quinta-feira, 28 de abril de 2011

Concurso em Ciências Climáticas na UFRN

Nesta semana, no período de 25 a 27 de abril, foi realizado mais um concurso para Professor Adjunto junto à Escola de Ciência e Tecnlogia, na UFRN, nas áreas de Processos Físicos e Químicos na Atmosfera. A banca foi composta por: 

1. Prof. Dr. Francisco Alexandre da Costa (Presidente) - Departamento de Física da UFRN.
2. Dra. Neusa Maria Paes Lema - Pesquisadora Titular do INPE/CRN.
3. Profa. Dra. Adalgiza Fornaro - Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG-USP.

Neste concurso foi aprovada a candidata Judith Johanna Hoelzemann, especialista em Química da Atmosfera, e que atualmente é pesquisadora do Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces (GMAI) do CPTEC/INPE.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alagoas e Pernambuco ganham sistema de alerta de enchentes

Dez meses após tragédia, Alagoas e Pernambuco ganham sistema de monitoramento e alerta de enchentesCarlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

A partir desta quarta-feira (20), os leitos dos rios Mundaú e Paraíba, que cortam Alagoas e Pernambuco, passam a ser monitorados 24 horas por dia. Pioneiro no país, o sistema de alerta tenta evitar tragédias causadas por enchentes, como a ocorrida em junho de 2010, que deixou 47 mortos e mais de 150 mil desabrigados e desalojados nos dois Estados.
Segundo a ANA (Agência Nacional das Águas), a sala onde vai funcionar o monitoramento –na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos– é o primeiro sistema de alerta do país interligado diretamente com a agência, com fornecimento de dados em tempo real do nível dos rios e da previsão meteorológica da região dos seus leitos.
O novo sistema custou R$ 2,5 milhões e pode fornecer imagens via satélite para previsão do tempo a cada 15 minutos, além de informar sobre a situação dos dois rios de hora em hora. Entre os equipamentos, a sala possui dois imensos monitores que informam a situação do nível dos rios e imagens de satélite e uma impressora especial para gerar mapas climatológicos em grandes tamanhos.

+ aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cana-de-açúcar resfria o clima

Agência FAPESP – Boa notícia para o etanol. Uma pesquisa feita por cientistas do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, concluiu que a cana-de-açúcar ajuda a esfriar o clima.
O estudo, publicado neste domingo na segunda edição da revista Nature Climate Change, nova publicação do grupo editorial britânico, aponta que o esfriamento do clima local se deve à queda da temperatura no ar em torno das plantas à medida que essas liberam água e à reflexão da luz solar de volta ao espaço.
O trabalho, liderado por Scott Loarie, procurou quantificar os efeitos diretos no clima da expansão da cana-de-açúcar em áreas de outras culturas ou de pecuária no Cerrado brasileiro.
Foram utilizadas centenas de imagens feitas por satélites que cobriram uma área de quase 2 milhões de metros quadrados. Os cientistas mediram temperatura, refletividade e evapotranspiração, a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.
“Verificamos que a mudança da vegetação natural para plantações e pastos resulta no aquecimento local porque as novas culturas liberam menos água. Mas a cana-de-açúcar é mais refletiva e também libera mais água, de forma parecida com a da vegetação natural”, disse Loarie.
“Trata-se de um benefício duplo para o clima: usar cana-de-açúcar para mover veículos reduz as emissões de carbono, enquanto o cultivo da planta faz cair a temperatura local”, destacou.
Os cientistas calcularam que a conversão da vegetação natural do Cerrado para a implantação de culturas agrícolas ou de pecuária resultou em aquecimento médio de 1,55º C. A troca subsequente para a cana-de-açúcar levou a uma queda na temperatura do ar local de 0,93º C.
Os autores do estudo enfatizam que os efeitos benéficos são relacionados ao plantio de cana em áreas anteriormente ocupadas por outras culturas agrícolas ou por pastos, e não em áreas convertidas da vegetação natural.
O artigo Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil (doi:002010.1038/nclimate1067), de Scott Loarie e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Climate Change em www.nature.com/nclimate.

Fonte: FAPESP

sábado, 16 de abril de 2011

Química da Atmosfera e Poluição do Ar - Natal 2014.

Natal poderá sediar, em 2014, não somente jogos da Copa do Mundo, mas também um grande evento científico. Trata-se do maior encontro mundial na área de Química da Atmosfera e da Poluição do Ar. Nesta semana recebemos um grupo de 4 pesquisadores brasileiros, de diferentes instituições nacionais - Universidade do Estado do Amazonas, PUC-RJ, INPE e USP. Durante o período de 13 a 15 de abril, este grupo esteve reunido com representantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC), com a Diretora Presidente da FAPERN, Profa. Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Souza, e representantes da prefeitura de Natal. Além disto, foram recebidos em audiência especial pela futura Reitora da UFRN, Profa. Dra. Ângela Cruz, pela Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFRN, Profa. Dra. Edna Maria da Silva e pelo Diretor de Pós-Graduação, Prof. Dr. Rubens Maribondo. A diretoria da FAPERN afirmou que apoiará o evento no que for possível, e compromisso similar foi assumido por representantes de outras instituições estaduais e municipais. A Profa. Ângela, atual Vice-Reitora e que assumirá um mandato de 4 anos à frente da UFRN, também assumiu compromisso de total apoio da UFRN ao evento, dentro das possibilidades dessa universidade. O grupo, juntamente com outros pesquisadores brasileiros, farão um documento detalhando as condições e facilidades que Natal apresenta para a realização de um evento deste porte, e encaminhará a candidatura de Natal para o comitê científico das instituições que deverão organizar o evento. O PPGCC já está fazendo parte, com 3 representantes entre os membros do comitê nacional.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

1º Workshop em Ciências Ambientais


De 23/5/2011 a 27/5/2011
Faltam 38 dias para o início do evento. Duração: 5 dias
Agência FAPESP – O 1º Workshop em Ciências Ambientais será realizado entre os dias 23 e 27 de maio, em Sorocaba (SP). O evento será realizado em conjunto com a 7ª Semana do Meio Ambiente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Sorocaba.
O evento tratará dos temas “Efluentes industriais”, “Resíduos sólidos”, “Recursos hídricos”, “Gestão ambiental”, “Poluição atmosférica”, “Recursos energéticos”, “Solos”, “Educação ambiental”, “Sensoriamento remoto e SIG” e “Legislação e direito ambiental”.
Serão apresentados trabalhos de divulgação de pesquisas científicas, de desenvolvimento industrial e de extensão universitária relacionados aos temas do evento. Os trabalhos científicos serão aceitos até o dia 30 de abril. Os melhores trabalhos selecionados serão publicados na revista Holos Environment.
A Semana do Meio Ambiente da Unesp Sorocaba tem o objetivo de reunir profissionais ligados à área ambiental para a discussão dos novos desafios na busca de meios produtivos sustentáveis e apresentação de possíveis soluções tecnológicas.
O evento conta sempre com atividades diferenciadas, palestras, mesas-redondas, minicursos, visitas técnicas e oficinas que envolvem o tema proposto: a área ambiental em seus variados aspectos, seus trabalhos e experiências.
Mais informações: www.smasorocaba.com.br 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sistema de Alerta está em andamento, afirma secretário Carlos Nobre

“A implementação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta a Desastres Naturais está em andamento”. A afirmação foi feita pelo do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Nobre, durante uma audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12).

De acordo com o secretário, a partir de novembro o Sistema deve começar a emitir os primeiros alertas para os desastres naturais, como deslizamento e inundação. “O projeto começará pelos municípios que já têm um detalhamento geológico das áreas de risco”, explicou.

Por enquanto, 23 municípios possuem esse estudo minucioso das características do solo dos lugares expostos a desastre naturais. Entre os municípios com detalhamento geológico das áreas de risco destaque para a cidade de Santos (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Blumenau (SC), Itajaí (SC), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG).

Em nove estados, um primeiro levantamento da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), apontou 75 municípios com pelo menos cinco áreas de risco. Além do levantamento das áreas de risco e o detalhamento geológico desses locais, os órgãos federais envolvidos no projeto estão integrando as informações hidrometeorológicas. “O Sistema envolve muitas informações que devem ser agregadas para o funcionamento perfeito. O Sistema de Alerta vai funcionar 24 horas durante todo o ano”, afirmou Carlos Nobre.

A necessidade do Sistema 
Durante a audiência pública na Câmara dos Deputados, Carlos Nobre destacou a importância de concluir a primeira fase de implementação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta a Desastres Naturais. “Desde 2008 o Brasil é um dos países que tem um dos maiores números de vítimas por causa das chuvas intensas”, alertou.

No início, o Sistema irá alertar apenas sobre inundações e deslizamento de encostas, o que corresponde a 69% dos desastres naturais que ocorrem no Brasil. 



Fonte: portal de notícias do MCT.



Inpe sedia reunião do IPCC

Agência FAPESP – Pela primeira vez, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) promove reuniões regionais com pesquisadores que devem contribuir para a elaboração do seu quinto relatório de avaliação (AR5).
Para discutir as questões relacionadas às Américas do Sul e Central com climatologistas da região, o IPCC realiza um encontro, que termina na quarta-feira (13/4), no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).
Participam autores do Grupo de Trabalho 2 (WGII) do AR5, responsável por analisar os impactos, adaptações e vulnerabilidade às mudanças climáticas, e também pesquisadores não filiados ao IPCC, com o objetivo principal de discutir aspectos do processo de avaliação.
“Em muitos países ainda não há a tradição de realizar avaliações. Em função disso, alguns cientistas e profissionais desses países não tinham certeza de como efetivamente contribuir para a elaboração de seus capítulos. As reuniões regionais servem como uma orientação para garantir que toda a experiência e conhecimento desses autores sejam efetivamente aproveitados no AR5”, disse José Marengo, climatologista do Inpe e membro do IPCC, que coordena a reunião.
Para Marengo, além de melhorar a qualidade das avaliações do IPCC, fóruns e reuniões regionais são importantes para reforçar os estudos voltados à adaptação e mitigação às mudanças climáticas e fomentar políticas e ações mais específicas para cada país ou região.
O acesso à reunião é restrito aos participantes que representam os seguintes países: Costa Rica, Argentina, Peru, Colômbia, Chile, Guatemala, Paraguai, México, Equador, Cuba, Bolívia, Nicarágua e Venezuela, além de Espanha, Estados Unidos e Brasil.
O IPCC é o painel da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregado de avaliar a informação científica sobre os efeitos das mudanças climáticas, destacar seus impactos ambientais e socioeconômicos e traçar estratégias de mitigação.
Para elaborar seu quinto relatório, que será divulgado entre 2013 a 2014, o IPCC destacou 831 especialistas do mundo todo, sendo 25 representantes do Brasil. Desses, seis são do Inpe.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seminário Internacional SMC/Brasil: apoio à gestão da costa brasileira

Tivemos a honra de receber o convite abaixo e estamos divulgando o evento.

"Prezado(a) Senhor(a),

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Secretaria do 
Patrimônio da União (SPU/MPOG), Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Rio 
Grande (FURG), convidam Vossa Senhoria para o “Seminário Internacional 
SMC/Brasil: apoio à gestão da costa brasileira”, a ser realizado em 
Brasília/DF, nos dias 10 e 11 de maio de 2011.

O Seminário Internacional SMC-Brasil tem como propósito fundamental 
divulgar o projeto estabelecido na cooperação técnica internacional 
entre o Brasil e a Espanha. Este projeto é baseado na transferência de 
metodologias e ferramentas numéricas de modelagem de terreno para o 
gerenciamento costeiro brasileiro, utilizando a ferramenta SMC – Sistema 
de Modelagem Costeira.

O Seminário tem como objetivo alcançar outras instituições acadêmicas 
brasileiras, além das que já estão no projeto, bem como instituições 
públicas responsáveis pela gestão da costa no Brasil, a título de se 
ampliar as parcerias brasileiras e de se construir um arranjo 
institucional para o fomento, manutenção e difusão.

(...)

Atenciosamente,

COORDENAÇÃO NACIONAL DO SMC-BRASIL
Gerência Costeira
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
Ministério do Meio Ambiente"

PD em mudanças climáticas com Bolsa da FAPESP

11/4/2011
Agência FAPESP – O Projeto Temático "Socio-Economic Impacts of Climate Change in Brazil: quantitative inputs for the design of public policies", apoiado pela FAPESP, tem uma vaga de Bolsa de Pós-Doutorado.

Conduzido no Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o Temático é coordenado pelo professor Ricardo Abramovay.

O candidato deve submeter um projeto que tenha relação com pelo menos uma das seguintes áreas de conhecimento:

a) Impactos socioeconômicos e regionais das mudanças climáticas no Brasil;
b) Transição para uma economia e para uma sociedade de baixo carbono;
c) Desenvolvimento rural e mudanças climáticas.

Não se exige formação especifica em economia, mas em ciências sociais e ambientais em geral.

Mais informações no endereço www.nesa.org.br, no link “Projeto Temático FAPESP” e, em seguida, “Projeto Temático sobre Mudanças Climáticas [FAPESP]”, e com o professor Abramovay (abramov@usp.br). Aplicações serão recebidas até o dia 29 de abril de 2011.

A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, no valor de R$ 5.028,90 mensais.

Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.oportunidades.fapesp.br.

Original publicado aqui.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

2º Simpósio de Conservação do Solo e Água


8/4/2011 - publicado aqui.

De 12/4/2011 a 14/4/2011
Faltam 4 dias para o início do evento. Duração: 3 dias
Agência FAPESP – Com o propósito de discutir os limites da ação humana e seus impactos no solo e na água, a Universidade Estadual Paulista realizará, entre 12 e 14 de abril, no campus de Ourinhos, o 2º Simpósio de Conservação do Solo e Água.
Sob o tema “Antropização versus resiliência”, o evento contará com mesas-redondas e conferências que abordarão a degradação do solo e recuperação de áreas degradadas, desastres naturais, drenagem, problemas ambientais urbanos e poluição da água, entre outros temas.
Os conteúdos práticos e suas aplicações para a conservação do solo e da água ficarão por conta dos minicursos.
Durante o simpósio haverá também uma atividade em campo na região de São Pedro do Turvo, no interior paulista. O objetivo desse trabalho, segundo a organização, é chamar a atenção para a necessidade de pesquisas e intervenções na reversão dos quadros de degradação ambiental.
O evento está voltado para alunos, professores e profissionais de geografia e áreas afins.
Mais informações e inscrições: www.ourinhos.unesp.br/simposiosolo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Avanço em estudos sobre clima

Agência FAPESP – Os investimentos em pesquisa sobre mudanças climáticas realizados no Brasil nos últimos anos possibilitaram que o país fosse um dos primeiros a estabelecer metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como as fixadas pelo Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Agora, a ciência brasileira precisa avançar mais para subsidiar as políticas públicas de adaptação da sociedade e dos setores econômicos às mudanças do clima.

A avaliação foi feita pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Nobre, durante a abertura da 4ª Conferência Regional sobre Mudanças Globais: “O plano brasileiro para o futuro sustentável”, que ocorre até 7 de abril no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP).

O evento é organizado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT), o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e a Rede Clima.

Na avaliação de Nobre, que é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, houve uma mudança paradigmática no financiamento à pesquisa sobre mudanças climáticas no Brasil nos últimos dez anos.

“Essa área do conhecimento é muito recente no Brasil. Há dez anos, não tínhamos o Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas, a Rede Clima, os INCTs sobre clima e o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas”, destacou.

Em função desses investimentos governamentais em pesquisa, de acordo com Nobre, foi possível o Brasil se tornar o primeiro país em desenvolvimento a fixar metas de redução de emissões de GEE entre 36% a 39% até 2020, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Mudanças Climáticas, sancionado no fim de 2009.

“Essa foi uma área em que avançamos mais, com o estabelecimento de metas setoriais de redução de emissões. A mais significativa, obviamente, é a redução de 80% no índice de desmatamento da Amazônia, em que o Brasil tem conseguido obter avanços notáveis nos últimos seis anos. Mas um desafio ainda maior será reduzir em pelo menos 40% o desmatamento no Cerrado, que é atualmente a maior fronteira agrícola brasileira”, disse.

Ainda que as emissões de GEE sejam reduzidas rapidamente, a temperatura do planeta ainda continuará subindo nos próximos séculos. Por conta disso, o próximo passo que deverá ser dado é desenvolver medidas de adaptação que permitam que a sociedade e os setores econômicos se tornem mais resilientes às mudanças do clima, assinalou o cientista.

Uma das iniciativas recentes do Brasil nesse sentido é a criação do Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, coordenado por Nobre. O sistema contará com centros estaduais e regionais de monitoramento e alerta de desastres naturais, além de um nacional, que deverá ser inaugurado até o fim de 2011 para funcionar nas próximas chuvas de verão.

“Essa é uma medida concreta de adaptação aos eventos climáticos que devíamos ao país e que finalmente será tirado do papel e se tornará uma realidade”, afirmou.

De acordo com Nobre, a adaptação às mudanças climáticas também é uma das metas do segundo Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (Pacti), que está sendo elaborado pelo governo federal.

O plano estabelecerá grandes metas que o país almeja atingir em ciência, tecnologia e inovação no período de 2012 a 2015. Entre elas estão fazer com que o país possua autonomia na geração de cenários climáticos futuros, especialmente em projeções de extremos climáticos em escala regional, que possam apoiar os planos regionais e setoriais de adaptação às mudanças climáticas, como os da agricultura.

“É fundamental adaptar a agricultura às mudanças climáticas para a segurança alimentar não só do país, mas também do mundo. O Brasil já é o segundo maior exportador de commodities agrícolas e, em menos de dez anos, possivelmente se tornará o primeiro”, apontou Nobre.

Negociações internacionais

Na opinião de cientistas que participaram da abertura do evento, o Brasil assumiu o protagonismo nas discussões sobre redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas, para o professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo José Viola, a capacidade de liderança do país nas negociações climáticas é limitada.

“O Brasil poderá assumir uma posição mais ativa nas negociações climáticas devido à sincronização das ações entre o MCT e o Ministério do Meio Ambiente. Mas o país é uma potência climática média. As grandes potências climáticas que podem solucionar o problema são os Estados Unidos, União Europeia e China, que, juntas, são responsáveis por 60% das emissões globais”, disse Viola.

Para Guy Pierre Brasseur, do National Center for Atmospheric Center (NCAR), dos Estados Unidos, a decisão sobre reduzir as emissões globais de GEE não é um problema científico, mas uma escolha política. E uma das maneiras de se conseguir fazer com que os líderes dos países assumam esse compromisso seria por meio da pressão popular.

“Os resultados das negociações climáticas têm sido uma catástrofe, e os avanços foram muito limitados. Temos que pensar em como melhorar a comunicação da ciência sobre os impactos das mudanças climáticas porque a decisão dos países em reduzir suas emissões só será possível por meio da pressão exercida por seus cidadãos”, afirmou.  

6/4/2011 - Por Elton Alisson, publicado aqui.

Clima e química


6/4/2011

Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – A resposta para alguns dos principais desafios da humanidade no século 21 passa pelos avanços do conhecimento na química, de acordo com cientistas que participaram, no dia 4, em São Paulo, da conferência “Fontes alternativas de energia e mudanças climáticas”.
O evento abriu o ciclo promovido pela FAPESP – por meio da revista Pesquisa FAPESP – e pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ) cujo objetivo é celebrar o Ano Internacional da Química (AIQ-2011).
O ciclo é coordenado por Mariluce Moura, diretora da revista Pesquisa FAPESP, e por Vanderlan da Silva Bolzani, professora do Instituto de Química (IQ) de Araraquara (SP) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do comitê nacional de atividades do AIQ-2011 da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
Coordenada por Arnaldo Alves Cardoso, professor do IQ-Unesp de Araraquara (SP), a conferência teve a participação de Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Jailson de Andrade, professor do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia, Gláucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, e Luiz Ramos, do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná.
De acordo com o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, que participou da abertura do evento, a Fundação manifestou desde o início o interesse em marcar sua presença nas atividades do AIQ-2011.
“A FAPESP tem o objetivo de promover o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de São Paulo. Isso inclui atividades que valorizem e divulguem a ciência, como o Ano Internacional da Química. São Paulo tem uma pesquisa forte em química e é responsável por quase metade dos 500 doutores formados anualmente na área no Brasil”, disse.
Segundo Vanderlan, o ciclo tem o objetivo de incentivar uma mudança na percepção que o público tem da química. De acordo com ela, fora dos meios acadêmicos, a química é geralmente associada a malefícios como poluição ambiental, alimentação artificial e acidentes radioativos, por exemplo.
“O AIQ-2011 tem o objetivo de enfatizar, em nível global, que a química é uma ciência que tem muito a contribuir com a sustentabilidade do planeta e com o bem-estar das pessoas, possibilitando o desenvolvimento de novos medicamentos, alimentos, produção industrial com impactos ambientais mais baixos e novas fontes de energia limpa”, disse à Agência FAPESP.
“A ideia é que o ciclo promova discussões inteligentes em torno de questões centrais que a química proporciona, levando em conta a ciência básica de qualidade, mas também o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento socioeconômico do país”, disse.
A química, segundo a professora – que também é membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP –, dará uma contribuição especialmente estratégica para o Brasil na área de energia, mudanças climáticas e saúde.
“Não é possível pensar em novas alternativas de energia e em sustentabilidade energética em um mundo com tamanha densidade populacional sem um desenvolvimento fundamentado em uma química inteligente. Nosso grande desafio é fazer com que a química seja uma ciência atraente para a nova geração de cientistas”, afirmou.

A química, segundo ela, tem potencial para ajudar a solucionar os grandes desafios globais – em especial as questões da energia, das mudanças climáticas e da saúde. “Esses três desafios envolvem praticamente todos os ramos da ciência, da medicina à física, da biologia às humanas. Mas a química permeia todos eles”, disse. 

Balanço de nitrogênio

Segundo Cardoso, o papel da química na questão das fontes alternativas de energia e das mudanças climáticas tem relação com o grave problema do balanço de nitrogênio no planeta.
Os fertilizantes baseados em nitrogênio foram um avanço que permitiu a revolução verde, que garantiu a sobrevivência de bilhões de pessoas. Mas isso alterou o balanço de nitrogênio na Terra. “Em 1990, o homem já produzia tanto nitrogênio quanto a própria natureza. Com o uso dos fertilizantes, grande parte desse nitrogênio acaba no meio ambiente”, disse.
Na cana-de-açúcar, base do etanol, que é a principal alternativa de combustível limpo no Brasil – com um papel importante na mitigação das mudanças climáticas –, o uso de fertilizantes é pequeno, segundo Cardoso.
“Mas, no caso do etanol, o nitrogênio volta praticamente em sua totalidade ao meio ambiente. Depois, a combustão ainda gera muito mais nitrogênio. Os biocombustíveis são aparentemente corretos do ponto de vista ambiental, mas sua produção gasta água e gera um excesso de nitrogênio que vai acabar nos oceanos e nas águas interiores, podendo provocar excesso de algas e, consequentemente, morte de peixes, perda de biodiversidade e emissões de aerossóis”, disse.
De acordo com Cardoso, a química terá muitos problemas para resolver no contexto das mudanças climáticas. Os combustíveis fósseis geram gases de efeito estufa, enquanto os biocombustíveis dependem de terra, água e fertilizantes. O tratamento dos esgotos também gera nitrogênio reativo.

“Será preciso buscar inovações para minimizar o enxofre nos combustíveis fósseis e produzir fertilizantes inteligentes. No caso dos biocombustíveis, a química terá a missão de obter alternativas produzidas por biomassa vegetal, a partir de plantas que usam menos terra, água e fertilizante. Será importante também desenvolver algas para consumir o nitrogênio reativo, além de melhorar a eficiência de catalisadores dos automóveis”, afirmou. 

Idade da aceleração

Nobre afirmou que o impacto profundo das atividades humanas no sistema terrestre já leva muitos cientistas a defender que o planeta entrou em uma nova era geológica depois do Holoceno – o Antropoceno, caracterizado pela aceleração vertiginosa da população, das emissões de carbono e da elevação da temperatura, entre outros itens.
“Hoje estima-se que o mundo ganhe cerca de 9 mil pessoas por hora. A população já cresceu 8,4 vezes desde 1920, aumentando o uso de energia em 26 vezes. Nos últimos anos, houve uma dramática degradação do capital natural do planeta. As curvas das emissões de carbono, nitrogênio e de aumento da temperatura também são exponenciais”, disse.
Essas curvas, no entanto, não poderão manter um crescimento exponencial por muito tempo, segundo Nobre. “Essas curvas serão reguladas, no futuro, por políticas públicas que devem começar a ser implementadas agora, ou por um colapso do sistema terrestre”, afirmou.
De acordo com Nobre, as técnicas disponíveis atualmente para retirar o dióxido de carbono da atmosfera são proibitivas do ponto de vista energético, além de permitirem apenas um sequestro de carbono em ritmo muito lento.
“Desenvolver uma solução para isso não traria uma resposta imediata – mesmo se parássemos completamente de emitir carbono, os problemas não seriam revertidos tão cedo –, mas conseguir essa solução poderá se tornar algo muito importante no futuro”, afirmou.
Além do efeito estufa, as emissões de dióxido de carbono também causam problemas no mar, segundo Nobre. Dos 10 bilhões de toneladas do gás que são lançados na atmosfera por ação humana, cerca de 2 bilhões são absorvidos pelos oceanos, tornando-os mais ácidos.

“Por 25 milhões de anos, o pH dos oceanos variou entre 8,3 e 8, mas a absorção do CO2 está tornando a água mais ácida. A estimativa é que, se o pH chegar a 7,8, isso impossibilitará a formação de aragonita, um mineral essencial para a formação das conchas. Isso poderá ameaçar 40% de todos os organismos marinhos. Esse é um problema essencialmente químico”, disse. 

Luz do sol

Para Andrade, a energia, os alimentos e a água serão os principais desafios para a humanidade no século 21, com impacto nas questões do meio ambiente, da pobreza, da população, das doenças, da educação e da democracia.
“No desafio energético, a alternativa nuclear tem grandes limitações: além de ser inviável para aplicação nos transportes, há o problema complexo do manejo dos resíduos. Quanto à célula combustível a hidrogênio – embora resolva o problema dos resíduos –, apresenta um grande obstáculo tecnológico relacionado à geração, estocagem e transporte de hidrogênio. O custo, além disso, é elevado. A energia solar é uma alternativa que precisa ser mais explorada. O desafio é que as células fotovoltaicas convertem no máximo 30% da luz solar em eletricidade e a captação em grande escala é complexa”, disse.
A questão da água, segundo Andrade, se relaciona principalmente à disponibilidade, já que 97% da água do planeta é salgada e só 1% está acessível. De acordo com ele, existem 1 bilhão de pessoas hoje sem acesso à água de qualidade. Quanto aos alimentos, o problema é que 4 bilhões de pessoas vivem em cidades e não produzem comida, apenas consomem.
“A química terá um papel importante na solução desses problemas. Será preciso aprimorar a captura de energia solar e as baterias recarregáveis, melhorar a célula combustível a hidrogênio e criar catalisadores para que o carvão seja usado de forma mais limpa. O uso da biomassa para energia precisará avançar”, afirmou.

Para manter o nível de gases de efeito estufa estabilizado em 550 partes por milhão até 2050 – meta necessária para que a temperatura não suba mais que 2º C, causando mudanças irreversíveis no planeta –, será preciso produzir 20 terawatts a mais de energia sem carbono, segundo Andrade. “Isso é mais que todo o consumo atual de energia. Acredito que só a energia solar poderá prover essa quantidade de energia limpa”, afirmou. 

Etanol e biodiesel

Gláucia, que é membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), traçou um panorama histórico das pesquisas relacionadas ao etanol no Brasil.
“O BIOEN, que envolve 314 pesquisadores de 11 países, teve 55 projetos aprovados em seis chamadas, já investiu cerca de R$ 57 milhões e aprovou 118 bolsas de estudo. Pelo menos um terço dos projetos, segundo ela, trata de temas relacionados à química”, disse.
Segundo ela, o programa herdou os dados do projeto Sucest – que envolveu 240 pesquisadores de mais de 40 instituições, sendo 17 delas do exterior – e avaliou o transcriptoma da cana, montando um vasto banco de dados sobre o material genético da planta. Para isso foram sequenciados fragmentos de genes denominados ESTs (etiquetas de sequência expressa).
“O maior desafio da genômica atualmente é o sequenciamento do genoma da cana-de-açúcar, que é extremamente complexo, com mais de 10 bilhões de pares de bases e muitos trechos repetidos. Utilizando uma tecnologia conhecida como shotgun, conseguimos obter 11 milhões de corridas leituras, em seis meses, com cerca de 70% de cobertura de regiões ricas em genes”, disse.
Terceira geração
Ramos, da Universidade Federal do Paraná, falou na conferência sobre as pesquisas brasileiras relacionadas ao biodiesel. Segundo ele, além do biodiesel produzido comercialmente, de primeira geração, os cientistas trabalham em escala piloto com o biodiesel de segunda geração, com base em materiais lignocelulósicos, e pesquisam o combustível de terceira geração, com base em processos fermentativos.
“As principais matérias-primas utilizadas hoje no biodiesel de primeira geração são o óleo de soja (75%), a gordura bovina (20,5%) e o óleo de algodão (2,4%). Mesmo no biodiesel de primeira geração temos problemas com a estabilidade oxidativa e com as propriedades de fluxo a frio”, disse.
Existem várias alternativas de matérias-primas para a segunda e terceira geração, segundo ele, incluindo o óleo de dendê, o pinhão-manso, a graxa de caixas de gordura e as algas e microalgas.
“Nesses casos, no entanto, os problemas são mais graves. As algas e microalgas, em especial, são grandes oportunidades, com múltiplas possibilidades na indústria de transformação. Os principais gargalos são a logística de produção em larga escala, o alto custo da produção de micronutrientes e a ampliação de escala dos fotobiorreatores”, afirmou. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mudanças Climáticas será tema da Semana Nacional de C&T

Portal do MCT - 05/04/2011 - 13:55
Após incluir a questão da “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável” no debate social, na edição do ano passado, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2011 (SNCT) volta a destacar uma temática de relevância estratégica. O maior evento de divulgação científica do País abordará, neste ano, entre 17 e 23 de outubro, o tema “Mudanças Climáticas, desastres naturais e prevenção de risco”.

O Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pela coordenação nacional da SNCT, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCT), escolheu o tema após receber várias sugestões e consultar instituições e entidades parceiras.

A intenção é estimular a difusão dos conhecimentos e o debate sobre as estratégias e maneiras de se enfrentar o grande desafio planetário das mudanças climáticas e de prevenir riscos decorrentes de desastres naturais e de situações criadas pela ação humana.

A ideia é que sejam discutidos, em todo o País, nas instituições de ensino e pesquisa e em eventos públicos, os diversos aspectos e as evidências científicas sobre o impacto das atividades humanas no clima do Planeta e as medidas preventivas mais adequadas a serem adotadas em escala local e global.

Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a temática se justifica pela atualidade e pela importância da discussão. “Envolver a juventude, pensar o aquecimento global, os extremos climáticos que nós estamos vivendo, medidas de proteção, medidas de mitigação e uma cultura para que a sociedade comece a aprender a resistir, a sobreviver e a se preparar para essas alterações”, sustentou o ministro em palestra proferida no Fórum Nacional do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), em Palmas (TO).

Mercadante informou ainda que a SNCT também promoverá atividades em torno do lema “Química para um Mundo Melhor”. A iniciativa atende recomendação da Assembléia Geral das Nações Unidas, que declarou 2011 como o Ano Internacional da Química, com o objetivo de estimular todos os países a realizarem ações para aumentar a consciência coletiva sobre a importância da química e suas contribuições para o bem-estar da humanidade.

Instituições ligadas ao ensino e à pesquisa e demais interessados em participar do processo de divulgação  podem obter informações por meio do portal do evento (http://semanact.mct.gov.br) e pelo email: semanact@mct.gov.br.

SNCT

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) acontece no Brasil desde 2004. Ela tem tido um êxito grande com uma participação crescente de pessoas, instituições de pesquisa e ensino e municípios. Em 2010, foram realizadas cerca de 14.000 atividades, em quase 500 municípios brasileiros.

Objetivo

A finalidade principal da SNCT é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de Ciência e Tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Pretende mostrar a importância da C&T para a vida de cada um e para o desenvolvimento do País. O evento possibilita ainda que a população brasileira conheça e discuta os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas científicas e tecnológicas e suas aplicações.

Quem participa

Todas as pessoas interessadas podem participar das atividades da SNCT. Os promotores das atividades são: universidades e instituições de pesquisa; escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas e tecnológicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos e zoológicos; secretarias estaduais e municipais de C&T e de educação; empresas públicas e privadas; meios de comunicação; órgãos governamentais; ONGs e outras entidades da sociedade civil.

Quem coordena

A coordenação nacional da SNCT é de responsabilidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Departamento de Popularização e Difusão de C&T da Secretaria de C&T para Inclusão Social. Em cada estado existem coordenações locais e a realização da Semana conta com a participação ativa de governos estaduais e municipais, de instituições de ensino e pesquisa e de entidades ligadas à C&T de cada região. Muitos estados e municípios já criaram suas Semanas Estaduais ou Municipais de C&T, articuladas com a SNCT.

Atividades

As atividades que acontecem durante a SNCT são variadas: tendas da ciência em praças públicas; feiras de ciência, concursos, gincanas, oficinas e palestras científicas; ida de cientistas às escolas; dias de portas abertas em instituições de pesquisa e ensino; jornadas de iniciação científica; distribuição de cartilhas, encartes, kits experimentais, jogos, livros e outros materiais educativos; exibição de filmes e vídeos científicos (Programa VerCiência); excursões científicas; programas em rádios e TVs; eventos que integram ciência, cultura e arte; etc.

Como participar

Qualquer pessoa pode participar dos eventos da SNCT; todos são gratuitos. No site nacional da SNCT, em sites estaduais ou em meios de comunicação de cada região, é possível encontrar informações sobre os eventos que acontecem na SNCT. O site nacional tem informação sobre as atividades e os contatos locais, além de notícias, artigos, vídeos e outros materiais. 
Publicado originalmente aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

Amazônia ainda sofre com última seca

Fonte: estadao.com.br
SÃO PAULO - A área verde da Floresta Amazônia diminuiu após a seca recorde registrada no ano passado. A conclusão foi obtida em estudo patrocinado pela Agência Espacial Americana (Nasa). De acordo com a pesquisa, a área perdida corresponde a pouco mais de três vezes o tamanho do estado americano do Texas.
Simulações feitas em computador mostraram que a sensibilidade às secas, como a ocorrida em 2010, poderá levar a uma mudança no clima, com temperaturas mais quentes e alteração nos padrões de chuva na região fazendo com que se desenvolva vegetação típica de cerrado e savana no lugar da floresta tropical. O Painel de Mudança Climática da Nações Unidas alertou para a possibilidade das secas se tornarem mais frequentes na região Amazônica no futuro.
A área afetada pela última grande seca é quatro vezes maior que a registrada na ocasião anterior, em 2005. O nível dos rios da região também foi comprometido com o ocorrido. As águas começaram a baixar em agosto e atingiram o nível mais baixo em outubro de 2010. O Rio Negro foi um dos atingidos pela seca, apresentando o menor nível de águas nos 109 anos de registros disponíveis.
O estudo foi elaborado por uma equipe de cientistas de vários países, que utilizaram imagens de satélites dos últimos 10 anos para verificar o tamanho da área verde da região, usado para verificar a "saúde" da floresta. A pesquisa será publicada na revista científica Geophysical Research Letters.
O artigo original pode ser lido aqui.

sábado, 2 de abril de 2011

Agricultura no RN: Se não chover em dois dias, Safra está comprometida

O serviço de meteorologia da Emparn alerta que a safra de grãos, no Rio Grande do Norte, estará comprometida se não chover neste sábado e domingo. A previsão é para ocorrência de chuvas em quase todas as regiões do Estado, mas segundo o meteorologista Gilmar Bristot, nem mesmo entre os especialistas há consenso quanto às razões para o prolongamento desse veranico.

“Se não chover nas próximas 48 horas é certo que nossa safra estará comprometida. As chuvas irregulares e esse veranico ocorrem quando todo mundo já plantou. Se a água não chegar haverá interrupção do ciclo”, afirma.

Chefe da meteorologia da Emparn, Bristot sustenta que os dados disponíveis continuam apontando para um inverno de normal a acima da média. “Mas as chuvas estão caindo no oceano [Oecano Atlântico]. Há uma espécie de ‘barreira’ que impede as chuvas no continente. Até agora, isso pode ter relação com o vento”.


O texto acima faz parte de matéria dos jornalistas Sara Vasconcelos e Hudson Helder publicada no TN online aqui

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Brasil e vizinhos discutem estratégia para mudanças climáticas

Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai começaram a discutir o impacto das mudanças climáticas na produção agrícola, com vistas à formulação de estratégias comuns para enfrentar o problema. 


O assunto foi um dos principais da pauta de discussões da 20ª reunião do Conselho de Agricultura do Sul (CAS), que está sendo realizada em Buenos Aires hoje e segue até amanhã. "Estamos discutindo experiências, mas não é fácil transformar as ideias em medidas concretas", reconheceu o ministro de Agricultura brasileiro, Wagner Rossi. 



O ministro comentou que um dos principais problemas que dificultam a adoção de uma política comum são as diferentes escalas de produção agrícola dos países.



Não obstante, a troca de experiências sobre o assunto, assim como a cooperação tecnológica e científica, podem ajudar a encontrar uma estratégia para lidar com as consequências das mudanças climáticas. "Ficou claro que cada país tem executado uma política específica para mitigação dos gases de efeito estufa e o programa brasileiro ABC teve uma receptividade muito positiva", disse Rossi. 



O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) tem o objetivo de estimular as atividades produtivas rurais com tecnologias que permitam a redução dos gases de efeito estufa. De acordo com o ministério de Agricultura, o Brasil é responsável pela emissão de menos de dois bilhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano.



O volume representa 1,8% do total de emissões mundiais. Países desenvolvidos como os Estados Unidos, líder em emissão de gases na atmosfera, são responsáveis por 30,3% das emissões. O ABC pretende recuperar 15 milhões de hectares de terras degradadas até 2020. A ambiciosa meta despertou na Argentina interesse por conhecer detalhes do programa, para possível adoção de política similar.

Fonte: Agência Estado, aqui (AE | 31/03/2011 20:05).