª Conferência das Partes (COP 21), em dezembro de 2015, em Paris, na França.

O documento contém resultados de políticas públicas, pesquisas para identificar vulnerabilidades, esforços para elaborar planos em busca da redução de emissões de gases de efeito estufa e outras iniciativas do governo a fim de conter o desmatamento, melhorar a eficiência energética, os meios de produção agrícola e pecuária, para reduzir os efeitos causados pelas mudanças climáticas.

“A TCN foi apresentada como documento brasileiro para a COP 21 e se constitui de uma compilação de dados de diversas publicações, com participação direta de 382 autores, que representam 140 instituições, sem mencionar a colaboração e a revisão de outros ministérios do governo federal”, disse Jailson, ao ressaltar que o MCTIC já discute com outras pastas e parceiros a elaboração da Quarta Comunicação Nacional.

O documento é um trabalho coletivo do governo, coordenado pelo MCTIC e desenvolvido com diversas instituições e especialistas representados em grande parte pela Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima). A primeira edição do documento é de 2004 e a segunda, de 2010. A terceira versão do TCN possui quatro volumes, que já estão disponíveis no portal do MCTIC, em versões em inglês e português.

“Entende-se que o componente científico e tecnológico tem um papel absolutamente relevante no enfrentamento dos desafios colocados pelas mudanças climáticas”, ressaltou o coordenador-geral de Mudanças Globais de Clima do MCTIC, Márcio Rojas.

Assinado por 195 nações no fim de 2015, o Acordo de Paris está em vigor desde 4 de novembro de 2016. O presidente da República, Michel Temer, havia depositado o instrumento de ratificação em setembro deste ano.

Agência Gestão CT&I/ABIPTI, com informações do MCTIC - via JCNoticias

Emissões de metano disparam e agravam mudanças climáticas

Cientistas pedem atenção ‘urgente’ para poluição do setor de agropecuária

O metano proveniente da produção de alimentos coloca em risco as iniciativas globais para conter as mudanças climáticas, alertaram cientistas nesta segunda-feira. Em artigos paralelos, publicados nos periódicos “Earth System Science Data” e “Environmental Research Letters”, os pesquisadores alertam que as emissões de metano aumentaram drasticamente nos últimos anos e se aproximam do “pior cenário” reconhecido internacionalmente para emissões de gases-estufa, com risco de elevação das temperaturas médias globais em até 4 graus Celsius.

Leia na íntegra: O Globo

Está provado: aquecimento derreteu geleiras

Estudo detecta pela primeira vez impressão digital inequívoca de mudança climática na perda acelerada de glaciares de montanha; para cientistas, impacto do clima é “virtualmente certo”

Uma nova metodologia sugere que o aquecimento global e suas causas humanas são realmente os grandes responsáveis pelo recuo de geleiras de montanha durante os séculos 20 e 21. Essas massas de gelo são fundamentais para o abastecimento de água em várias localidades, como a Bolívia, que vive sua pior seca em 25 anos e tem boa parte de seu fornecimento dependente dos Andes, e têm diminuído ao redor do planeta em regiões tão diversas quanto o Alasca e os trópicos africanos, a Patagônia e a Suíça.

O estudo é importante porque fornece pela primeira vez uma prova categórica daquela que é uma das consequências previstas mais imediatas de um planeta mais quente. Embora o elo entre a mudança climática causada por atividades humanas e o degelo esteja claro há anos, até agora os modelos computacionais usados para modelar o clima não conseguiam ligar o derretimento de geleiras individuais ao aquecimento global.

O relatório de avaliação do IPCC, painel do clima das Nações Unidas, por exemplo, afirmou em 2013 que era “provável” (conceito que representa cerca de 66% de possibilidade, no linguajar estatístico do IPCC) que os níveis de degelo monitorados no período tivessem sido de fato causados por mudanças climáticas.

O estudo da Universidade de Washington (EUA), publicado no periódico Nature Climate Change e apresentado hoje (12) durante evento da União Geofísica Americana (AGU), em São Francisco, eleva esse grau de confiança: o documento afirma que, para quase todas as geleiras contempladas, a influência de mudanças climáticas no derretimento é de mais de 90%, chegando, na maior parte dos casos estudados, a 99%. Isto equivale, na terminologia do IPCC, a dizer que é “virtualmente certo” que a causa do derretimento seja o clima alterado.

A análise do trio de cientistas foi realizada em 37 geleiras ao redor do mundo, com condições geográficas e ambientais diversas. Destas, 36 tinham 90% ou mais de probabilidade de terem tido seu degelo influenciado pela mudança climática. Em 21 delas, a chance era de 99%.

O grupo utilizou registros históricos e observação meteorológica das regiões para comparar variações naturais no tamanho das geleiras com mudanças observadas nos séculos 20 e 21 e calcular um coeficiente de variação desses dados. As alterações são então comparadas com um cenário sem mudanças no clima para calcular a probabilidade de relação de causa.

“Nossa pesquisa demonstra que a diminuição global de geleiras requer necessariamente uma mudança no clima de duração centenária e âmbito global”, afirmou ao OC o glaciologista Gerard Roe, pesquisador da Universidade de Washington e líder do estudo.

“É o estudo de atribuição mais abrangente até hoje sobre o recuo de geleiras. Esperamos que nosso trabalho possa facilitar conclusões mais assertivas sobre o tema para a próxima elaboração de relatórios do IPCC”, afirma.

Estudos de atribuição, como este, buscam estabelecer as causas mais prováveis para uma mudança ou evento, utilizando os níveis de confiança estabelecidos pelo IPCC. A técnica incorporada na publicação não exige o uso de modelos computacionais e pode ser aplicada em qualquer região que possua um registro de observações suficientemente extenso.

O glaciologista brasileiro Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reforça a importância da conclusão dos cientistas: “Os comportamentos das geleiras é demonstrativo de tendências nas escalas temporais de décadas e a retração observada ao longo do século 20 é uma resposta às tendências climáticas do século passado, não uma recuperação dinâmica de quaisquer condições antecedentes”, explica.

“Materiais midiáticos e educacionais utilizam muito a figura das geleiras, e nosso trabalho ajuda a fundamentar essa conexão. As observações que nos ajudam a compreender mudanças climáticas causadas pelo homem estão além de questionamentos”, pontua Roe, sinalizando também para a utilização da nova metodologia e suas implicações na formulação e continuidade de políticas públicas. “Qualquer político possui a responsabilidade moral de buscar compreender atentamente as informações de milhares de especialistas. Esse conhecimento não deve ser negado ou minimizado”, conclui.

Observatório do Clima

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

#GavinSchmidt: Chaos and Climate

Palestra sobre Caos e Clima por:



A talk on chaos and climate by me at the in late 2015.

 https://twitter.com/ClimateOfGavin/status/808384424861528064

or YouTube:  https://www.youtube.com/watch?v=5fYbr_dY01Q

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Projeto Recicla Seridó será lançado nesta quarta-feira, em Caicó

A Cáritas Diocesana de Caicó lança nesta quarta-feira (07) o projeto Recicla Seridó que tem como finalidade criar uma rede de articulação de catadores de materiais recicláveis da região. O evento será realizado no auditório do Centro Pastoral Dom Wagner, a partir das 10 horas.

O Recicla Seridó visa o fortalecimento dos empreendimentos econômicos solidários existentes, possibilitando o aumento da geração de renda e melhoria da qualidade de vida. Além de Caicó, o projeto contemplará as organizações de catadores de Parelhas, Santana do Matos, Currais Novos e Acari, entre fevereiro e setembro de 2017.

Dentre os objetivos do Recicla Seridó, destacam-se: a qualificação dos catadores de materiais recicláveis sobre temas como associativismo, cooperativismo, autogestão, liderança, entre outros; a sensibilização da sociedade através de campanha educativa integrada sobre coleta de materiais recicláveis, buscando parcerias com os setores público e privado; bem com sua expansão através de monitoramento e avaliação sistemática das organizações de catadores.


Fonte:  Blog RP

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

PRODES estima 7.989 km2 de desmatamento por corte raso na Amazônia em 2016

A estimativa da taxa de desmatamento na Amazônia do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi finalizada e aponta a taxa de 7.989 km2 de corte raso no período de agosto de 2015 a julho de 2016.

A taxa de desmatamento estimada pelo PRODES 2016 indica um aumento de 29% em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2. No entanto, a taxa atual representa uma redução de 71% em relação à registrada em 2004, ano em que foi iniciado pelo Governo Federal o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Com o PRODES, o INPE realiza o monitoramento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados são imprescindíveis para toda a sociedade e embasam ações bem-sucedidas como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras iniciativas.

Leia mais aqui.