segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

País avalia vulnerabilidade ao clima.

MMA e Fiocruz desenvolvem sistema que medirá os riscos a que estão expostos os moradores de diversas localidades do Brasil
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avaliaram, nesta quinta-feira (25/02), um novo sistema de aplicação do Índice Municipal de Vulnerabilidade Humana à Mudança do Clima. A ferramenta está em fase de construção por meio de projeto financiado pelo Fundo Clima. Ao todo, R$ 2,8 milhões serão investidos. O objetivo é criar indicadores dos riscos gerados pelo aquecimento global para a população brasileira.
O sistema será usado, de forma inicial, em seis estados. Já foram apresentados os resultados da aplicação dos índices de vulnerabilidade no Espírito Santo e em Pernambuco. Os outros quatros estados são Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão. De acordo com o diretor-substituto de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Pedro Christ, a estratégia deve ser expandir o uso do sistema futuramente.
Mapas
A partir da inserção de dados, serão gerados mapas temáticos que permitirão o cálculo de índices como o de vulnerabilidade sociodemográfica, além de mostrar as sensibilidades e os riscos de exposição futura. “A construção desse sistema é uma oportunidade de levar a discussão para os estados e trazer elementos práticos para que sejam desenvolvidas ações em adaptação à mudança do clima”, explicou Pedro Christ.
Ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, são uma forma de resposta para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais oportunidades. A elaboração de uma estratégia de adaptação envolve, entre outras coisas, a identificação da exposição a esses impactos com base em projeções e cenários climáticos.

Ascom/MMA

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Centro meteorológico da Índia adota aplicativo do CPTEC/Inpe

A ferramenta Fortracc serve para previsão meteorológica a curto prazo e monitoramento da evolução de sistemas convectivos

O Fortracc, aplicativo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para previsão a curto prazo e monitoramento da evolução de sistemas convectivos, está sendo utilizado pelo Centro Meteorológico da Índia.
O aplicativo Fortracc (Forecast and Tracking of Active Cloud Clusters) permite obter a evolução temporal e a trajetória dos sistemas convectivos de mesoescala, os quais em geral estão associados com precipitações intensas e rajadas de vento.
Desenvolvido na Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe pelo pesquisador Daniel Vila, o Fortracc foi adaptado e está sendo utilizado operacionalmente na Unidade de Aplicação de Satélites do Serviço de Meteorologia da Índia.
Nesta nova aplicação para monitorar tempestades no Oceano Índico por meio de imagens do satélite geoestacionário indiano INSAT, são disponibilizadas previsões da posição e intensidade de sistemas convectivos (MCS) até 3 horas considerando um limiar de -38C e uma área mínima de 2400 km2 para a detecção e seguimento desses sistemas.
Qualquer usuário pode ter acesso em tempo real aos produtos gerados pelo Fortracc (evolução temporal e a trajetória dos sistemas convectivos) na página: http://sigma.cptec.inpe.br/fortracc/

Inpe via JC Online

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

How Forest Loss Is Leading To a Rise in Human Disease

A growing body of scientific evidence shows that the felling of tropical forests creates optimal conditions for the spread of mosquito-borne scourges, including malaria and dengue. Primates and other animals are also spreading disease from cleared forests to people.

In Borneo, an island shared by Indonesia and Malaysia, some of the world’s oldest tropical forests are being cut down and replaced with palm oil plantations at a breakneck pace. Wiping forests high in biodiversity off the land for monoculture plantations causes numerous environmental problems, from the destruction of wildlife habitat to the rapid release of stored carbon, which contributes to global warming.

But deforestation is having another worrisome effect: an increase in the spread of life-threatening diseases such as malaria and dengue fever. For a host of ecological reasons, the loss of forest can act as an incubator for insect-borne and other infectious diseases that afflict humans. The most recent example came to light this month in the Journal of Emerging Infectious Diseases, with researchers documenting a steep rise in human malaria cases in a region of Malaysian Borneo undergoing rapid deforestation.

Read the full article by Jim Robbins in this link.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ONU: Desastres associados ao clima foram os mais devastadores em 2015.

Em 2015, 92% dos 98,6 milhões de pessoas afetadas por 346 desastres enfrentaram fenômenos naturais como secas, enchentes e tempestades, associados ao clima. No ano passado, o mais quente já registrado, ondas de calor mataram 7.346 pessoas, quase um terço do total de indivíduos mortos em catástrofes. Governos e organizações têm buscado conter riscos e combater mudanças climáticas. Propostas de agência da ONU que limitam emissões de carbono da indústria de aviação civil foram elogiadas por Ban Ki-moon.

Enchentes agudas afetaram regiões do Paquistão, em 2015. O país também foi um dos mais afetados pelas ondas de calor registradas no ano passado. Temperaturas extremas mataram mais de 1,2 mil paquistaneses em 2015. Foto: PMA / Amjad Jamal

O Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR) destacou que os desastres relacionados ao clima foram os que mais afetaram a população mundial em 2015, o ano mais quente já registrado.
Dos 98,6 milhões de pessoas atingidas pelas 346 catástrofes verificadas, 92% enfrentaram fenômenos naturais como secas, enchentes e tempestades, diretamente associadas às condições climáticas.
Segundo informações compiladas pela agência da ONU, os desastres de 2015 mataram 22.773 pessoas. Entre as vítimas estão 7.346 indivíduos, mortos por ondas de calor que afetaram cerca de 1,2 milhão de cidadãos na França, na Índia e no Paquistão.
No ano passado, os desastres de maior impacto, levando-se em conta a quantidade de pessoas afetadas, mas não necessariamente mortas, foram as secas, cujo número chegou a 32. Essas graves estiagens atingiram 50,5 milhões de indivíduos.
As 152 enchentes verificadas no ano passado foram o segundo tipo de catástrofe mais devastador, provocando a morte de 3.310 indivíduos e afetando outros 27,5 milhões. Esses números representam um aumento significativo comparado à média para os últimos dez anos, ao longo dos quais 85,1 milhões de pessoas foram afetadas e 5.938 pessoas foram mortas por cheias e alagamentos.
Além desses desastres, 90 tempestades, atingiram a Ásia e o Pacífico. Entre esses fenômenos, 48 tiveram a intensidade de ciclones. As precipitações e ventanias violentas são atribuíveis à elevação do nível e das temperaturas dos mares, segundo o UNISDR.
Em escala global, as tempestades mataram 996 pessoas e afetaram 10,6 milhões apenas em 2015. Na última década, foram registradas 17.778 mortes associadas a esse fenômeno climático, afetando 34,9 milhões de pessoas.
“A principal mensagem dessa análise de tendências é de que a redução dos gases do efeito estufa e a adaptação à mudança climática são vitais para países que buscam reduzir o risco de desastre agora e no futuro”, disse o chefe do UNISDR, Robert Glasser.
A diretora Centro para a Pesquisa sobre a Epidemiologia de Desastres (CRED), Debarati Guha-Sapir, alertou para o perigo das ondas de calor, responsáveis por quase um terço das mortes provocadas por desastres em 2015. “A mortalidade advinda de temperaturas extremas é muito subestimada e precisa de uma melhor avaliação de seu impacto”, afirmou.

Governos têm se empenhado para conter riscos e combater mudanças climáticas

Em meio ao cenário analisado pelo UNISDR, novas iniciativas trazem esperança para o combate às mudanças climáticas.
No último dia 9 de fevereiro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou as regras sugeridas pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que propôs pela primeira vez limites obrigatórios para as emissões de carbono oriundas da indústria de aeronaves. Nos próximos 15 anos, o número de voos mundiais deve dobrar, o que representará um aumento significativo da quantidade de gases danosos ao meio ambiente liberados na atmosfera.
As medidas estipuladas pela agência determinam o aprimoramento da eficiência dos aviões e o estabelecimento de novos padrões para a construção dos veículos. As regras passarão a ser obrigatórias a partir de 2028, caso sejam adotadas pelo Conselho da ICAO.
A Organização acredita que é possível reduzir as emissões de carbono investindo em inovações tecnológicas, como alterações na estrutura, na propulsão ou na aerodinâmica das aeronaves.
A agência da ONU está particularmente preocupada com os aviões que pesam mais de 60 toneladas, responsáveis por mais de 90% das emissões globais da aviação.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Record ozone hole may open over Arctic in the spring

By Eric Hand
Science  12 Feb 2016:
Vol. 351, Issue 6274, pp. 650
DOI: 10.1126/science.351.6274.650 

Summary
Antarctica isn't the only place with an ozone hole. Lingering atmospheric pollutants and frigid air have carved an unusually deep hole in Earth's protective ozone layer over the Arctic, and it threatens to get deeper this spring. Atmospheric scientists are analyzing data from weather balloons and satellites for clues to how the ozone will fare when sunlight—a third factor in ozone loss—returns to the Arctic. But they are already worrying about how extra ultraviolet light might affect humans and ecosystems below and wondering whether climate change will make such Arctic holes more common or severe. By next week, 25% of the Arctic ozone will be destroyed, scientists warn. But if the winds of the polar vortex persist in keeping the stratosphere cold for another month, ozone losses will become severe.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Previsão de tempo no Brasil pode melhorar nos próximos meses

Elton Alisson  |  Agência FAPESP – As previsões de eventos extremos de tempo e clima no Brasil, como chuvas intensas e períodos de seca causados pelo El Ninõ – o aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial –, podem se tornar mais assertivas nos próximos meses.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a realizar este ano previsões de tempo em escala mundial (de um a sete dias) com um novo modelo atmosférico de circulação global.
Denominado BAM (Brazilian Global Atmospheric Model), o modelo foi desenvolvido totalmente no país ao longo dos últimos quatro anos por pesquisadores da Divisão de Modelagem e Desenvolvimento (DMD) do CPTEC-Inpe.
O BAM será a componente atmosférica do Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM, na sigla em inglês), desenvolvido para projeções de mudanças climáticas, com apoio da FAPESP (leia mais).
O modelo deverá ser acoplado ao BESM este ano para ser usado não somente em projeções de mudanças climáticas, mas também para a previsão de clima sazonal (até três meses).
“Adquirimos muita experiência no desenvolvimento da dinâmica e de processos físicos em modelos atmosféricos globais e, como o modelo atmosférico anterior ao BAM usado pelo CPTEC que estava em operação desde 2010 não era mais adequado para resoluções espaciais menores ou iguais a 20 quilômetros, decidimos desenvolver um novo modelo mais adaptado para essas resoluções e às condições climáticas da América do Sul”, disse Silvio Nilo Figueroa, chefe da DMD do CPTEC-Inpe e integrante do projeto, à Agência FAPESP.
De acordo com Figueroa, uma das limitações dos modelos globais americanos, europeus e de outros centros mundiais de meteorologia é não representar muito bem duas forçantes (mudanças impostas no balanço de energia planetária que, tipicamente, causam alterações na temperatura global) que têm forte influência no tempo e clima da América do Sul: a forçante topográfica, associada aos Andes, e a forçante térmica, devido à liberação de calor latente das nuvens na Amazônia.
“A maioria dos modelos numéricos atmosféricos globais falha na representação da cordilheira dos Andes devido ao fato de que elas é muito estreita e sua altura varia abruptamente em poucos quilômetros de distância”, afirmou.
Esse problema matemático tem um impacto muito grande no transporte da umidade da Amazônia para o Sul e o Sudeste do país e, consequentemente, na previsão de tempo e de clima sazonal especialmente para estas duas regiões, explicou o pesquisador.
“Ao melhorar nosso modelo climático atmosférico global para representar melhor as regiões montanhosas da América do Sul e a formação das nuvens na Amazônia será possível melhorar as previsões de tempo e de clima sazonal no Brasil. Esse será nosso grande diferencial com relação a outros modelos globais e uma contribuição brasileira à comunidade cientifica internacional”, estimou Figueroa.
Segundo o pesquisador, com o BAM também será possível melhorar a representação de chuva na Amazônia.
Por meio de projetos que estão sendo realizados na Amazônia, como o Projeto Chuva e a campanha científica Green Ocean Amazon GOAmazon – ambos com apoio da FAPESP –, será possível ajustar o BAM para melhorar a representação da formação de nuvens na Amazônia, apontou.
“Com a melhoria da representação tanto da Amazônia como dos Andes no modelo será possível fazer previsões de tempo e de clima com melhor confiabilidade e qualidade para a região Sudeste”, avaliou.
Melhor resolução
Outro avanço apresentado pelo BAM, segundo Figueroa, será no aumento da resolução espacial com a qual as previsões de tempo e clima feitas pelo CPTEC passarão a ser processadas.
O modelo atmosférico de circulação global usado até então pela instituição – o AGCM3 – processava as previsões com resolução espacial de 45 quilômetros (km) e 64 camadas na vertical.
Já o BAM processa as previsões com resolução espacial de 20 km e 96 camadas na vertical.
O aumento da resolução espacial do modelo possibilita representar melhor a topografia, a dinâmica (equações do movimento da atmosfera) e a física (radiação, camada, limite, processos de superfície e microfísica) da América do Sul.
Além disso, realizará previsões de tempo com mais de dois dias de antecedência – algo que o modelo anterior não permitia, comparou Figueroa.
“O modelo antigo apresentava uma queda de desempenho a partir do segundo dia de previsão. Com o BAM conseguimos fazer previsões de tempo com mais dias de antecedência e maior nível de confiança”, afirmou.
O BAM ficou em modo experimental durante um ano e em fase pré-operacional nos últimos três meses.
Durante esse período, os pesquisadores fizeram uma avaliação de desempenho do modelo para previsão de chuva sobre a região Sudeste.
Os resultados da avaliação indicaram que as previsões feitas com o modelo apresentaram níveis de qualidade similares às geradas pelo modelo Global Forecast System (GFS), do National Center for Environmental Prediction (NCEP), dos Estados Unidos – considerado um dos melhores modelos em operação no mundo.
“O BAM conseguiu prever com vários dias de antecedência as fortes chuvas que ocorreram na região no mês passado causadas pela Zona de Convergência do Atlântico Sul [banda de nebulosidade que se estende desde o sul da região Amazônica até a região central do Atlântico Sul]”, disse Figueroa.
De acordo com o pesquisador, as previsões feitas pelo BAM abrangem grandes áreas do globo, da ordem de 20 quilômetros. Por isso, podem não capturar indícios de mudanças do tempo para uma região menor, da ordem de poucos quilômetros, como um município da região metropolitana de São Paulo.
Para realizar previsões de tempo para essas áreas menores os modelos mais indicados são os regionais, com resolução espacial entre 1 e 10 km, como o ETA e o BRAMS usados pelo CPTEC.
Os modelos globais como o BAM, contudo, servem aos modelos regionais como condições de contorno (informam as condições atmosféricas na divisa das regiões abrangidas pelos modelos regionais). Dessa forma, a qualidade das previsões dos modelos regionais depende também em parte da qualidade das condições atmosféricas previstas pelo modelo global, ponderou o pesquisador.
“São os modelos atmosféricos globais que fornecem a temperatura, o vento e outras variáveis nas bordas dos modelos regionais em intervalos de três a seis horas para que os modelos regionais consigam fazer previsões para um dia o mais dentro de suas respectivas áreas de domínio”, afirmou.
O BAM, por exemplo, fornecerá condições de contorno para os modelos regionais de um quilômetro que serão usados como forçante para previsões de ondas e correntes para a Baía de Guanabara durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, disse Figueroa.
Capacidade de computação
Segundo o pesquisador, o BAM está pronto para rodar com uma melhor resolução espacial, de 10 quilômetros. Uma das limitações para rodar o modelo com essa resolução, contudo, é a falta de capacidade computacional.
A capacidade computacional do supercomputador Tupã, adquirido no final de 2010 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a FAPESP e instalado no CPTEC, já está no limite, de acordo com Figueroa (leia mais).
Um teste realizado pelos pesquisadores do CPTEC para avaliar o desempenho do atual supercomputador para processar o modelo BAM, adaptado a uma resolução espacial de 10 quilômetros, demonstrou que mesmo utilizando toda a capacidade de processamento do supercomputador Tupã, fazendo uso de seus 30 mil processadores ao longo de duas horas, foi possível gerar previsões para apenas 24 horas.
Com um computador novo 28 vezes mais potente, por exemplo, demoraria aproximadamente uma hora para fazer previsões até com sete dias de antecedência, comparam os pesquisadores.
Dessa forma, o atual supercomputador é incapaz de gerar previsões operacionais para até sete dias, sendo limitado também para realizar previsões de clima sazonal com alta resolução espacial, apontou Figueroa.
“O máximo que conseguimos com o Tupã hoje é rodar o BAM com resolução espacial de 20 quilômetros. Mas se tivéssemos maior capacidade computacional conseguiríamos rodar o modelo com resolução espacial de 10 quilômetros”, disse.
Já o BESM – do qual o BAM será uma das componentes principais, a atmosférica – está rodando hoje com resolução espacial de 180 quilômetros, aproximadamente.
O ideal, de acordo com o pesquisador, é que o modelo do sistema terrestre para mudanças climáticas e previsão sazonal rode com 100 quilômetros ou menos de resolução espacial.
“Quanto melhor a resolução espacial do modelo, melhor também é a capacidade de representar a topografia, como vales e montanhas, e o contraste entre mar e continente. Com resolução espacial de 180 estes contrastes não são bem definidos, e a praia pode parecer terra”, exemplificou Figueroa.
Segundo o pesquisador, hoje instituições como o NCEP, dos Estados Unidos, por exemplo, tem capacidade para rodar seu modelo global atmosférico de tempo a uma resolução espacial de 13 quilômetros, usando supercomputadores entre 30 e 50 vezes mais velozes que o Tupã – na ordem de PetaFlops ou 1015 operações de ponto flutuante por segundo.
“A tendência é que nos próximos cinco a sete anos os modelos globais estejam rodando com 1 a 2 quilômetros de resolução espacial. Aí não será mais necessário usar modelos regionais, porque a topografia de uma região, como o Vale do Paraíba, estará muito bem representada nos modelos globais”, estimou Figueroa.
A ideia é que o BAM represente o início do desenvolvimento da futura geração do modelo global atmosférico do CPTEC-Inpe, em que o mesmo modelo será usado para a previsão de tempo global, com resolução menor de 5 km, e para clima sazonal e mudanças climáticas, com resoluções da ordem de 10 a 25 km, afirmou o pesquisador.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

It's cold! Is global warming over?

The winter of 2010 was very cold in many parts of the U.S. And no doubt, more harsh winters are in the future.

That's weather for you.

So, what’s up with that? Is global warming slowing down? Or going backwards?

We wish that were true! But no. Many conditions affect weather. It so happens that during winter 2010, one of those conditions was a bit unusual.

The condition is the “Arctic Oscillation.”



Two drawings of Earth, one on left showing arrows around Arctic area and regions of coldest weather and storms.
The positive phase (left) has higher air pressure in the mid-latitudes than in the Arctic, making for a milder winter for the U.S. The negative phase (right) has higher air pressure over the Arctic, pushing very cold, wet air into the U.S.

Here’s what that means. Air moves from one place to another around the world because of air pressure. In some places, the air is thicker, or more dense, than in other places. We say the air pressure is higher. Air moves from areas of higher pressure to areas of lower pressure. That is wind!

The Arctic Oscillation is the movement of air back and forth between the North Pole area and the areas farther south—like down to the middle of the U.S. Sometimes the air pressure is higher in the south so the warmer air pushes north, and keeps the really cold Arctic air in the Arctic. This is called the “positive phase” of the Arctic Oscillation. Other times the air pressure is higher in the Arctic so the cold air moves south. This is called the “negative phase.” The Arctic Oscillation is a little more complicated, but this is basically how it works.

Drawing. Two circles, one on left represents are of high pressure, with arrow moving right to circle representing low pressure area.
Air in the atmosphere moves from regions of higher pressure to regions of lower pressure. This air movement is called wind.


In 2010, the Arctic Oscillation was in an extreme negative phase. That means high-pressure air over the Arctic was pushing the cold, wet air south and giving most of the U.S., Europe, and Asia a really cold, wet, and snowy winter. Yes, the far away Arctic affects our local weather.
Scientists say severe winter weather like we had in 2010 is still to be expected from time to time. That kind of weather happens even while man-made greenhouse gases build up in the atmosphere creating a long-term warming trend for the planet. When we look into our future, we definitely see a warmer world.
But don’t lose the long underwear. Frigid weather will still sometimes test our toughness. The trip to a warmer world (climate change) will have plenty of extreme hot and cold weather.

Source: NASA'S Climate Kids



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

WHO: What is #Zika?

WHO ‏@WHO

Q: What is #Zika?
A: http://goo.gl/3eVnul
#ZikaVirus

Zika virus disease: Questions and answers

Online Q&A
20 January 2016

Where does Zika virus occur?

Zika virus occurs in tropical areas with large mosquito populations, and is known to circulate in Africa, the Americas, Southern Asia and Western Pacific.

Zika virus was discovered in 1947, but for many years only sporadic human cases were detected in Africa and Southern Asia. In 2007, the first documented outbreak of Zika virus disease occurred in the Pacific. Since 2013, cases and outbreaks of the disease have been reported from the Western Pacific, the Americas and Africa. Given the expansion of environments where mosquitoes can live and breed, facilitated by urbanisation and globalisation, there is potential for major urban epidemics of Zika virus disease to occur globally.

How do people catch Zika virus?

People catch Zika virus by being bitten by an infected Aedes mosquito – the same type of mosquito that spreads dengue, chikungunya and yellow fever.

How does Aedes mosquito reproduce?

Only female mosquitoes bite; they are intermittent feeders and prefer to bite more than one person. Once the female mosquito is fully fed, it needs to rest 3 days before it lays eggs. The eggs can survive up to 1 year without water. Once water is available, and small quantities of standing water are sufficient, the eggs develop into larvae and then adult mosquitoes. Mosquitoes get infected from people with the virus.

Where can the Aedes mosquito survive?

There are 2 types of Aedes mosquito capable of transmitting the Zika virus. In most cases, Zika spreads through the Aedes aegypti mosquito in tropical and subtropical regions. The Aedes aegypti mosquito does not survive in cooler climate temperatures. The Aedes albopictus mosquito can also transmit the virus. This mosquito can hibernate and survive cooler temperature regions.

Can the Aedes mosquito travel from country to country and region to region?

The Aedes mosquito is a weak flyer; it cannot fly more than 400 meters. But it may inadvertently be transported by humans from one place to another (e.g. in the back of the car, plants). If it can survive the temperature climate of the destination, it may theoretically be capable of reproducing itself there and introduce Zika virus to new areas.

What are the symptoms of Zika virus disease?

Zika virus usually causes mild illness; with symptoms appearing a few days after a person is bitten by an infected mosquito. Most people with Zika virus disease will get a slight fever and rash. Others may also get conjunctivitis, muscle and joint pain, and feel tired. The symptoms usually finish in 2 to 7 days.

What might be the potential complications of Zika virus?

Because no large outbreaks of Zika virus were recorded before 2007, little is currently known about the complications of the disease.

During the first outbreak of Zika from 2013 - 2014 in French Polynesia, which also coincided with an ongoing outbreak of dengue, national health authorities reported an unusual increase in Guillain-Barré syndrome. Retrospective investigations into this effect are ongoing, including the potential role of Zika virus and other possible factors. A similar observation of increased Guillain-Barré syndrome was also made in 2015 in the context of the first Zika virus outbreak in Brazil.

In 2015, local health authorities in Brazil also observed an increase in babies born with microcephaly at the same time of an outbreak of Zika virus. Health authorities and agencies are now investigating the potential connection between microcephaly and Zika virus, in addition to other possible causes. However more investigation and research is needed before we will be able to better understand any possible link.

Guillain-Barré syndrome is a condition in which the body’s immune system attacks part of the nervous system. It can be caused by a number of viruses and can affect people of any age. Exactly what triggers the syndrome is not known. The main symptoms include muscular weakness and tingling in the arms and legs. Severe complications can occur if the respiratory muscles are affected, requiring hospitalisation. Most people affected by Guillain-Barré syndrome will recover, although some may continue to experience effects such as weakness.

Should pregnant women be concerned about Zika?

Health authorities are currently investigating a potential link between Zika virus in pregnant women and microcephaly in their babies. Until more is known, women who are pregnant or planning to become pregnant should take extra care to protect themselves from mosquito bites.

If you are pregnant and suspect that you may have Zika virus disease, consult your doctor for close monitoring during your pregnancy.

What is microcephaly?

Microcephaly is a rare condition where a baby has an abnormally small head. This is due to abnormal brain development of the baby in the womb or during infancy. Babies and children with microcephaly often have challenges with their brain development as they grow older.

Microcephaly can be caused by a variety of environmental and genetic factors such as Downs syndrome; exposure to drugs, alcohol or other toxins in the womb; and rubella infection during pregnancy.

How is Zika virus disease treated?

The symptoms of Zika virus disease can be treated with common pain and fever medicines, rest and plenty of water. If symptoms worsen, people should seek medical advice. There is currently no cure or vaccine for the disease itself.

How is Zika virus disease diagnosed?

For most people diagnosed with Zika virus disease, diagnosis is based on their symptoms and recent history (e.g. mosquito bites, or travel to an area where Zika virus is known to be present). A laboratory can confirm the diagnosis by blood tests.

What can I do to protect myself?

The best protection from Zika virus is preventing mosquito bites. Preventing mosquito bites will protect people from Zika virus, as well as other diseases that are transmitted by mosquitoes such as dengue, chikungunya and yellow fever.

This can be done by using insect repellent; wearing clothes (preferably light-coloured) that cover as much of the body as possible; using physical barriers such as screens, closed doors and windows; and sleeping under mosquito nets. It is also important to empty, clean or cover containers that can hold even small amounts of water such as buckets, flower pots or tyres, so that places where mosquitoes can breed are removed.

Should I avoid travelling to areas where Zika virus is occurring?

Travellers should stay informed about Zika virus and other mosquito-borne diseases and consult their local health or travel authorities if they are concerned.

To protect against Zika virus and other mosquito-borne diseases, everyone should avoid being bitten by mosquitoes by taking the measures described above. Women who are pregnant or planning to become pregnant should follow this advice, and may also consult their local health authorities if travelling to an area with an ongoing Zika virus outbreak.

Based on available evidence, WHO is not recommending any travel or trade restrictions related to Zika virus disease. As a precautionary measure, some national governments have made public health and travel recommendations to their own populations, based on their assessments of the available evidence and local risk factors.

Can El Niňo have an effect on Zika?

The Aedes aegypti mosquito breeds in standing water. Severe drought, flooding, heavy rains and temperature rises are all known effects of El Niño—a warming of the central to eastern tropical Pacific Ocean. An increase in mosquitos can be expected due to expanding and favourable breeding sites. Steps can be taken to prevent and reduce the health effects of El Niño, in particular by reducing the mosquito populations that spread Zika virus. WHO and partners are working together to provide support to ministries of health to:

increase preparedness and response to El Niño;
strengthen any action that helps control mosquito populations such as source reduction measures targeting main mosquito breeding spots, distribution of larvicide (insecticide that is specifically targeted against the larval life stage of the Aedes mosquito) to treat standing water sites that cannot be treated in other ways (cleaning, emptying, covering), etc.;
strengthen vector surveillance (e.g. how many breeding sites in an area, percentage of sites reduced) and
monitor the impact of actions to control the mosquito populations.

Individual households can also help reduce mosquito populations. Containers that can hold even small amounts of clear water such as buckets, flower pots or used tyres should be emptied, cleaned or covered so that mosquitoes cannot use them to breed (including during severe drought).

What gaps do we have in our understanding of Zika virus?

Key issues to be addressed in our understanding of Zika virus disease include:

Epidemiological characteristics of the virus, e.g. its incubation period, the role mosquitoes play in transmitting the virus and its geographical spread.
Potential medical countermeasures (including treatments and vaccines) that can be developed.
How Zika virus interacts with other arboviruses (viruses that are transmitted by mosquitoes, ticks and other arthropods) such as dengue.
Development of more specific laboratory diagnostic tests for Zika virus that can reduce misdiagnosis that may occur due to the presence of dengue or other viruses in a test sample.

What is WHO doing?

WHO is working with countries to:

Define and prioritize research into Zika virus disease by convening experts and partners.
Enhance surveillance of Zika virus and potential complications.
Strengthen capacity in risk communication to help countries meet their commitments under the International Health Regulations.
Provide training on clinical management, diagnosis and vector control including through a number of WHO Collaborating Centres.
Strengthen the capacity of laboratories to detect the virus.
Support health authorities to implement vector control strategies aimed at reducing Aedes mosquito populations such as providing larvicide to treat standing water sites that cannot be treated in other ways, such as cleaning, emptying, and covering them.
Prepare recommendations for clinical care and follow-up of people with Zika virus, in collaboration with experts and other health agencies.