sexta-feira, 31 de julho de 2015

BREAKING: Manam Volcano Erupts in Papua New Guinea

By Mark Leberfinger, AccuWeather.com Staff Writer
July 31, 2015 The Manam volcano in Papua New Guinea sent up a major eruption on Friday, local time, the first of its kind in almost 11 years.
Volcanic ash was sent 19,812 meters (65,000 feet) into the air as a result of the eruption, the Australian Bureau of Meteorology reported in an volcanic ash advisory. The plume was moving to the southwest but was spreading out in all directions.
A volcanic ash plume is shown off the coast of Papua New Guinea on Friday, July 31, 2015, after the Manam volcano erupted. (Photo/Himawari-8/Japanese Meteorological Agency/NOAA).

A Code Red aviation advisory was issued as a result.
The eruption was reported around 1 p.m. Friday, local time (11 p.m. EDT).
The last major eruption of Manam, located 13 kilometers (8 miles) off the northern coast of Papua New Guinea, occurred in August 2004, according to the Global Volcanism Program at the Smithsonian Institution.
The Manam volcano is 1,807 meters (5,927 feet) high.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A matemática na prevenção de desastres naturais

"Quando uma forte chuva desabou sobre a Região Serrana do Rio na noite de 11 para 12 de janeiro de 2011, ninguém estava preparado ou podia prever a tragédia que se seguiu. Enxurradas e deslizamentos de terra deixaram mais de 900 mortos e 300 pessoas desaparecidas, num dos maiores desastres naturais a atingir o país. Mas foi justamente na esteira desta catástrofe que o Brasil — poupado de terremotos, vulcões e furacões, entre outros fenômenos devastadores — finalmente “acordou” para a importância da gestão destes tipos de riscos. No mesmo ano, o governo federal criou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e fortaleceu outras instituições com o objetivo de evitar novas tragédias.
Passados mais de quatro anos, profissionais de várias áreas envolvidas no assunto estão reunidos no 30º Colóquio Brasileiro de Matemática, que o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) promove esta semana no Rio. A ideia é trocar conhecimentos, aprofundar a colaboração e atrair jovens pesquisadores para estudar as muitas facetas do problema. E não são poucas as ferramentas da matemática usadas nisso, destaca Leonardo Bacelar, pesquisador do Cemaden e um dos coordenadores do evento.
— A matemática tem três níveis de interseção com a área de prevenção de desastres — conta Bacelar. — O primeiro é a própria compreensão do problema e a percepção do risco, afinal, é ela que usamos para entender o mundo. Muitas vezes, vemos informações como “choveu X milímetros em determinado lugar em duas horas”, mas poucos entendem o que quer dizer este número solto. O segundo é a modelagem e a simulação de processos físicos. Aqui saímos de um lado mais educacional para a prática, a ciência da computação e a física. Vemos quais são os agentes deflagradores de um cenário, no caso do Brasil basicamente fenômenos meteorológicos, com duas ramificações bem definidas, na hidrologia e na geodinâmica, isto é, enxurradas e inundações e deslizamentos de encostas. Aqui, delizamentos são os desastres que mais matam, e as inundações, os mais frequentes. Por fim, a matemática é fundamental para estimar perdas e danos dos desastres, e quanto um município, por exemplo, vai precisar para ser reconstruído.
Definidos estes níveis, é hora de colocar em prática estes conhecimentos, o que já está acontecendo de forma cada vez mais generalizada no país, diz Leandro Torres, professor de engenharia civil da Escola Politécnica da UFRJ e de gestão de riscos hidrológicos na Coppe/UFRJ:
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— O desastre da Região Serrana foi um marco na gestão de riscos no Brasil. Sem dúvida, os estudos teóricos, as modelagens fazem toda a diferença na hora em que acontece um desastre. Buscamos que ele impacte o mínimo possível o sistema, o que se traduz na preservação de vidas, bens e propriedades. Esse conjunto de conhecimentos trabalha na direção de aumentar a resiliência de um sistema para diminuir seu risco. A missão do Cemaden é tentar entender como os componentes de risco se ligam, quando se desenha uma situação que pode ser um desastre, e emitir um alerta quanto a isso. O Brasil está começando nesta área. Estamos discutindo aqui mais um passo de um programa de pesquisa sobre a relação entre fenômenos naturais e sistemas urbanos. Por fim, como resume Haroldo de Campos Velho, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, é fazer o máximo para que os danos de um desastre natural sejam mínimos.
— Desastres vão acontecer, e as áreas de risco vão estar em risco. É por isso que precisamos ter planos de prevenção e ação — afirma. — Estas áreas têm de estar preparadas e serem alertadas, disparando um protocolo de procedimentos, para que tenhamos o menor impacto. O ideal é que a gente avise e não aconteça. Como um seguro, que a gente paga para não usar, mas que, se tiver que usar, vai estar lá."

 

terça-feira, 28 de julho de 2015

How Solar Power Is Transforming India’s Energy Market (Part I)

July 26th, 2015 by
There is a solar transformation underway in India: record low tariffs, huge investment interest, and real growth. But stumbling blocks remain.
A year ago, the Indian government announced a goal of 100 GW of solar by 2022. Many market participants (including myself) were skeptical. In the last couple of months, however, the mood has changed. The goal appears to become more attainable by the day. This is partly due to Indian solar policies, partly due to rising overall investor confidence in India, and partly due to the dynamics of global markets — generally, and in terms of energy and solar. However, not all is good. I cover the challenges in Part 2 (coming tomorrow).
First, these are my main reasons for being optimistic:
Real growth on the ground: A key accusation often made against the Indian market in general and India’s solar plans in specific was that it is all words and no implementation. That has now been proven wrong. In the last three years, the Indian market grew by 1 GW per year. This year, India is expected to add as much as 5 GW (1.1 GW already commissioned). Until recently, our estimate was 3 GW, but now revised our projections upwards (see our India Solar Handbook). In 2016, India may add 7–10 GW of solar (the government plans to auction 10 GW this year).
Radical fall in tariffs: The most competitive bid in October 2014 was INR 6.01 kWh or US$ 0.0875 for a 40 MW plant by US-based First Solar. In Madhya Pradesh bids, opened last week, the highest winning bid was INR 5.64/kWh for a 50 MW plant by Indian developer Hero Future Energy and the lowest bid was an incredible INR 5.05/kWh or US$ 0.0795 for a 50 MW plant by Canadian developer SkyPower Solar.
Globally, the current lowest tariff is from developer ACWA Power in Dubai at $ 0.06 per kWh. If you take into account that interest rates in India are around 7–8% higher than in the UAE and that the state utilities of Madhya Pradesh have a very low credit rating, the aggressiveness of the tariff by global standards becomes clear.
It brings utility-scale solar in India to a point where it may no longer need government support. Think about this: the benchmark tariff set by the government, against which project developers can bid for a capital subsidy amount (“Viability Gap Funding”) in the upcoming National Solar Mission auction is INR 5.45/kWh. Given that the central government is a far more bankable off-taker than the Madhya Pradesh state utility, at this rate, bidders should offer the government money to sign power purchase agreements instead of drawing a subsidy!
Consider also, that the price for new thermal power from coal in India is between US$0.70 and US$0.90 per kWh (as based on recent PPAs signed). In the future, as solar project sizes will further rise and costs fall, and as grid bottlenecks will be reached in certain regions, we will probably see the market turn towards providing “dispatchable” solar power, where solar is complemented by, for example, wind, grid storage, and natural gas.
An interesting side-effect of this fall in solar tariffs and the competitiveness of the auctions is that it can expose insider business and corruption wherever solar deals are signed without bidding. Indian developer Adani, for instance, had signed a PPA with the state of Tamil Nadu directly (i.e. without a bidding process) for a 648 MW project at a tariff of US$0.11 per kWh just weeks before offering solar power at 2 cents less to Madhya Pradesh for a much smaller project size. Differences in off-take risk, irradiation, or land costs can hardly explain this difference.
New players in the market: The Indian solar market is maturing fast. A good sign of that is the rapidly rising interest of large, professional international players. A game-changer in the market was the announcement by Softbank (Japan) to invest $20 billion into the Indian solar market over the next 10 years together with partners Bharti (India) and Foxconn (Taiwan). This was followed by announcement by Russia’s Rosneft to build up to 20 GW of solar in India. In addition, there is significant interest from global solar companies including Sun Edison and First Solar from the US, from private equity investors, and from European and US utilities. Some of this interest is linked to shifting global dynamics in the energy markets, but the larger part is due to renewed investor confidence in India.
While this is all very encouraging indeed and points towards India becoming one of the most dynamic solar (and, in fact, energy) markets in the world, there still are some stumbling blocks. I look at these in the second part or this series.

By the way, a great way to stay up to date with India’s energy market is to subscribe to the free Bridge To India newsletter.

Remark: Part II can be read here.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Amazônia terá produção de gelo por energia solar

por Eunice Venturi

O Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implantará mais uma etapa do projeto "Gelo Solar: tecnologia para conservação de alimentos em comunidades isoladas da Amazônia". Na comunidade Vila Nova do Amanã, município de Maraã (AM), serão instaladas três máquinas equipadas com um sistema fotovoltaico inovador, que não utiliza baterias, e capta a energia do sol para a produção de gelo. Outra máquina será instalada na Pousada Flutuante Uacari, também no Amazonas, para monitoramento da equipe.
Segundo Ana Claudeise do Nascimento, socióloga e pesquisadora do Instituto Mamirauá, "ao produzir gelo com energia solar localmente, as populações tradicionais poderão conservar seus produtos com custo reduzido. Com isso, poderão transportar seus alimentos para os centros consumidores em melhor estado de conservação, agregando valor aos seus produtos e aumentando a renda familiar".
A máquina, que pesa cerca de 300 quilos, foi produzida por uma empresa sediada no Paraná, a partir de tecnologia desenvolvida pelo Instituto de Energia e Ambiente, da Universidade de São Paulo. "A tecnologia é ambientalmente aceita, por utilizar uma matriz energética sustentável para produção de gelo e por não requerer o uso de baterias que possuem metais pesados prejudiciais à vida das famílias e ao meio ambiente", explicou a socióloga.
Depois de percorrer um longo caminho, as máquinas chegaram em Tefé (AM), e estão aos cuidados da equipe do Instituto Mamirauá, responsável pela instalação na comunidade, que terá início no dia 4 de agosto. Em um barco regional, elas serão transportadas até a comunidade quando a instalação terá início. Com apoio da comunidade, a equipe irá acomodar plataformas em uma casa de madeira – já construída pela Prefeitura de Maraã – para que as máquinas fiquem acima do nível da enchente do rio.
Uma segunda equipe irá conduzir a construção da estrutura que recebe o sistema fotovoltaico e instalar os 60 painéis solares. Essa estrutura será semelhante a uma garagem. Após concluídas essas duas etapas, as máquinas serão transportadas do barco até o local aonde irão funcionar. Com a máquina na casa, os técnicos farão as ligações entre os painéis, as máquinas e o quadro elétrico.
Simultaneamente, será instalado um sistema de captação de água de chuva, que será tratada e utilizada para a fabricação do gelo. A conclusão desse processo está prevista para o dia 13 de agosto, quando a máquina será testada. A inauguração será no dia 15 de agosto. "Como se trata de um projeto experimental, é necessário que se crie um ambiente onde se possa testar todo o potencial da máquina, principalmente em relação a sua produção diária de gelo, de 30 quilos por equipamento, em ambiente amazônico", explicou Ana Claudeise.
A questão energética na Amazônia
Segundo a pesquisadora, o acesso à energia eletrica é uma condição importante para o desenvolvimento econômico e para melhoria da qualidade de vida dos usuários. "Na região do médio Solimões, Estado do Amazonas, o fornecimento de energia elétrica para áreas rurais é feito através de pequenas termelétricas a diesel com alto custo de operação, manutenção e distribuição de combustível, e uma baixa eficiência na produção de energia, em média, quatro horas diária", afirmou Ana Claudeise.
O resultado é a limitação da conservação do alimento para consumo e, consequentemente, para comercialização, já que o pescado poderia ser vendido nos centros urbanos. Os mais próximos da comunidade Vila Nova do Amanã, local de instalação da primeira máquina desse tipo na Amazônia, por exemplo, estão distantes 18 horas de viagem por via fluvial. "O resultado é um processo oneroso em tempo e em recurso financeiro, sendo altamente ineficiente e ambientalmente desfavorável, uma vez que a produção de gelo na maior parte da Amazônia é proveniente da geração termoelétrica a diesel", concluiu.
Desafio de Impacto Social Google | Brasil
Em 2014, uma das maiores empresas de busca na Internet do mundo, o Google, promoveu no Brasil o Desafio de Impacto Social Google | Brasil. A iniciativa teve por objetivo apoiar organizações não governamentais que estão trabalhando para solucionar problemas sociais e gerar impacto por meio da tecnologia. Foram 751 projetos inscritos e o Instituto Mamirauá ficou entre os 10 finalistas, com o projeto "Gelo Solar: tecnologia para conservação de alimentos em comunidades isoladas da Amazônia". Pela importância e relevância dos finalistas, o Google concedeu uma premiação de R$ 500 mil para cada um deles. Com esse recurso, o Instituto Mamirauá vem executando parte do projeto "Gelo Solar".

Fonte: Instituto Mamirauá

The role of oceanic plankton in cloud formation

From: Universtity of Washington via Environmental News Network

Nobody knows what our skies looked like before fossil fuel burning began; today, about half the cloud droplets in Northern Hemisphere skies formed around particles of pollution. Cloudy skies help regulate our planet’s climate and yet the answers to many fundamental questions about cloud formation remain hazy.
Satellites use chlorophyll’s green color to detect biological activity in the oceans. The lighter-green swirls are a massive December 2010 plankton bloom following ocean currents off Patagonia, at the southern tip of South America.NASA
New research led by the University of Washington and the Pacific Northwest National Laboratory suggest tiny ocean life in vast stretches of the Southern Ocean play a significant role in generating brighter clouds overhead. The results were published July 17 in the online, open-access journal Science Advances.
The study shows that plankton, the tiny drifting organisms in the sea, produce airborne gases and organic matter to seed cloud droplets, which lead to brighter clouds that reflect more sunlight.
“The clouds over the Southern Ocean reflect significantly more sunlight in the summertime than they would without these huge plankton blooms,” said co-lead author Daniel McCoy, a UW doctoral student in atmospheric sciences. “In the summer, we get about double the concentration of cloud droplets as we would if it were a biologically dead ocean.”

Read more at Universtity of Washington.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Effects of volcanism on tropical variability

A paper by(†) Maher, N., S. McGregor, M. H. England, and A. Sen Gupta
Geophysical Research Letters -  Wiley Online Library

Abstract

The effects of large tropical volcanic eruptions on Indo-Pacific tropical variability are investigated using 122 historical ensemble members from CMIP5. Radiative forcing due to volcanic aerosols in the stratosphere is found to increase the likelihood of a model climatic response that projects onto both the El Niño-Southern Oscillation and the Indian Ocean Dipole (IOD) mode. Large eruptions are associated with co-occurring El Niño and positive IOD events in the ensemble means that peak 6–12 months after the volcanic forcing peaks, marking a significant increase in the likelihood of each event occurring in the Southern Hemisphere (SH) spring/summer post-eruption. There is also an ensemble mean La Niña-like response in the third SHsummer post-eruption, which coincides with a significant increase in the likelihood of a La Niña occurring. Taken together with the initial cooling, this La Niña-like response may increase the persistence of the cool global-average surface temperature anomaly after an eruption.

(†)This article has been accepted for publication and undergone full peer review but has not been through the copyediting, typesetting, pagination and proofreading process, which may lead to differences between this version and the Version of Record. Please cite this article as doi: 10.1002/2015GL064751

segunda-feira, 20 de julho de 2015

El Nino has just fuelled the hottest June across the world



Global temperature records continued to tumble in June, as the strengthening El Nino in the Pacific combined with background warming from climate change.

Land and sea-surface temperatures last month and for the first half of 2015 were the warmest in 136 years of records, the US National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) said on Monday.

For the first half of 2015 alone, those surface temperatures were 0.85 degrees Celsius above the 20th century average, beating the previous record set in 2010 by 0.09 of a degree.

The record temperatures come as nations prepare for a global climate summit in Paris in late 2015. Australia is one of the few developed countries to have declared its post-2020 targets to cut greenhouse gas emissions that scientists say is contributing to the record planetary warmth.

As NOAA noted, the previous record came at a point when the El Nino had finished in 2010. This year, however, the El Nino has barely begun and there is an 80 per cent chance that the event will last beyond March 2016, or the start of the northern spring, the agency said.

Last year was the hottest on record and 2015 is well on course to be warmer still. Since the impact of El Ninos on surface temperatures - typically giving them a 0.1-0.2 kick higher - is more pronounced at the end of the event, 2016 is also a fair chance to set the bar higher again.

El Ninos involve large areas of the central and eastern Pacific warming relative to western regions as trade winds stall or reverse. One result is that the world's biggest ocean becomes less of a heat sink than in a neutral year and can even give back warmth....

Source:Ben Cubby @bencubby

See also here @NCDC NOAA

Déficit de chuvas no Brasil vem aumentando nas últimas décadas

Elton Alisson, de São Carlos | Agência FAPESP – O déficit de chuvas em todo o Brasil vem aumentando nas últimas décadas e se tornando mais grave nos últimos anos.
A região Sudeste do país, por exemplo, que enfrentou em 2014 e 2015 o maior período de estiagem dos últimos 70 anos, entrará em meados de agosto – quando se inicia a estação mais seca do ano – com menos água do que tinha em 2014.
As constatações são de estudos realizados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Alguns dos resultados dos estudos foram apresentados em uma conferência sobre a problemática da seca no Sudeste brasileiro, realizada na sexta-feira (17/07) durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento ocorreu até sábado (18/07) no campus na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
“Temos um situação de déficit de chuvas tremendo em todo o país, que representa uma situação muito grave. A quantidade de chuvas que entra nos sistemas de vazão está diminuindo e contribuindo para deixar nossa conta bancária hídrica cada vez mais no vermelho”, disse Paulo Nobre, pesquisador do Inpe.
Os pesquisadores do Inpe realizaram um estudo em que compararam os dados de registros de chuva no país no período entre 1960 e 1990 com os deste ano para estimar qual o atual “saldo da conta bancária de água” do país.
As projeções indicaram que a região Norte possui um saldo negativo de 6 metros cúbicos (m3) por metro quadrado (m2).
A região Nordeste tem um déficit hídrico em torno de 4 m3 por m2 e a região Sul está em uma situação de equilíbrio.
Já a região Sudeste está no “cheque especial”, com um saldo negativo de 3,5 m3 por m2.
“Isso representa grandes volumes de água que não foi usada para o crescimento de plantas ou o consumo humano, mas que, simplesmente, não entrou no ciclo hidrológico”, disse Nobre.
Em outro estudo, os pesquisadores analisaram a quantidade de chuvas durante os verão na região Sudeste a partir da década de 1960 até os últimos anos.
Algumas das constatações foram que, nas décadas entre 1960 e 1980, chegaram a ocorrer durante um mês ao menos duas chuvas de mil milímetros.
Nas décadas entre 1980 e 2000 essas chuvas se tornaram menos frequentes e raramente ultrapassaram 900 milímetros.
Já ao longo da década de 2000 e nos últimos anos as chuvas durante o verão no Sudeste mal ultrapassaram o volume de 100 milímetros.
“Desde 2010 vem chovendo abaixo da média no Sudeste do país. Com isso o nível dos reservatórios da região foram diminuindo e tivemos a grande seca de 2014 e 2015”, afirmou.
O total de chuvas que cai sobre o reservatório Cantareira – um dos que abastecem São Paulo e que tornou-se símbolo da seca no Estado de São Paulo – vem diminuindo de uma década para outra, afirmou o pesquisador.
Um estudo em fase de execução realizado por Carlos Nobre, pesquisador do Inpe e colaboradores, calculou a taxa de vazão do sistema Cantareira no últimos 130 anos.
Os resultados do estudo indicaram que desde 1880 vem diminuindo a vazão das sub bacias que abastecem o Cantareira.
“A seca de 2014 e 2015 foi um evento extremo de diminuição de longo efeito que fez com que a vazão do reservatório fosse decaindo nos últimos 20 anos”, avaliou Paulo Nobre.

Aumento da temperatura
De acordo com o pesquisador, um dos fatores que contribuiu para a maior depressão pluviométrica registrada no Sudeste do país este ano desde 1945 foi o aumento da temperatura na região e em outras partes do Brasil.
Um levantamento realizado por ele e colaboradores das médias de temperatura em todas as regiões do Brasil entre 1960 e 2010 apontou que a temperatura do país, como um todo, está aumentando.
“Estamos constatando que, ano após ano, o Brasil está ficando mais quente. E isso se deve, em grande parte, ao fato de que a temperatura do planeta está aquecendo devido, entre outros fatores, ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera”, afirmou.
O aumento da temperatura da atmosfera induz rapidamente a ocorrência de eventos extremos, como secas e inundações, no ciclo hidrológico, explicou Nobre.
Isso porque, quando o ar está mais quente, ele dissolve mais rapidamente o vapor d’água capturado da superfície e consegue gerar nuvens maiores, causando chuvas mais intensas.
“As chuvas intensas afetam toda a circulação planetária, ocasionando chuvas em um determinado local e seca em outros”, detalhou.
O aumento das emissões de gases de efeito estufa, como o CO2 na atmosfera, combinado com a elevação da temperatura tende a agravar, ainda mais as crises hídricas, ressaltou o pesquisador.
Utilizando o Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM, na sigla inglês), desenvolvido com auxílio da FAPESP, os pesquisadores fizeram uma simulação em que quadruplicam a quantidade atual de CO2 encontrado na atmosfera no país – de 300 partes por milhão (ppms) – para estimar o que aconteceria na dinâmica da atmosfera.
As análises das simulações indicaram que a presença de 1,2 mil ppms de CO2 na atmosfera induziria a um aumento do número de dias consecutivamente secos no país.
A seca que aconteceu na região Sudeste do país poderia tornar-se mais frequente e haveria um aumento da ocorrência de períodos longos e estiagem no Nordeste e na Amazônia e na América do Sul, de um modo geral.
Em contrapartida, também haveria um aumento na frequência de dias com precipitação intensa, distribuídas em períodos de estiagem mais longos.
“As projeções apontam que o clima do Brasil no futuro terá mais condições como as que estamos vivendo agora, com enchentes no vale dos rios Itajaí e Tubarão, em Santa Catarina, e do rio Madeira, na Amazônia, e secas mais frequentes no Nordeste e Sudeste”, afirmou Nobre.





segunda-feira, 13 de julho de 2015

United Kingdom: New research sheds light on future seasonal extremes

8 July 2015 - A more detailed view of how England and Wales climate is expected to change out to 2100 has been revealed in new research from the Met Office.

Published in Nature Climate Change, the research paper adds new insights to the UKCP09 climate projections - which provided information on how the UK climate might change in future based on 30-year averages.
Headline conclusions from UKCP09 were that in future we would expect a general trend towards milder, wetter winters and hotter, drier summers.
The newly published paper goes further by providing detail on how this trend interacts with the year-to-year variability in our climate system to affect individual seasons.
Results reveal that the chances of, for example, very cold winters or very wet summers reduce as the world warms under climate change - but they would still be possible in individual years.
David Sexton, lead author of the new research, said: "The original headline UKCP09 trends tell us how typical seasons might change, but our new research provides a more detailed picture of the range of seasonal temperatures and rainfall we could see in a given year.
"The future climate can now be described in terms of the extreme hot, cold, wet or dry seasons which could associate with floods, droughts, heatwaves and cold spells that impact society."
The paper suggests revised headlines for UKCP09 would be that we can expect an increasing chance of warmer winters, with fewer colder ones and we can also expect an increasing chance of dry summers, but only a modest reduction in the chances of very wet summers.
Results from the paper quantify the chances of specific types of seasons over England and Wales. Some of the key conclusions are:
Winter
  • The chances of a colder than average winter (according to 1961-90 long-term averages) are about 20% by 2020, but they drop to 4% by 2100.
  • The chance of the very cold winter temperature seen in 2009/10 was about 6%, but by 2100 the chance drops to less than 1%.
Summer
  • For the next 20 years there is still a 35-40% chance of getting a wetter than average summer. The chance drops to about 20% by 2100.
  • The chances of a very wet summer (defined as 20% more rain than the 1961-90 average) are expected to fall from 18% in 2020 to 10% by 2100.
  • The chances of a summer considered very hot historically (happening once every 20 years) rises to 90% (i.e. happening much more often than not) by 2100.
Glen Harris, a co-author on the research, said: "While there is a trend towards warmer winters and drier summers, there will still be a lot of variations in weather from year to year. Cold winters and wet summers just become less likely, and we will still have to be prepared for them."

Last updated: 8 July 2015@ MetOffice

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Chinese air pollution may have exacerbated flooding

Science: In July 2013 Sichuan Province in China experienced the worst flooding in 50 years. Some 200 people were killed; another 300 000 were displaced; and many homes, factories, and bridges were destroyed. Because the Sichuan basin is known for its high level of air pollution, researchers decided to investigate what effect, if any, that may have had on the severity of the event. Jiwen Fan of Pacific Northwest National Laboratory in Richland, Washington, and her colleagues developed two weather system models: one that included the heavy pollution of the present day and one with no pollution. They found that in the dirty-air model, the thick blanket of smoke absorbed much of the sunlight, which kept the ground cooler and suppressed rainfall. As night approached, the moist air mass shifted toward the mountains lining the basin, which triggered the rain to fall—much more heavily and over a shorter period of time than it would have done over the basin. It was the combination of geography and pollution that made the floods so much more severe, Fan says, and those effects need to be taken into account in weather forecasting. The researchers' findings have been published in Geophysical Research Letters.

Senado aprova política de combate à desertificação

Objetivo do projeto (PLS 70/2007) é promover ações preventivas na região semiárida, suscetível à desertificação, para evitar práticas que resultem na degradação da terra


Em votação simbólica nesta quarta-feira (8), o Plenário do Senado aprovou a proposta que cria a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. A matéria segue para sanção presidencial.
Conforme o relator na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Otto Alencar (PSD-BA), o objetivo do projeto (PLS 70/2007) é promover ações preventivas na região semiárida, suscetível à desertificação, para evitar práticas que resultem na degradação da terra.
O parlamentar explica que já existe resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelecendo uma política de controle da desertificação, mas as soluções para o problema demandam a criação de lei específica sobre o tema, em sua avaliação.
O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 70/2007, do ex-senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que estabelece princípios e objetivos da política e autoriza o Executivo a criar a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD). Essa instância será responsável por implementar ações e articular as iniciativas de órgãos federais, estaduais e municipais.
Conforme Otto Alencar, as áreas passíveis de desertificação no Brasil somam cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, em oito estados do Nordeste e em municípios do norte de Minas Gerais. Nessa região semiárida, diz ele, vivem cerca de 23 milhões de habitantes, em mais de mil municípios.
– É a maior população do mundo concentrada em uma região semiárida. É também uma região com extrema pobreza, em que mais de 50% da população dependem de programas sociais governamentais e da sociedade civil – completou o senador.
Para evitar a desertificação, afirma Otto Alencar, são necessárias ações que permitam, por exemplo, coibir práticas agrícolas inadequadas, que contribuam para a ocorrência e o agravamento do fenômeno.
– No caso brasileiro, as secas são fenômenos recorrentes, específicos da região semiárida, fazendo-se necessário um conjunto de ações permanentes para seu enfrentamento. Ao mesmo tempo, alguns cenários de mudança do clima incluem o agravamento da escassez hídrica nessa região – observou o parlamentar
Agência Senado - via Jornal de Ciência Online

TeachingClimate? Following Raindrops - the Water Cycle

? This video looks at the effects of on the water cycle:

Following Raindrops

 "This video examines how scientists learn about the effects of climate change on the water cycle and what those effects might mean for our planet.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Evolutionary History of Atmospheric CO2

Evolutionary History of Atmospheric CO2 during the Late Cenozoic from Fossilized Metasequoia Needles

An interesting paper by Yuqing Wang, Arata Momohara, Li Wang, Julie Lebreton-Anberrée, and Zhekun Zhou on how CO2 concentration may be coupled to mean temperature.
Published: July 8, 2015
DOI: 10.1371/journal.pone.0130941
The paper Abstract:

"The change in ancient atmospheric CO2 concentrations provides important clues for understanding the relationship between the atmospheric CO2 concentration and global temperature. However, the lack of CO2 evolution curves estimated from a single terrestrial proxy prevents the understanding of climatic and environmental impacts due to variations in data. Thus, based on the stomatal index of fossilized Metasequoia needles, we reconstructed a history of atmospheric CO2 concentrations from middle Miocene to late Early Pleistocene when the climate changed dramatically. According to this research, atmospheric CO2 concentration was stabile around 330–350 ppmv in the middle and late Miocene, then it decreased to 278–284 ppmv during the Late Pliocene and to 277–279 ppmv during the Early Pleistocene, which was almost the same range as in preindustrial time. According to former research, this is a time when global temperature decreased sharply. Our results also indicated that from middle Miocene to Pleistocene, global CO2 level decreased by more than 50 ppmv, which may suggest that CO2 decrease and temperature decrease are coupled."

From PLOS ONE.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Aquecimento é comparado a ameaça nuclear

Em encontro anual na Alemanha, ganhadores de prêmios Nobel em ciência pedem acordo decisivo na conferência de Paris e esforço conjunto para evitar ‘tragédia humana por atacado’

por CÍNTYA FEITOSA (Observatório do Clima)

Quase 40 vencedores de prêmios Nobel recomendam que os governos ajam imediatamente para reduzir emissões de gases de efeito estufa e minimizar os riscos das mudanças climáticas. Os cientistas, participantes da reunião anual de laureados com o Nobel  em Mainau, na Alemanha, compararam os riscos das mudanças no clima à ameaça das armas nucleares. “Há quase 60 anos, aqui em Mainau, uma reunião semelhante de laureados com o Nobel de ciência lançou uma declaração sobre os perigos inerentes à então recém-desenvolvida tecnologia das armas nucleares. Até agora, temos evitado a guerra nuclear, embora a ameaça seja permanente. Acreditamos que nosso mundo hoje enfrenta outra ameaça de magnitude comparável”, diz a declaração, assinada por 36 dos 65 participantes do encontro.
O documento ressalta a importância de os governos agirem imediatamente e firmar um acordo decisivo em Paris, em dezembro deste ano, com o esforço conjunto de todas as nações, desenvolvidas ou em desenvolvimento. “A omissão sujeitará as futuras gerações da humanidade ao risco inconcebível e inaceitável”, diz o texto. A declaração cita a responsabilidade dos cientistas quanto à questão, uma vez que o progresso da ciência também gerou aumento do consumo de recursos naturais. “Se não for controlada, a demanda crescente por alimentos, água e energia acabará por superar a capacidade da Terra para satisfazer as necessidades da humanidade, e vai levar a tragédia humana por atacado.”
Os cientistas também alertaram para a necessidade de ação urgente em relação às populações mais vulneráveis a eventos extremos, em especial países e comunidades pobres do planeta. David Gross, Nobel de Física em 2004, um dos porta-vozes da declaração, relatou sua recente experiência em Ladakh, na Ásia. “São comunidades frágeis, muito dependentes dos rios que brotam das geleiras do Himalaia, e eles são os que sofrem em primeiro lugar.” O físico também aponta o risco de conflitos motivados pelos eventos extremos e escassez de recursos.
A declaração reafirma a importância das conclusões do IPCC, embora ainda aja incerteza entre alguns cientistas sobre as consequências das mudanças no clima. “Apesar de não ser perfeito, acreditamos que os esforços que levaram ao relatório representam a melhor fonte de informações sobre o estado atual do conhecimento sobre as mudanças climáticas”, diz a declaração. “Nós não falamos como especialistas na área, mas como um grupo diverso de cientistas que têm um profundo respeito e compreensão da integridade do processo científico.”
Sobre as dúvidas acerca da ciência do clima, o Nobel de medicina Peter Doherty separa ceticismo de negação. “Se você é cético, conversa com outros pesquisadores, olha para os dados. Se está em negação, simplesmente rejeita tudo o que é publicado.” Em uma crítica aos céticos do clima nos Estados Unidos, em especial aos políticos que advogam contra a causa no país, Steven Chu, Nobel de Física e ex-secretário de Energia dos EUA, argumenta que os satélites mostram claramente a diminuição das geleiras em todo o mundo. “Mas há pessoas no Congresso que não querem olhar para imagens de satélite. Isso é o que eu chamo de negação.”

Nuvens: " O que é, o que é? Às vezes cabeleira, à vezes andorinha!"

por Josélia Pegorim via ClimaTempo
 
As nuvens que passavam sobre a Grande São Paulo no fim da tarde da segunda-feira, 6 de julho, despertou a atenção e fez muita gente olhar para o céu, com encantamento e curiosidade.
Não teve chuva e nem trovão. Elas se esticavam pelo céu por todos os lados, como que espreguiçando o corpo esguio e muito branco.

          Céu de São Paulo (SP) no fim da tarde de 06-07-2015 por Antonio Prando Filho

Que nuvens eram aquelas?
Eram as nuvens cirrus. Em Meteorologia dividimos as nuvens em três tipos básicos, conforme a altitude de formação de sua base, a parte inferior da nuvem. Assim, elas podem ser nuvens altas, médias e baixas.

           São Paulo (SP) cirrus na tarde de 06-07-2015 por Marcelo Pinheiro

As nuvens cirrus são nuvens altas. Elas se formam acima de 6000 metros da superfície. A base das nuvens médias fica entre 2000 e 6000 metros e as nuvens baixas têm base até 2000 metros.
As nuvens cirrus sempre são finas, brancas, em forma de fibras, de filamentos.

          São Paulo (SP) cirrus no fim da tarde de 06-07-2015 por Thais

Às vezes parecem um fino véu: é a cirrustratos. Quando ela está presente no céu, mesmo entre outras nuvens, pode acontecer um fenômeno especial.
As nuvens altas, como o cirrus, se formam em uma região da atmosfera onde a quantidade de vapor de água é muito pequena. Assim, não há vapor suficiente para formar gotas de água.

                              Halo solar em Itiruçu (BA), 01-11-2013, por Ed Santo

A temperatura é abaixo de zero na altitude onde estão as nuvens altas. Dentro delas há pequeninos cristais de gelo. Algumas vezes, estes cristaiszinhos que estão na nuvem cirrustratos estão numa posição especial. Então, quando a luz do sol bate nele, surge o halo solar. Se for noite de lua cheia e tiver cirrustratos no céu, pode aparecer o halo lunar.
O halo solar (ou lunar) parece um arco-íris ao redor do sol.

Outras vezes os cirrus assume o formato de ganchos de anzol, às vezes penas de algum pássaro. Podem parecer até um bando de andorinhas!


                  A "nuvem andorinha" no céu de São Paulo (SP), 30-01-2014, por Jo Pegorim

 Os cirrus de São Paulo no fim da tarde de 6 de julho de 2015 pareciam cabeleiras brancas desgrenhadas e também filamentos ou algodão esgarçado.

             São Paulo (SP) cirrus no fim da tarde de 06-07-2015 por José Antonio

São os fortes ventos que sopram nas altitudes elevadas onde se formam os cirrus que dão estas nuvens o formado "esticado", "esgarçado", de "algodão esgarçado".
Os cirrus estão também na parte mais elevada, no topo da temida nuvem cumulonimbus, a Cb, que provoca tempestades com raios e trovões.

                     Bigorna de Cb em Uberlândia (MG) no fim da tarde de 07-12- 2013, por Zuleika

Veja como os satélites meteorológicos fotografaram as nuvens cirrus passando sobre São Paulo na tarde de 6 de julho de 2015.

As setas indicam nuvens cirrus que aparecem em vários formatos e em diferentes espessuras.

Certas nuvens são raras! Conheça algumas.

Os 10 tipos básicos de nuvens

terça-feira, 7 de julho de 2015

Dois mil cientistas em Paris discutem soluções para mudança climática

Encontro vai atualizar situação da pesquisa climática.
Cúpula ocorre antes da COP 21, que criará acordo contra aquecimento global


Cientistas de uma centena de países estão reunidos em Paris para participar a partir desta terça-feira (7) de um encontro que discute como combater as mudanças climáticas, no âmbito de uma conferência intitulada "Nosso futuro comum sob as alterações climáticas".
A cinco meses da conferência de Paris, onde se reunirão representantes dos 195 Estados envolvidos na busca de um acordo global da ONU para limitar o aquecimento global, mais de 2.000 especialistas divulgarão uma atualização sobre a situação da pesquisa climática.
Ao todo, cerca de 160 sessões e painéis serão organizados na Unesco e no campus da universidade de Jussieu.
As discussões serão encerradas na sexta-feira à tarde pelo diretor interino do IPCC, o sudanês Ismail El Gizuli, os dois presidentes das negociações climáticas da ONU, o americano Daniel Reifsnyder e o argelino Ahmed Djoghlaf, e também com a participação do ministro francês das Relações Exteriores, Luarent Fabius, que será o presidente da COP em Paris.
A comunidade internacional estabeleceu como objetivo limitar em 2°C o aumento do termômetro do aquecimento global, cujo fracasso implicaria impactos graves e irreversíveis segundo os pesquisadores.

Matéria completa com ilustrações no G1 Natureza.

No plan B if Paris climate summit ends in failure, says EU climate chief

Exclusive: Miguel Cañete urges world leaders to force their ministers to agree a deal

There is “no plan B” if the Paris climate conference ends in failure, Europe’s climate chief has warned, urging world leaders to intervene to force their ministers to agree a landmark deal this December.
In an exclusive interview with the Guardian, Miguel Cañete, commissioner for climate action, said he was very concerned about the lack of negotiating time remaining before the conference.
Cañete, who will lead the EU’s 28 member states in the talks, said that if governments did not reach agreement, there was “no plan B – nothing to follow. This is not just ongoing UN discussions. Paris is final.”

Read more @ The Guardian

sábado, 4 de julho de 2015

Ban Ki-moon: #ClimateChange agreement in Paris will not be an end point; it must be a turning point

Secretary-General's remarks at Opening of the General Assembly High-Level Event on Climate Change

New York, 29 June 2015 

I thank the President of the General Assembly for his leadership, and for organizing this timely and important high-level event.
Our journey towards bold climate action is at a critical moment.
Five months from tomorrow, COP21 will open in Paris.
Today, we have come together to take stock of what we have pledged, what we have delivered, and what else we must do to ensure that world leaders and their governments adopt an ambitious, universal agreement in December, in Paris.
Today I would like to share my thoughts on what I hope to see in that agreement, and on how I plan to support this process.
In many ways, the stars are aligned as never before.
The world’s two biggest emitters of greenhouse gases have announced ambitious climate actions and are showing leadership based on mutual respect and collaboration. Other major economies in the G7 and G20 have announced their intention to act.
Since 2009, the number of national climate laws and policies has nearly doubled, with three-quarters of the world’s annual emissions now covered by national targets.
The world’s three biggest economies – China, the European Union and the United States -- have placed their bets on low-carbon, climate-resilient growth.
The price of renewable energy sources is falling dramatically, and in some places has reached price parity with fossil fuels. The world is now using more renewable electric power each year.
Investors and insurers are starting to integrate climate risk into their decision-making. A growing number of CEOs, including a select few from the oil and gas sector, are revamping their energy systems, strengthening resilience and calling for a price on carbon.
Citizens, civil society and faith leaders, most recently His Holiness Pope Francis, are demanding action and reminding us of the moral imperative to protect the vulnerable and care for our common home.
I take this opportunity particularly to thank His Holiness Pope Francis for his adding his spiritual and moral strength.  And I also thank Cardinal Turkson who has been working very hard, and I thank him very much.
These efforts demonstrate that the world is hungry for – and capable of – serious steps that can meet the climate challenge.
However, the pace of the UNFCCC negotiations is far too slow. It’s like snails, moving [at] snail’s pace. The key political issues are still on the table. With only ten days left, negotiating days, I really count on leaders, Presidents, Prime Ministers and Ministers to exercise their political direction so that this negotiation will move much faster.
Now is when true leadership is needed from the highest levels. Heads of State and Government must give clear guidance to their ministers and negotiators so that they take personal responsibility for the outcome in Paris. The success or failure of the world’s first truly global climate agreement will happen on their watch.
As science is telling us loud and clear, we have only a few short years in which to do what is needed to have a reasonable chance of staying within the internationally agreed temperature rise threshold of 2 degrees.
If we fail, we will condemn our children and grandchildren to a future of climate chaos.
If we succeed, we can set the world on course for greater stability, better health and stronger economies that benefit all.
Alongside the current COP Presidency of Peru and the incoming COP Presidency of France, I will be engaging with leaders on a regular basis.
All countries can and must be part of the solution.
With that in mind, allow me to highlight what I believe a meaningful agreement could include.
First, it must provide a strong signal to governments and markets that the world is committed to building a low-carbon future, and that there is no going back.
Second, an agreement must be durable so that it provides the private sector with the predictability and policy frameworks it needs to invest in clean energy and climate-resilient approaches.
Third, it must be flexible so that it can incentivize and incorporate more ambitious, science- based nationally determined targets over time.
I applaud those countries that have submitted their INDCs, and I urge others to follow suit as soon as possible.
Those INDCs currently on offer provide a floor, not a ceiling for ambition, and are critical for building momentum and trust. However, it is already clear that these INDCs will not be sufficient to place us on a less-than-2-degree pathway.  An agreement must therefore enable countries to regularly review progress towards this goal, and encourage more ambitious, nationally determined targets to meet it.
Fourth, an agreement must uphold the principle of equity, support the adaptation needs of developing countries, and demonstrate solidarity with the poorest and most vulnerable countries through a focused package of assistance.
Fifth, a new agreement must have clear mechanisms for measuring, monitoring and reporting progress in a transparent manner on a full range of actions.
Sixth, credible climate financing is essential.
I strongly urge developed countries to provide a politically credible trajectory for mobilizing $100 billion per year by 2020 to support developing countries in curbing emissions and strengthening their resilience.
It is imperative that developed countries provide greater clarity on the public finance component of the $100 billion before Paris, as well as on how they will engage private finance.  I will proactively engage with leaders from both the global north and south to make sure this goal is met and is considered credible by all.
An agreement must also acknowledge the need for long-term, very significant financing beyond 2020. I welcome the recent announcement by Germany to double its climate finance support by 2020, and encourage other developed countries to follow this example.
The Green Climate Fund must also be up and running, with funds that can be disbursed before Paris.
Taken in sum, this finance package should build trust and help unlock the additional trillions in financing needed to build low carbon, climate resilient economies.
Alongside an agreement, I will continue to work with the COP Presidents and the UNFCCC Executive Secretary to advance the Lima Paris Action Agenda.
This Action Agenda builds on the many successful partnerships that were showcased at last year’s Climate Summit.  Public, private and civil society partners are achieving real results on the ground – and in the atmosphere.
The Action Agenda is not a substitute for an ambitious agreement, but a complement to it. It is also fully consistent with the Sustainable Development Goals by providing solutions at all levels, from the local to the global, on transport, cities, and energy, among others.
Let us always remember that climate change and sustainable development are two sides of the same coin. The two agendas are mutually reinforcing: progress on one benefits the other, from food security to health, from energy security to water and the full scope of human need and endeavour. Development cannot be sustainable if it does not address the challenge of climate change.
As we move from Addis to New York to Paris this year, I will meet with and convene all actors, public and private, needed to support a comprehensive sustainable development agenda.  I pledge to you that I will spare no effort to ensure that the world leaders who are responsible for an ambitious agreement in Paris -- and the financing needed to implement it -- are directly engaged.
I encourage you to quicken the pace and raise your ambition as the December conference draws near.
A climate change agreement in Paris will not be the end point, but it must be a turning point in how the world collectively responds to the defining challenge of our time.
Thank you for your leadership and commitment.  Let’s work together to make this world better.

Municípios do RN precisam se adaptar as mudanças climáticas

Por Silvio Andrade  -  Novo Jornal

A redução dos impactos causados pelas mudanças climáticas no planeta será possível com a implantação de projetos estratégicos utilizando ecossistemas autossustentáveis em substituição às obras de infraestrutura adotadas na maioria das cidades brasileiras, incluindo Natal.

O coordenador de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, André Rocha Ferretti, que participou do Fórum das Capitais Brasileiras (CB27) - Disseminação de Boas Práticas Sustentáveis, entre quarta-feira (1) até ontem no Parque da Cidade, em Natal, falou ao NOVO Jornal sobre novas práticas na gestão ambiental.

No evento, André Rocha Ferretti apresentou os temas “Adaptação das mudanças climáticas baseada em ecossistemas”, uma novidade no manejo ambiental e restauração de áreas degradadas, e “Pagamento de serviços ambientais”.

Sobre adaptação baseada em ecossistemas, ele ressaltou que as mudanças climáticas afetam a vida das pessoas com eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes, como secas, enchentes e tempestades.

“Tudo isso tem afetado a todos. Tem que se trabalhar com a mitigação das mudanças climáticas, que é a redução de emissões para que esses eventos não se tornem mais intensos. É essencial que se trabalhe com adaptação às mudanças climáticas”, ressaltou.

As novas práticas consistem em manejar os ecossistemas naturais e também antrópicos (alterados pelo homem). Com a restauração ou obra de prevenção dos ecossistemas, espera-se manter o meio ambiente equilibrado, explicou André Rocha Ferretti, geógrafo de formação.

 Com o equilíbrio desses ecossistemas, assinala o coordenador da Fundação Grupo Boticário, os impactos das mudanças climáticas serão menores. “É essencial que esses ecossistemas funcionem bem de forma a sofrer menos as conseqüências que virão”, afirmou.

Segundo o especialista em meio ambiente, o governo federal está construindo o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas, uma forma de dar respostas mais eficientes aos efeitos danosos dos eventos naturais causados por fatores como o crescimento das cidades e seus impactos em áreas de preservação, a verticalização e impermeabilização do solo.

A Fundação Grupo Boticário fez um estudo procurando no mundo inteiro experiências de adaptação baseadas em ecossistemas que já tivessem sido implantadas e pudessem nortear o Brasil a se inspirar para adotar tais iniciativas.

O estudo está disponível no site da Fundação www.fundacaogrupoboticario.org.br com 100 bons exemplos no mundo de projetos com ecossistemas. Pelo menos 12% deles foram desenvolvidos no Brasil. “Muitos desses exemplos as pessoas não atentaram que eram ações baseadas em ecossistemas. Foram realizadas sem serem identificadas pelo nome ecossistema”, frisou André Rocha Ferretti. 

Um dos objetivos do estudo da Fundação Grupo Boticário é mostrar para as pessoas que implantar projetos baseados em ecossistemas não é nada de outro mundo. Já estão sendo adotadas em várias partes e podem servir de exemplos para experiências locais, inclusive em Natal, que passa por problemas como alagamentos  causados pelas chuvas, deslizamento de terras como aconteceu em Mãe Luiza em junho de 2014.

No site da Fundação há um link para os 100 projetos resumidos e na íntegra para consultas. “A gente buscou nesses estudos itens que mostram o custo e a efetividade dessas ações  em comparação a medidas convencionais, geralmente, obras de infraestrutura tipo os piscinões para controle de cheias, canalização de rios, construção de barreiras.

Os estudos mostram projetos eficientes e compara  custos de obras tradicionais com  os de projetos baseados em ecossistemas que utilizam estratégias como revegetação, restauração de áreas visando aumentar a infiltração da água no solo ao invés de se construir de piscinão ou canalizar rios.

Em muitos dos 100 exemplos estudados são projetos mais baratos que os convencionais e mais eficientes. Outra vantagem de um projeto de ecossistema é que em uma obra convencional de engenharia se prevê algo que vai acontecer. “Se a previsão não se concretizar, a obra será perdida”, questiona o geógrafo.

Com adaptação baseada em ecossistema, a vantagem é que se não ocorrer o que estava previsto, há uma série de outros ganhos como a conservação da biodiversidade, conservação do solo, muitas vezes, com a produção de alimentos. Ao se recolocar a vegetação, enfatizou Ferretti, é feita a restauração do microclima da região, paisagismo. Tem vários ganhos inerentes ao projeto.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Clima: acordo Brasil-EUA vai na direção certa, mas em velocidade errada

“Apesar deste pequeno avanço, consideramos que o Brasil ainda poderia chegar a 33% da sua matriz elétrica com outras fontes renováveis, criando um grande potencial econômico social e ambiental para o país”, diz coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil


A presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram na terça-feira, 30 de junho, um compromisso de intensificar a colaboração entre os dois países na área de combate aos desafios ligados às mudanças climáticas. O anúncio aconteceu durante a visita da presidente aos Estados Unidos e se refere tanto a nível bilateral como no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Os itens anunciados incluem a pretensão de atingir até 2030 de 28% a 33% de sua matriz energética por fontes alternativas renováveis de energia, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares de florestas até 2030, a continuação de políticas destinadas a eliminar o desmatamento ilegal e a promessa de um compromisso brasileiro ambicioso de redução de emissões para a COP de Paris.
De acordo com o coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur, um dos pontos importantes do acordo, apesar de insuficiente, foi a meta de 28% a 33% de sua matriz energética por fontes alternativas renováveis de energia até 2030. “O anúncio não cria um cenário muito diferente do atual. Para o Brasil é pouco, pois basicamente mantém o que temos hoje de 28,6%. Por outro lado, o anúncio de aumentar para 20% a geração de energia elétrica por fontes renováveis que não hidroelétricas é importante e cria uma possibilidade de expansão de geração solar, eólica e biomassa, explorando o imenso potencial brasileiro. Apesar deste pequeno avanço, consideramos que o Brasil ainda poderia chegar a 33% da sua matriz elétrica com outras fontes renováveis criando um grande potencial econômico social e ambiental para o país”, diz ele.
Um segundo ponto importante é a cooperação no uso sustentável da terra, que se refere tanto ao desmatamento quanto à pecuária – ponto em que, segundo Nahur não representa grandes avanços. “O desmatamento líquido zero fazia parte do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e era esperado para ser alcançado até 2015. Acabar com desmatamento ilegal é uma obrigação e precisamos fazer isso o mais cedo possível com instrumentos efetivos de regularização fundiária e alternativas econômicas florestais. Outra questão importante é o aumento da demanda de carne bovina para o mercado norte-americano. Isso pode causar uma mudança na dinâmica de produtos agropecuários relevantes, acabar empurrando fronteiras agrícolas e gerando impacto adicional para os biomas brasileiros, principalmente Amazônia e Cerrado”, diz ele.
Pelo lado dos Estados Unidos, Lou Leonard, diretor de Mudanças Climáticas do WWF-EUA, argumenta que o apoio concreto dos Estados Unidos para promover uma maior cooperação internacional sobre as alterações climáticas é um marco chave para um bom posicionamento em Paris. “É hora dos EUA mostrar que está disposto a trabalhar em conjunto com as principais economias como o Brasil, para derrubar as emissões em regiões como a Amazônia. O acordo desta semana é uma oportunidade para ambos os líderes ajudarem a impulsionar conversas sobre as mudanças climáticas e prepararem o terreno para um acordo global mais forte em dezembro”, diz Lou.
FUTURO PROMISSOR
A 21ª COP, que acontece em Paris, no final do ano, é vista por grande parte dos especialistas como a última oportunidade das nações se comprometerem com metas ousadas de redução de emissões de gases de efeito estufa, para que o nível de CO2 na atmosfera se mantenha no máximo em 450 ppm e o aumento da temperatura da superfície terrestre não ultrapasse os 2º C a partir do período pré-industrial, o que causaria desastres irreversíveis ao planeta.
Os Estados Unidos anunciaram suas metas de 26% a 28% de redução de emissões para a próxima década em relação aos níveis de 2005. A China também anunciou sua contribuição nacional esta semana prevendo o pico de suas emissões nacionais até 2030. Já o Brasil deve anunciar seus compromissos até outubro, que é o prazo final para entrar no relatório da COP de Paris.
“Esse é o momento dos países anunciarem um compromisso conjunto de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e de trabalharem em parceria e dar um exemplo ao mundo de que o desenvolvimento com baixo uso de carbono é possível, viável e interessante para todos. Quem fizer isso primeiro terá mais possibilidades de assumir a liderança nessa área”, completa Nahur.

(WWF Brasil) via JC Online

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dilma antecipa metas para o clima

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem três importantes compromissos que farão parte da meta brasileira para o acordo climático global que deve ser assinado em Paris, em dezembro: reflorestar 12 milhões de he fazer com que as energias renováveis respondam por 28% a 33% da matriz energética do país; e reduzir a zero o desmatamento ilegal. Anunciados na Casa Branca, os compromissos, com prazo até 2030, são um dos principais resultados da visita da presidente aos EUA.

Leia matéria completa em Valor_Online.