sexta-feira, 31 de maio de 2013

Reunião Nordestina de Ciência do Solo recebe resumos

Está aberto até 15 de agosto o período para submissão de resumos da Reunião Nordestina de Ciência do Solo (RNCS), que será realizada em setembro, em Areias (PB).
O evento técnico-científico é promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e objetiva discutir os problemas relacionados ao uso sustentável dos solos da região, por meio da difusão dos resultados de pesquisas e de novas tecnologias. Participam profissionais de instituições públicas e privadas de ensino, pesquisa, extensão, cooperativas, produtores e estudantes, a.
Cada inscrito pode submeter até dois resumos no congresso. O prazo para envio dos trabalhos poderá ser encerrado antes caso o número de inscrições disponíveis seja preenchida, em função da limitação do espaço físico para realização das conferências e para apresentação dos pôsteres.
A programação também inclui palestras, minicursos, simpósio e visita técnica. As palestras versarão sobre diversos aspectos e práticas relacionados a solos, como levantamento e classificação de solos, mapeamento digital, práticas vegetativas para conservação e recuperação, poluição e zoneamento agroecológico.
A reunião é organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), e será realizada nas instalações do Campus 2 da UFPB, de 22 a 26 de setembro. São esperados mais de 400 participantes.
O Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) e a Embrapa Solos também integram a organização. Acesse o site do evento.

Texto: Ascom do MCTI, com informações da RNCS

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O aquecimento do planeta durante 131 anos



Por Assis Ribeiro
Do Portugal Mundial
Assista ao aquecimento do planeta durante 131 anos em 26 segundos
Enquanto as temperaturas subiram para muitos durante este verão, este vídeo tem uma perspectiva mais histórica.
Criado pela NASA,é uma animação de 26 segundos que mostra como as temperaturas em todo o mundo têm aquecido desde 1880, primeiro ano em que foram registadas as temperaturas
Os dados vêm de Instituto Goddard da NASA para Estudos Espaciais, em Nova York, que monitora a temperatura da superfície global. Como nota da Nasa ” nesta animação, vermelhos indicam temperaturas mais altas do que a média durante um período inicial de 1951-1980, enquanto os azuis indicam temperaturas mais baixas do que a média de referência.”
Vídeos: 
Veja o vídeo


terça-feira, 28 de maio de 2013

FAPESP: Ciclo de Conferência 2013 - Bioma Caatinga


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, no âmbito do
Programa BIOTA FAPESP-Educação, convida para o quinto encontro do
Ciclo de Conferência 2013
Bioma Caatinga
O objetivo desta conferência é mostrar resultados científicos recentes que contribuem para caracterizar a biodiversidade do Bioma Caatinga, destacando as principais ameaças e iniciativas de uso sustentável desse bioma, exclusivamente brasileiro, que se entende por aproximadamente 840.000 km2
Data: 20 de junho de 2013
Horário: 13h30 às 17h00

Local: FAPESP – Rua Pio XI, 1500 – Alto da Lapa

Informações atualizadas:
http://www.fapesp.br/eventos/biota_biomacaatinga
Confirmação de presença:
http://www.fapesp.br/eventos/biota_biomacaatinga/inscricao
Vagas Limitadas

Informações

Tel.: (11) 3838-4394
rbs@fapesp.br
Sugestões de estacionamento:
Pio Park – Rua Pio XI, 1320
Tonimar – Rua Jorge Americano, 89


Programa
13:30
Credenciamento e café de boas vindas
13:50
Abertura
14:00
A origem, evolução e diversidade da vegetação do Bioma Caatinga
Luciano Paganucci - Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana – DCBio/UEFS
14:45
A origem, evolução e diversidade da fauna do Bioma Caatinga
Adrian Antonio Garda - Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - CB/UFRN
15:30
Intervalo
16:00
As principais ameaças à conservação do Bioma Caatinga
Bráulio Almeida Santos – Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba - CCEN/UFPB
17:00
Encerramento







Comitê ressalta avanços do Brasil em pesquisa climática

O comitê científico conjunto do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP, na sigla em inglês) está no Brasil pela primeira vez para realizar, até a próxima sexta-feira (31), a sua 34ª reunião anual. Na abertura do evento, ocorrida hoje (27), em Brasília, dirigentes da organização reconheceram o ganho de protagonismo da pesquisa brasileira na área de mudanças climáticas.
Na avaliação do presidente do comitê científico, Antonio Busalacchi, o Brasil mudou de patamar desde sua primeira visita ao país, há duas décadas, quando participou de encontros sobre seca em Fortaleza. “Nos últimos 20 anos, foi realmente instigante constatar o desenvolvimento e a transformação deste país em uma liderança em questões climáticas”.
O diretor do WCRP na Organização Meteorológica Mundial (OMM), Ghassem Asrar, afirma que os progressos recentes antecipam um futuro estimulante para a ciência brasileira. “O momento é perfeito porque estamos planejando o futuro do programa”.
A OMM patrocina o WCRP ao lado do Conselho Internacional para a Ciência (Icsu) e da Comissão Oceanográfica Intergovernamental, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, o fato de o comitê se reunir no país atesta a maturidade da ciência climática brasileira.
Em discurso na cerimônia de abertura, Nobre destacou o compromisso nacional no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. “Temos hoje uma liderança clara em política climática, no sentido de que o Brasil é o único país em desenvolvimento a estabelecer metas voluntárias de redução e estabilização das emissões de gases de efeito estufa”, lembrou.
O secretário anunciou que R$ 38 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) devem financiar pesquisa climática nos próximos três anos. “O Brasil avançou bastante nas reduções, na mitigação, mas precisamos evoluir ainda mais na adaptação da sociedade, do sistema econômico, da agricultura, do uso da água, em como proteger a biodiversidade em face das mudanças climáticas, como adaptar as cidades costeiras brasileiras com o inevitável aumento do nível do mar”, ponderou.
Segundo ele, em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo federal divulgará a primeira estimativa anual das emissões de gases de efeito estufa do país – o documento faz parte do compromisso firmado voluntariamente no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
No mesmo dia, informou Nobre, o Ministério do Meio Ambiente deve anunciar planos setoriais de mitigação de impactos ambientais. “Esses dois lançamentos mostram que o compromisso brasileiro está sendo perseguido com bastante tenacidade”.

Monitoramento 

De acordo com Nobre, os sistemas observacionais do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) atuam na adaptação a extremos climáticos. “Estamos no segundo ano de seca consecutiva no Nordeste do Brasil”, lamentou. “É um desastre natural de grandes proporções no país. Isso afeta mais de 10 milhões de pessoas.”
“Criamos um programa para controlar os impactos das secas no Nordeste, onde vamos colocar 1.000 pluviômetros, 500 medidores de umidade do solo, 100 estações agrometeorológicas e quatro radares”, detalhou o secretário. “A ideia é realmente aumentar a nossa capacidade – hoje algo limitada – de prever consequências na agricultura e no abastecimento de água.”
Outro passo importante do Brasil, segundo Nobre, ocorreu com o lançamento da pedra fundamental do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas e Hidroviárias (Inpoh), na última sexta-feira (24). A unidade deve funcionar como organização social, em modelo semelhante ao do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que gerencia quatro laboratórios nacionais.
A reunião do comitê científico do WCRP segue até sexta-feira (31). Sessenta cientistas de renome mundial estão em Brasília para avaliar iniciativas globais ligadas ao clima nas ciências atmosférica, oceânica, hidrológica e da criosfera. A Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI (Seped) compõe a comissão organizadora do evento.

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

segunda-feira, 27 de maio de 2013

RN pode ter mais uma forma de acesso a previsões climáticas.

Durante a manhã desta sexta-feira, 24, ocorreu na Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte – FAPERN uma reunião para discutir a implantação de um novo boletim meteorológico no estado.

Professora Bernardete Cordeiro em reunião sobre boletim
A reunião contou com a presença da representante da FAPERN, professora Maria Bernardete Cordeiro e do coordenador no núcleo de pós-graduação das ciências climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Paulo Sérgio Lúcio. 

O boletim meteorológico é uma proposta da UFRN em parceria com o Governo do Estado e a Emparn.  O intuito do periódico visa à divulgação de previsões meteorológicas diariamente e semanalmente (a cada 6, 12, 24, 36 e 72 horas), a previsão climática sazonal para o período de um a seis meses e ainda o monitoramento dos reservatórios do estado com divulgação pela internet no portal da FAPERN, Governo do Estado, UFRN e Emparn.

De acordo com Paulo Sérgio Lúcioa parceria entre a FAPERN e a UFRN vai criar uma nova opção de acesso à informação meteorológica. Segundo o professor, o boletim vai auxiliar eventos esportivos que precisam de previsões de tábuas de maré até ações políticas de enfrentamento da seca com as previsões climáticas sazonais. “As informações vão auxiliar na agricultura, pecuária, no planejamento urbano e no setor de turismo”, pontuou o professor.

sábado, 25 de maio de 2013

Brasil sedia reunião de comitê do Programa Mundial de Pesquisa Climática


Clique para ver todas as fotos de Brasil sedia reunião de comitê do Programa Mundial de Pesquisa Climática
24/05/2013 - 12:58
Pela primeira vez, o Brasil sedia a 34ª reunião do Joint Scientific Comitee do World Climate Research Program (WCRP), a ser realizada em Brasília, do dia 27 a 31 de maio. O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Seped/MCTI), Carlos Nobre, participa da cerimônia de abertura, na próxima segunda feira, às 9 horas. A Seped compôs a comissão organizadora do evento.
Sessenta cientistas de renome internacional de mais de 15 países estarão no Brasil para o encontro, cuja última edição ocorreu em 2012, na China. A reunião agrega líderes nas áreas de conhecimento referentes ao clima e suas alterações.
O WCRP é uma organização patrocinada pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Conselho Internacional para a Ciência e pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sua missão é facilitar a análise e previsão da variabilidade do sistema Terra para uso em uma gama crescente de aplicações práticas e de relevância, benefício e valor à sociedade. A organização científica fica a cargo do Joint Scientific Comitee, composto por 18 cientistas escolhidos em comum acordo entre as três organizações patrocinadoras, e representando disciplinas relacionadas com o clima nas ciências atmosférica, oceânica, hidrológica e da criosfera.
O comitê científico conjunto é formado por: Antonio J. Busalacchi (EUA); Vladimir M. Kattsov (Rússia); Stephen Belcher (Reino Unido); Guy P. Brasseur (Alemanha); Anny Cazenave (França); Sarah Gilles (EUA); Filippo Giorgi (Itália); Bhupendra N. Goswami (Índia); Kang In-Sik (Coreia do Sul); Hong Liao (China); Rodney G. Martinez Guingla (Equador); Mauricio Mata (Brasil); Teruyuki Nakajima (Japão); Graciela L. Binimelis de Raga (México); James Renwick (Nova Zelândia); Frederick Semazzi (EUA); Soroosh Sorooshian (EUA); Pius Yanda (Tanzânia).
Serviço:
O quê: 34ª reunião do comitê científico do World Climate Research Program (WCRP)
Cerimônia de abertura: 27 de maio, às 9 horas
Data do evento: de 27 a 31 de maio
Local: Carlton Hotel Brasília
Setor Hoteleiro Sul Q.5, Bloco G - Asa Sul, Brasília

Fonte: portal do MCTI

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Workshop sobre Mudanças Climáticas, Recursos Hídricos e Biodiversidade




A Comissão Organizadora convida profissionais e pesquisadores nas áreas de ciências humanas e da atmosfera, hidrologia e meio ambiente, funcionários, docentes, técnicos, estudantes e público em geral do nosso país e da comunidade internacional, interessados em contribuir com a mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre os recursos naturais e das vulnerabilidades.

Nesta linha de pensamento, serão apresentados e discutidos experiências e saberes nas diversas áreas de conhecimento, com o objetivo de uma maior compreensão do papel das ciências humanas e das ciências ambientais, como forma de mitigar os efeitos das mudanças climáticas sobre o meio.

Objetivos Promover o encontro das comunidades acadêmico-científica e interessados pelos temas de mudanças climáticas e biodiversidade. O evento oferece oportunidade de divulgação de trabalhos técnico-científicos e de interação entre pesquisadores das áreas para troca de experiências profissionais e enriquecimento do conhecimento de assuntos relacionados aos eixos temáticos.
 

Para mais informações, acesso este link. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Barco Alpha Delphini faz sua primeira expedição científica

Elton Alisson
Agência FAPESP – A comunidade científica do Estado de São Paulo ganhará nas próximas semanas uma segunda nova embarcação, em um período de um ano, para a realização de pesquisas oceanográficas. Trata-se do barco Alpha Delphini, que deverá iniciar na primeira semana de junho sua primeira expedição científica.
Primeiro barco oceanográfico inteiramente construído no Brasil, o Alpha Delphini integra um projeto, submetido à FAPESP pelo Instituto Oceanográfico (IO), da Universidade de São Paulo (USP), no âmbito do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU). Foi construído com o objetivo de aumentar a capacidade de pesquisa em oceanografia no Estado.
O projeto também incluiu a aquisição do navio oceanográfico Alpha Crucis, inaugurado em maio de 2012, que já fez até agora sete cruzeiros, incluindo de testes e para fins de pesquisa.
“As duas embarcações se complementam perfeitamente em termos de possibilidades de pesquisas oceanográficas e foram concebidas para atuar dessa forma”, disse Michel Michaelovitch de Mahiques, diretor do IO-USP, à Agência FAPESP.
“O Alpha Delphini tem autonomia e capacidade de pesquisa intermediária entre as pequenas embarcações e os navios oceanográficos disponíveis para pesquisa no Estado de São Paulo e completa uma necessidade que tínhamos de contar com uma embarcação que cobrisse o que chamamos de plataforma continental – uma área que começa na linha da costa e atinge até 200 metros de profundidade”, explicou.
De acordo com Mahiques, o custo total do barco foi de R$ 5,5 milhões. O programa EMU da FAPESP destinou R$ 4 milhões para a construção da embarcação e o restante – motores e uma série de equipamentos científicos – foi financiado com recursos do próprio IO-USP.
O barco – batizado com o nome de uma estrela binária que orbita a constelação de Delphinus (golfinho, na tradução do latim), vista do hemisfério Norte – tem 26 metros de comprimento e capacidade de transportar dez pesquisadores, além da tripulação. Ele foi construído no estaleiro Inace, no Ceará.
A autonomia de navegação do Alpha Delphini é de 10 a 15 dias, dependendo do número de tripulantes, e ele poderá operar em toda a faixa de 200 milhas marítimas da fronteira litorânea.
“Estimamos que a demanda pela utilização do Alpha Delphini será maior do que a do Alpha Crucis, porque é uma embarcação mais adequada para pesquisas na plataforma continental e permite realizar cruzeiros mais curtos e com um custo menor do que os do navio oceanográfico”, comparou Mahiques.
Segundo o pesquisador, como faz parte do programa EMU, o barco poderá ser solicitado para pesquisas de qualquer universidade, inclusive de instituições privadas. Mas o regulamento estabelece prioridade para certos casos, como os projetos financiados pela FAPESP e para uso de pesquisadores do IO-USP. Em seguida, têm preferência os projetos das outras duas universidades estaduais paulistas – Unesp e Unicamp.
“O Alpha Delphini é uma embarcação oceanográfica com as características ideais para a maioria das instituições de pesquisa do Brasil, porque é um barco de porte médio, com um custo relativamente baixo, se comparado aos navios oceanográficos, e com condições de permitir estudos na plataforma continental para os quais há uma demanda muito grande”, avaliou Mahiques.
“O barco também tem a importância simbólica de ser a primeira embarcação oceanográfica construída no Brasil, o que demonstra que a indústria nacional tem condições de fazer embarcações de pesquisa”, destacou.
Primeira expedição
A primeira expedição científica do Alpha Delphini está marcada para o início de junho no litoral de Pernambuco, entre a ilha de Itamaracá e o arquipélago de Fernando de Noronha, além da zona costeira de Recife.
Prevista para durar 15 dias, a expedição faz parte de um Projeto Temático, realizado por pesquisadores do IO-USP em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e com a participação da Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França, no âmbito de um acordo entre a FAPESP e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).
O objetivo da expedição é avaliar o papel das regiões oceânica e costeira de Pernambuco como absorvedoras ou liberadoras de carbono e identificar quais zonas atuam de uma forma ou de outra.
Região de bifurcação da corrente marinha que vem da África e que se divide – com uma parte da massa d’água seguindo em direção à região Norte e outra para a região Sul do Brasil –, a zona oceânica de Pernambuco sempre foi pouco compreendida, de acordo com Elisabete de Santis Braga, professora do IO-USP e coordenadora do projeto.
Por sua vez, a região costeira do Estado vem aumentando nos últimos anos as emissões de carbono tanto de fração orgânica como de inorgânica, em razão de fatores como o aumento desordenado da ocupação humana.
“A possibilidade de irmos com o barco até Fernando de Noronha possibilitará obter informações oceânicas daquela região, que atua como um pequeno sorvedor de carbono, com águas pobres em nutrientes”, disse Braga.
“À medida que nos aproximarmos da zona costeira de Recife também verificaremos se há uma retenção maior de carbono naquela área em função mesmo da fertilização da água pela atividade humana, que pode ser revertida em um processo positivo se conhecermos melhor sua dinâmica”, avaliou.
Para obter informações sobre transporte de carbono nas regiões oceânica e costeira de Pernambuco, os dez pesquisadores participantes da primeira expedição coletarão amostras de água e de organismos.
Por meio de equipamentos de sondagem, como o CTD (em inglês: conductivity, temperature, depht), será possível obter, por exemplo, dados sobre a condutividade (usada para o cálculo da salinidade), temperatura e profundidade do mar, além da corrente, a velocidade do fluxo e a direção das massas de água.
Já por meio de um equipamento chamado rosette ou carrossel, com garrafas de Niskin de 5 litros, os pesquisadores pretendem conseguir amostras de água de diferentes profundidades para análises químicas e biológicas de aspectos como teor de CO2, índice de pH e composição de nutrientes.
Durante a expedição também serão realizadas coletas de fitoplâncton, para medir a fertilidade da água e o potencial que apresenta para produzir organismos do primeiro nível da cadeia alimentar marinha.
“A maior parte das análises químicas e biológicas da expedição será feita a bordo do barco oceanográfico utilizando os diversos equipamentos de química analítica do laboratório e da ecossonda disponíveis na própria embarcação”, disse Braga.
“O que não for possível ser analisado durante a viagem será congelado na câmara fria que o barco também possui para armazenar amostras de água, sedimentos e organismos, e estudado depois da expedição”, contou.

Leia mais.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Insa oferece bolsa para especialista em recursos hídricos

O Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) divulgou nesta terça-feira (21) o início do processo de seleção para bolsista na área de recursos hídricos no semiárido brasileiro, com foco em reuso de águas residuárias e conhecimento em técnicas de geoprocessamento.
Os interessados têm até o dia 21 de junho para se inscrever. O candidato deve possuir formação em engenharia agrícola, civil, ambiental ou recursos hídricos, acrescido de título de pós-graduação com no mínimo mestrado na área objeto do programa. O valor da bolsa pode chegar a R$ 4 mil, de acordo com a experiência do profissional em atividades de pesquisa, desenvolvimento ou inovação.
A seleção se dará por análise de currículo e do histórico acadêmico e por entrevista direta, que poderá ser feita via telefone, web (via skype) ou presencialmente. Os interessados deverão enviar currículo, inscrito na Plataforma Lattes, em PDF e cópia do histórico da graduação e da pós-graduação para apreciação, remetendo-os ao e-mail do Dr. Salomão de Sousa Medeiros (salomao@insa.gov.br). Para mais informações sobre como concorrer, acesse o edital.

Por que transformar educação ambiental em políticas públicas?

Agência FAPESP – O Laboratório de Educação e Política Ambiental da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) realizará, no dia 22 de maio, encontro com o tema "Por que transformar educação ambiental em políticas públicas?".
Sob coordenação do professor Marcos Sorrentino, do Departamento de Ciências Florestais, participarão da atividade autores e organizadores do livro Educação Ambiental e Políticas Públicas: Conceitos, Fundamentos e Vivências, que será lançado no evento.
O livro, com 33 artigos escritos por 48 autores, oferece reflexões sobre a elaboração e a implantação de políticas públicas comprometidas com a diversidade de pensamentos, saberes, sabores, histórias, culturas, etnias, raças e opções de cada indivíduo.
De acordo com os organizadores, a proposta do encontro é dialogar de que forma a “universidade, em sua atribuição de produzir pesquisa, ensino e extensão, pode contribuir para potencializar a sociedade na sinergia entre iniciativas que dialoguem com as reais demandas e desejos dos diversos grupos sociais”.
O evento ocorrerá das 19h às 22h30 na av. Pádua Dias, 11, em Piracicaba.
Mais informações: livroca@gmail.com e (19) 2105-8648.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Seminário - Ciências Climáticas: O Clima no Holoceno


Holocene Climate in SPEEDY-MICON MODEL: Reconstruction data

 

David Mendes


22/05/2013 (quarta-feira) às 15h00 no Auditório do DFTE-CCET-UFRN  
Abstract:
Although the climate of the Holocene (11,500 cal yr B.P. to the present) has sustained the growth and development of modern society, there is surprisingly little systematic knowledge about climate variability during this period. Many paleoclimate studies over the last decade have highlighted the extreme climate fluctuations of the last glacial interval. If we are to understand the background of natural variability underlying anthropogenic climate change, however, it is important to concentrate on climate of the more recent past.
This work describes the formulation and climatology of an atmospheric general circulation model (GCM) of intermediate complexity, based on a spectral primitive-equation dynamical core and a set of simplified physical parametrization schemes. The parametrization package has been specially designed to work in models with just a few vertical levels, and is based on the same physical principles adopted in the schemes of stateof- the art GCMs. The parametrized processes include large-scale condensation, convection, clouds, short-wave and long-wave radiation, surface fluxes and vertical diffusion. In the current configuration, the model (nicknamed SPEEDY, from Simplified Parametrizations, primitivE-Equation DYnamics’’) has five vertical levels and a spectral truncation at total wave number 62 (T62L8).
Through simulation were made to the Holocene climate reconstructions in 39 atmospheric and oceanic variables.
To seek a more comprehensive view of natural climate variability during the present Holocene interglacial. We present in this paper a selection of globally distributed  climate proxy records. Examination of these records demonstrates that, although generally weaker in amplitude than the dramatic shifts of the last glacial cycle, Holocene climate variations have been larger and more frequent than is commonly recognized. Comparison of paleoclimate simulation with climate forcing suggests that changes in insolation related both to Earth’s orbital variations and to solar variability played a central role in the global scale changes in climate of the last 11,500 cal yr.
Influence occurs in climate?
1)     Climatic influence of the North Atlantic Ocillation (NAO) in the present climate and Holocene;
2)     Influence of Variability of the Equatorial Atlantic climate Tropical and sub​​-tropical;
3)     Dynamics of midlatitude;
4)     Arctic and Antarctic ice.
Through the multiparameter paleoclimate simulation assembled for this study, we make the case that Holocene climate has not been stable, but rather that it has been dynamic at scales significant to humans and ecosystems.  

Manaus sedia reunião de autores de suplemento do IPCC sobre o clima

Desta segunda-feira (20) até sexta (24), é realizada em Manaus a 4ª reunião de autores do Suplemento ao Manual para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). O documento trata de métodos para estimar emissões e remoções de GEE resultantes de ações humanas em áreas alagadas.

A reunião é coordenada pela Força Tarefa em Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa do IPCC, copresidida desde 2002 pela brasileira Thelma Krug, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).

O evento, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), fecha o último ciclo de reuniões. Participam mais de 70 autores de diversas nacionalidades para tratar dos comentários recebidos dos governos membros e especialistas da segunda versão, que já incluiu uma revisão anterior só de especialistas.

“É nesta reunião que os autores consideram cada um dos comentários recebidos. A presença de dois revisores editores – um de país desenvolvido e outro de país em desenvolvimento – em cada capítulo assegura que todos os comentários são tratados de forma neutra, e o conteúdo, equilibrado”, explica Thelma Krug.
Às 14h de hoje, o evento será aberto para convidados, e às 15h haverá coletiva para a imprensa. Às 18h, uma cerimônia apresentará o trabalho do IPCC ao público. Todas as atividades acontecerão no Auditório da Ciência, no bairro de Petrópolis.
Suplemento
O último manual metodológico do IPCC foi finalizado em 2006. O suplemento preenche fontes de emissão não consideradas anteriormente devido à falta de conhecimento científico à época da elaboração. Dentre essas, áreas alagadas em solos minerais; manguezais; e áreas alagadas para tratamento de águas residuais.
Painel de governos criado em 1988 para prover o mundo com uma visão científica do estado do conhecimento em mudança do clima e seus potenciais impactos ambientais e socioeconômicos, o IPCC é um corpo científico que opera sob os auspícios das Nações Unidas.
Faz revisões e levantamentos das informações mais atualizadas sobre mudança do clima, envolvendo centenas de pesquisadores de todos os continentes, os quais contribuem de forma voluntária ao trabalho do painel, aberto a todos os países membros das Nações Unidas.
A força-tarefa desenvolve manuais metodológicos para estimar emissões líquidas de gases de efeito estufa em vários setores – energia, processos industriais, agricultura, uso da terra, mudança do uso da terra e florestas e tratamento de resíduos. Os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima periodicamente relatam suas emissões em todos esses setores, seguindo as orientações metodológicas do IPCC.
Leia mais.

Texto: Ascom do MCTI, com informações do Inpe e do Inpa


Observações com o Telescópio Subaru e o Satélite CoRoT Revelam o Futuro do Sol


A versão em português, formato PDF, do post

Subaru Telescope Observations and the CoRoT Mission Unveil the Future of the Sun 

encontra-se disponível em  http://astro.dfte.ufrn.br/corottwin_por.pdf




sábado, 18 de maio de 2013

Methane Emissions Higher Than Thought Across Much of U.S.

May 15, 2013 — After taking a rented camper outfitted with special equipment to measure methane on a cross-continent drive, a UC Santa Barbara scientist has found that methane emissions across large parts of the U.S. are higher than currently known, confirming what other more local studies have found. Their research is published in the journal Atmospheric Environment.

Methane is a potent greenhouse gas, stronger than carbon dioxide on a 20-year timescale, according to the Intergovernmental Panel on Climate Change, though on a century timescale, carbon dioxide is far stronger. "This research suggests significant benefits to slowing climate change could result from reducing industrial methane emissions in parallel with efforts on carbon dioxide," said Ira Leifer, a researcher with UCSB's Marine Science Institute.
Leifer was joined by two UCSB undergraduate students on the road trip from Los Angeles to Florida, taking a primarily southern route through Arizona, New Mexico, Texas, Louisiana, and along the Gulf of Mexico. They used specialized instrumentation, a gas chromatograph, to measure methane. The device was mounted in the RV, with an air ram on the roof that collected air samples from in front of the vehicle.
"We tried to pass through urban areas during nighttime hours, to avoid being stuck in traffic and sampling mostly exhaust fumes," Leifer said. "Someone was always monitoring the chromatograph, and when we would see a strong signal, we would look to see what potential sources were in the area, and modify the survey to investigate and, if possible, circumnavigate potential sources."
The researchers meandered slowly through areas of fossil fuel activity, such as petroleum and natural gas production, refining, and distribution areas, and other areas of interest. The wide range of sources studied included a coal-loading terminal, a wildfire, and wetlands.
The team analyzed the data in conjunction with researchers at the University of Bremen, Germany, who analyzed inventories and satellite data from the Scanning Imaging Absorption Spectrometer for Atmospheric Chartography (SCIAMACHY) instrument onboard the European Space Agency's (ESA) ENVISAT satellite to confirm the finding of strong methane sources in regions of fossil fuel activity. The surface measurements found methane levels increased as the researchers moved toward Houston, and then decreased as they continued westward -- the same trend observed in satellite data spanning the continent.
Previous methane studies have focused primarily on large-scale airborne data, which were challenging to separate from local sources, according to Leifer. In fact, clear identification of individual sources often could not be conducted, requiring computer models and other surface measurements.
The team compared maps of estimated methane emissions based on data from the International Energy Agency of the U.S. Department of Energy with satellite methane maps. They found that, in some cases, to explain observed higher methane concentrations required higher emissions than current emission maps present, particularly in large regions of fossil fuel industrial activity. In other cases, though, they could rule out that wetlands such as swamps may have been important. In such cases, separating wetland methane contributions from fossil fuel industrial contributions was not possible with their approach, Leifer said, "This is a topic we are investigating further through new research," he added.
"Methane is the strongest human greenhouse gas on a political or short timescale, and also has more bang for the buck in terms of addressing climate change," said Leifer. "This research supports other recent findings suggesting that fugitive emissions from fossil fuel industrial activity actually are the largest methane source. This clearly indicates a need for efforts to focus on reducing these methane emissions."
The researchers found the highest methane concentrations in areas with significant refinery activity, and in California in a Central Valley region of oil and gas production. Methane levels near refineries were not uniform, varying greatly from spot to spot and at different times. Nighttime concentrations were dramatically enhanced when the winds died down, forming a calm, shallow atmospheric layer near the surface, according to Leifer.
Perhaps the most surprising discovery was made in the Los Angeles area, where the study highlighted the importance of geologic methane emissions in the North Los Angeles Basin, centered on the La Brea Tar Pits. Rough estimation of emissions from the data suggests 10-20 percent of the methane emissions from Los Angeles could be natural geologic, influenced by the vast number of abandoned wells throughout the area.
This study was supported by a National Science Foundation Rapid Response Grant, by NASA and ESA, as well as JAXA, the Japanese Space Agency. Support also came from the Department of Energy, through the Gulf of Mexico Hydrates Research Consortium, the University of Mississippi, the University of Bremen, and the German Aerospace Center (DLR) Space Administration.
According to Leifer, these results illustrate the need for satellite technology to further this type of research and also to provide guidance to decision makers. "We are working with methane data from the Japanese satellite, GOSAT, to continue these investigations," Leifer said. "We look forward to when new tools, like ESA's CarbonSat and NASA's HyspIRI spacecraft, are in orbit to help, as well as results from a new joint NASA/ESA airborne campaign, COMEX, with University of Bremen researchers to improve further methane satellite designs." COMEX will test different airborne remote sensing technologies for application to methane observations.

Fonte/Source: Sciencdaily

Subaru Telescope Observations and the CoRoT Mission Unveil the Future of the Sun

May 17, 2013

A team of astronomers led by Jose Dias do Nascimento (Department of Theoretical and Experimental Physics, Universidade Federal do Rio Grande do Norte [DFTE, UFRN], Brazil) has found the farthest known solar twin in the Milky Way Galaxy-- CoRoT Sol 1, which has about the same mass and chemical composition as the Sun. Spectra from the High Dispersion Spectrograph (HDS) on the Subaru Telescope showed that CoRoT Sol 1 is about 6.7 billion years old while space-based data from the CoRoT (Convection, Rotation and planetary Transits) satellite indicated a rotation period of 29 +/- 5 days. This newly discovered, evolved solar twin allows astronomers to uncover the near future of our solar system's central star--the Sun.
Since the Sun is the closest star to Earth, it has been extensively studied in a variety of ways. Despite considerable efforts by astronomers, we do not know yet how typical a star the Sun is. Except for the youngest stars, the true rotation of those similar to the Sun is unknown, and there are few studies of mature solar twins or of more evolved ones.
The mass (the amount of matter) and chemical composition of a star are the main characteristics that determine its evolution. Studying stars with the same mass and composition as the Sun, the so-called "solar twins", can give us more information about our own Sun; solar twins of various ages offer snapshots of the Sun's evolution at different phases (Figure 1).


figure


Figure 1: Artist's rendering of CoRoT Sol 1 and a chronology of the Sun's evolution based on data from the Subaru Telescope and the CoRoT space mission. The illustration indicates how CoRoT Sol 1's discovery will greatly improve our understanding of how the Sun may evolve and allows astronomers to test current theories of solar evolution against an observed, evolved solar twin. (Credit: do Nascimento et al.)


The satellite CoRoT (Convection, Rotation and planetary Transits, [note]) has provided precise space-based data from which it is possible to determine the rotation periods of stars. The current team selected the best solar twin candidates within a range of rotation periods to study the evolution of the Sun's rotation period in detail. Because solar twins are faint, the team initially used the High Dispersion Spectrograph (HDS) on the Subaru Telescope to observe three of their solar twin candidates. The large size of the Subaru Telescope and the capability of HDS to precisely spread out the stellar light into many constituent colors allowed them to study the stars' characteristics in detail. A meticulous analysis of the data showed that one of the solar twin candidates was truly a star with a mass and chemical composition similar to that of the Sun. The finding was even more precious, because the star is at a more evolved stage and can serve as an indicator of the future of the Sun.
Determining the age of a star is probably one of its most difficult aspects to ascertain, but high quality spectra shed light on stellar ages. CoRoT Sol 1 is about two billion years older than the Sun, but its rotation period is about the same as the Sun's. Subaru Telescope's HDS spectra of CoRoT Sol 1 show that its overall chemical composition is similar to that of the Sun, but its detailed abundance pattern shows some differences, like most nearby solar twins (Figure 2). For example, the abundance of lithium (Li), an element that decreases with age, is less than that of the Sun.


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Figure 2: Spectra for CoRoT Sol1 from Subaru Telescope's HDS compared with the Sun's spectra, highlighting the lithium feature (Li I 6707.8 A). The superimposed spectrum of the Sun is shown with open circles, while the CoRoT Sol 1 spectrum is shown with the solid red line. The jagged red line at the bottom of the figure represents the differences between the spectra of the Sun and the solar twin. (Credit: do Nascimento et al.)


Team leader Dr. Jose Dias do Nascimento commented on the significance of CoRoT Sol 1's age for understanding the Sun's future: "In two billion years' time, about the solar twin's actual age, the Sun's radiation may increase and make the Earth's surface so hot that liquid water can no longer exist there in its natural state."
In contrast to other solar twins that are relatively bright, CoRoT Sol 1, which is located in the constellation Unicorn (Monoceros), is more than 200 times fainter than the brightest solar twin known. The large 8.2 m mirror of the Subaru Telescope and the precision of its high dispersion spectrograph made it possible to conduct this detailed study of the spectra of such a faint star. The team plans to use the Subaru Telescope to continue its research on how typical a star the Sun is; they intend to describe its rotation evolution by finding solar twins representing a broad range of stellar ages and then placing the Sun within this context.

Note:
CoRoT is the Convection, Rotation and planetary Transits space mission, which was launched on December 27, 2006. It is operated by the Centre national d'études spatiales (CNES) with the participation of science programs of European Space Agency (ESA), ESA's Research and Science Support Department (ESA-RSSD), Austria, Belgium, Brazil, Germany, and Spain.

References:
The research paper entitled "The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", on which this article is based, has been accepted and will be published in the Astrophysical Journal Letters (ApJL).
  • Related material may be obtained at: http://astro.dfte.ufrn.br/corottwin and http://arxiv.org/abs/1305.3652
  • The members of the research team are:
    1. J-D do Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
    2. Y. Takeda, National Astronomical Observatory of Japan (NAOJ)
    3. J. Meléndez, University of São Paulo, Brazil
    4. J.S. da Costa, UFRN, Brazil
    5. G. F. Porto de Mello, Observatorio do Valongo of the UFRJ, Brazil
    6. M. Castro, UFRN, Brazil

Acknowledgements:
This research was partially supported by the following:
  • The National Council for Scientific and Technological Development (CNPq) and Ministry of Science and Tecnologia (MCT), Brazil
  • Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Brazil
  • The Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), Brazil
  • Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Brazil
Fonte/Source: NAOJ

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Caatinga pode absorver mais gás carbônico que florestas

A vegetação da Caatinga pode ser proporcionalmente mais eficiente do que as florestas úmidas para absorver o gás carbônico presente na atmosfera, em um processo natural, conhecido como sequestro de carbono.
É o que pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, querem provar. Para isso, iniciaram um estudo por meio do qual foram instaladas duas estações micrometeorológicas em Campina Grande, na Paraíba, para monitorar o dióxido de carbono absorvido pelas plantas da região.
Segundo o físico Bergson Bezerra, pesquisador do Insa, o grupo pretende, com os resultados, conscientizar os governos e, principalmente, a população que vive no Semiárido sobre a importância de se preservar a vegetação nativa como forma de mitigar os impactos das alterações no clima da região.
“Construiu-se um preconceito em relação à Caatinga, sustentado na ideia de que ela representa um ambiente hostil e inóspito. As pessoas sempre acreditaram que ela não servia para nada, que era melhor retirar toda a Caatinga e substituí-la por [vegetações] frutíferas, por exemplo”, disse. “Queremos provar cientificamente que isso não tem fundamentação”, completou.
O pesquisador defende que se o produtor rural recuperar essas áreas com espécies nativas estará contribuindo não apenas para a “preservação do patrimônio do Semiárido”, mas também
“Estudos revelam que as florestas tropicais têm alta capacidade de sequestrar carbono [da atmosfera], mas elas também apresentam altos níveis de emissão, que ocorre, por exemplo, com a queda de folhas. Já a Caatinga, não sequestra tanto, mas emite quase nada e queremos investigar esse grau de eficiência, que acreditamos ser maior no caso da Caatinga”, disse.
Bergson Bezerra enfatizou que os três primeiros meses de observação, já trouxeram “resultados auspiciosos”. “Será um estudo de longo prazo, com conclusão prevista para 2015. Mas essa observação preliminar já nos permitiu constatar que mesmo no período seco, quando a planta fica totalmente sem folha e com estresse hídrico, ainda há sequestro de carbono, ou seja, ela ainda cumpre seu papel ambiental.”
Ele ressaltou que com a chegada da estação chuvosa, nos meses de maio e junho, os pesquisadores acreditam que a atividade fotossintética será acentuada, com sequestro de carbono ainda mais intenso.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e um dos mais alterados pelas atividades humanas. Trata-se de um tipo de vegetação que tem fauna e flora com grande diversidade de espécies e cobre a maior parte da área com clima Semiárido, principalmente da Região Nordeste.
Ela é apontada pelos pesquisadores como um dos biomas mais vulneráveis às mudanças climáticas associadas aos efeitos de aquecimento global e pela exploração pelo homem de forma desordenada e insustentável.
(Fonte: Agência Brasil - 29/04/2013)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Simpósio Brasileiro Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Semiárido





Mais informações via URL www.sites.google.com/site/visbma/


Plano Nacional de Energia 2050

Secretário aponta possibilidade de matriz 80 por cento renovável

O Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou nesta quarta-feira (15) uma série de debates para elaborar o Plano Nacional de Energia 2050, que deve traçar os rumos da matriz energética brasileira para as próximas décadas. O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, participou do primeiro encontro, sobre possíveis impactos das mudanças climáticas no setor e cenários de médio e longo prazo para economia nacional.
Para Nobre, o país pode aumentar consideravelmente a participação de fontes renováveis em sua matriz. “Sou otimista que nós podemos, em 2050, imaginar um Brasil com 80% de energia renovável”, projetou. O índice atual é de 45,3%.
O secretário ressaltou o trabalho da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), criada pelo MCTI em 2007. “Duas sub-redes em especial são relevantes para esse esforço – uma delas trata de energias renováveis e outra sobre economia”, explicou Nobre. “A de economia desenvolveu um modelo para prever como mudanças climáticas afetam agricultura e energia e a outra tem vários estudos de impactos na matriz.”
Membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o secretário do MCTI apresentou cenários previstos pelo último e pelo próximo relatório da entidade da Organização das Nações Unidas (ONU). “Um documento especial publicado em 2011 concluía que era tecnologicamente factível imaginar em 2050 um mundo com 80% de energia renovável, mas, se olharmos o quadro atual, não há muita razão para acreditar que o planeta alcance esse patamar, em função das novas descobertas e das novas tecnologias para explorar as energias fósseis”, comentou.
Protagonismo
Nobre recordou a posição do Brasil como único país em desenvolvimento a estabelecer compromissos voluntários de redução e estabilização das emissões de gases de efeito estufa, no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. “Isso foi um gesto politicamente significativo do ex-presidente Lula na reunião climática de Copenhague, em 2009”, disse. “A presidenta Dilma Rousseff claramente nos deu uma direção de que o Brasil tem que ser protagonista da sustentabilidade no mundo.”
Na opinião do secretário, o PNE 2050 pode se inspirar em projeto de intercâmbio de modalidades de energia do norte europeu. “O sistema tenta resolver o problema da intermitência das fontes renováveis, ao interligar geração eólica do Mar do Norte, instalações offshore continental e da Grã-Bretanha, já prevendo o grande potencial das energias da maré e das ondas, e o sistema hidráulico da Noruega”, disse Nobre. “Não é impossível imaginar soluções em que nós possamos realmente explorar ao máximo o nosso potencial de energia renovável.”
Os debates sobre o PNE também tiveram palestras do diretor de Macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marco Antônio Cavalcanti, e do assessor da presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) David Kupfer. Representaram o MME o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, e o coordenador-geral de Economia da Energia, Gilberto Hollauer.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Change in Temperature or What Will a Doubling of Carbon Dioxide Mean for Climate?

Since 1896, scientists have been trying to answer a deceptively simple question: What will happen to the temperature of the earth if the amount of carbon dioxide in the atmosphere doubles?
Some recent scientific papers have made a splash by claiming that the answer might not be as bad as previously feared. This work — if it holds up — offers the tantalizing possibility that climate change might be slow and limited enough that human society could adapt to it without major trauma.
Several scientists say they see reasons to doubt that these lowball estimates will in fact stand up to critical scrutiny, and a wave of papers offering counterarguments is already in the works. “The story is not over,” said Chris E. Forest, a climate expert at Pennsylvania State University.
Still, the recent body of evidence — and the political use that climate contrarians are making of it to claim that everything is fine — sheds some light on where we are in our scientific and public understanding of the risks of climate change.
The topic under discussion is a number called “climate sensitivity.” Finding this number is the holy grail of climate science, because the stakes are so high: The fate of the earth hangs in the balance.
The first to take a serious stab at it was a Swede named Svante Arrhenius, in the late 19th century. After laborious calculations, he declared that if humans doubled the carbon dioxide in the air by burning fossil fuels, the average temperature of the earth would rise by something like nine degrees Fahrenheit, a whopping figure.
He was on the high side, as it turned out. In 1979, after two decades of meticulous measurements had made it clear that the carbon dioxide level was indeed rising, scientists used computers and a much deeper understanding of the climate to calculate a likely range of warming. They found that the response to a doubling of carbon dioxide would not be much below three degrees Fahrenheit, nor was it likely to exceed eight degrees.
In the years since, scientists have been pushing and pulling within that range, trying to settle on a most likely value. Most of those who are expert in climatology subscribe to a best-estimate figure of just over five degrees Fahrenheit.
That may not sound like a particularly scary number to many people — after all, we experience temperature variations of 20 or 30 degrees in a single day. But as an average for the entire planet, five degrees is a huge number.
The ocean, covering 70 percent of the surface, helps bring down the average, but the warming is expected to be higher over land, causing weather extremes like heat waves and torrential rains. And the poles will warm even more, so that the increase in the Arctic could exceed 10 or 15 degrees Fahrenheit. That could cause substantial melting of the polar ice sheets, ultimately flooding the world’s major coastal cities.

Source/Fonte: New York Times                           Read more here/Leia mais aqui.


UFRN: Seminário de Ciências Climáticas

DYNAMICAL DOWNSCALING OF PRECIPITATION IN NORTHEAST BRAZIL WITH A REGIONAL CLIMATE
MODEL DURING CONTRASTING YEARS

 

Cláudio Moisés Santos e Silva*

 

Abstract

The version 4 of the RegionalClimate Model (RegCM4) was used to perform high
resolution (20 km) simulationsduring the autumns of 1998 and 1999 in Northeast
Brazil (NEB). The RegCM4showed improvements in comparison with the dataset of Era
Interim reanalysis.The experiment based on Emanuel MIT parameterization tends to
overestimate theobserved precipitation while the Grell experiment underestimates it.
Theresults suggest that the RegCM4 shows potential to diagnostic and
prognosticapplications in NEB.

15/05/2013 (quarta-feira) às 15h00 no Auditório do DFTE-CCET-UFRN  

 

* Obs.: O trabalho foi realizado em coautoria com Aline Gomes Silva, Priscilla
Telles de Oliveira e Kellen CarlaLima. A apresentação será emportuguês.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Clima, saúde e alimentos: Desafios da ciência na América do Sul

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) do Rio Grande do Sul, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), está organizando o 6º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013.
Com o tema "Clima, saúde e alimentos: Desafios da ciência na América do Sul", o evento ocorre nos dias 13 e 14 de maio, em Porto Alegre, na sala 2 do salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os debates terão como foco o papel da ciência, tecnologia e inovação nas questões relacionadas ao clima e ao manejo sustentável dos biomas, as contribuições científicas e tecnológicas  sobre a questão e sua relação com a perspectiva do desenvolvimento sustentável.
A programação contempla palestras com representantes de universidades, instituições de pesquisa e órgãos governamentais que atuam na área de ciência, inovação e tecnologia, clima, produção agrícola, saúde, educação, dentre outras. Temas como mudanças climáticas e inovação para a produção de grãos; neurociência, novas tecnologias e seus limites; e desafios na cooperação da América Latina fazem parte das discussões.
Para assistir à transmissão ao vivo  clique aqui.

domingo, 12 de maio de 2013

Dióxido de carbono atinge maior concentração atmosférica na História

Em época de forte seca no Nordeste e outros extremos climáticos pelo mundo, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera do Hemisfério Norte superou pela primeira vez na história recente a fronteira simbólica das 400 partes por milhão (ppm). Os dados foram divulgados na sexta-feira (10) pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). O número representa um preocupante  marco já que foi registrado em Mauna Loa, no Havaí, a estação de medição de dióxido de carbono contínua mais antiga do planeta e que é considerado o principal local de medição de gases do efeito estufa desde que começou a operar em 1958. “É impossível parar a chegada do CO2 aos níveis de 400 partes por milhão. Isso já é um fato. Mas o que acontece a partir de agora ainda importa para o planeta e está sob nosso controle”, afirmou Ralph Keeling, geoquímico do Centro Oceanográfico de San Diego, no comunicado da NOAA.
Os cientistas determinaram que, antes da revolução industrial do século 19, os níveis de CO2 eram de 280 partes por milhão. A taxa de aumento se acelerou desde que começaram as análises contínuas em 1958, ao passar de cerca de 0,7 partes por milhão ao ano naquela época a uma média de 2,1 partes por milhão ao ano na última década.
A última vez em que o nível de CO2 chegou a 400 ppm foi durante o período geológico do Plioceno, entre 3,2 milhões e 5 milhões de anos atrás, quando a Terra marcava de 2 a 3 graus a mais. Esse período coincidiu com a separação entre a espécie humana e as espécies do chimpanzé e do bonobo.
Em ritmo atual haverá colapso da agricultura em 100 anos e gigantesca extinção em massa nos 500 anos seguintes
Já havia uma expectativa de que os índices pudessem ultrapassar o limite de 400 ppm, mas os pesquisadores não previam que isso aconteceria tão rápido, segundo Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura, da Unicamp.
“No início do século, os índices de concentração de CO2 eram de 370 ppm. Os 400 ppm são equivalentes a um aumento de cerca de 10% no conteúdo de carbono. Pode ser que, em 30 anos, estes números cheguem a 500 ppm, fazendo com que plantas tenham dificuldade em se desenvolver. Caso alcancem os 700 ppm, as plantas não se desenvolverão mais”, relatou o pesquisador. No ritmo atual, isso levaria pouco mais de um século e levaria a um colapso na agricultura.
Mas o quadro poderia ser muito pior num futuro um pouco mais distante. A concentração do gás gerador de efeito estufa poderia chegar a estonteantes 2.000 ppm, em cerca de 600 ou 700 anos, índice similar ao registrado durante a extinção do Permiano-Triássico, há cerca de 250 milhões de anos. A extinção foi a maior conhecida e vitimou 90% das espécies marinhas e 70% das terrestres.

Fonte: Ceará Científico no portal Diário do Nordeste
 

Concentração de CO2 se aproxima de limite aceitável e preocupa ONU

A secretária-executiva da Organização das Nações Unidas para o clima, Christiana Figueres, expressou nesta segunda-feira (29) preocupação e fez um apelo para uma ação “urgente” ante a evolução da concentração de CO2 na atmosfera, a ponto de superar o limite simbólico dos 400 ppm (partes por milhão).
De acordo com o Observatório Mauna Loa, no Havaí, da Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), a concentração de CO2 em nosso planeta chegou a 399,72 ppm em 25 de abril.
“Estamos perto de exceder o limite de 400 ppm”, declarou Figueres às delegações de mais de 190 países reunidas para preparar a rodada anual de negociações sobre a luta contra as mudanças climáticas, que vai ocorrer em Varsóvia, na Polônia, no fim do ano.
“Recebo-os com grande ansiedade”, lançou Christiane aos negociadores, expressando a necessidade “de um senso de urgência mais forte”. Esta é a primeira reunião das delegações desde a conferência em Doha, no final de 2012.
Novo acordo global – A comunidade internacional fixou como meta chegar a um acordo até 2015 que exija todos os países, incluindo os dois maiores poluidores, China e Estados Unidos, a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEE). O acordo deveria entrar em vigor em 2020.
O objetivo é conter o aumento de 2° C acima dos níveis pré-industriais, o limite além do qual os cientistas acreditam que o sistema climático entrará em colapso.
Para se manter em uma temperatura entre 2° C e 2,4° C, são necessários exigiria picos de concentração de CO2 entre 350 e 400 ppm (ou entre 445 e 490 ppm para todos os GEE), de acordo com o último relatório do grupo do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), grupo de peritos da ONU.
Segundo o Scripps Institution of Oceanography, que trabalha com o Observatório de Mauna Loa, a concentração de CO2 poderá exceder 400 ppm em maio pela primeira vez na história humana. Os primeiros dados registrados em março de 1958 situava-se em 316 ppm. Antes da era industrial e da utilização de combustíveis fósseis, a concentração de CO2 era estimada em 280 ppm.
O nível de CO2, o principal gás do efeito estufa, provavelmente era de 400 ppm durante o período geológico do Plioceno, entre 3,2 milhões e 5 milhões de anos atrás, quando a Terra marcava de 2 a 3 graus a mais, indica o Scripps em um comunicado.

Fonte: portal G1

Consulta pública sobre plano de mudanças climáticas

Em dois meses, os brasileiros vão poder apresentar sugestões para que os diversos setores da economia do país, como a indústria e o setor de transportes, reduzam as emissões de gases de efeito estufa. A primeira versão revisada do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que deve incluir essas metas, deve ser colocada em consulta pública na internet e em encontros regionais a partir de julho.
"A nova versão vai trazer um grande avanço em relação ao que já está proposto no plano anterior", garantiu Karen Cope, diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, ligada ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo ela, os planos setoriais já começaram a ser implantados.
 
Se conseguir consolidar todas as contribuições apresentadas pela população, o governo deve apresentar a versão final do plano até o fim do ano. O documento deveria ter sido concluído no ano passado.
 
O prazo para revisão estava previsto na versão original do plano, elaborado em 2008. No final de 2010, com a criação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, o governo decidiu que o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas deveria incorporar os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. Pelo mesmo decreto que instituiu a política, o prazo para que os planos setoriais fossem apresentados era 15 de dezembro de 2011. Mas, as metas de alguns setores, como os de saúde e mineração, ainda não foram divulgadas.
 
Nesta semana, representantes do Observatório do Clima e do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento cobraram a apresentação de planos de quatro setores. Apesar do apelo do governo pelas contribuições do grupo, as 700 organizações que formam a rede se recusam a participar do processo sem um rascunho desses textos.
 
O argumento é que não poderiam comentar o conteúdo sem ter acesso a mais informações. As organizações entregaram uma carta à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pedindo o texto final dos documentos que prevêem metas da indústria, dos transportes, da saúde e da mineração.
 
Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, que integra as duas organizações, reconhece que o Brasil avançou com o plano de 2008, mesmo que a política de mudanças climáticas só tenha sido instituída depois. Mas, segundo ele, a desarmonia nas datas dos dois documentos acabou fazendo com que não houvesse estratégia.
 
"Não é plano de ação que nos leva a um processo de desenvolvimento de baixo carbono, e não trouxe inovação. O plano não tem metas, apenas alguns objetivos específicos", disse, destacando a redução de perda de floresta que tem avançado, conforme mostram levantamentos de satélites e operações de fiscalização e combate ao crime ambiental. Os movimentos sociais cobram documento com metas e ações precisas e claras.
 
Fonte: portal UOL - Meio ambiente
 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mais chuva pra quem já tem; menos chuva pra quem não tem


Mais de seis anos se passaram desde a publicação do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), em março de 2007. Desde então, os programas de modelagem climática se tornaram muito mais elaborados, mas as suas previsões, infelizmente, parecem não estar mudando muito. Um novo estudo, coordenado por um pesquisador da Nasa, William Lau, reforça o alerta de que as regiões mais úmidas do planeta vão receber ainda mais chuva, principalmente na forma de tempestades, e que as regiões mais secas tenderão a ficar ainda mais áridas nas próximas décadas, por conta das mudanças climáticas. Uma das áreas mais afetadas deverá ser o Centro-Oeste brasileiro, onde está concentrada a maior parte da produção agrícola nacional.
O trabalho, aceito para publicação na revista Geophysical Research Letters, utiliza um compilado de 14 modelos climáticos desenvolvidos nos últimos anos para tentar prever o que vai acontecer com as chuvas no planeta nos próximos 140 anos, tomando como referência os meses de junho, julho e agosto, e assumindo um aumento de 1% ao ano na concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO2).
“Eles pegaram os 14 modelos que serão utilizados no próximo relatório do IPCC, que são muito mais realistas do que os de 2007, e as previsões permanecem essencialmente as mesmas”, analisa o meteorologista Gilvan Sampaio, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O resumo da história, segundo ele, é que os eventos climáticos extremos – como secas, tempestades e ondas de calor – deverão se tornar mais frequentes, como já vem ocorrendo nos últimos anos. Com relação aos níveis de precipitação, especificamente, algumas regiões já áridas deverão receber ainda menos chuva e permanecer secas por períodos mais longos – incluindo o Nordeste brasileiro, que este ano passa por uma das piores secas de sua história.
“Até gostaríamos de estar errados, mas, infelizmente, parece que estamos certos”, lamenta Sampaio.
Segundo o novo estudo, cada 0,56 °C de elevação da temperatura global em razão do aumento da concentração de CO2 na atmosfera resultará num aumento de 3,9% na ocorrência de chuvas fortes e de 1%, na ocorrência de chuvas fracas. Curiosamente, apesar disso, o volume anual global de precipitação não deverá mudar significativamente, por conta de uma redução de 1,4% na ocorrência de chuvas moderadas. Ou seja: haverá uma intensificação dos extremos, o que é péssimo para o ser humano, tanto no campo quanto nas cidades, pois agrava o risco de eventos extremos como secas e tempestades.
Um vídeo divulgado com o estudo mostra como os níveis de precipitação deverão variar anualmente no trimestre junho-julho-agosto (JJA) pelos próximos 140 anos. Nele, uma grande mancha marrom escura (representando reduções significativas de chuva) se expande e se retrai sobre o Centro-Oeste, sul da Amazônia e partes do Nordeste brasileiro nestes três meses de inverno, que já são naturalmente os mais secos do ano.
“O maior impacto desta figura não é tanto a queda nos volumes de chuva, mas que este volume de chuva diminui até agosto e, possivelmente, até setembro. Ou seja, a estacão seca pode ficar mais longa e as chuvas nesta região começarem mais tarde que o normal”, o que teria forte impacto na agricultura e na geração de energia elétrica nessas regiões, diz o pesquisador José Marengo, coordenador geral do CCST.
Detalhe: as concentrações de CO2 usadas na modelagem do estudo começam em 280 partes por milhão (ppm), bem abaixo da concentração atual, que já está batendo em 400 ppm. O que significa que o estudo é bastante conservador e, consequentemente, ainda mais preocupante. O próximo relatório geral do IPCC (conhecido como AR5, ou 5th Assessment Report) é esperado para o fim de 2014.

Fonte: Portal do Estado de SP - por  Herton Escobar


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Seminário: Modelagem Matemática de Sistemas Complexos

Complexity Science and the Role of Mathematical Modeling
Prof. Tassos Bountis

Department of Mathematics
and
Center for Research and Applications of Nonlinear    Systems
University of Patras, Patras 26500 GREECE

                  LOCAL:  Auditório do DFTE - UFRN
                     DATA: 10 de maio de 2013 às 10 horas

Abstract

       In the last 3 decades, we have witnessed an explosive scientific activity worldwide aiming to understand, predict and hopefully control complex systems of great physical, biological, technological and social importance. These systems typically consist of a multitude of interacting components, yet exhibit a wealth of collective phenomena of self – organization, pattern formation and phase transitions that cannot be explained simply by analyzing their individual parts. In this lecture, I will discuss the fundamental concepts of what has come to be known as Complexity Science, emphasizing the importance of mathematical models and what they have taught us about some basic principles of complex systems occurring in many sciences. In particular, I will concentrate on some examples of such models that our group in Patras has developed in recent years and which have interesting physical, biological and technological applications.