sábado, 27 de agosto de 2016

Lembrando: CRN/INPE e UFRN abrem doutorado em Ciências Climáticas

A matéria abaixo foi publicada em 20/11/2009, no site do INPE (http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2031). O curso em pauta foi aprovado na 112ª Reunião do CTC-ES da CAPES, realizada no período de 28 de setembro a 02 de outubro de 2009.


Estão abertas até 16 de dezembro as inscrições para o primeiro processo seletivo ao Doutorado em Ciências Climáticas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O curso é uma parceria com o Centro Regional do Nordeste do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRN/INPE), localizado em Natal.

O objetivo é formar pesquisadores para atuar em diversas questões relacionadas a mudanças climáticas e eventos meteorológicos extremos, além de estabelecer grupos voltados ao estudo dos efeitos do oceano sobre o clima na região nordeste, sobretudo com respeito à vunerabilidade do litoral e do semiárido às mudanças climáticas. O curso dará ênfase à modelagem computacional e seus pesquisadores deverão ter sólida formação nos princípios estatísticos, físicos e matemáticos dos sistemas abordados.

O Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas irá utilizar o Laboratório de Instrumentação Ambiental (LIA), que será instalado no CRN/INPE. Entre outras funções, este laboratório irá coletar dados ambientais relacionados ao clima e prestar suporte ao Projeto Pirata, com a manutenção do sistema de bóias oceânicas no Atlântico, e desenvolver novos dispositivos e sensores.

Maiores informações podem ser obtidas no endereço eletrônico: www.posgraduacao.ufrn.br/ppgcc


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Brasil ratificará acordo do clima na segunda

Temer entregará promulgação oficialmente às Nações Unidas na terça-feira; País se antecipa a China e EUA e se tornará o primeiro grande emissor a transformar tratado de Paris em lei

O presidente interino, Michel Temer, ratificará o Acordo de Paris na próxima segunda-feira (29), em cerimônia no Palácio do Planalto. A deposição do instrumento de ratificação do Brasil na Convenção do Clima da ONU é esperada para o dia seguinte.
Isso tornará o Brasil o primeiro grande emissor de gases de efeito estufa a ratificar o acordo do clima. O ato significa que as provisões do tratado – entre elas o objetivo de limitar a elevação da temperatura global em bem menos de 2oC em relação à era pré-industrial – passarão a ser lei no País.
O objetivo do governo é se adiantar a outros grandes poluidores, como China e EUA, que também já haviam se comprometido a ratificar até setembro. No dia 21, durante a Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral Ban Ki-moon organizará um evento especial para os países depositarem seus instrumentos de ratificação.
Segundo fontes do Executivo, o governo brasileiro já começou a desenhar o plano de implementação de sua meta climática, a INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida). Após a ratificação, a INDC perde o “i”: deixa de ser apenas uma promessa e passa a se tornar o compromisso climático formal brasileiro – NDC.
A ideia é que a NDC seja implementada a partir de 2017. Ela prevê um corte de 37% nas emissões do País em 2025 relação aos níveis de 2005. Para isso, o governo elencou uma série de políticas, como a restauração de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
“O Brasil assume papel de protagonista na implementação do Acordo de Paris ao ser o primeiro entre os dez maiores emissores do mundo a ratificá-lo”, disse André Ferretti, gerente de Estratégias para a Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório do Clima. “A mensagem é clara: não podemos esperar mais quatro anos para de tornar o acordo realidade. Se quisermos evitar os piores impactos das mudanças climáticas, é preciso agir já”, prosseguiu.
“A ratificação é um excelente sinal. Esperamos, agora, que ela venha acompanhada da necessária reorientação da economia brasileira para que o Acordo de Paris se torne realidade”, afirmou o secretário-executivo do OC, Carlos Rittl.
Antecipação
Para passar a vigorar, Paris precisa das ratificações de 55 países, que respondam por pelo menos 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. Hoje há 23 ratificações, que no entanto cobrem apenas 1,08% das emissões.
A ratificação do Brasil, um dos dez maiores emissores de carbono do planeta, dará impulso significativo à entrada em vigor antecipada do acordo. Somente com EUA (17,89% das emissões), China (20,09%) e Brasil (2,48%) a bordo, o acordo chegaria a 41,54% das emissões globais, segundo a conta oficial de emissões da Convenção do Clima. Faltaria apenas a União Europeia (10,55% das emissões e 27 países) para chegar perto dos dois critérios (seriam 52 países e 52,09% das emissões). No entanto, o calendário de ratificação da UE deve ser mais lento pelo número de países – cada um tem de aprovar o acordo no próprio Parlamento antes.
A ONG Climate Analytics divulgou neste mês uma previsão de que, a contar pelas declarações oficiais de outros países médios emissores, como Argentina, Canadá e Austrália, o número de adesões chegaria a 57 países e 57,88% das emissões em 2016. Em tese, isso permitiria a entrada em vigor já neste ano, quatro anos antes do prazo oficial, que é 2020.

Observatório do Clima

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Amazon: Research could improve climate and ecosystem models

New insights into the seasonality of Amazon's evergreen forests


Sometimes you can't see the forest for the trees. In the Amazon, the opposite is true: without truly seeing the trees, you can't "see" the forest and understand the seasonal patterns of photosynthesis that play a major role in ecosystem and climate models, according to new research funded by the National Science Foundation (NSF).
"We can't understand the forest unless we understand the individual details," said Scott Saleska, associate professor of ecology and evolutionary biology at the University of Arizona. Saleska is part of the research team that uncovered the Amazon forest seasonality. The research was published today in the journal Science.
The work was supported, in part, by NSF's Partnerships in International Research and Education (PIRE) program, which helps catalyze strong international engagement by the U.S. science and engineering community. Projects generate new knowledge and discoveries; promote a diverse, globally engaged U.S. workforce; and build the institutional capacity of U.S. institutions to engage in productive international collaborations.
Saleska was the lead principal investigator on the Amazon PIRE, which focused on how Amazon forests respond to changes in climate, such as fluxes of water, carbon dioxide and energy.
Saleska discussed the work he and his collaborators -- including a group of students and postdocs funded through the PIRE -- did in the Amazon, and why it matters. Learn more about the discovery here.
What questions were you trying to answer with this research?
Fundamentally, it was an ecological question on the seasonality of tropical evergreen forests. We think of them as evergreen and they are -- they photosynthesize all year long -- but that doesn't mean they don't have some seasonality, even if it isn't as dramatic as temperate forests. But it's a little less obvious what that seasonality should be. Some seasonality is from climate; there's a dry season and wet season -- in the dry seasons there's more sunlight, in the wet season there's more water. We wanted to know whether there was additional seasonality in the biology of the trees, or leaves themselves, that explained the behavior of the forest. That's the big picture question.
But the research also solved a seeming discrepancy between ground and space observations.
Ground-based observations show pretty dramatic, strong seasonal patterns in forest photosynthesis. But from space there's observations from satellites which show much more subtle seasonality. So one question is: Why the difference -- and can we explain it? What we've been able to do, by using cameras, is look at the intermediate scale. The cameras looked at individual tree crowns, underneath the scale that the satellites are able to see. We found a pattern that is both consistent with the satellite data, and a change in leaf age that explains the seasonality in the flux. Both are right.
What did you find?
If you look closely, there's a very dynamic pattern of leaf growth, coordinated with leaf death. Fully one-third of the trees have this deciduous behavior, where trees lose a large chunk of their leaves all at once. Normally, when we say deciduous we think of a New England autumn, where leaves turn orange and red and brown, and then fall off the trees, and then six months later, they grow back again. Here, they're doing all this in the space of a month. So a lot of trees lose leaves and grow them at the same time, and this happens much more prevalently in the dry season -- when photosynthesis is also increasing. But this is seasonal, and photosynthesis drops back down in the rainy season.
Where were the cameras? How did they work?
We used cameras on three different towers in the Amazon, across the whole central transect of the Amazon's precipitation gradient. Two of those are just regular cameras that take pictures in the red, green and blue spectrum. They're like a good-quality camera you would use to take pictures. For one, instead of a blue band it has near-infrared, which is particularly sensitive to amounts of leaves. These cameras were mounted on towers, and they'd take pictures every five to 10 minutes.
Why is this research important?
If we want to understand the future of these forests under climate change, we have to have a good understanding of how they respond to variations in climate and weather. What we're basically seeing here is that every year there's this seasonal change in climate -- from dry to wet and back again, high sunlight to low sunlight, more rain to less rain. If we're not able to understand the mechanism of how those trees respond to those changes in climate ever year, then we have some problems. It's sort of like a first-cut test of our models for predicting the response of trees to climate. Do they work? Do they work at the annual time scale? If they don't work at the annual time scale, why should they work at any other scale?
So it adds a new layer of sophistication into climate models. But what about our understanding of the forest itself, and how it interacts with the climate?
This might be an important biological adaptation that sustains the forest through dry periods. This relates to the question of how robust or sustainable the forest is in general. The specific thing we see -- the synchronization of leaf growth and death -- allows individual trees to grow more in the dry season, the time when they might otherwise be limited by drier conditions. But this individual behavior has whole-system consequences. Trees transpire more water when they grow more: they moisten the atmosphere, which is quite dry during the dry season. If all, or most, of the trees do this, they moisten the atmosphere a lot, which atmospheric scientists have found stimulates the return of the wet season sooner than it would otherwise come back. These two mechanisms -- the boost in capacity of individual trees, and the changing of the environment they're in -- both sustain the forest at an individual level and a whole-system level. So understanding that is very important for understanding how climate change in going to happen. And how trees and vegetation in general can actually affect the climate itself.
--  Jessica Arriens, (703) 292-2243 jarriens@nsf.gov

Investigators Steven Wofsy
Alfredo Huete
Scott Saleska
Michael Keller
William Shuttleworth

Related Institutions/Organizations University of Arizona

Related Awards #0730305 PIRE: Carbon, Water and Vegetation Dynamics of Amazon Forests Under Climatic Variability and Change

Total Grants $2,624,823

Source: NSF news

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O Antropoceno: O homem no centro da nova era geológica e suas consequências

USP Lectures

"O Antropoceno: O homem no centro da nova era geológica e suas consequências"

 Prof. Dr. Paulo Artaxo (IFUSP)
24 de agosto de 2016, 14:00
Sala do Conselho Universitário, Prédio da Reitoria, térreo

Com participação de especialistas na área a ser discutida, o USP Lectures tem objetivo de apresentar palestras com temas específicos e desenvolvimento mais aprofundado do assunto.

Sugestões de temas podem ser enviadas para o coordenador da iniciativa, Prof. Hamilton Varela (hamiltonvarela@usp.br). 
Para mais informações: www.prp.usp.br/eventos/usplectures
 
 
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Mudanças do clima ameaça segurança alimentar de América Latina e Caribe


Relatório produzido pela FAO, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe e Associação Latino-Americana de Integração destacou que as mudanças climáticas afetarão o rendimento dos cultivos da agricultura, terá impacto nas economias locais e comprometerá a segurança alimentar no Nordeste do Brasil, em parte da região andina e na América Central

O impacto das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe será considerável devido à dependência econômica da região em relação à agricultura, afirmou novo estudo feito por Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).
O estudo foi apresentado no início de agosto em reunião da Celac realizada em Santiago de los Caballeros, na República Dominicana, com o objetivo de ajudar a fornecer insumos para a gestão das mudanças climáticas no Plano para a Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Celac 2025.
Segundo as três agências, o setor agrícola é a atividade econômica mais afetada pelas mudanças climáticas, enquanto responde por 5% do PIB regional, 23% das exportações e 16% dos empregos.
“Com uma mudança estrutural em seus padrões de produção e consumo, e um grande impulso ambiental, a América Latina e o Caribe podem alcançar o segundo dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que prevê o fim da fome, a segurança alimentar e a melhora da nutrição e a promoção da agricultura sustentável”, disse Antonio Prado, secretário-executivo adjunto da Cepal.
Segundo ele, o Plano de Segurança Alimentar da Celac e o novo Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável serão os pilares fundamentais para este processo.
O relatório das três agências destacou ainda que a mudança climática afetará o rendimento dos cultivos, terá impacto nas economias locais e comprometerá a segurança alimentar no Nordeste do Brasil, em parte da região andina e na América Central.
“O desafio atual para a região é considerável: como continuar seu processo positivo de erradicação da fome à medida que os efeitos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais profundos e evidentes em seus sistemas produtivos?”, questionou Raúl Benítez, representante regional da FAO.
Os países cujos setores agrícolas sofrerão os maiores impactos (Bolívia, Equador, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Paraguai) já enfrentam desafios importantes em termos de segurança alimentar.
Alguns países da região, assim como a Celac, já deram passos importantes no desenho de planos de adaptação às mudanças climáticas para o setor agropecuário, mas o desafio ainda é grande. Apenas em termos de recursos financeiros, sem levar em conta as mudanças necessárias de política, será necessário algo em torno de 0,02% do PIB regional anual.
Impactos sobre o setor agrícola e a segurança alimentar
Paradoxalmente, apesar de a região gerar uma menor contribuição à mudança climática em termos de emissões de gases do efeito estufa na comparação com outras, é especialmente vulnerável a seus efeitos negativos.
O novo relatório projeta deslocamentos, em altitude e latitude, das regiões de cultivo de espécies importantes como café, cana de açúcar, batata, milho, entre outras.
Nacionalmente, esses impactos podem afetar seriamente a segurança alimentar. Segundo o relatório, na Bolívia as mudanças de temperatura e chuva causarão uma redução média de 20% do faturamento rural.
No caso do Peru, as projeções indicam que o impacto da mudança climática na agricultura irá gerar redução da produção de diversos cultivos básicos para a segurança alimentar, em especial daqueles que necessitam de mais água, como o arroz.
Mas o setor agrícola não apenas é afetado pelas mudanças climáticas, como contribui para que elas ocorram, sendo urgente que os países, como o apoio da CELAC, façam uma transição urgente para práticas agrícolas sustentáveis, tanto em termos ambientais como econômicos e sociais.
Segundo as três agências, a erradicação da fome na América Latina e no Caribe requer uma mudança de paradigma para um modelo agrícola plenamente sustentável que proteja seus recursos naturais, gere desenvolvimento socioeconômico equitativo e permita se adaptar às mudanças climáticas e mitigar seus efeitos.
Leia aqui o relatório completo (em espanhol).

ONU

Via Jornal da Ciência

Seca pode levar o rio Acre ao seu nível histórico mais baixo

Agência FAPESP – A seca que atinge o sudoeste da Amazônia, especialmente o Acre, deve se agravar ainda mais nos próximos meses, alertou o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), de acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Ministério.
Segundo a previsão, o rio Acre deve atingir o seu mais baixo nível histórico (entre 1,20m e 1,30m) e impactar a navegação e o abastecimento de comunidades ribeirinhas da região. O levantamento é válido para os meses de agosto, setembro e outubro deste ano.
O Acre é o estado mais afetado pela estiagem que se estende também para o norte da Amazônia. Desde março, o volume de chuvas é deficitário na região, em parte por conta do El Niño, que começou no outono do ano passado. O fenômeno está associado ao aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial, alterando os ventos em boa parte do planeta e o regime de chuvas. Na região Norte, leva à seca. A partir de junho, o La Niña, fenômeno oposto, começou a se desenvolver de forma fraca.
"Esta estiagem é fruto de uma interação de vários fenômenos, notadamente o El Niño e a La Niña. Ela já se estende há quase seis meses, e não temos uma noção exata de quando vai normalizar. Estamos acompanhando a situação mensalmente para avaliar como ela se comporta", afirmou o chefe da Divisão de Pesquisas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo, à Assessoria de Comunicação Social do MCTIC.
O documento alerta ainda para o alto risco de queimadas e incêndios florestais, especialmente na área central do Brasil e no sul e no leste da Amazônia. O número de focos de incêndio pode atingir máximas históricas. Contudo, a adoção de medidas de controle pode mitigar o problema no trimestre.
Poucas chuvas no Nordeste
A região Nordeste também deve sofrer mais com a estiagem no período analisado. De acordo com o grupo de previsão climática do MCTIC, tradicionalmente, agosto é o último mês da estação chuvosa na parte leste da região, mas tem chovido pouco desde abril, início do período de precipitações na região. Com a baixa incidência de chuvas nos últimos anos, a tendência é que a situação se repita na zona da mata, que já apresenta valores abaixo da média para a época do ano.
"O panorama de poucas chuvas nessa área vem se arrastando desde 2012, e os níveis dos reservatórios e dos rios estão muito baixos, mesmo na zona da mata. E isso gera problemas para a população, porque pode haver desabastecimento", destacou José Marengo.
Participam do GTPCS o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). A íntegra do documento pode ser acessada aqui no endereço http://www.cemaden.gov.br/previsao-climatica-para-o-trimestre-aso2016/.

sábado, 13 de agosto de 2016

Acordo de Paris sobre o Clima é aprovado pelo Senado brasileiro.

O Plenário aprovou nesta quinta-feira (11) o projeto de decreto legislativo (PDS 19/2016) que confirma a adesão do país ao Acordo de Paris sobre o Clima, celebrado na capital francesa em 12 de dezembro de 2015, e assinado em Nova York, em 22 de abril de 2016.
Aprovado pela manhã na Comissão de Relações Exteriores (CRE), o projeto vai agora à promulgação.
Na presidência da sessão, o senador Jorge Viana (PT-AC) cumprimentou a presidente afastada Dilma Rousseff, responsável pela assinatura do acordo. Ele também destacou a atuação da ex-ministra do Meio Ambiente Izabela Teixeira nas negociações para aprovar o texto em Paris, durante a Conferência das Partes — Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). Segundo Viana, o papel do Brasil foi fundamental para o fechamento do Acordo sobre o Clima.
O ponto central do documento é a obrigação de que todas as partes realizem esforços conter o aquecimento global. O objetivo de longo prazo é o de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2º C em relação aos níveis pré-industriais.
O Brasil apresentou uma série de metas no acordo, como o compromisso de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 (em relação aos níveis de 2005), podendo chegar a 43% até 2030, e de baixar em 80% o desmatamento legal e em 100% o ilegal até 2030. Outra meta para 2030 é restaurar 12 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente ao território da Inglaterra.

Viabilidade

Relatora do PDS 19/2016 na CRE, Kátia Abreu (PMDB-TO) apresentou números que, a seu ver, mostram a viabilidade do cumprimento das metas, consideradas ambiciosas. A parlamentar observou que, dos 851 milhões de hectares de extensão do Brasil, 517 milhões estão com vegetação nativa, ou seja, preservados.
— Estamos abrindo mão de terras agricultáveis para a preservação do meio ambiente — afirmou Kátia, que foi ministra da Agricultura.
A senadora notou que, de 1977 até agora, não houve aumento significativo da área destinada à produção de alimentos. Entretanto, a produção aumentou 220%, de 1,4 toneladas por hectares para 4,5 toneladas por hectares.
— Qual foi o milagre? — perguntou a senadora.
Segundo ela, esse salto foi impulsionado pela tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela ampliação e renovação do parque de máquinas e equipamentos com financiamento do governo federal. Além disso, houve ampliação significativa da área da segunda safra, ou seja, “mais produção no mesmo chão”.

Desmatamento

Um dos pontos mais significativos das metas, que é a redução de 80% da taxa de desmatamento da Amazônia Legal, poderá ser atingido até 2020, ainda na avaliação da parlamentar. Tomando como referência os níveis de 2005, segundo ela, já houve uma redução de 75,3%.
O Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é outro aliado na obtenção das metas acertadas em Paris, de acordo com a senadora. Só na recuperação de pastagens degradadas é prevista a liberação de 15 milhões de hectares.
Com várias outras iniciativas, ela espera como resultado total a liberação de 70 milhões de hectares — “o quanto o Brasil ainda pode produzir sem desmatar”. Nesses 70 milhões de hectares, poderão ser produzidas 379 milhões de toneladas de grãos, o que significa quase o dobro da atual produção de 190 milhões de toneladas.

Convergência

Na CRE, os senadores Jorge Viana (PT-AC), José Agripino (DEM-RN), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) apoiaram o relatório de Kátia Abreu. O presidente da CRE, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), notou que o relatório da senadora é uma demonstração de que é possível construir ampla convergência, apesar das eventuais divergências entre os parlamentares.
Viana lembrou que é autor do Projeto de Lei do Senado (PLS) 750/2015, que transforma em lei os compromissos brasileiros no acordo de Paris. A proposta tramita na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Por Djalba Lima | 11/08/2016, para Agência Senado.

Primeira infecção humana por superbactéria é registrada no Brasil

Caso aconteceu em hospital de alta complexidade de Natal, no Rio Grande do Norte

O gene mcr-1, que causa resistência a uma classe de antibióticos utilizada para tratar infecções por bactérias multirresistentes, foi identificado pela primeira vez no Brasil em cepas da bactéria Escherichia coli isoladas de animais de produção. Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, responsáveis pela identificação, também reportaram o primeiro caso de infecção humana no País, ocorrido em um hospital de alta complexidade em Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Leia na íntegra: O Globo

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Abertura da Rio 2016 mostrou que Brasil participa de questões científicas globais

Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Com uma audiência estimada em 3 bilhões de pessoas, foi realizado no dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro, o maior evento de divulgação científica da história. O tema: mudanças climáticas globais.
Em cerca de 2 minutos, um filme veiculado durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 mostrou como o dióxido de carbono (CO2) emitido pelo homem se acumula na atmosfera, causando o aumento da temperatura do planeta, o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar.
Com base em modelos científicos, ilustrou o que pode acontecer até o fim deste século em locais como Amsterdã (Holanda), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Flórida (Estados Unidos), Xangai (China), Lagos (Nigéria) e Rio de Janeiro (Brasil) – caso as emissões de CO2 se mantenham nos níveis atuais.
Na sequência, apresentou uma das possíveis soluções para o problema por meio do plantio de árvores, que ajudariam a sequestrar parte do carbono emitido e fixá-lo na biosfera. Daí surgiu a proposta de que cada atleta plantasse – durante a cerimônia – uma semente e que, posteriormente, as 11 mil mudas sejam transferidas para o Parque Radical, estrutura construída para os jogos no Complexo Esportivo de Deodoro, para formar a Floresta dos Atletas. As espécies de plantas foram distribuídas de acordo com a nacionalidade dos competidores. Uma forte mensagem simbólica.
O roteiro foi idealizado e dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles e sua produção contou com a consultoria dos pesquisadores Tasso Azevedo e Paulo Artaxo.
Azevedo, engenheiro florestal, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG) e diretor executivo do Imaflora, tratou do tema “floresta”. Artaxo, que é professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), ficou responsável pelas questões científicas referentes às mudanças climáticas.
Em entrevista à Agência FAPESP, Artaxo comentou qual foi sua participação na cerimônia de abertura da Olimpíada e como isso pode contribuir para a causa ambiental global.
Agência FAPESP – De quem foi a ideia de abordar o tema das mudanças climáticas globais na cerimônia de abertura e qual foi sua contribuição?
Paulo Artaxo – O Fernando Meirelles é um cineasta bastante sensível às questões ambientais e teve a ideia de incluir o tema das mudanças climáticas na cerimônia de abertura. A equipe dele me procurou para auxiliar na tarefa, de modo que não houvesse nenhum deslize científico na mensagem que seria transmitida no filme final. Meu papel foi selecionar produtos científicos confiáveis, como gráficos e animações. Fui atrás das melhores e mais atuais referências, como os produtos usando os mapas de elevação de terreno produzidos pelo United States Geological Survey e pelo International Geosphere-Biosphere Programme (IGBP). Principalmente em relação ao aumento do nível do mar, há alguns sites que exageram na questão e sugerem que o planeta inteiro pode ficar embaixo d’água, mas não é o que vai acontecer. São necessárias fontes de informações básicas, modelos confiáveis e isso não é algo trivial. Houve a preocupação de abordar a questão de maneira leve, afinal era uma festa de abertura, mas, ao mesmo tempo, passar a mensagem de que temos de cuidar do nosso planeta com urgência. Logo após a sessão dedicada à mudança climática veio o tema das florestas, que contou com a consultoria de Tasso Azevedo.
Agência FAPESP – Como o senhor avalia o resultado do trabalho e seu impacto?
Artaxo – A ideia era contar uma história e, assim, tratar das principais questões relacionadas às mudanças climáticas: aumento da temperatura do planeta, sua relação com as emissões de CO2 e de aerossóis resultantes das atividades humanas e, por último o aumento do nível do mar. Acho que o resultado final deu muito certo e ajudou a mostrar que o Brasil não se resume a samba, carnaval e Gisele Bündchen, mas também está envolvido seriamente nas questões científicas globais. Penso que tão importante quanto produzir ciência de qualidade é trabalhar para a disseminação desse conhecimento para toda a sociedade – não apenas para a comunidade acadêmica e os formuladores de políticas públicas. Acredito que a mensagem, durante a cerimônia de abertura, foi passada de modo que mesmo as pessoas sem qualquer formação científica puderam compreender e isso é extremamente importante.
Agência FAPESP – De que forma isso pode ajudar a combater o problema climático?
Artaxo – Desde o terceiro relatório do IPCC, divulgado há cerca de 15 anos, tem sido falado claramente que se não houver uma redução na emissões de gases-estufa haverá um aumento significativo na temperatura do planeta. Foi somente depois de 2007, quando o IPCC ganhou o Nobel da Paz, que o tema das mudanças climáticas ganhou visibilidade. Agora, o Acordo de Paris deixou claro que a humanidade vai atuar nessa questão para minimizar os impactos. Se o fará na velocidade necessária e da forma necessária, ninguém sabe. O fato é que os políticos, em geral, respondem às demandas da população que os elege. Mas há também fortes interesses econômicos e políticos envolvidos. E o setor de exploração de petróleo e carvão ainda é um dos maiores setores econômicos do planeta. É preciso haver muita pressão por parte da sociedade, muita política pública bem elaborada e ação governamental coordenada. No Acordo de Paris, cada país está adotando a sua meta nacional de redução de emissão de carbono, o que é absolutamente estratégico para o planeta. Claro que os compromissos feitos até o momento não são suficientes para garantir clima estável ao longo das próximas décadas, mas esperamos que os compromissos aumentem conforme se acumulam as evidências de que os impactos podem ser muito importantes, inclusive economicamente. É um complexo jogo entre a sociedade, a economia que move o planeta e os tomadores de decisão. Temos de atuar em todos os níveis e o filme da abertura da Rio 2016 ajudou a divulgar informações cruciais para a população em geral. Deixou uma mensagem inequívoca de que é preciso agir para frear as mudanças climáticas globais.

Mudanças na temperatura global de 1850 a 2016
Simulação das mudanças na temperatura global de 1850 a 2100
Clique nas imagens para abrir as animações. Os gifs foram feitos pelo climatologista britânico Ed Hawkins, da Universidade de Reading, no Reino Unido.

Zika File: Global Warming is Driving 'Neglected' Tropical Diseases Our Way

Posted By on Wed, Aug 10, 2016 at 7:15 AM

 

CENTERS FOR DISEASE CONTROL
Centers for Disease Control

The deadliest creatures on the planet don’t consume their prey outright. They sip them. These stealthy meals are hardly felt at all—until the itch sets in. Then you know: Mosquito.

Mosquito-borne diseases such as West Nile, chikungunya, and Zika—strange-sounding and remote to most American ears—are given little attention until they rush our shores to puncture our awareness in daily headlines and newscasts.

Until the recent rise in reports of malformed babies started generating low-grade panic in pockets of Texas and Florida and points in between, these diminutive bloodsuckers had been relegated largely to mere “pest” status. Sure there have been spikes of concern with the rise and fall of each tropical virus, but we've ignored the constant generation of potentially crippling new diseases beyond our borders.

Our circles of compassion too often collapse at national borders, allowing entrenched killers like malaria to continue to claim the lives of an estimated 600,000 men, women, and children (mostly children) every year across the planet’s tropical belt.

Today's national Zika debates over how to fund a proper response have stuck in the miasma of our polarized politics. Historically anemic funding of mosquito surveillance and control efforts here in Texas have left our political leaders discussing with straight faces how best to distribute cans of bug spray to the most at risk.

But for those who think shrunken-headed babies is the worst it can get: Prepare to be overwhelmed.

The colluding forces of poverty, globalization, and climate change have set the stage for a rapid cascading of public-health crises in the United States, according to one of Texas’ leading experts on tropical disease. In other words, as-yet-unrecognized nasties are already preparing to displace incoming Zika from the top of our news cycle.

“We’re in for a long haul of new or old infectious epidemics that are accelerating rapidly,” Dr. Peter Hotez, dean for the National School of Tropical Medicine at the Baylor College of Medicine in Houston, told Mark Goldberg on the “Global Dispatches” podcast earlier this year. “And we’re just not prepared.”

Thanks to human-caused climate change, epidemics of novel-sounding viruses are likely to accelerate in Texas. In fact, the quickening is already evident. Ten years after first showing its face in Texas, a West Nile virus outbreak in 2012 resulted in an unprecedented 1,800 infections here, resulting in 89 deaths. These days, mosquito-control yard signs staked into DFW lawns, where half of all 2012 cases occurred, are hard to miss.

The halting reemergence of dengue, or “breakbone fever,” is again badgering state residents, particularly in the Rio Grande Valley. During a 2005 outbreak, the CDC estimates that one in three Brownsville-area residents were exposed to the virus.

Sometimes mistaken for dengue in its manifestation in severe joint pain, chikungunya (menacingly translated as: “to become contorted”) started collecting its own domestic headlines in 2006 and 2007 and has since been observed in most U.S. states, including Texas, though exclusively as a travel-related import outside Florida—where Zika is also now putting down roots.

For some time, climate change’s expansion of warmer, wetter tropical weather across the U.S. South has been blamed for driving more tropical disease our way. What has been missing from that analysis is community-level research showing just how this may unfold.

That gap is beginning to be filled in thanks to the work of a Texas Tech University graduate student. As I wrote in detail for Texas Climate News recently, preliminary results from Kelly Neely’s work in buggy Brownsville is demonstrating that potential disease carriers will increase in Texas as the earth continues to warm.

That doesn’t necessarily translate into more infections; policy responses could partially mitigate the threat. Support for the World Health Organization’s call for an international campaign to fight neglected tropical diseases is vital, as is the reduction of poverty both here and abroad that allows these killers to develop and spread. At a federal and state level, it calls for ramping up monitoring, prevention, and control measures.

Locally, individuals can do their part by eliminating backyard breeding habitat and patching those screen doors and windows.

More importantly, we need to do everything we can to check the “neglected” disease march by acting aggressively to slow global warming. Sure, we can keep the fossil-fuel throttle wide open and simply wait for it to get too hot in Texas for the disease-carrying mosquitoes to breed. We could reach that threshold this century, according to Neely.

That would unseat the stealthy mosquito. It could unseat us, as well.

Even after Texas' first Zika-related death this week in Houston—a child struck with microcephaly—few are discussing Harris County's Executive Director of Public Health Dr. Umar Shah’s admonition that this potentially crippling wave of mosquito-borne illness is “not something we can spray our way out of of.”

Poverty, almost as much as the mosquitoes themselves and the warming climate moving them deeper into the United States, is a key risk factor here in San Antonio and around the world that few are willing to talk about.

Via SACurrent.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Mudanças Climáticas e Jogos Olímpicos.


A parte da cerimônia da abertura das Olimpíadas que abordou a questão das mudanças climáticas teve o apoio do Prof. Paulo Artaxo, docente do Instituto de Física da USP. Ele montou a temática científica para o Fernando Meirelles na parte de clima e ao Tasso Azevedo na parte de florestas.

Abaixo, o link sobre a repercussão dessa questão publicada no Washington Post:

https://www.washingtonpost.com/news/energy-environment/wp/2016/08/05/in-olympics-opening-ceremony-brazil-goes-big-on-climate-change/

How Is Climate Change Impacting the Water Cycle?




Climate change increases our risk of both heavy rains and extreme droughts. But why – and how – is that? Aren't the two contradictory?

Science has shown that climate change touches every corner of our planet’s ecosystem, and the water cycle is no exception. Because the processes involved are highly dependent on temperature, changes in one have consequences on the other. Specifically, as global temperatures have steadily increased at their fastest rates in millions of years, it’s directly affected things like water vapor concentrations, clouds, precipitation patterns, and stream flow patterns, which are all related to the water cycle.
So how does climate change impact the water cycle? We’ve created an infographic below that illustrates what’s going on, but we’ll describe it here too. Put simply, water evaporates from the land and sea, which eventually returns to Earth as rain and snow. Climate change intensifies this cycle because as air temperatures increase, more water evaporates into the air. Warmer air can hold more water vapor, which can lead to more intense rainstorms, causing major problems like extreme flooding in coastal communities around the world.

But it doesn’t end there. At the same time that some areas are experiencing stronger storms, others are experiencing more dry air and even drought. Like we mentioned above, as temperatures rise, evaporation increases and soils dry out. Then when rain does come, much of the water runs off the hard ground into rivers and streams, and the soil remains dry. The result? Still more evaporation from the soil and an increased risk of drought.
 
Check out the infographic below to see how climate change is affecting the water cycle. And if you find it useful, share it with your friends on Facebook or Twitter. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Recordes de altas temperaturas, efeito estufa e nível do mar em 2015

Recordes registrados no ano passado:

  • Temperaturas
  • Nível dos mares
  • Emissões de gases de efeito estufa
Matéria completa:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/08/1797967-recorde-de-altas-temperaturas-efeito-estufa-e-nivel-do-mar-em-2015.shtml


 

Environmental records shattered as climate change 'plays out before us'


The world is careening towards an environment never experienced before by humans, with the temperature of the air and oceans breaking records, sea levels reaching historic highs and carbon dioxide surpassing a key milestone, a major international report has found.
The “state of the climate” report, led by the National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa) with input from hundreds of scientists from 62 countries, confirmed there was a “toppling of several symbolic mileposts” in heat, sea level rise and extreme weather in 2015.

 https://i.guim.co.uk/img/media/4907f814cac32b8b44b9fe2fb02d1eec15660105/0_0_620_790/master/620.jpg?w=620&q=55&auto=format&usm=12&fit=max&s=3da3717b0d015ec290bbb7b37abb42b9

“The impacts of climate change are no longer subtle,” Michael Mann, a leading climatologist at Penn State, told the Guardian. “They are playing out before us, in real time. The 2015 numbers drive that home.”

Read full article @ The Guardian.