sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Climate Change Could Tell Us Where the Zika Virus Will Spread Next

Warming temperatures and extreme weather are making more of the world breeding grounds for the mosquitoes that carry the disease.
Larvae of the Aedes aegypti mosquito, which transmits the Zika virus, as seen in a lab in Brazil on Jan. 26. (Photo: Mario Tama/Getty Images)



It sounds like the plot for a horror movie: A virus with subtle, easily overlooked symptoms (cough, fever, rash) that has the potential to cause serious birth defects and long-term neurological problems is carried by a tiny mosquito that’s rapidly spreading throughout the world.

Global travel and climate change are creating conditions perfectly designed to increase that mosquito’s breeding potential and lengthen its biting season, leading scientists to use the term “pandemic” to describe the Zika virus’ potential for destruction. On Thursday, the director of the World Health Organization warned that the virus is “spreading explosively” in the Americas.

“There are two things most surprising about Zika,” said Peter Hotez, dean of the National School of Tropical Medicine at Baylor University in Houston. “First is the rapid spread—it’s alarming how quickly it’s going across all the Caribbean into Central America and Mexico.” There’s also concern about the virus’ potential spread to Southern Europe.

Second, said Hotez, is the “vertical transmission from mother to child—we haven’t seen that before with one of these arboviruses.” While scientists are still trying to pinpoint causality, there has been a shocking spike in cases of microcephaly—a central nervous system deformity causing an abnormally small head and brain—among babies born to mothers in Brazil, where Zika has infected as many as 1.5 million people in the past year.

In just the week ending Jan. 16, Brazilian health officials announced that 363 babies had been born with Zika-linked microcephaly, and on Wednesday they said there were 287 new suspected cases in the week ending Jan. 23. There have been a total of 4,180 cases of Zika-associated microcephaly since October, when the country instituted mandatory reporting. A spike in microcephaly had previously been noted in French Polynesia, tied to a Zika outbreak there.

Both outbreaks have also been linked to an increase in the incidence of Guillain-Barré syndrome, a little-understood autoimmune disease in which the body attacks its own central nervous system, causing long-term neurological consequences, including paralysis.

Named for a forest in Uganda where researchers first identified the virus in monkeys in 1947, Zika has only in the past eight months been considered a threat beyond a narrow slice of equatorial Africa and Asia where it appeared to be safely contained for decades.


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by Melanie Haiken a San Francisco Bay Area–based health, science, and travel writer who contributes regularly to Forbes.com and numerous national magazines.

Climate Change Basics

The video offers a simple and easy-to-understand overview of climate change. It poses basic questions such as 'What is it?' and 'How will it effect us?' and effectively answers those questions.

U.S. Environmental Protection Agency (EPA)
Video length is 2:47 min.
 
 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ambientalistas protestam contra revogação de regras sobre restauração florestal

A resolução derrubada está sendo revista, agora com a participação da Secretaria de Agricultura. Os ambientalistas também resolveram pressionar o governo e garantir que pontos importantes para a manutenção das florestas de São Paulo não se percam
Organizações ambientalistas enviaram carta aberta ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em protesto contra a revogação das regras para a regularização ambiental no Estado. Segundo os ambientalistas, a revogação das normas pode comprometer a recuperação das florestas de São Paulo.
No dia 12 de janeiro, a Secretaria de Meio Ambiente publicou a resolução SMA nº4, que detalhava as regras do Programa de Regularização Ambiental (PRA), criado no dia anterior (11) pelo governador. Após receber críticas dos ruralistas, a secretaria voltou atrás e revogou a norma.
O documento explicitava as ações que os proprietários rurais que desmataram ilegalmente deveriam fazer para regularizar a situação junto ao órgão ambiental. O Código Florestal determina que cada proprietário rural precisa preservar uma parte de suas terras. Essa parte preservada fica sendo a reserva legal. Quem desmatou essa parte fica em débito com o órgão ambiental e precisa reflorestar na própria terra ou em outra área. Os ruralistas lutam para poder compensar o desmatamento fora do estado de São Paulo. A Secretaria pensou num meio termo e permitiu a compensação fora dos domínios paulistas, desde que numa bacia hidrográfica que atendesse o estado. Mesmo assim, a resolução não foi bem aceita e o governo, pressionado, voltou atrás.
A resolução derrubada está sendo revista, agora com a participação da Secretaria de Agricultura. Os ambientalistas também resolveram pressionar o governo e garantir que pontos importantes para a manutenção das florestas de São Paulo não se percam.
“Ignorar a importância de conservar e recuperar a vegetação nativa para produção de água no Estado é condenar mais de 20 milhões de pessoas à incerteza quanto à disponibilidade de água potável. Deixar a Reserva Legal sair do Estado sem considerar a necessidade de aumentar a infraestrutura verde para produção de água e abdicar da oportunidade de desenvolver a economia da restauração florestal é impensável”, afirma Aurelio Padovezi, gerente de programas de florestas e água do WRI Brasil e vice-coordenador do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.
Na carta, assinada pelo Imaflora, Instituto Ekos Brasil, Iniciativa Verde, SOS Mata Atlântica, WRI, Observatório do Código Florestal, Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e Rede de ONGs da Mata Atlântica, as entidades defendem que o governador defina critérios específicos para dispensa de recomposição, compensação ou regeneração de desmatamento em margens de rios, nascentes e topos de morros (Áreas de Proteção Permanente) e de Reservas Legais.
Leia na íntegra.
O Eco - via JC online

Fundo Clima tem 203 projetos em execução

Relatório anual será divulgado em fevereiro, com R$ 654,7 milhões destinados a reduzir emissões e apoiar ações de adaptação

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima apresentará, no dia 3 de fevereiro de 2016, na reunião de seu comitê gestor, o relatório sobre as atividades de 2015. A instituição, que começou a operar em 2011, fechou o ano com 203 projetos em execução, R$ 371,7 milhões já aplicados, além de R$ 200 milhões que estão disponíveis para geração de energia solar e outros R$ 83 milhões para projetos que se encontram em análise.
“Entre os projetos já contratados, estão 13 propostos por empresas que tomaram financiamento com o total de R$ 276,7 milhões reembolsáveis, e 190 projetos que foram apoiados com R$ 95 milhões não-reembolsáveis; recursos distribuídos em todo o país”, relata o gerente do Fundo Clima, Marcos Del Prette.
As verbas são provenientes do orçamento do MMA. O dinheiro destinado a projetos reembolsáveis é repassado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o destinado aos não-reembolsáveis é executado pelo próprio Ministério.
Projetos
Os financiamentos reembolsáveis foram destinados a grandes empreendimentos, como geração de energia de biogás em aterros sanitários, usina de triagem mecanizada de resíduos sólidos e implantação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), por exemplo.
Entre os financiamentos reembolsáveis, além dos R$ 276,7 já executados, o Fundo Clima tem reservados R$ 200 milhões que serão investidos em energia solar, destinados às empresas que estão em processo de habilitação para a execução de propostas vencedoras em leilão realizado em outubro de 2014. Tem ainda outros R$ 83 destinados a projetos que se encontram em análise.
Os projetos não-reembolsáveis são desenvolvidos por instituições públicas federais, estaduais e municipais, além de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos. Foram investidos recursos em ações como assistência técnica e manejo florestal, recuperação de áreas de preservação permanente, combate à desertificação, energia solar, implantação de infraestrutura de monitoramento para gestão de riscos dos impactos das mudanças climáticas e vulnerabilidade costeira.
Impactos
Del Prette afirma que aproximadamente 40% dos projetos financiados com recursos não-reembolsáveis já foram concluídos. “Este foi um período de estruturação e de testes do Fundo do Clima. Queremos no futuro não apenas avaliar esse tipo de resultado, mas também pretendemos avaliar os impactos na redução das emissões de gases de efeito estufa que resultaram da execução desses projetos. Mas precisamos aguardar, para que as ações executadas tenham tempo de produzir resultados mensuráveis”.
O gerente informa, ainda, que o Fundo Clima está em fase de avaliação externa, e que para isso foi contratada uma instituição – a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) – cujo trabalho deve ser concluído neste semestre.
Saiba mais: Fundo Clima
Criado pela Lei 12.114/2009 e regulamentado pelo Decreto 7.343/2010, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima é um instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, instituída pela Lei 12.187/2009. A finalidade é financiar projetos, estudos e empreendimentos para a redução dos impactos e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.
O Fundo Clima é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e disponibiliza recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis, que são administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os recursos não-reembolsáveis são operados pelo MMA.
Ascom/MMA

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

68ª Reunião Anual da SBPC: Sustentabilidade e tecnologias para a integração social

Agência FAPESP – Estão abertas as inscrições para a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 3 a 9 de julho de 2016 em Porto Seguro, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), com o tema “Sustentabilidade e tecnologias para a integração social”.
O prazo para inscrições com submissão de resumos vai até o dia 22 de março, ou enquanto houver vagas. Para aqueles que não desejarem apresentar trabalhos, as inscrições podem ser feitas até 21 de junho.
Todos os resumos aprovados serão incluídos na programação da Sessão de Pôsteres, destinada à apresentação de pesquisas científicas e tecnológicas; experiências e/ou práticas de ensino-aprendizagem; e relatos de casos ou experiências.
Podem ser submetidos trabalhos em todas as áreas do conhecimento, por estudantes de graduação ou pós-graduação, docentes de ensino superior, pesquisadores e outros profissionais, estudantes e professores da educação básica ou ensino profissionalizante.
Na edição de 2016, o evento terá um limite de 2.800 pôsteres. Se esse limite for atingido antes da data final do prazo, as inscrições serão encerradas, inclusive para as instituições que objetivam participar da Jornada Nacional de Iniciação Científica.
A programação da 68ª Reunião Anual da SBPC será divulgada a partir de junho no site do evento.
Mais informações: www.sbpcnet.org.br/portoseguro/home/index.php

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pesquisa da UFRN avalia água e estuda transmissão de doenças no semiárido

Os resultados indicam que a gestão inadequada de recursos hídricos pode ser o principal entrave para a conservação e uso sustentável dos mananciais disponíveis no semiárido brasileiro


Estudos realizados nos principais reservatórios da região semiárida do Rio Grande do Norte revelaram sérios problemas de qualidade de água, incluindo a contaminação por metais. Os resultados indicam que a gestão inadequada de recursos hídricos pode ser o principal entrave para a conservação e uso sustentável dos mananciais disponíveis no semiárido brasileiro.
“Observa-se que nesses locais a necessidade de preservação dos recursos hídricos se torna mais eminente e medidas eficazes, sejam tecnológicas ou educacionais, precisam ser implementadas para incentivar a conservação dos corpos d’água”, analisa a pesquisadora Viviane Souza do Amaral, do Departamento de Biologia Celular e Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A pesquisadora estuda a influência do fenômeno da radiação natural na saúde das populações que vivem nas áreas de riscos. O problema se agrava quando há a escassez de recursos hídricos, uma vez que potencializa a concentração de metais, oriundos do processo de decaimento de urânio, presente nos afloramentos rochosos, e provenientes também das atividades antrópicas, como esgoto e agricultura.
Lajes Pintadas
A pesquisa realizada pela professora Viviane Amaral mostra problemas enfrentados no município de Lajes Pintadas, situado na mesorregião do agreste do Rio Grande do Norte, a 135 quilômetros de Natal. Com uma população de 4.614 habitantes, a cidade é abastecida pelo açude público construído no ano de 1953 e pela adutora Monsenhor Expedito.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2010, Lajes Pintadas apresentou 415,2 casos de câncer num total de 4.614 habitantes, um número superior ao registrado na capital do estado que foi de 353,5 novos casos (806.203 habitantes). No município, existem afloramentos rochosos com a presença de ionizantes naturais que liberam o gás radônio e, consequentemente, o chumbo para o ambiente.
Os tipos de câncer mais comuns no município são os de orofaringe, estômago e pulmão. A alta incidência de casos de neoplasias na população de Lajes Pintadas pode estar associada à exposição à radiação natural e seus subprodutos como o radônio e os metais pesados, de acordo com a pesquisa.
“Os efeitos da exposição à radiação natural são amplificados pela diminuição da disponibilidade hídrica gerada pelos processos de seca, uma vez que possibilita a concentração desses produtos no açude”, destaca Viviane Amaral.
Os estudos identificaram um aumento na frequência de mutações cromossômicas em organismos indicadores expostos às águas do açude de Lajes Pintadas. Além disso, foram registrados altos índices de radiação em 26 pontos distribuídos ao longo do açude e uma alta concentração de metais, em especial o chumbo. Os valores foram significativamente maiores em períodos de escassez hídrica.
Radiação
Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica-AIEA (2007), o Brasil possui uma das maiores reservas mundial de urânio, possuindo a sétima maior reserva geológica com cerca de 310.000t de U3O8, ficando atrás dos Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Rússia, Cazaquistão e Austrália os quais possuem uma reserva com volume em torno de 1.462.000t.
O urânio é o elemento químico mais pesado de ocorrência natural. Geralmente encontra-se disponível no interior da crosta terrestre, no entanto, processos naturais e antrópicos contribuem para a sua redistribuição em todo o meio ambiente. Com isso, há uma ampla distribuição deste metal em praticamente todos os compartimentos ambientais (rochas, solos, águas superficiais e subterrâneas, ar, plantas e animais).
Um dos isótopos formados na cadeia de decaimento do urânio é um gás inerte radioativo, o radônio. Este, por se tratar de um gás, tem como sua principal via de absorção o sistema respiratório. Pelo fato desse gás ser liberado por rochas e solos que contenham urânio, a contaminação através da exposição natural ao radônio é um fato de preocupação mundial. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), e o Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos (USNTP) o radônio é um agente carcinogênico humano, e quando ao inalar um átomo de radônio, ele pode se desintegrar dentro dos pulmões.
O chumbo inorgânico tem sido recentemente recategorizado pela IARC a grupo 2A como provável carcinogênico humano, portanto sua presença poderia influenciar positivamente na ocorrência de câncer pela exposição a radônio ao longo da vida.
“Níveis elevados de chumbo no sangue têm efeitos conhecidos relacionados com disfunção cognitiva, distúrbios neurocomportamentais, danos neurológicos, hipertensão e insuficiência renal. Os efeitos, relacionados à exposição ao chumbo, são distintos quando comparados em adultos e crianças. Tal fato pode ser explicado devido à suscetibilidade que o organismo apresenta no período da infância, principalmente no que diz respeito ao sistema nervoso, o qual se encontra ainda em formação”, explica a professora Viviane Amaral.
De acordo com a pesquisadora, inúmeros estudos revelam que a presença de chumbo no sangue de crianças acima de 5 ug% causam alterações no sistema nervoso infantil, originando problemas nas funções cognitivas, distúrbios de comportamento, baixo rendimento escolar, diminuição da capacidade visual, dentre outros.
“O processo de decaimento do urânio somado as condições climáticas desfavoráveis, torna-se uma preocupação no âmbito toxicológico devido aos diferentes efeitos em consequência da contaminação por radônio e chumbo amplificada pela escassez hídrica. Nosso projeto propõe realizar uma avaliação do risco carcinogênico e não carcinogênico na população exposta naturalmente à radônio e ao chumbo no município de Lajes Pintadas”, explica Viviane Amaral.

(Assessoria de Imprensa – Centro de Biociências – UFRN)

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Mudanças Climáticas podem secar a produção energética global, aponta estudo

Ondas de calor e secas em um planeta cada vez mais quente podem paralisar usinas de energia em algumas décadas se não houver medidas de adaptação, alertam pesquisadores

Milhares de usinas elétricas ao redor do mundo podem enfrentar reduções severas na capacidade de gerar eletricidade até meados deste século devido à escassez de água, de acordo com um novo estudo.
Usinas hidro e termoelétricas (nuclear, de combustível fóssil ou de biomassa) estão vulneráveis à diminuição dos rios e reservatórios com o aquecimento global, diz um estudo publicado na revista Nature nesta segunda-feira, 4.
O texto na íntegra está disponível em inglês: The Guardian

Via JC Online